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História Você mudou tudo em mim - Eu só preciso que você diga uma vez


Escrita por: imlanabanana

Notas do Autor


Oi oi meus amores, até que enfim voltei.
As provas estão me matando, mas consegui escrever esse capítulo.
Espero muito que vocês gostem, por que esse capítulo foi um dos mais reais para mim. Foi muito doloroso escrevê-lo.
Pra quem quiser saber, ao escrever esse capítulo eu ouvi duas músiquinhas, uma delas é Stay with me do Sam smith que foi indicada para mim pela minha leitora super fofa 04Day, e a outra música foi A noite - Tiê.
Enfim, boa leitura meus amores.
- Swen.

Capítulo 16 - Eu só preciso que você diga uma vez


Pov. Regina Mills.
 

A claridade da manhã invade meus olhos de uma forma nada agradável. Estou eufórica. Meu coração está batendo rápido dentro do meu peito, minha respiração descompassada e estou suando frio. Logo recordo do meu sonho, ou mais poderia dizer pesadelo.

Fecho os olhos fortemente tentando esquecer tudo. Já havia sido a quinta vez essa semana.

O sonho sempre começava com eu entrando em um apartamento desconhecido, que estranhamente me parecia muito conhecido, adentrava devagar e no final eu via Emma com um homem do qual o rosto eu nunca conseguia ver. Esse pesadelo me assombra desde que assumi meus sentimentos pela loira.

Sempre se repetia, noite após noite.

Talvez no fundo da minha alma, eu tivesse medo que isso acontecesse novamente, como foi com Kristin. 

Levo as mãos até meus cabelos tirando-os do meu rosto, ainda com os olhos fechados. É por isso que não posso ficar com Emma, por que sou fodida psicologicamente. 

Caminho até o banheiro, e me olho no espelho por longos segundos. O cabelo negro caído sobre meus ombros, os olhos castanhos penetrantes, e minha boca rosada. E não posso deixar de me perguntar: Como fui deixar uma vadia dessa acabar com o meu psicológico?

Tomo um banho e me arrumo rapidamente, sempre tentando esquecer esses pesadelos que me assombram todas as noites. No caminho até o Associated Mills lembro do que disse a Emma: "eu não sou para você". Isso é verdade. Eu gosto da Emma, mas seria egoísmo trazê-la para o meu mundo sombrio. É louco demais. E ela tem a Ariel... Ariel é uma mulher boa, apesar de sem graça. Emma precisa de algo concreto, uma pessoa que não fuja quando tudo parecer difícil. Eu sou inconstante, não somos feitas para ficar juntas. Feitas para ficar juntas, isso existe mesmo? meu inconsciente se intromete.

São 8:15hrs quando entro em minha sala. Fico calada por longos minutos, apenas tentando afastar todos os pensamentos sombrios. Me sinto em uma confusão interna. Por um segundo eu me arrependo de ter feito aquela ligação, mas o problema é que sou impulsiva, ajo pelo momento, e naquele me pareceu certo libertar Emma. Não posso deixar de imagina-la com Ariel, em como elas devem ter um relacionamento normal, algo que não sei se terei algum dia com a mesma.

Rapidamente a porta se abre me pegando em meu desvaneio, e vejo Emma tão linda como sempre. Coberta de um vestido vermelho, de alcinhas apertado em seu corpo. Os cabelos caídos sobre seus ombros, deixando-a incrivelmente sexy, e em seus pés saltos da mesma cor do vestido. Respiro profundamente, pois apenas de vê-la perdi o ar.

O que ela está fazendo aqui? 

Abro um sorriso safado como sempre faço apreciando-a por completa, e ela vira-se trancando a porta da minha sala. Depois volta a me fitar, e sorri encostada na porta de madeira.

Arqueio a sobrancelha, tentando entender o que ela está fazendo. Mais um joguinho?

— Está tentando me provocar? - pergunto, levantando da minha cadeira.

— Eu consegui? - pergunta ela, com um sorrisinho satisfeito em seu rosto.

— Com certeza, srta. Swan.

Não nego um joguinho.

— E o que vai fazer a respeito? - sorri. —  Por que lembro das suas exatas palavras dizendo: "Eu não sou para você"

Reviro os olhos. Ah, vamos falar sobre mim.

Nada de joguinhos.

Emma não sabe mais eu gosto dela, muito, de um jeito que me assusta, e acabo metendo os pés pelas mãos. Fazendo coisas que eu não quero fazer.

O motivo pelo qual liguei para ela dizendo aquilo foi medo, tenho medo do amor. Eu já fui machucada antes e sei que andei machucando muitas pessoas ao longo desse 1 ano, e sei que também machuquei-a profundamente, mas não quero mais machucá-la, nunca mais. Eu não sou para ela, sou fodida demais. Kristin me destruiu.

— Então é isso, você vai me fazer um monte de perguntas.

— Eu só preciso que você diga uma vez... - respiro fundo, e sei o que ela vai dizer. — O que você sente por mim, Regina?

Emma se aproxima a cada palavra, mas ainda está distante de mim. Ela me fita atentamente, olhando cada expressão do meu rosto. Tento ao máximo permanecer impassível.

— Emma...

— Emma nada! - ela se irrita, dando mais um passo em minha direção. Eu não quero magoa-la. — Só uma vez Regina... Eu preciso saber, por que toda vez que estou seguindo em frente, você volta. E juro por Deus, mas toda vez que você volta eu tenho vontade de me jogar em seus braços e esquecer todo o mal que você me causou, por que... Por que você é inevitável para mim. - vejo uma lágrima escorrendo sobre seu rosto pálido. Não, Emma. Não chore por mim. — Você disse que não era para mim, e eu não consigo entender porquê. Por que você não é para mim? Não sou boa o suficiente? Não sou tão inteligente? Não sou tão bonita? 

— Não seja boba, você é perfeita. - as palavras saem da minha boca antes que eu possa contê-las.

Emma abre um meio sorriso desconsolada, com lágrimas escorrendo sobre seu maravilhoso rosto.

— Então me explica, por que se você não me disser agora... - ela hesita em dizer, o que no fundo já sei. — Se não me disser, eu vou ter que ir embora, e dessa vez eu vou sumir da sua vida. Por que não vou aguentar trabalhar aqui, sabendo que estou ao lado da mulher que tanto quero, e que no entanto não me quer.

— Emma... - tento hesitante. Eu não quero machuca-la. Como já dizia Cristian Grey: Eu sou fodido em cinquenta tons.

— Dessa vez, não. Dessa vez, não vai ter mais meias-palavras, e nem transas para descontrair. Não vou aceitar mais o pouco que você me dá, e nem seus olhares maliciosos. Eu só... não posso mais  - sinto dor em suas palavras. Me dói tanto vê-la assim. — Eu preciso da sua resposta, por que Ariel sabe sobre meus sentimentos por você, e não sei mais até quando ela vai suportar estar com uma pessoa que não a ama e eu não posso mais magoa-la, Regina. Preciso libertá-la... Então, por favor me diz... Você gosta de mim?

— Sim. - solto sem pensar.

Ela suspira aliviada.

— Tudo bem, isso é um começo... Por que você não é para mim?

Respiro profundamente. Emma está tentando ir devagarzinho, então aceito ir no mesmo ritmo.

— Eu não quero te machucar.

Vejo sua expressão mudar, Emma parece impaciente, como se as minhas respostas não fossem o suficiente. E ela não sabe o esforço que estou fazendo para demonstrar algo, meu coração bate de forma acelerada, estou suando frio. Já fazia muito tempo que eu não gostava assim de alguém. Alguém que me fizesse sorrir, apenas ao pensar nela. O que Emma tem, que tanto me atraí? Me faz passar por cima de tudo que criei no decorrer desse um ano. Foi a única que faz meu coração voltar a bater, e constantemente faz eu me sentir viva.

— Então voltamos para isso de novo? Você não querer me machucar? Desculpa Regina, mas é um pouquinho tarde demais, você já está me machucando. - Foi como se Emma abrisse meus olhos. Eu estou machucando-a. Não quero isso. O sangue latejando em minhas veias, as lágrimas que escorriam sobre meu rosto. Tudo estava em câmera lenta, e eu não conseguia pensar direito. Tudo que se passava em minha mente é que eu estava protegendo-a. Eu nunca imaginei que ela se sentia assim. — Quando você é inconstante me machuca, machuca tanto que não consigo respirar. Uma hora você diz: 'eu gosto de você' e na outra você drasticamente muda dizendo: 'eu não sou para você'. O que quer dizer com isso? Por que me confunde tanto? Eu estou aqui, completamente entregue a você. Não consegue enxergar que sou sua? E olha que eu nunca quis ser de ninguém.

Sinto lágrimas quentes escorrendo sobre meus olhos. Ela gosta mesmo de mim, e isso me assusta também.

— Como assim, voltamos para isso de novo? - estou confusa. Essa foi uma das partes que não consegui entender.

Emma suspira fundo, e me lança um olhar como quem diz: "É sério isso?", e passa as costas de suas mãos sobre seu rosto tirando todo o vestígio de lágrimas que insistiam em cair.

— Naquele dia no bar, uma noite antes de você ir embora, você me disse: 'não quero te machucar' e repetiu hoje. Você vem repetindo isso há algum tempo... - Eu nem tinha percebido que já falei isso mais de uma vez. Talvez seja por que tenho tanto medo que isso aconteça, que acabei repetindo algumas vezes. — Eu não sou mais uma criança, não vou morrer se me machucar um pouquinho. - ela abre um meio sorriso demonstrando coragem e diz: — Acho que já sabe o quanto sou forte.

Percebo que ela se refere ao abuso em sua adolescência, e engulo em seco.

— Eu não... tinha percebido que já tinha dito essas palavras outras vezes... - confesso, procurando minuciosamente as palavras . Me sinto completamente desnorteada, e Emma parece tão destruída, não mais aquela sexy mulher que entrou nessa sala á pouco tempo atrás. Penso: 'era esse seu plano desde o inicio?' — Eu sei que você é forte, Emma. Essa é uma das coisas que mais admiro em você.

Ela abre um meio sorriso, e recolhe mais uma lágrima.

— Então me diga, uma única vez... Me diga o que se passa em sua mente. Por que sempre me afasta? Por que me confunde, com suas meias-palavras? Eu quero te entender... Eu quero ficar com você. Mas você não me deixa entrar, não me explica. Você só precisa dizer uma vez, e se depois que me disser você quiser que eu suma de sua vida, eu vou embora.- ela para hesitante suspirando mais uma vez, e diz: —  Só precisa dizer 'vermelho'.

Assinto com a cabeça. E quando finalmente dou conta de mim, percebo que já estamos escoradas na minha mesa. Sinto o olhar de Emma em meu rosto, mas estou fitando a porta. Não consigo aguentar vê-la chorando, e também não quero que ela me veja chorando.

— Há um ano atrás eu estava apaixonada por uma mulher. - começo hesitante, não sabendo ao certo se isso é o certo a fazer. — O nome dela era... é Kristin... Eu á amava, muito, muito mesmo.... Então... no dia do seu aniversário, eu fui a sua casa arrumar tudo por que eu ia pedi-la em casamento. - uma risada de pena sai dos meus lábios, e Emma pousa sua cabeça em meu ombro ouvindo atentamente minha história. — Mas advinha o que aconteceu quando cheguei lá? 

— O que? - Emma se interessa na história.

— Ela estava na cama com outro. Sendo que ela tinha me dito que iria estar trabalhando...

Emma devagar desapoia sua cabeça do meu ombro, e meus olhos encontram os dela. Aqueles lindos olhos verdes. Seu rosto vermelho, ela já não chorava mais. 

— Eu sinto muito, Regina. 

— Fiquei parada na porta do quarto, apenas vendo a cena. E quando ela me viu, sabe o que ela fez? - lembrar daquela noite, me maltrata por dentro. — Ela veio correndo atrás de mim, e eu só conseguia pensar: Como ela vai se justificar? Tem justificativa para isso? Então eu contei que ia pedi-la em casamento, e ela me olhou com pena. - mais lágrimas caem sobre meu rosto. — Então quando digo que não quero te machucar Emma, é por que eu também tenho medo de me machucar. Eu gosto de você, e isso me assusta. 

— Também me assusta, mas você não precisa me afastar. Eu quero ficar ao seu lado, Regina.

— Eu não quero que você vá embora... - choromingo, sentindo mais lágrimas quentes em meu rosto.

E quando dou conta de mim, sou uma criança de novo.

Emma rapidamente segura meu rosto, com a palma de suas duas mãos e me diz repetidas vezes:

— Eu não vou te deixar, eu não vou a lugar nenhum. - Emma está desesperada, como se tudo dependesse dessas palavras. —  Não precisa ficar com medo, tá bom? Eu estou aqui. Estou aqui com você, e não vou embora até você me pedir.

Assinto com a cabeça, repetindo em minha mente: 'ela está aqui, ela está aqui'. Emma então me abraça e reconstrói todos os meus caquinhos. Mesmo sendo egoísta, é com ela que quero ficar e não posso mais negar isso.

Passamos longos minutos abraçadas, minha cabeça apoiada em seu peito. Quando Emma diz:

— Eu preciso falar com Ariel... - Fecho os olhos fortemente. — Preciso dizer que escolhi ficar com você.

Levanto minha cabeça para fitar aqueles olhos verdes, e ela abre um sorrisinho que me ganha. O que está acontecendo comigo? Estou realmente me apaixonando.

— Tudo bem. - consigo dizer.

— Eu ligo para você assim que acabar, e você vai no meu apartamento. - Emma acaricia meu rosto e fecho os olhos sentindo seu toque.

Assinto com a cabeça, e ela beija minha testa com ternura.

 

Podemos ouvir um amém? Até que enfim nossas meninas se acertaram, mas parece que uma certa sereia ainda não sabe disso. Só quero ver no que vai dar. Levantem as taças de champanhe e vamos comemorar as coisas boas, por que elas não vai ficar assim por muito tempo.

  

 

 


Notas Finais


E ai, gostaram?
Comentem tudo, estou muito ansiosa para ler os comentários de vocês.
Um beijãaao.
Estou esperando, hein?
- Swen.


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