Foi só atravessarem o batente da porta do quarto do hotel que a discussão calorosa recomeça.
— Então vamos falar das vezes que você passou a mão na minha bunda.
— Como assim? — Himchan responde como se o outro estivesse falando sobre unicórnios voadores (outra vez).
— É mais fácil contar todas as estrelas do céu do que todas as vezes que você passou a mão na minha bunda. — Aponta para a dita cuja.
— Não sei do que você tá falando.
— Talvez eu esteja falando do apego que a sua mão tem com a minha bunda.
— Talvez a sua bunda que seja muito apegada a ela.
— Mas é a sua mão que fica pegando nela!
— Você já ouviu falar de movimentos involuntários?
— Eu não manjo de movimentos involuntários, mas manjo das suas desculpas para passar as mãos em mim.
— Ora, seu... Não aja como se eu não reparasse nos seus olhos sobre mim.
— Como meus olhos podem estar sobre você se eu te olho de longe?
Himchan o encara.
Jongup corre pelo local, dando a volta até se encontrar atrás de Himchan, abraçando-o por trás em uma tentativa de apelar para o grande coração de seu hyung.
Com uma cara séria, Himchan se vira e a expressão amedrontada de Jongup se intensifica, temendo o que está por vir.
— Você quer ser perdoado? — indaga com um tom cheio de segundas intenções (e talvez terceiras, quartas e quintas também).
Muito nervoso para responder com palavras, o menor acena com a cabeça.
Ele se afasta em busca de algo que deixa Jongup nervoso por não saber o que é, e quando volta carrega consigo duas coisas: nas mãos uma câmera e no rosto um sorriso perverso, que o outro não pode observar como gostaria, pois é impedido pelas mãos do mais velho que o jogam na cama.
— Eu deveria ficar com medo?
— De mim? Sempre. — Himchan responde, pondo-se sobre ele na cama enquanto liga a câmera, posicionando-a em frente ao rosto do menor. — Eu deveria lhe mostrar o porquê?
E com um click, Jongup... está sendo filmado.
— Sorria, Jongup-ah~...
E tão rápido quanto o medo se apossou de seu corpo, Jongup sorri, nervoso.
— Agora, repita comigo: Himchan... Oppa... Saranghae...
Jongup encara Himchan como se eles não falassem a mesma língua.
—... Se você quiser continuar vivo.
Então, movido pelo seu desejo de continuar respirando, ele abre a boca para falar, porém nada sai até encarar os olhos que exalam morte de seu hyung.
— Himchan... Oppa... Eu posso ir ao banheiro primeiro?
E não se sabe a causa dos gritos de Jongup noite adentro.
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