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História Você pode falar "não"? - Capítulo Onze


Escrita por: Nymus

Capítulo 12 - Capítulo Onze


Lee SeungHyun não conseguia lembrar da última vez que ficou parado na chuva apenas esperando. Talvez não conseguisse lembrar porque isso nunca aconteceu antes. No entanto, ele estava encostado ao muro da casa velha de JongHoon, notava a água correndo em abundância na ladeira e abraçou-se com frio. Sua roupa Thom Browne estava ensopada e pesava em seu corpo. Foi para a casa de JongHoon assim que conseguira se livrar dos hyungs, não houve tempo para vestir algo menos chamativo ou por uma máscara e um boné.

Sentia-se cansado, mais do que o normal (que já era muito), estava esgotado. Sentia fome também, mas não quis sair dali com medo que JongHoon chegasse e eles não se encontrassem. O amigo não atendia ao telefone e SeungRi não sabia onde ele trabalhava. Estar ali era importante e ele tinha uma boa desculpa para isso. O aplicativo do celular indicava que a roupa que ele deveria usar o final de semana era uma daquelas que estava na casa de JongHoon. Apesar de ter um monte de roupas e ter catalogado todas, ele ficou ficou apertando o botão até que aquela combinação saísse por necessitar de uma boa desculpa para estar ali.

A verdade era que ele queria dormir na casa de JongHoon, apesar de detestar a ideia de que o teto poderia vir a desabar a qualquer instante. Como alguém poderia viver naquele lugar? Não era perigoso? Tinha certeza que com a chuva, uma parede deveria ter cedido. A ideia de JongHoon num lugar desses o preocupava, poderia muito bem convidá-lo para morar em seu apartamento (que era grande) ou em seu barco. Ele não precisava ficar naquele lugar velho.

Esses pensamentos o perseguiram durante aqueles três dias que não viu o amigo ou falou com ele, cada vez que se distraia, estava pensando nisso. Era a coisa mais estúpida que o cantor já pensou, mas queria que JongHoon fosse feliz… Com ele. E SeungRi não era feliz naquele bairro histórico idiota e não gostava do passado.

Estava desenvolvendo uma obsessão por JongHoon e não queria prestar atenção a isso. No entanto, ele estava na chuva gelada esperando pelo outro homem. A paz que ele lhe trazia valeria qualquer coisa, SeungRi tinha certeza.

Suspirou e afastou os pensamentos de sua mente. Estava muito cansado e teria se abaixado se não fosse a enorme quantidade de água que deslizava pela ladeira, Ele podia ter ido embora, mas não queria ir sem sua roupa.

Olhando a água passar velozmente por ele, SeungRi ficou triste. Ou se sentiu triste. Ou se permitiu ficar triste. Apertou suas mãos em volta de seus braços e afastou-se do mundo por alguns instantes, enquanto odiava todo mundo por o obrigarem a fazer aquilo que ele não queria.

Moveu a cabeça para o lado no instante que JongHoon surgiu com sua roupa barata e um guarda-chuva que qualquer vento poderia destruir com facilidade. Ele carregava uma sacola de papel na mão livre. Os dois se olharam e SeungRi descolou-se da parede, querendo apenas se aproximar dele.

— Mas o que…? Você está todo molhado — JongHoon observou o óbvio e SeungRi notou a rudeza naquela afirmação. — O que está fazendo aqui?

— Eu preciso das minhas roupas — explicou, sua voz saiu trêmula e quase não venceu o som da chuva.

JongHoon ergueu uma sobrancelha enquanto o encarava com aquela firmeza que deixava SeungRi tonto e lhe entregou o guarda-chuva para depois abrir o portão de madeira da casa. A tinta estava descascada e SeungRi odiava aquele aspecto de mal cuidado ou velho. Os dois entraram e JongHoon o conduziu até a entrada. Ali, tiraram os sapatos encharcados, ele deixou a sacola no chão de madeira velho e olhou em volta, para dentro da casa escura.

— MinHwan? — JongHoon chamou e sua voz ecoou pela casa, aparentemente vazia, e depois olhou para SeungRi. — Vamos para o banheiro para que possa tirar essas roupas e se aquecer...

SeungRi fez o que foi ordenado, caminhou pelo piso até o banheiro, enquanto JongHoon o escoltava, acendendo as luzes, os passos dos dois fazendo o chão ranger. No banheiro, SeungRi ficou surpreso quando JongHoon avançou sobre ele e começou a retirar seu casaco ensopado e puxou a camiseta para fora. Não houve contestação do cantor, ele colaborou para ficar despido, ainda com frio e muito cansado. As mãos do amigo foram para mexer na fivela do cinto e então, ele parou e o encarou. Dedos quentes, mãos quentes, movimentos que evitavam tocá-lo, mas a cada deslizes, SeungRi sentia uma pontada elétrica passar por eles.

Agora que estava tão perto, SeungRi podia sentir todo o calor que vinha do corpo dele. Sentiu uma vontade idiota de se aninhar contra ele e absorver tudo o que poderia ser absorvido. As mãos de JongHoon afastaram-se dele e o dono da casa desviou os olhos, olhando em volta como se estivesse procurando por alguma coisa.

— Tem toalhas e pode usar aquele roupão — JongHoon indicou a peça pendurada na parede. — Tem água quente — disse e foi abrir o chuveiro para provar a SeungRi o que falava — minhas coisas são a da direita. Não ouse mexer nas coisas do Minari, você entendeu?

SeungRi assentiu e travou os dentes que estavam batendo uns contra os outros de frio. Como se ele tivesse alguma vontade de mexer nas coisas de Minari… JongHoon o olhou com uma expressão carinhosa e deu um breve sorriso.

— Tire essas roupas molhadas e se aqueça. Eu vou preparar algo para você comer.

JongHoon saiu do banheiro e encostou a porta. O ranger da madeira indicaram que ele se afastou e SeungRi suspirou. Os dedos estavam enrugados, mas o cantor conseguiu livrar-se do restante das roupas e deixar na borda da banheira, onde JongHoon havia deixado as demais peças. O celular e a carteira ficaram em cima da pia.

Olhou-se no espelho, de relance. Estava pálido, os cabelos colados no rosto e pescoço, seus lábios tremiam, as imensas olheiras o transformavam numa pessoa doente. Nunca teve problemas com sua imagem - e não poderia ter por ser um idol - mas não estava conseguindo se olhar no espelho por não gostar do que estava vendo.

A água estava bem quente e ele gemeu de satisfação por afastar aquele frio. Embaixo da ducha eficiente, ele apanhou um dos frascos dos produtos de JongHoon. Abriu e cheirou. Era aquele perfume que o enlouquecia. Capim-limão. Uma marca de produtos naturais que ele desconhecia (e que passaria a fazer parte do seu banheiro num futuro breve). Ansioso, ele espirrou um monte de sabonete líquido nas mãos e passou no corpo.

O frio desapareceu quase que instantaneamente. Seu sangue voltou a circular, agora mais rápido e muito mais quente. Todo o seu corpo despertou do torpor do frio e do cansaço. Por segundos, longos segundos, SeungRi sentiu como se fosse o próprio JongHoon que o estivesse abraçando e tocando. Não conseguia evitar por mais esforço que fizesse.

Fechou os olhos e sua mão desceu alcançou o pênis duro. Estava acontecendo. Ele era um pervertido nojento e a cada dia sua situação piorava. Talvez devesse buscar ajuda. Talvez devesse ter Cindy por perto mais vezes. Encostou a testa na parede e conteve um gemido, enquanto se masturbava com a mão ensaboada. Nojento. Simplesmente nojento. E não conseguia parar até que gozasse.

Quando isso aconteceu, ele abriu os olhos e olhou sua mão e seu pênis. Era nojento, ele sabia, mas era bom demais. Um orgasmo podia colocá-lo em ordem e ele poderia se focar no que deveria ser feito. Toda a intensidade despertada por seus sentidos, sumiu. Agora, estava mais sem forças do que antes. Terminou o banho, secou-se com umas das toalhas indicadas e depois vestiu o roupão.

Arrastou-se para fora do banheiro, notando que JongHoon deveria ter secado o piso molhado, e foi em direção a cozinha, perseguindo o cheiro delicioso que vinha pelo corredor. Notou o balde no corredor que servia para conter uma goteira no teto. Odiava aquele lugar. Para a sua surpresa, Minari estava ali, atrás de JongHoon tentando ver o que o outro estava fazendo. A intimidade deles o irritou, mas SeungRi não tinha mais qualquer força para expressar isso. Queria que Minari sumisse e que não se aproximasse mais de JongHoon. Nunca mais.

— Curry? Eu quero! Mas por que está fazendo isso? — Minari perguntou. Usava um terno vagabundo que SeungRi tinha certeza que estava remendado nas costas. O homem virou a cabeça e o viu parado. — Ah, é você… — falou com total desinteresse, deixando claro que a antipatia era recíproca.

JongHoon olhou para trás e levou um dedo a boca, para limpar de algum respingo do curry. SeungRi não conseguiu evitar o pensamento nojento sobre lamber aquele dedo. Os olhos do amigo estavam tão preocupados. JongHoon afastou-se da panela e se aproximou, segurando SeungRi pelo braço e o levando até a cadeira. O cantor deixou que ele o guiasse e sentou-se. JongHoon fechou bem o roupão que o cantor vestia e deu um sorriso. Minari revirou os olhos e foi embora.

— Você está se sentindo melhor?

SeungRi afirmou com a cabeça. Talvez devesse pedir desculpas por ter se masturbado no banheiro dele, mas não sabia se essa questão deveria ser levantada. JongHoon não iria querer saber como afetava o pau de Seungri, ele parecia uma pessoa decente (apesar de frequentar o Androxus - mesmo que Seungri não pudesse pensar direito sobre aquele ambiente doentio). Em algum lugar da sua mente, havia culpa por estar sempre com o pau duro quando pensava em JongHoon, no entanto, ele era bastante hábil em esconder isso. O que ele poderia fazer quanto a isso? A presença de JongHoon já o excitava, Seungri queria se exibir para ele. O perfume dele o enlouquecia da maneira menos saudável possível: a sexual. Os olhos dele eram tão poderosos que Seungri tinha certeza que não havia olhar similar no mundo.

JongHoon saiu da cozinha e Seungri olhou em volta. Os armários que estavam vazios, agora tinham comida, o ambiente parecia mais acolhedor com imãs de geladeira em formato de pássaros. Aquela cozinha era um imenso contraste entre o velho, o pouco e aquela cafeteira italiana. Quando o dono da casa voltou, estava com um pequeno aquecedor, ligou e o colocou na direção de SeungRi. O cantor do BigBang sorriu um pouco, facilmente confortável por todos aqueles cuidados. JongHoon podia dar todas as ordens que quisesse que Seungri iria cumprir sem questionar.

Estava a vontade, acomodado na cadeira, envolto no roupão macio, perfumado e aquecido. As forças que movimentavam seu corpo sumiam lentamente. Ele quis acompanhar todos os movimentos de JongHoon, no entanto, notou as pálpebras pesadas. Fechou os olhos para descansar uns minutos.

Acordou quando uma toalha foi colocada em sua cabeça. Na mesa, havia um prato de curry fumegante. JongHoon apareceu em seu campo de visão.

— Coma.

O viu sentar-se na outra cadeira, do outro lado da mesa de bar. Apanhou a colher e comeu. Não era o melhor curry que ele já provou, não estava tão bem temperado e estava muito quente. Apesar disso, ele limpou o prato, sabendo que JongHoon o observava intensamente. Não havia como não se sentir melhor depois de uma refeição.

JongHoon sorriu e levantou-se, o levando até o quarto que SeungRi conhecia. Havia uma camiseta e uma bermuda em cima da cama de lençóis limpos. Tudo estava como ele lembrava: muito limpo e muito velho, o espelho partido e as roupas penduradas em cabides na parede.

— Vista isso para que possa dormir melhor.

SeungRi deixou o roupão escorregar por seus ombros e tirou a toalha da cabeça. Nu, ele andou até a cama e vestiu as roupas. Quando olhou para JongHoon, ele já estava segurando o roupão e o olhava ironicamente. Parecia que ele ia dizer alguma coisa, mas o viu suspirar e desviar os olhos.

Aquela cama de casal, provavelmente, era o melhor lugar do mundo. Ao menos, para SeungRi naquele momento. Não esperou permissão para sentar-se na cama. JongHoon se aproximou dele e apanhou a toalha, depois jogou na cabeça do cantor.

— Você não pode dormir com o cabelo molhado.

— Eu não vou dormir… Eu vou apenas…

— Seque agora o cabelo.

As mãos se SeungRi apertaram a toalha contra seu cabelo. Não queria mexer neles, iam ficar grudados na toalha, ele ficaria com vergonha. Não queria mostrar que estava mais doente do que já aparentava estar. Suas mãos não mexeram muito e logo ele desistiu.

JongHoon se aproximou dele, jogando o roupão no ombro e tocou em sua cabeça. SeungRi esperou um movimento brusco, mas foi surpreendido com uma leveza agradável. JongHoon estava massageando seus cabelos com a toalha e o toque o deixou ainda mais com sono.

— Eu não sei qual é o seu problema — JongHoon murmurou, ainda cuidadoso com a toalha — mas você não pode aparecer aqui assim. E não devia ficar na chuva.

— Eu preciso da roupa — SeungRi respondeu no mesmo tom, fechando os olhos e saboreando a sensação do toque e da proximidade do outro homem.

— Não precisa. Você é rico, deve ter muitas roupas. Deve ter um quarto desse tamanho só para roupas.

Ele tinha razão e não houve uma resposta direta sobre isso.

— Me desculpe… Eu só queria descansar um pouco — confessou.

— Você acha que aqui é o lugar mais apropriado para isso? Por que não foi na casa da sua namorada? Tenho certeza que ela lhe faria uma massagem para amenizar esses arranhões nas suas costas…

SeungRi teria se inclinado para encostar sua cabeça em JongHoon, mas o movimento foi impedido. Engoliu um lamento e tentou abrir os olhos, sem muito sucesso. Queria explicar que Cindy foi ideia de JiYong-hyung, que não significava nada. A boca não conseguiu emitir nenhuma palavra e ele queria esfregar seu rosto na barriga de JongHoon.

— Ou você só gosta de foder com ela e não quer que ela cuide de você? Aposto que ela é melhor para isso do que eu.

Não, SeungRi pensou, você é perfeito.

— Você está me enlouquecendo e eu sou um idiota por permitir isso — JongHoon resmungou e afastou a toalha. O gesto fez com que SeungRi abrisse os olhos e olhasse para cima, para encará-lo. Os dois sustentaram os olhares e JongHoon moveu a mão e tocou o rosto de SeungRi. O cantor quase gemeu com o gesto. — Você não está com febre. Pode dormir aqui. Eu vou arrumar sua bagunça.

Gentilmente, as duas mãos de JongHoon foram para os ombros de SeungRi e ele o empurrou na cama. Fascinado, o cantor permitiu o movimento, desejando que o homem deitasse na cama também. Nada disso aconteceu. JongHoon o cobriu com o lençol e lhe deu um tapinha no ombro.

— Pode dormir — assegurou. — Eu vou estar aqui quando você acordar.

SeungRi nem poderia desafiá-lo ou contemplar a saída do dono da casa do quarto. Ele fechou os olhos e dormiu.

 

 

JongHoon estava com as mãos no rosto quando escutou passos na cozinha. Não precisava olhar para saber que era Minari. O ouviu servisse do curry e sentar-se na cadeira que SeungRi estava ocupando antes.

— Onde ele está?

— No quarto. Dormindo — JongHoon respondeu, ainda com as mãos no rosto. As afastou depois e encarou Minari. Sentia-se cansado. Havia pendurado as roupas encharcadas, pegou o aquecedor que estava na cozinha e levou para a porta para tentar secar aqueles sapatos de couro estrangeiro do amigo. Secou toda a madeira do corredor, arrumou as toalhas e o roupão.

E nada disso teria sido necessário se SeungRi não tivesse aparecido. JongHoon queria ficar bravo com ele, queria mandá-lo embora, mas não conseguia. SeungRi era um gatinho carente, que vinha a sua porta pedir abrigo, comida e proteção. Ele queria que SeungRi se sentisse bem e confortável, queria cuidar dele. E, que todas as entidades do universo o perdoassem, queria beijar aquela boca e fazê-lo gemer com sua língua, depois explorar cada milímetro daquela pele com seus lábios e deixar SeungRi mais relaxado.

A visão daquele corpo nu não iria sair da sua mente tão facilmente. Um maldito exibicionista. Lembrou-se das marcas de unhas nas costas de SeungRi e afastou os pensamentos eróticos. O único ali que não estava transando com alguém era JongHoon. Aquelas marcas provavam o que JiWoo lhe falou, sobre SeungRi ser visto com uma mulher loira. E quem não iria querer sair com o cantor? Não podia culpar a mulher por fazer algo que ele mesmo queria fazer. A culpa era sua por não achar mais ninguém interessante desde que conheceu SeungRi.

Deveria se lembrar o tempo todo: hetero, famoso, adorado. Nada que estava a seu alcance. Tinha que ter isso em mente sempre. E o mais fundamental de tudo: a culpa era sua por SeungRi estar na sua porta daquela maneira, afinal, foi ele que começou com esse negócio de serem amigos. Primeiro porque os dois hyungs o pagaram para fazer isso e depois, porque ele realmente quis ser amigo do cantor.

— O que está acontecendo com você?

Era uma ótima pergunta. Queria palestrar sobre isso.

— Eu não consigo mandá-lo embora.

— Eu achei que já tínhamos conversado sobre isso. Ele é famoso, Hoonie. Ele não é como nós, logo as pessoas vão perguntar o que ele está fazendo aqui. Vamos ser incomodados pela fama dele.

Minari era uma pessoa bastante reservada. Apesar do seu discurso, ele tinha uma banda que tocava em alguns eventos, o FTriple. JongHoon os ajudava carregando os instrumentos, ou como guitarrista quando o oficial não podia comparecer. Minari gostava da tranquilidade da vida e JongHoon entendia o medo dele. A banda tinha um sucesso restrito, Minari se esforçava para que o grupo não saísse daquele ambiente confortável. Achava que o sucesso era uma loucura e não queria ter gente bisbilhotando seu lixo ou controlando suas ações.

— Vou falar com ele.

Ficaram em silêncio. Escutaram o som da chuva no telhado e o sopro do vento nas janelas quebradas. JongHoon observou Minari comer o curry, lembrando dos lábios de SeungRi e como o pomo-de-adão se mexia quando o cantor engolia. Tudo o que o cantor fazia parecia calculado para ser sensual.

— SeungRi-sshi parece infeliz — Minari comentou e trouxe JongHoon de volta a realidade. — Pensei que os idols fossem felizes, mas até eu fico com dó dele. O coitado parecia um fantasma. Você acha que pode ser drogas?

— Oh, sim, a droga dos hyungs dele — JongHoon respondeu, irritado.

— Não se meta com essas pessoas, Hoonie.

— Eu não quero… Me desculpe, Minari. Estou quebrando nossas regras e eu vou cuidar disso.

— Eu sei que vai. Nunca o vi deixar qualquer pendência. Eu sei que vai fazer o certo porque sabe que isso que está acontecendo aqui, não vai dar certo — fez uma pausa. — SeungRi-sshi gostou do curry da bisá? Aposto que não é o tipo de comida que ele está acostumado.

— Eu acho que ele não gostou muito.

— Por que ele comeu então?

— Eu não sei… Eu não sei porque ele faz essas coisas.

— Ele deve ter notado que não teria como preparar algo melhor do que isso.

JongHoon sorriu e balançou a cabeça. A comida da bisavó de Minari era o que os mantinha durante muito tempo. A velha senhora gostava de cozinhar para os dois rapazes. Como não tinham um fogão decente, se acostumaram a esse pequeno carinho.

Minari terminou a refeição e depois lavou toda a louça e guardou a comida que sobrou. Ele desejou boa noite e foi para seu quarto. Sozinho na cozinha, JongHoon ficou encarando a parede, até ter a vontade de se levantar, tomar um banho e ir para seu quarto.

Observou SeungRi dormir pesadamente e teve vontade de tocar no cabelo dele e acaricia-lo. Manteve as mãos ocupadas, colocando o futon no chão e deitando depois. Ele ficou de lado, olhando para SeungRi até que dormiu.



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