Sook
Seul, 12 de julho de 2015
Por que o mundo tinha que ser tão pequeno e o filho do Junsu estar aqui? Sento na cama e massageio a testa, ele não sabe quem eu sou, certo? E ele não pode saber, o que o Junsu diria ao saber que estou passando as férias numa casa com cinco homens?
- Eu posso estar enganada. - ergo o rosto. - Eu posso ter confundido, talvez ele não seja o filho do Junsu, afinal eu só o vi em fotografias.
Eu iria continuar falando sozinha se a porta do quarto não tivesse sido aberto e um Jimin corado entrasse no meu quarto.
- Quem é ele? - indaga e sinto a sua voz diferente.
- Eu não sei. - minto.
- Você disse que não ía mais mentir, Sook! - ele começa a falar mais alto.
- E-Eu estou confusa, ok?! - também começo a falar mais alto.
- Ele é seu ex? - ele morde o lábio, visivelmente nervoso e com ciúmes.
- Não! - nego e me levanto. - Jimin, ele não é nada meu.
- Mentira! - ele me encara e vejo uma confusão de emoções em seus olhos. - Se vocês não tem nada, porque você ficou paralisada quando o viu? E ele todo cheio de interesse em você?
- Como assim interesse em mim? - ergo uma sobrancelha.
- Ahhh, isso você quer saber? - retruca.
Ele estava mesmo fazendo isso? Brigando comigo por ciúmes como se tivéssemos algo e como se eu tivesse culpa do talvez filho do Junsu estar nessa casa.
- Acho que eu não te devo satisfação. - bufo. - E esse seu ciúmes sem fundamento? Sendo que não temos nada sério.
Sei que falei demais quando seus olhos se arregalam, mas eu não peço desculpas, pois estou com raiva e ele foi rude comigo também.
- Você está certa, Sook. - ele suspira e joga a franja para trás. - Eu sou o único se iludindo nessa relação, não é?
- Jimin...
- Não, tudo bem. - ele ergue a mão num sinal para eu parar. - Eu fui estúpido em acreditar que um dia você iria querer ter algo comigo.
Agora ele estava parecendo uma menininha mimada e eu estava quase gritando para ele me escutar.
- Não faça isso. - cerro os punhos, frustada. - Não me force, porque as respostas que você quer eu ainda não posso lhe dar.
- Então realmente não podemos continuar com esse mentira. - afirma seco e se vira, saindo do quarto.
- O que você fez, Sook? - volto a sentar na cama e a culpa me assola.
Eu sou tão confusa, até hoje não sabia o que sentia de verdade pelo Jimin e querendo ou não eu o estava prendendo a mim. Gemo frustada e pego o meu celular no bolso da jaqueta, abro a nossa conversa e a encaro, eu deveria dizer algo?
Sim, preciso me desculpar, mas agora seria o momento certo e assim pelo celular? Não, deve ser pessoalmente e apenas no momento que eu for contar a verdade.
- Por que você tem que ser tão ciumento? - resmungo e sinto a voz chorosa.
Foi então que eu notei estar chorando, e também percebi que estava gostando de Park Jimin. Sinto raiva da minha pessoa e quero gritar para o mundo a burra que eu sou, a idiota que eu fui com um cara legal, carinhoso e que gostava de mim de verdade.
- Sook, posso entrar? - ouço a voz do Jae.
- Pode. - limpo as lágrimas com a manga da blusa.
- Ah, querida, por que está chorando? - ele fecha a porta atrás de si e senta ao meu lado.
- Eu ferrei com tudo. - reclamo e lhe explico o que aconteceu. - Como vou me desculpar?
- Bom, agora que você finalmente percebeu que gosta dele, porque isso já estava óbvio quando você me contou hoje em casa. - afirma com um pequeno sorriso. - Enfim, você tem de ser sincera com ele... eu não vou pedir que você me explique o que você e o tal Yoongi tem de conexão, porém o Jimin merece a verdade.
- Eu sei que ele merece. - murmuro. - Mas você acha que ele vai me perdoar?
- Claro que vai, o cara é apaixonado por você, garota! - ele ri. - Só vá lá e mostre as garras, quer dizer, mostre o seu lado fofo, Sookie.
- Tá... eu vou dizer toda a verdade. - respiro fundo. - Mas agora?
- Claro que agora, garota! - ele me empurra e eu acabo levantando da cama.
- Tô indo. - faço um bico e saio do quarto.
Vou até o quarto dele e vejo a porta aberta, entro e não há ninguem. Então vou até a sala e o Tae me fala que ele saíu.
- Por que algum problema? - Tae indaga preocupado.
- Não, não. - nego com um sorriso. - E-Eu vou procurá-lo. - gaguejo ao sentir o olhar do Yoongi em mim.
- Eu vou com você. - ele se levanta. - Afinal não é bom uma garota sair sozinha a essa hora da noite.
Olho para a janela e estava mesmo escuro, depois vejo os outros me olhando como se esperassem a minha resposta.
- Tudo bem. - digo. - Mas vamos logo.
- Ahhh, Sook, procure em docerias. - Hobi diz. - ChimChim sempre vai comer doces quando está triste ou bravo.
- Tá. - coro. - Obrigada, oppa.
#
- Olha, só te peço para não piorar a situação, por favor. - digo assim que estamos na rua.
- Não se preocupe. - dá de ombros. - Eu só queria um tempo para poder te perguntar umas coisas.
Não respondo, apenas continuo andando enquanto em minha mente listo as docerias que conhecia.
- Você é a minha irmã? - pergunta e eu o encaro chocada.
- Você é bem direto, hein? - ajeito os óculos.
- Sou contra a perda de tempo. - comenta e continua me olhando. - É ou não é?
Devo dizer a verdade? Cedo ou tarde ele vai descobrir e melhor que seja por mim do que pelo Junsu, porque se ele souber que eu conheci o seu filho... ahhh, eu era uma garota morta.
- A-Acho que sou. - desvio o olhar. - Eu já sabia que o Junsu tinha um filho e eu vi algumas fotos lá na casa...
- Eu sabia. - suspira.
- Como soube?
- Eu disse que ía passar uns dias em casa nessas férias, mas ele deixa um dos quartos trancado. - comenta. - Aí eu decidi ver o que tinha, e adivinha só?
Fico em silêncio já sabendo que ele deve estar falando do meu quarto.
- Era um quarto feminino e tinha uma foto de uma mulher com uma garota, e a garota é você. - explica. - Aí eu liguei uma peça na outra e cheguei a conclusão de que você é minha irmã.
- Hmmm... - mordo o lábio. - Olha, Yoongi oppa, eu vou entender se você me odiar, afinal eu sou um erro na família de vocês, mas...
- Pode parar por aí. - ele me puxa fazendo-me ficar a sua frente. - Quem errou foi o meu pai, não você... E eu não faço ideia de como ele te trata, mas pelo visto não é nada bem.
Apenas o observo falando e começo a ficar mais aliviada.
- A realidade é que meu pai não sabe mais o que é família há muito tempo, eu só voltei pra casa agora porque o Namjoon me pediu para sairmos e tals. - revira os olhos. - É foda esses amigos carentes da porra.
Deus, ele fala mais palavrão que a Hyun.
- Enfim, eu quero que você saiba que não importa o que ele diga, nós dois. - ele aponta para cada um de nós. - Somos irmãos independente do que ele diga, e por mais suspeito que pareça, estou do seu lado, Sook, não do dele.
- E-Eu não sei o que dizer. - engulo em seco. - Não esperava que você fosse ser tão compreensível.
- Só porque eu tenho essa cara de bad boy, não quer dizer que eu seja sem coração, Sook. - suspira. - Eu sei o pai que tenho.
- Tá. - é a única palavra que ofereço.
- Em suma, eu quero conhecer você melhor, sabe... você é a única família que restou. - afirma meio sem jeito.
Começo a chorar assim que o ouvi me considerar da família, as lágrimas caem e eu não consigo pará-las, Yoongi se desespera e eu acabo rindo ao ver a sua falta de jeito com pessoas chorando.
- Obrigada. - limpo as últimas lágrimas. - De verdade.
- Eu imagino que deve estar sendo difícil morar com ele. - recebo um afago na cabeça. - Mas você só precisa me ligar e eu vou te ajudar, tá bom, Sook?
- Tá bom, oppa. - assinto um pouco mais feliz e tranquila.
- E não se preocupe, meu pai não precisa saber que nos conhecemos, já que eu imagino que ele te expulsou de casa ao saber que eu viria. - apenas concordo com a cabeça e ele solta um "cretino". - Agora vamos procurar seu namoradinho ciumento e bravinho. - ele volta a andar.
- E-Ele não é meu namorado. - a vergonha toma conta das minhas bochechas. - Somos apenas amigos.
- Não é isso que me pareceu quando eu mostrei interesse em você. - comenta. - Ele pareceu se preocupar bastante com você.
Fico em silêncio sem saber o que responder, todo mundo inclusive eu já sabíamos que Jimin gostava de mim de verdade, o único problema era eu... a confusa e cheia de problemas.
#
Foi depois de andar por mais de uma hora que nós o achamos, ele estava saindo de uma doceria quando o vi.
- Jimin. - minha voz sai baixa, mas seus olhos me acham.
Um pequeno sorriso aparece em seus lábios quando me vê, mas ele logo some ao ver o Yoongi ao meu lado.
- Veio jogar na minha cara o seu... o seu alguma coisa? - resmunga.
E por mais rabugento que ele estava sendo, só consigo ficar feliz em finalmente encontrá-lo.
- Eu vim te contar a verdade. - comento e me aproximo enquanto Yoongi se mantém onde estava.
- Acho que já está na cara a verdade, certo? - cruza os braços. - Você veio sair com o cara aí e acabou que me encontrou.
- Não! - bato o pé no chão. - Mas será que você pode me escutar, seu baixinho bipolar?!
- Eu não sou...
- Cala a boca e me deixa falar! - eu grito e ele arregala os olhos chocado. - Obrigada.
Respiro fundo antes de jogar a bomba.
- Eu te contei que o Junsu é meu pai, mas não contei tudo. - não deixo de fitá-lo. - Minha mãe foi amante do Junsu e quando eu nasci o Junsu já tinha um filho... que é o Yoongi. - fico cabisbaixa de vergonha, eu sempre me sentia mal ao pensar que eu fui um erro. - É por isso que eu fiquei chocada ao vê-lo... eu não menti quando disse que não o conhecia.
- Nós nos conhecemos agora. - Yoongi diz.
Continuo encarando o chão e vejo seus pés ficarem próximos aos meus, meu coração acelera quando seus dedos erguem o meu queixo.
- Eu sinto muito por ter te tratado daquele jeito no meu quarto. - sinto vontade de chorar. - Eu não queria machucar você, desculpa.
- Aigo, não chore, pequena. - ele me ajuda a limpar algumas lágrimas. - Eu que tenho que me desculpar... sinto muito por ter sido rude e exigir respostas quando nem você as sabia.
Tudo estava tão bom, as suas mãos no meu rosto e seu corpo tão próximo, mas então ele se afastou.
- Mas eu não acho que posso continuar com aquela nossa situação complicada. - dá uma risadinha nervosa. - Não posso continuar me iludindo.
- E não vai! - eu me aproximo de volta. - Eu sei agora, eu finalmente sei!
Jimin me encara confuso, jogo-me em seus braços e o abraço forte antes de confessar.
- Eu gosto de você, Park Jimin, e não é apenas como amigos. - declaro corada e com a cabeça enterrada em seu peito. - Eu gosto de estar com você, gosto dos seus beijos, gosto do seu sorriso, gosto da sua voz, gosto até quando você me irrita... Eu gosto de você de verdade, Jimin. - ergo o rosto e vejo-o sorrindo.
- Ei, Sook, não sei se você sabe, mas eu gosto muito de você. - ele diz brincando e eu sorrio antes de ele selar os nossos lábios e dar início a um beijo que logo foi interrompido por Yoongi.
- Okok, deu por hoje. - ele pigarreia. - Sou novo nesse negócio de ser irmão, mas já não gostei de ver a minha irmãzinha de beijos com alguém que eu não conheço.
- Mas só tem pessoas ciumentas na minha vida? - reclamo com um bico.
- Melhor se acostumar. - Jimin me dá mais um beijo e Yoongi começa a xingar, então nós nos separamos rindo. - Qual é cunhadinho?
- Cunhadinho vai ser a voadora que eu vou dar na sua cara, moleque abusado! - meu irmão rosna.
Meu irmão... é engraçado disser isso sem medo.
- Oppa, nós podíamos jantar em algum lugar agora, assim vocês se conhecem um pouco melhor pelo menos. - sugiro e Jimin assente todo feliz.
E como eu amo ver esse sorriso.
- Eu escolho o restaurante. - resmunga mais parecendo um velho do que um cara de vinte e três anos.
Ah sim, enquanto buscavamos pelo sumido aqui, Yoongi me contou muito da sua vida e eu contei o pouco da minha.
- Então vamos! - Jimin entrelaça as nossas mãos e só faltava ele cantarolar de felicidade.
- Obrigada. - sussurro baixinho, afinal, esses dois estavam me ajudando a enfrentar os problemas.
- Disponha. - Jimin piscou para mim.
- Dez reais. - Yoongi falou sério e assim que vê que estamos acreditando começa a rir. - Brincadeira... estarei sempre aqui, irmãzinha.
E tanto eu quando o Jimin ficamos surpresos com a risada levemente adorável do meu irmão, sei lá, eu não esperava que ele pudesse ser tão fofo.
#
Seul, 19 de julho de 2015
Uma semana havia se passado desde que conheci o meu irmão e posso dizer que ele é uma pessoa difícil, não que ele seja uma pessoa ruim, muito pelo contrário, Yoongi é muito bom por dentro, mas ele é bem fechado. Na verdade, ele é quase insuportável pela manhã e quando está com sono, que é quase sempre.
Sobre o resto, eu e Jimin estávamos juntos, mas ainda não havíamos oficializado nada. Acho que ele estava tentando ser gentil comigo e respeitar os meus limites, porém o que eu mais quis nessa semana foi ouvir um "namora comigo?" ou dizer um "sim, eu aceito namorar com você". Respiro fundo.
- O que houve, noona? - Jungkook entra na minha frente.
- N-Nada. - sorrio e ele volta a segurar a minha mão.
Observação importante, Jungkook ainda não fazia ideia de que eu e o Jimin estávamos juntos, pois ele voltou de viagem hoje. E eu não sabia como contar, na verdade, eu não sabia o motivo de eu não saber como contar, afinal ele era meu amigo, apenas.
- Como foi a viagem? - indago.
- Foi muito boa! - ele sorri e eu quase o aperto, estava com saudades desse sorriso de coelho. - Mas não tinha meninas bonitas como você e a Hyun, noona! - choraminga.
- Que exagero, Kookie! - rio. - Nem sou tão bonita assim, a Hyun sim, parece uma modelo.
- Parece, não é? - ele parece muito animado. - E você também é muito bonita, Sook noona, você tem um rosto pequeno e delicado.
- Obrigada. - coro de leve.
Preciso contar logo sobre eu e o Jimin para essa criança, porque algo me diz que ele está tendo ideias erradas sobre a nossa amizade. Vejo que estamos nos aproximando do lugar onde combinamos de nos encontrar com o pessoal e decido que tinha de ser agora.
- Kookie, preciso te contar uma coisa. - afirmo e ele me fita curioso. - Eu e o Jimin...
- Que demora! - a voz de Jimin num sussurro logo atrás da minha orelha me faz ter um arrepio. - Pensei que fosse me trocar pelo Jungkookie! - e lá vinha o ciúmes com aquela pitada de verdade.
- Você sabe que não faria isso. - faço um bico e ele me vira em seus braços para me beijar.
- NOONA? E JIMIN? - havia esquecido que o Jungkook estava ao nosso lado.
- É hyung pra você! - Jimin trinca os dentes.
- Era isso que eu tinha pra te contar, Kookie. - dou uma risadinha nervosa. - A culpa é sua e do seu ciúmes!
- O quê? - Jimin continua me abraçando. - E eu tenho culpa do que, mulher?
- Olha o estado do Kookie. - choramingo e aponto para o mais novo que estava chocado.
- Ele só está assim, porque perdeu. - Jimin mostra a língua e eu lhe belisco. - Aí!
- Pare de provocá-lo. - digo séria. - Jungkook?
- Você gosta mais do Jimin do que de mim, Sook noona? - ele faz um bico e seus olhos começam a ficar marejados.
- Não é isso, Kookie. - eu tento abraça-lo, mas um certo ciumento me impede de me mexer. - Jiminnie, pode me soltar, por favor. - tento ser fofa.
- Pra você abraça-lo? - ele nega.
- Jimin, por favor. - peço manhosa.
- Tá. - resmunga e me solta.
- Kookie, eu e o Jimin estamos juntos faz uma semana. - explico. - Mas eu vou continuar sendo a sua irmã mais velha, não vou parar de cuidar de você e gostar de você por causa disso.
- Promete? - ele esfrega um dos olhos como uma criança manhosa.
- Prometo. - sorrio e escuto Jimin resmungar alguma coisa, então lhe lanço um olhar mortal.
- Tem certeza que ele não está te obrigando a nada? - Jungkook espreme os olhos e eu rio. - Tô falando sério, noona, eu dou um jeito nele... ele é pequeno mesmo.
- É O QUE, PIRRALHO?! - Jimin grita, mas eu fico no meio dos dois.
- Jiminnie, não precisa de tudo isso. - reviro os olhos. - E Kookie, não se preocupe, sou eu quem manda na nossa relação.
- Como esperado da Sook noona. - ele sorri e ouço Jimin bufando algo como "não posso com esses dois".
#
O verão já dava as caras então estávamos numa sorveteria que estava cheia por sinal, dessa vez toda a galera estava reunida. Acho que esqueci de mencionar, mas o Yoongi também está dormindo na casa do Hobi e parece que o Jungkook iria passar o resto das férias lá também. Só a Hyun e o Jae que não dormiam sempre lá, afinal os dois tem família aqui em Seul.
- No que tanto pensa? - Jimin me dá um beijo na bochecha. - Hein?
- Nada demais. - respondo fitando-o. - Você não sabe mesmo comer sem se sujar, não é? - rio e pego um guardanapo para limpar um pouco de sorvete que tinha em sua bochecha.
- Ainda bem que eu tenho você. - ele brinca.
- Casal dos baixinhos! - Tae nos chama e Jimin logo revira os olhos.
- O que você quer, peste? - bufa.
- Nada. - Tae sorri quadrado. - Só lembrar os dois que estamos em local público.
- Tae! - Hyun lhe cutuca. - Deixa a menina ser feliz.
E eu achando que ela fosse defender o meu caráter, triste ilusão.
- Como vocês são maus. - Jin faz um bico.
Rapidamente, Namjoon beija o bico do namorado, deixando o Jin bem corado. Sim, os dois eram homossexuais e eu os achava o casal mais fofo da Terra... eu e todo o nosso grupo para falar a verdade.
- Oin. - tanto eu quanto Hyun fazemos.
- Kawaii*. - solto e logo o Tae traduz.
- Fofo. - ele imita uma voz fina.
- Eu não falo assim. - choramingo.
Então o Taehyung decide me irritar e fica falando fino o tempo todo, até que o Yoongi reclama por estar ficando com dor de cabeça. Agradeço mentalmente por isso e noto que há uma sujeira em meus óculos, tiro-os para limpar, mas quase os deixo cair quando Hoseok dá um berro.
- AHHHHH. - ele aponta para mim. - Vocês são muito parecidos... como não percebemos antes?
Cada um deles me encara e depois encara o Yoongi, e todos sem exceção falaram "vocês são com certeza irmãos" e tudo que o meu irmão fez foi revirar os olhos enquanto eu apenas sorria constrangida.
- Agora eu vou me sentir estranha... - murmuro e só o Jimin e o Jungkook escutam.
- Por quê? - Jimin descansa uma de suas mãos na minha coxa.
- Ah, por que parece que eu sou outra pessoa sem óculos. - explico. - Entende?
- Você sempre será a Sook noona. - Jungkook sorri. - Fofa, gentil, inteligente e muito bonita.
- Dispenso seus comentários, pirralho. - Jimin lhe mostra a língua.
- Obrigada, Kookie. - sorrio de volta e depois dou um olhar de "é sério isso?" para o crianção.
- O quê?! - ergue uma sobrancelha. - Ele tá me provocando. - eu apenas suspiro em resposta. - Mas voltando ao assunto... Eu não acho que você deva se achar estranha, pois você é linda com e sem óculos.
- Obrigada, Jiminnie. - fico um pouco corada.
- Mereço um beijo, você não acha? - ele sorri maliciosamente e eu começo a rir.
- Você é fofo, mas ao mesmo tempo safado. - afirmo para depois lhe dar o beijo que pediu.
- Eu sabia que você era a culpada! - uma voz conhecida e irritante faz todos olharem para a ponta da mesa. - Hyun, sua biscate!
- Segura a minha bolsa, Hobi oppa. - Hyun se levanta. - É hoje que a Mi Cu leva uns tapas!
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