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História Você pode me amar, não pode? - Apenas... Um "desenho"


Escrita por: PatyDoce

Notas do Autor


Oi gente!

Desculpa ter demorado ;-;
Eu demorei pra postar porque minha mãe tinha confiscado meu filho (PC)
(Sim, triste né?)

Bom... Obrigada pelos comentários (fico muito feliz quando vejo que as pessoas estão gostando ;)
Bjos e......

Boa leitura~<3

Capítulo 11 - Apenas... Um "desenho"


Fanfic / Fanfiction Você pode me amar, não pode? - Apenas... Um "desenho"

“Hey, acorde, acorde.” Pedia uma voz em enquanto dormia.

“Vamos, levante. Abra os olhos e olhe ao seu redor. Você tem que acordar, por favor.”  Pediu novamente

Era uma voz feminina, mas não dava para reconhecer. Mas como ela pediu para eu abrir os olhos, fiz o que disse.

Mas... Quando eu abri os olhos, eu acordei de verdade, foi estranho, porque um minuto antes eu estava sonhando, e a voz pediu para eu acordar, assim fiz e... Acordei. 

Meus sonhos são muito loucos. Mas esse foi muito diferente dos outros. 

- Agora... – Me espreguicei enquanto me sentava no colchão. – Eu tenho 18 anos... Hehe. – Me virei e sentei na beirada da cama, esticando minhas pernas, e balançando meus pés para frente e para trás. – Eu sinto que esqueci de algo.

Me levantei e comecei á andar para um lado e para o outro, mordendo meu dedo pensativa.  

Que merda, o que que era? 

Fui em direção ao banheiro, mas não estava olhando para frente. E quando menos esperei, bati minha cabeça na parede, fazendo um barulho muito alto. Foi tão forte que eu caí no chão, apoiada com os braços no mesmo.

- Ai caralho. – Coloquei minha mão na testa, que foi onde bati minha cabeça. – Puta que pariu. Vai ficar um galo tão grande.

Vai se foder parede. Pensei me levantando, mas quando eu me virei.

- De onde vocês saíram? – Indaguei para os seis irmãos ali no meu quarto, apenas me observando.

A minha mão ainda estava na minha testa, e eu olhei a expressão de cada um... Ayato estava se segurando pra não rir de mim, Reiji apenas arrumando seus óculos irritado, e o resto não queria nem saber de nada.

- Nós apenas ouvimos o barulho vindo de seu quarto e achamos que você tinha fugido Panqueca. – Respondeu o ruivo, colocando a mão na boca pra não rir da minha cara.

- Ata. Ayato pode rir, eu sei que você tá quase morrendo engasgado. – Falei, e o mesmo começou a rir.

- Ahh, isso foi demais. – Dissera.

- Demais. – Ironizei cruzando os braços. – Eu quase fiquei com traumatismo craniano e você diz que é demais... Legal. – Semicerrei os olhos na direção do mesmo.

- Pare de fazer drama. – Dizia Reiji olhando de canto para mim. – Como só foi isso, vou me retirar, com licença. – Ele saiu pela porta, e os outros fizeram o mesmo, só Ayato que ficou, ainda rindo de mim.

Ayato vai tomar no cu.

- Panqueca você é muito engraçada. – Disse enxugando uma lágrima, ainda rindo de leve. – Eu fui o primeiro á chegar, por isso que eles não estavam rindo. Mas... É melhor você pegar um saco de gelo e colocar na sua testa. 

- Tá. – Abaixei a cabeça porque estava com preguiça e não queria descer. Então minha mente me deu uma brilhante ideia. – Heeey, Ayato. – Fiz uma voz manhosa. – Você pega o gelo pra mim?

- Não. 

Desgraça.

- Por favorzinho, em Ayato-sama? – Dessa vez me aproximei mais, e fechei as mãos como se estivesse fazendo uma oração. – Em? – Meus olhos começaram a brilhar.

- Não, vai você, é só descer as escadas e ir na cozinha. – Virou a cabeça pro outro lado, evitando contato visual.

- Ayato-sama, eu juro que faço um desenho seu, se você for lá e trazer o saco de gelo pra mim. – Pedi de novo, andando para mais perto dele.

- Desenho? – Falou em um tom de deboche, virando a cabeça para olhar para mim. – Até eu faço isso. Ayato-sama sabe desenhar muito bem. – Sorriu orgulhoso.

- Mas eu faço um exclusivo, só pra você. – Inflei minhas bochechas, me segurando para não rir do que ele disse.

- Então me mostre um de seus desenhos. – Me desafiou.

Se segura Hana, apenas desenha alguma coisa, e mostra. Pensei brava, por ter que ficar fazendo aquilo para ele descer e pegar o gelo pra mim.

- Ok, eu mostro. – Fui em direção á escrivaninha, peguei um lápis e uma folha em branco. – Ayato olha pra cá. – Pedi, pois eu ia desenhar só os olhos dele, se eu falasse “Então esquece que eu mesma vou pegar”, ele acharia que eu estava apenas o enrolando, e não, eu não faço isso.

Ele se virou como pedi, e comecei a desenhar seus olhos verdes. Mas uma coisa que eu vi enquanto desenhava, é que quando você olha muito para uma pessoa, mais detalhes você observa e eu vi que as íris dele tem um formato diferente. É como se fosse um triângulo de cabeça para baixo, e brilhava, é muito bonito, e de tanto olhar, parecia mais um tipo de feitiço, me hipnotizando. 

Que... Doido.

- Panqueca... – Se aproximou, enquanto eu estava viajando. – Panqueca! – Chamou de novo, me libertando do transe em que estava. – Você terminou? – Perguntou, vindo em minha direção.

Olhei para a folha e vi que já tinha desenhado, então a levantei e ele pegou, analisando o desenho feito em poucos minutos.

- Até que você não é ruim. – Sorriu de canto. – Eu vou ficar com o desenho, e você faz outro desenho meu, e eu vou pegar um saco de gelo, já volto.

Deu certo! Comemorei mentalmente, fazendo um sinal de soco.

Ele se tele transportou e eu fui no armário, para pegar uma roupa e me trocar. Peguei um short, e uma blusa de manga comprida, e fui em direção ao banheiro correndo, mas dessa vez olhando pra frente claro. Eu parei perto da parede onde havia batido a testa e não evitei e disse:

- Foi tudo culpa sua tijolo. – Continuei meu caminho, entrei no banheiro e o tranquei, mesmo que não faça diferença já que eles se tele transportam.

Me vesti rápido e escovei os dentes. Saí do banheiro e dei de cara com o ruivo, que praticamente jogou o saco de gelo na minha direção.

- Puta merda. – Reclamei baixo, pegando o saco de gelo ainda no ar e coloquei na testa.

- Bom, quando você vai desenhar? – Perguntou colocando as mãos em sua nuca.

- Agora se quiser. – Falei piscando pra ele. – Pera aí. Por falar em desenho... Eu não entreguei o quadro pro Kanato, fodeu. – Apertei o saco de gelo na testa ainda dolorida, e gemi de leve por isso.

Eu olhei para o lugar que a tela estava, mas ela não estava lá, então ele já deve ter pego. Urfa, era isso que eu estava tentando me lembrar.

- Tela? – Indagou.

- Esquece. Bom. – Me sentei na cadeira da escrivaninha, e olhei para ele. – Você vai querer seu desenho em preto e branco, ou colorido? – Perguntei.

- Preto e branco. – Puxou uma cadeira para se sentar perto de mim.

- Ok, você vai ter que fazer uma pose, e aí eu desenho. – Expliquei ainda com o gelo na testa.

- Pose? – Inclinou a cabeça pro lado.

- Sim, hm. – Pensei em um jeito que ele poderia ficar. – Ah! Já sei. Sorria. – Pedi.

- Tá tá. – Revirou os olhos, e esboçou um sorriso, mostrando suas presas. – Assim? – Disse ainda sorrindo, com os olhos fechados.

- Isso! – Falei animada. - Fica assim. Não se mexe! Se não vai sair errado. E nem tenta falar! – Mandei, enquanto colocava o gelo na mesa.

Ele apenas murmurou um “Aham” e eu comecei a desenhá-lo.

A cada traço que eu fazia, eu notava mais os detalhes de seu rosto, e era quase como se não tivesse erro algum em sua expressão, quase como se... Não houvesse defeitos. 

Que estranho. Mas acho que é por isso que as garotas não param de falar dele na escola.

- Poxa Ayato, você é tipo perfeito. Hehehe. – Comentei, e vi ele corar. - Que bebê mais fofinho, eu tenho que desenhar suas bochechas coradas. – Brinquei, querendo apertar suas bochechas.

Sentia como se ele quisesse me quebrar ao meio, mas ele não se mexeu, e isso significa que ele realmente quer esse desenho. Mas em vês de me quebrar, ele rangeu os dentes, se segurando, e eu ri, porque era realmente engraçado.

Alguns minutos de passaram, e eu tinha acabado o desenho.

- Pega Ayato-sama. – Entreguei o papel para ele, e depois o mesmo parou de sorrir, e colocou as mãos em sua bochecha dolorida.

- Aí, tá doendo. – Reclamou, mas quando olhou o desenho, ele arregalou os olhos e disse. – Que demais! Você tem que me desenhar mais vezes. – Tentou sorrir. – Aí, ainda tá doendo.

Me aproximei e massageei suas bochechas, e ele corou de leve, olhando pra mim.

- Isso é só um favor. Bebê-sama. Hehe.

- “Bebê-sama”? – Repetiu em tom de deboche, ainda corado.

- Você parece um bebê, não é? – Apertei de leve suas bochechas, e sorri. – E você cora com qualquer coisa.

- Tch! – Revirou os olhos.

Eu soltei suas bochechas, e estava com fome, até que lembrei da merda do café da manhã. Então falei:

- Ayato, eu vou tomar café da manhã. Você vem? – O chamei, me levantando.

- Não. – Fez bico, enquanto segurava seu desenho.

- Vamos logo Bebê-sama. Para de birra. – Falei tentando o puxar pelo braço.

- Tá, Panqueca. – Ele se levantou deixando o desenho na escrivaninha, e chegou muito perto do meu rosto, e beijou minha bochecha. – Há há há. VOCÊ que cora com qualquer coisa, Pan-que-ca. – Zombou de mim, que estava super vermelha.

- Vai á merda. – Me virei, e peguei Bonnie que estava na cama.

Ele riu fraco, e fomos tomar café. Ele deve adorar me irritar, só pode. Porque ele não parava de me provocar, e eu estava me segurando pra não bater nele... O caminho inteiro, ele ficava me perturbando. Mas nós temos nos aproximado mais... E eu sinto que também quero ser amiga dele.

Humpf, pensamento estranho pra uma garota que gosta de se isolar... Não acredito nisso... Pensei puxando uma cadeira, me sentando e bebendo um suco de uva.

Todos estavam presentes, mas eu juro... Eu odeio esse silêncio entre todos eles. Já está me irritando. Tenho vontade de fazer algo, mas não tenho ideia do que dizer.

- Não suporto isso. – Resmunguei irritada, mas em um tom baixo, não queria que eles ouvissem isso.

- O que Bitch-chan? – Perguntou Laito, sorridente como sempre, e dando sua típica risada.

- Deixa pra lá. – Estava séria, e depois disso, se manteve aquele silêncio novamente.

Mas então vou aproveitar e pensar, já que não tenho nada para fazer, em vês de comer...

Ontem na floresta eu escutei aquele assovio... Quem que está fazendo isso? Tantas coisas tem acontecido, e eu nem sei o que fazer.

Aqueles lobinhos de ontem... MEU DEUS. OS LOBOS. Onde será que eles foram parar? Será que o Kanato trouxe eles pra cá? Que inferno.

Depois eu vou procurá-los no jardim. 

    ~    //    ~

Como pensei antes, eu estou no jardim, com meus fones, escutando música clássica, enquanto ando olhando para os lados, procurando os pequenos filhotes. 

Não acredito que os perdi.

Eu andava por uma área que nunca tinha visto, um jardim, cheio de rosas brancas, era muito bonito, e ainda tinha uma grande torre no centro de todas as rosas, eu ia em direção á ela, por conta da beleza e curiosidade, só não fui porque vi um albino cuidando das rosas.

Me aproximei dele e tirei os fones, ele estava sorrindo.

- Oi Subaru. – Falei olhando ao redor daquela imensidão de flores brancas.

- Oi. – Respondeu-me, nem tirando os olhos das flores. Ela parecem importantes pra ele.

- Quer ajuda? – Perguntei chegando mais perto. Ele assentiu. – O que eu faço?

- Molhe as rosas, tem uma mangueira bem ali. – Apontou para a mangueira.

- Ok. – Andei até a mangueira, pegando a mesma, e a liguei, começando a regar as rosas.

Tão lindas. Pelo visto é ele que cuida delas.

Sobre os lobos, ainda vou procurá-los, mas acho que vou dar uma olhada na floresta de novo, vou chamar o albino pra ir junto comigo.

- Subaru! – O chamei de longe, e o mesmo tirou a atenção das plantas, olhando pra mim. – Você viu dois lobos por aí!? – Gritei, e ele negou.

Onde estão meus pequeninos? Será que eles estão bem?

Botei meus pequenos fones, coloquei Bonnie em um canto e continuei regando e pensando em coisas aleatórias, aproveitando a minha doce música.

Hoje vou para a escola, que grande merda... Mas Reiji me disse que logo logo começariam as avaliações, e eu tenho que passar em todas, mas eu não sei quase nada do conteúdo, vou ter que pedir ajuda. Vou perguntar para cada um deles. Se ninguém me ensinar, aí é Game Over pra mim, e eu não quero perder.

Acho que para eu passar de ano, vou ter que fazer uma prova com todos os conteúdos que eles passaram. É... Me lasquei... 

    Alguns minutos depois

Terminei de molhar as rosas, e Subaru acabou de fazer o que estava fazendo. Estou guardando a mangueira e pegando Bonnie.

- Obrigado. – Agradeceu o albino, corando de leve.

- De nada. – Sorri terminando de guardar a mangueira. – Mas você pode me fazer um favor?

- Que favor? – Perguntou.

- Você pode ir na floresta comigo? – O respondi com outra pergunta, enquanto andávamos pelo caminho de rosas até a entrada da mansão.

- Não.

Já foi o Ayato, agora VOCÊ também não!

- Por quê? Por favor. – Fiz bico, implorando para ele ir.

- Que que você vai fazer lá? – Parou de andar, se virando para mim.

- Eu quero procurar algo... – Respondi, abraçando Bonnie. 

Acho que se eu disser o que é, ele não vai vim.

- Então vá sozinha. Isso não é problema meu. – Dissera voltando á andar.

    Hana OFF:.

    Narrador ON:.

O albino continuou á andar, e a garota ficou parada com sua pelúcia, cabisbaixa.

- Por favor... Vem comigo. – Pediu ela com a voz triste, e ele se virou para vê-la.

Não se sabe o que ele sentiu ao ver ela assim, ele ficou com vontade de ajudá-la, ficou um pouco surpreso, mas logo foi em direção á morena, e colocou as mãos em seus ombros, respirou fundo e disse:

- Vamos. – O mesmo corou e tentou olhar pro outro lado.

Ao dizer isso, os olhos dela brilharam, e ela sorriu de um jeito diferente. Que encantou o albino, e o deixou mais corado ainda. Ela riu fraco por ele corar tão facilmente.

Seu sorriso é diferente. Pensou ele, enquanto iam em direção á vasta floresta.

Andaram e andaram, até que ele perguntou.

- O que você está procurando? – Colocou as mãos no bolso, enquanto andavam pela floresta.

- Dois... Filhotes de lobos. – Respondeu com medo do albino deixá-la ali sozinha.

Ele ficou perplexo.

- Lobos? – Repetiu.

- Sim... Lobos.

- Eles são perigosos, como conseguiu chegar perto de um?

- Ontem eu estava andando com o Kanato por aqui, aí eles apareceram, e, por que eles são perigosos? – Explicou e perguntou, se virando para encará-lo.

Por um instante, Subaru se lembrou da outra noiva, Yui Komori, que fez quase a mesma pergunta que a morena. Mas não teve a oportunidade de tocar em um dos lobos.

    Narrador OFF:.

    Flashback ON:.

- Subaru-kun, por que esses lobos são tão perigosos assim? – Perguntava a loira, sentada na beira de sua cama, observando a pequena luz que entrava em seu quarto á noite.

- Eles vão te capturar. Só fique longe deles, e fique no lugar que combinamos. – Tentou explicar, se sentando em uma cadeira qualquer.

- Ah sim. – Abaixou a cabeça triste, pois a garota gostava de animais, e não queria pensar que eles, os vampiros com quem morava, matariam tantos lobos apenas para protegê-la de um ataque. – Espero que tudo dê certo. Né? – Sorria otimista. – Vocês estão dando tudo de si para me proteger.

O albino ficou quieto, apenas observando á lua através da janela, pensativo, querendo acreditar que tudo daria certo...

Aquela foi a última vez que ele conseguiu conversar com Yui. Depois daquele dia, nenhum deles, nem ninguém, conseguiu achá-la...

    Flashback OFF:.

    Narrador ON:.

- Ei! Subaru. – Chamou a morena estalando os dedos para tentar “acordá-lo”.

- Não vou deixar isso acontecer de novo. – Dizia para si mesmo, rangendo os dentes, com puro ódio.

- Subaru! – Gritou Hana, libertando o albino de seus pensamentos dolorosos.

- O que foi? – Perguntou calmo, coisa que ele não tinha, e isso á surpreendeu.

- Você não me respondeu o porquê que lobos são perigosos.

- Os lobos vão tentar te caçar. – Explicou.

- Mas aqueles lobos não nos atacaram naquele dia, eles queriam me proteger.

- Proteger? – Parou de andar, falando aquilo em um tom irônico. - Da última vez... Eles levaram a nossa noiva. Você também quer ir junto? – Ele prendeu a garota contra a árvore, segurando seus pulsos fortemente.

Ela deu um gemido de dor, por ele estar apertando tão forte.

- Humpf. – Murmurou, começando á cheirar seu pescoço. – Seu cheiro... É delicioso. – Lambeu o local que iria morder.

- Não! – Hana tentou resistir, mas o albino era o mais forte dos seis irmãos, então todo seu esforço foi inútil.

Depois que a garota havia se cansado, Subaru mordeu seu pescoço, soltou os pulsos da morena e envolveu seus braços nas costas dela, não á deixando cair. 

- A-a... Dor, vai... Aumentar. – Falava ela com dificuldade, mas foi completamente ignorada.

Ele retirou suas presas da garota, ainda á segurando.

- É tão gostoso... Seu sangue. – Tentou se controlar para não mordê-la novamente, pois a mesma desmaiaria se ele tomasse de mais de seu delicioso sangue. – Se eu não me controlar acabarei te matando.

Ele a segurou no colo, e a colocou sentada encostada na árvore, esperando ela recuperar as forças para poder andar.

- Porra Subaru. – Dizia ela, colocando a mão na testa, sentindo a mesma doer novamente.

- Quero que fique com isso. – Ele tirou um punhal de prata de seu bolso, se abaixou e colocou nas mãos da garota, que tentava entender o que tinha acabado de acontecer.

Deve ser uma piada né? Pensou ela.

- Por que está me dando isso? – Perguntara.

- Para se defender de nós, este punhal pode matar vampiros. – Explicou. – Se der uma facada no coração de um vampiro, ele morrerá.

- Também mata humanos? – Ela tinha um olhar maligno.

- Sim, e animais também claro. Mas por que perguntou isso? – Ele ficou surpreso por ela perguntar algo daquele tipo.

- Só por precaução sabe? – Respondeu. – Só por... Precaução. – Ela guardou o punhal no bolso, e encarou o vampiro á sua frente. – Olha, pra ser sincera, eu não vou matar VOCÊS, eu vou usar isso para me defender de... – Pensou. – “Outros seres”.

- Uhm. – Ele achou interessante essa resposta que ela deu, não esperava algo assim vindo de uma garota, principalmente dela, que poderia matá-lo ali e agora, mas disse que não quer fazer isso, porém, ele gostou dessa característica que ela tinha, e riu, bagunçando sua franja. – Você é interessante... – Dizia o albino, se levantando.

Ela riu, e tentou se levantar, se apoiando na árvore. 

- Obrigada. Isso vai ser muito útil. – Agradeceu. – Mas, se eu provar que posso me defender... Você deixaria eu ficar com os lobos?

- Talvez. – Respondeu, ele queria saber se ela seria capaz de usar o punhal que ele lhe deu.

- Tá... Mas vocês tem alguma área de treinamento na mansão? – Indagou, olhando o albino.

- Devemos ter... Eu acho. – Coçou a cabeça tentando se lembrar.

- Que ótimo. – Ela abaixou sua cabeça, sorrindo, fazendo com que seus cabelos tampassem seu rosto.

- Podemos voltar então? – O albino se virou, pronto para voltar.

- Sim, vamos. – Levantou a cabeça, fez o mesmo que ele. – Mas vamos apostar corrida. Em? 

Eu vou perguntar para o Kanato sobre os filhotes, talvez ele saiba de algo.

- Tá, tá. Pode até ser divertido. – Riu fraco o albino, por causa da infantilidade da garota.

- Não vale usar truques. Senão, não vai ser justo.

O albino resmungou, e quando iam começar a correr, escutaram um barulho vindo de trás, os dois se viraram, estava de dia, então conseguiram ver de longe, os dois lobos dos quais Hana havia procurado.

A morena se abaixou, e os chamou, e eles vieram correndo em sua direção, eles estavam felizes ao encontrar sua nova dona, mas mesmo assim Subaru se manteve em posição de ataque, caso acontecesse algo.

- Vem cá meus fofinhos. – Dizia a garota, alegre por tê-los encontrado, e os mesmos pularam em cima dela, á lambendo. – Sentiram minha falta?

Subaru não sentiu a presença dos Tsukinamis, então talvez aqueles lobos realmente não faziam parte da alcateia deles, como ele pensava.

Ele saiu da sua posição de ataque, vendo a morena brincar com os filhotes, pequenos e fofos.

- Você parece uma criança assim. – Debochou.

- Crianças são legais, adoro crianças. – Inflou as bochechas olhando o albino, enquanto fazia carinho em seus “filhos”. – Sabe, eu vou cuidar deles. – Se referiu aos lobos, dando um sorriso reconfortante. – Obrigada por me ajudar Subaru.

Ela deu aquele mesmo sorriso radiante, que deixou o albino todo desconcertado e envergonhado, um pouco corado.

- D-de nada. – Respondeu apressado, colocando uma mão na sua nuca, enquanto olhava pro lado.

Não sorria assim! Pensou ele, mas qualquer um que visse aquele sorriso, se sentiria do jeito que ele se sentia. Envergonhado.

- V-vamos? – Gaguejou, olhando pra cima, vendo as nuvens no céu.

- Claro. Mas, não vai dar pra gente apostar corrida. – Disse, fazendo beicinho. – Você pode me ajudar á levar um deles? É levinho. – Apontou para o lobinho branco. – Olha, ele se parece com você. – Ria fraco. – Ele é manhoso, fofo, branco... Ele é uma gracinha. – Acariciou o queixo do Pollar, o lobo de quem falava. – Viu?

O albino corou por causa da descrição que a morena fez dele e do pequeno lobo, comparando os dois.

- Tá, me dá o branquinho. – Ele disse, e ela colocou o mesmo nos braços de Subaru. – Hahaha, ele tá me lambendo. – Comentou, sentindo cócegas onde o lobinho lambia.

A garota pegou o outro lobo, e o colocou no colo, acariciando sua cabecinha, e sorrindo, enquanto o mesmo descansava em seus braços.

- Eles são muito fofos. – Argumentou, enquanto andava com Subaru, que á observava, para tentar fazer o mesmo que ela.

- É... São mesmo. – Riu de canto o albino. – Olha, ele dormiu no seu colo.

- Sim, devem estar cansados, tenta fazer o mesmo que eu, sabe, eu acho que o Pollar gosta de você. – Dizia com uma expressão calma e reconfortante.

- Tá. Assim? – Perguntou, arrumando o pequeno em seus braços, e fazendo carinho do mesmo jeito que Hana fazia.

- Isso. Eles são manhosos, eu vou cuidar muito bem deles...

- P-posso... Te ajudar? – Gaguejou Subaru, olhando a morena. – B-bom, á... Á cuidar deles?

- Mas é claro. Eu fico muito feliz. – Esboçou um sorriso. – Ah, e sobre a “área de treinamento”, eu ainda quero vê-la.

Ele assentiu, olhando Pollar em seus braços, que dormia tranquilamente.

- Lá tem saco de pancada? – Indagou.

- Deve ter.

- Yesss! – Comemorou baixo, para não acordar o filhote.

Eles continuaram á andar, até a mansão. Já estava escurecendo, e eles teriam que ir para á escola, quando chegaram lá deram comida e água para os filhotes, e deixaram eles na parte do jardim, mas em uma casinha de cachorros que lá tinha.

    ~    //    ~

Inferno... É um nome perfeito pra substituir o nome “escola”. Pensei recebendo uma folha com 30 linhas que o professor entregava, para que façamos uma redação com o tema: Vida.

Digamos que é para eu resumir os acontecimentos da minha vida até hoje. E isso vai ser uma bela de uma porra.

E resumindo minha vida de forma rápida, com poucas palavras e sem detalhes... Seria assim: Nasci, ganhei Bonnie, sorri, sofri bulliyng, apanhei, bati, perdi meus avós,  perdi meus pais, fiz uma amiga, sorri, perdi minha amiga, fiquei triste, sozinha, agora moro com os Sakamaki e.... Ainda estou viva.

Êêêêêêê. (Ironizei) que vida legal êêêêêê (continuei ironizando).

Mas... Francamente... O que eu escrevo? 

Mordi a parte de trás do lápis, pra vez se vinha alguma ideia.

Eu quero ver os lobos... 

Apoiei minha cabeça em minha mão direita, olhando para as estrelas á minha esquerda, pois eu me sento ao lado da janela... É uma bela visão.

Não! Sacudi a cabeça em forma de negação. Para de se distrair caralho. Olha pra folha e pensa! Briguei comigo mesma, encarando a folha em branco, com apenas meu nome, data e turma.

- Ai que demônio. – Pensei alto mordendo meu dedo. 

Há! Já sei.

Tive uma pequena ideia... Então comecei a escrever.

    Minutos depois...

- Vou passar recolhendo as redações, e não se esqueçam que isso vale 1 ponto. – Dizia o professor, pegando as redações.

- U-um ponto...? – Engoli seco. – O-ok, vai dar tudo certo.

O professor andou e andou, até que chegou na minha vez, e ele parou e disse:

- Hana, eu preciso falar com você. – E então eu fiz um gesto para que prosseguisse. – A sós. – Especificou, praticamente me petrificando ali mesmo, se eu pudesse cavar um buraco e... Jogar aquele professor lá dentro.

Pensou que eu ia dizer: “Me jogar lá dentro”? Há há.

- A-ah, sim claro, depois da aula de música eu falo com o senhor. – Falei quase entre suspiros, praticamente estava sem alma, só meu corpo estava ali.

- Está bem. – Sorriu ajeitando seus óculos. – Me encontre na sala dos professores.

Eu assenti, e ele  voltou a recolher ao resto das redações.

Finalmente... Aula de música. Pensei dando um longo suspiro, ao escutar o sinal bater.

    ~    //    ~

Eu juro que esperava mais dessa aula de música. Afundei minha cabeça entre meus braços, quase dormindo com a explicação daquela professora.

Estávamos na sala de música, mas sabe, eu pensei que era aula prática, não teórica.

Que decepção...

- Ei! Hana. – Me chamou a professora. – Não quer ser a primeira a tocar essas notas no piano? Ou na guitarra? Já que está... “Prestando atenção na aula”? Venha fazer uma demonstração. – Falava, sarcástica.

Ri fraco....

Piano? Guitarra? Minha “querida” professora, eu toco é os dois se quiser.

- Mas é claaaro que eu toco professora. - Sorri atrevidamente para ela, e a mesma ficou com raiva de mim, enquanto passava ao seu lado, me sentando no piano, pronta pra tocar, e humilhar qualquer um.

Subaru me olhava de canto, apenas vendo eu sorrir de um jeito provocante. E sorriu, vendo o que eu iria fazer.

- Essas notas são fáceis... – Brinquei.

Comecei a tocá-las, e vi a professora rosnar pra mim, apenas a encarei com um sorriso vitorioso. E quando terminei, ela disse:

- Agora toque a guitarra. – Mandou, com um olhar superior.

- Sim, sim, adoraria.

Subaru riu vendo a expressão que a professora fazia, e se divertia com aquilo.

Toquei as notas da guitarra, e todos aplaudiram, menos a professora.

- Pelo visto... – Me encarou. – Você estava prestando atenção. – Admitiu, quase que ela não fala por conta do orgulho.

Voltei para o meu lugar e ouvi o cochicho de um dos alunos.

- Além de gostosa, humilhou a professora, gostei dela.

Apenas passei do lado do garoto que dizia aquilo e o olhei mortalmente com a expressão: “Eu vou socar sua cara.” E continuei meu caminho.

- Há há há. Ela deve te odiar cara. – Zombou um aluno que conversava com o que tinha falado de mim.

Vão pras putas que os pariu...

Me sentei e olhei a professora, que estava realmente “puta” comigo.

Ri fraco quando nossos olhares se cruzaram, e ela virou rapidamente, começando a explicar novamente.

Depois o sinal bateu. Peguei meu lanche e Bonnie, então fui em direção ao albino, para ele me levar até a sala dos professores, já que eu não sei de merda nenhuma dessa escola (inferno).

- Subaru. Me mostra a sala dos professores? Preciso falar com um deles. – Fiz bico, segurando ele pelo braço.

- Segue em frente, sobe uma escada, segue em frente de novo e vira na quarta porta á esquerda. – Falou, tentando sair da sala, me puxando junto.

- Me leva lá? – Pedi com a voz manhosa.

- Tá, vamos logo. – Falou, me puxando.

Quase caí, mas não caí, ainda bem. 

O Subaru tende á ser fofo as vezes, igual á quando nós fomos dar comida para os lobos, ele fez uma expressão alegre e sorridente enquanto alimentava Pollar e brincava com ele.

Ele pode ser grosso, mas se você o julgar por isso, e não se aproximar por “medo”... Nunca verá quem ele é de verdade. 

Andamos e andamos. Já estava cansada de tanto andar pelos corredores, até que finalmente havíamos chegado na porra da sala.

- Muito obrigada. – Agradeci sorrindo, mas... Ele corou, envergonhado!?

- D-de nada, eu vou te esperar... É, aqui. – Falava apressado e confuso, com a mão na nuca, olhando para o lado.

- O-ok. -  Bati na porta, e alguém á abriu. – Com licença. – Entrei na sala, procurando o professor de redação.

Ele tem uma aparência nova. Alto, cabelos curtos e lisos, com um tom loiro meio mel, olhos verdes penetrantes, e possui um brinco dourado na orelha esquerda. Aparentava ter uns 20 á 25 anos, no máximo.

Olhei em volta novamente, vendo o mesmo sentado, tomando café em uma caneca.

- Professor Michael. – O chamei indo em sua direção.

- Ah! Oi Hana. – Sorriu gentilmente ao me ver, colocando sua caneca na mesa.

De todos os professores. Ele era o mais legal, e o que me tratava bem, diferente dos outros, com olhares de reprovação e cansaço. 

- Que bom que veio, senão eu nem lembraria de te chamar de novo. – Continuou sorrindo simpático, enquanto eu passava por todos os outros professores, para chegar até ele. – Não precisa me chamar de Michael, só Mike está bom. – Bebeu o resto do café que tinha em seu copo.

- Tá Mike. – Retribui o sorriso. – Mas, sobre o que queria me falar... – Tentei fazer com que ele falasse logo, eu estava com fome.

- Eu já comentei com todos aqui sobre a ideia que tive, e queria te contar. – Disse se levantando da cadeira. – Bom, começando, como você entrou nessa escola recentemente, não sabe dos conteúdos que trabalhamos esse ano certo? – Perguntou e eu assenti. – Então, propus a todos que você fizesse um trabalho específico para cada matéria, assim, poderia garantir sua nota final, e passar de ano. – Tirou a atenção de mim e olhou para todos ali, que pareciam mais estar mortos do que vivos. – Não é pessoal!? – Chamou a atenção de todos, que apenas murmuraram um “É”.

Mike parece o mais “vivo” aqui nesse ambiente mórbido.

- Isso é verdade, ou é uma mentira mal contada? – Perguntei ainda não acreditando no que tinha acabado de ouvir.

Ele riu fraco olhando pra mim novamente.

- É verdade sua boba. – Deu um soquinho na minha cabeça. – E eu já sei que trabalho irei te dar. – Sorriu.

Meus olhos brilharam naquele momento, e eu abri um largo sorriso de felicidade. Pois aquilo facilitaria muito minha “vida escolar’.

- Sim, sim, e o que é? – Indaguei assentindo, ainda com aquele sorriso bobo.

- É-é, o seu trabalho será fazer relatório, ou resumo de um filme. – Corou ao ver minha expressão, coçando a nuca, olhando pra cima.

- Que maravilha! – Comemorei. – Mas que filme é?

- Depende da categoria, deixarei você escolher, então... Qual quer? – Olhou para mim, que estava pensativa com a escolha.

- Pode ser terror? – Perguntei o encarando.

Agora você se pergunta: “Por que você escolheu um filme de terror?”

Simples. Porque eu gosto de jogos com o tema terror. Por quê? Porque eles desenvolvem uma história muito profunda, triste, psicopata, louca e... Interessante. Estranho essa escolha pra alguém que tem medo e nojo de sangue não? Haha, é engraçado pensar assim, mas acho que por isso que não tenho medo de várias coisas... Mas também escolhi essa categoria porque não assisto filmes de terror, só jogo, pois eu acho mais divertido.

E... Que tal assistir um filme dessa categoria? Acho que será interessante... 

- C-claro. – Arregalou os olhos por eu ter escolhido aquilo.

Eita caralho!

Eu estava louca pra sair correndo e bater em quem eu quisesse, aquela notícia foi incrivelmente incrível.

- Ok, então... Qual será o filme?

- Eu vou pensar, e assim que souber te falo está bem? – Assenti. – Ah! Quase que eu me esqueço, você fará ainda as provas desse bimestre, ok? E... Os outros professores ainda escolherão um trabalho para você, pois eu avisei um pouco tarde... – Se lamentou. – Mas eu espero que tudo dê certo, né? – Riu torto.

- Tá. Que bom professor, obrigada. – Sorri em agradecimento. – Então eu já vou indo, tchau! – Falei animada saindo de lá.

- Tchau Hana! Ah! E... Estude para as provas! – Gritou de longe enquanto eu fechava a porta da sala dos professores.

Que espetacular! Pensei tentando me controlar para não sair gritando.

- Subaru! Boas notícias! – Esbocei um sorriso, olhando o albino encostado na parede.

- O que? – Olhou para mim.

- Eu achei um jeito de passar de ano! – Cantarolei com um sorriso.

- Que ótimo. – Comentou sem interesse algum.

- Hehe, vamos, tô com fome. – Argumentei, pegando minha maçã.

Estávamos andando e eu já tinha terminado de comer minha maçã, Subaru disse que gostava de ficar na cobertura da escola, e então estávamos subindo várias escadas, mas... Eu tive o azar de me encontrar com a loira infernal.

- Ora, ora, ora, você por aqui? Que azar que eu tenho. – Debochou ao me ver. – E além disso está com Subaru, que safada não? – Ela estava sozinha.

Eu. Vou. Arrancar. Seu. Coro. Filha. Da. Puta. 

- Vai tomar no olho do seu cu. – Respondi, irritada com seu “comentário” idiota.

- Olha Subaru, ela vai me agredir. – Fingiu um choro, olhando o albino, que parecia irritado, assim como eu.

Acho que o Subaru não devia ter me dado aquele punhal... Porque eu posso matar qualquer um, á qualquer momento, se eu não me controlar.

- Se você continuar com essa falsidade... Há há. – Ri irônica. – Você vai levar mais um soco.

Sei que eu sou gentil, mas... Quem nunca teve uma vontade de matar? Ou... Quem nunca quis bater em alguém? 

Por isso adoro jogos de tiros... Pensei. Pois neles você mata qualquer um e nada acontece. E isso é muito desestressante.

    Hana OFF:.

    Narrador ON:.

As duas garotas se encaravam com raiva e ódio uma da outra, e o albino apenas observava, meio bravo, com as mãos no bolso, pois odiava quando alguém entrava em seu caminho para o perturbar. Não era o que a loira estava fazendo, mas ela entrou no caminho da morena, e ele ficou irritado porque ela estava os atrapalhando, e estava louco para vê-la apanhar.

- Você é uma palhaça, pois suas piadas são as melhores, mas... Aqui não é um circo e sim uma escola. - Dizia em tom de deboche, olhando para a garota à sua frente. Parada, tentando não rir da merda que aquela loira dizia.

- Contar piadas... - Refletiu. - Esse é o dever de um palhaço. Mas é melhor fazer as pessoas rirem do que chorarem. - A mesma riu de si mesma, se virando para a grande janela ao seu lado. - Não é? - Fez uma voz levemente rouca, olhando de canto para a loira. - Mas uma coisa que me intriga... É que aqui não é fazenda pra ter vaca. - Riu fraco.

Ao dizer isso, um sorriso se formou no rosto do albino, que começou a brincar com sua chave, á balançando para um lado e para o outro.

A loira ficou perplexa, e paralisada no lugar que estava. Com olhos expressando pura raiva e ódio de Hana, que saia tranquilamente daquele ambiente, com o Subaru ao lado.

Haha, aquela garota entra na briga, mas nem sabe se defender. Pensou a morena, saindo de lá com uma mão no bolso da blusa da escola.

- Você sabe brigar. Gostei. – Argumentou o albino enquanto andavam.

Hana riu fraco, parando de andar e olhando a lixeira no final do corredor.

- Olha, eu vou acertar. – Brincou, mirando a maçã na lixeira.

Ela lançou e... A maçã bateu na parede e caiu fora da lixeira.

- Foda-se. Vai ficar ali mesmo. – Reclamou irritada, apertando Bonnie.

- Há há. Que merda. – Disse ele, rindo do “drama” que a garota fez. – Ah! Sobre a “sala de treinamento”, eu te mostro amanhã. – Alertou.

- Sim, claro, eu estou louca pra ver o saco de pancada. – Comemorou animada. 

O nome dele vai ser Roberson. Pensou ela com os olhos brilhando, já nomeando o saco de pancada.

- Não sei se lá tem saco de pancada. – Avisou o albino.

- Tá, tá. – Desanimou por um segundo, logo voltando aos seus pensamentos positivos. – Lá tem soco inglês? – Sorriu.

Bipolaridade... É algo que poderia defini-la naquele momento.

- Sim, tem soco inglês. – Respondeu, a animando.

- Yuhuuu. – Comemorou.

Em seus pensamentos, ela montou um balãozinho, imaginando ela com o soco inglês, e Subaru apanhando dela. Seus pensamentos são criativos e engraçados, porém, as vezes, são tão violentos que nenhum ser humano “normal” poderia aguentar.

Eles andavam e conversavam coisas aleatórias, e Subaru via o quanto a garota era bipolar, mas também engraçada e divertida... Principalmente, sorridente. Ela ria de coisas nada a ver, como uma mosca, um pão caindo, ou coisas aleatórias que ocorriam com ela mesma, como escorregar ou tropeçar.

Sorrir era algo que ela não conseguia fazer frequentemente, mas ao lado deles, ela conseguia rir de um qualquer coisa...

    ~    //    ~

Já estava tarde, uma noite escura e fria, o meu quarto era iluminado apenas com a luz da lua, que entrava através da minha janela, entreaberta, com as cortinas flutuando por causa da brisa que entrava.

- Aí, mas que sede. – Reclamei, me levantando da cama de meu quarto, com Bonnie em meus braços.

Apertei o interruptor, ligando a luz, estava muito escuro e não conseguia ver nada.

Abri a porta do meu quarto lentamente, e lá fora também estava tudo escuro.

- Ah! Vai tomar no cu, quem apaga todas as luzes?! – Reclamei baixo, indignada. – Deve ser o Reiji, filho da puta.

Peguei meu celular, já com pouca bateria, e liguei a lanterna.

Andei pelo corredor escuro, parecia que havia uma divisa entre o bem e o mal, ri fraco por pensar assim, e continuei meu caminho.

Desci as escadas, tentando não fazer barulho, enquanto iluminava a mesma para não tropeçar.

Se eu cair eu vou me foder muito.

Andei e andei, e finalmente achei a cozinha. Liguei as luzes, peguei um copo, e bebi água, também aproveitei e abri a geladeira pegando um suco de groselha para beber.

Depois lavei o copo e o guardei, e joguei a embalagem do suco no lixo. Peguei Bonnie e minha lanterna (celular) e saí da cozinha, apagando a luz, claro.

Estava no meu caminho, subindo as escadas normalmente, até que, eu... Ouvi aquele assovio de novo, bem atrás de mim.

Quem é que tá fazendo essa porra?! 

Me virei com a lanterna, para ver se tinha algo, ou alguém ali.

Dessa vez apareceu alguém... E dei um pulo para trás por causa do leve susto que tomei. Não era um Sakamaki, e sim, uma criança...

Com cabelos pretos, um pouco menor que eu, parecia ter uns 8 anos, e seus olhos eram cobertos pela sua franja, e na parte da boca... Tinha uma fita preta á tampando, com um formato de “X”.

Em suas mãos, haviam dois fantoches, mas eles só possuíam um olho, e o lado que não tinha, havia também uma fita, com o mesmo formato de “X”.

Na sua blusa tinha um nome escrito, era... “Jeremy”, deduzi que esse fosse seu nome, mas, ele tinha uma coloração preta e branca, como se fosse um... Fantasma.

- Não se assuste moça. – Falava entre sussurros, em uma distância consideravelmente boa. – Eu não vim te machucar. – Não era ele que falava, e sim, seus fantoches. Que pareciam dizer as suas palavras, com uma voz calma e doce.

- Quem.... É, vo... cê? – Perguntei com os olhos arregalados, observando ele levantar o rosto, olhando nos meus olhos. Ele tem olhos azuis escuros e profundos, e... Naquelas cores pretas e brancas, seus olhos eram os únicos que estavam brilhando.....

                          ~Continua


Notas Finais


Gente, morri de rir quando a Hana bateu a cabeça na parede hehe. E... Quem será Jeremy?

Espero que tenham gostado, favoritem se gostaram (ou se estão gostando)

Me digam o que acharam.

Obigada Gente, sério.... Bjão>.<

Links:

°Subaru (sorrindo): https://36.media.tumblr.com/1f0dadfbfe2fc61924426ee04460e65c/tumblr_inline_nvcpb0HPVj1szvhau_540.png

° Professor (Michael):

http://data.whicdn.com/images/50978996/tumblr_mgty20IB9R1s2gesmo1_500_large.jpg

° Criança (Jeremy):

http://data.whicdn.com/images/61250337/large.png


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