História Você pode me amar, não pode? - Por que será que...?

Quando acordei estava de manhã, me levantei e olhei minha roupa... Quem foi o infeliz que me trocou!? Que saco.       

Admito, a roupa não era feia, mas poxa, tinha que me trocar mesmo?   

Fui até o banheiro, escovei os dentes molhei a cara, porque minha nossa, tava parecendo um animal. Passei um gloss, mas eu acabei comendo ele, era muito bom, mas acabei lembrando de ontem. Toquei meus lábios e falei:  

- Meu 1° beijo... - Disse bem baixinho.     

Fiquei corada, eu nunca tinha feito aquilo. Foi do nada. Depois vi que os bandejes no meu pescoço e bandagens no meu braço, agradeci mentalmente para quem fez aquilo. Sou péssima pra fazer curativos.   

Sai do banheiro e fui para o quarto, peguei uma blusa meio rosa, um short preto e uma toca bege que tinha lá. Tava muito lindo. Rs.   

Então peguei meu celular, meus fones pequenos e os coloquei no bolso, também peguei Bonnie e decidi ir lá fora.

O dia estava bonito então que tal explorar o jardim? Pensei. 

Desci as escadas sem fazer barulho algum para não acordar ninguém... Mas Reiji já estava de pé. Rezei para o mesmo não querer meu sangue, pois Kanato disse que me puniria por dá-lo para alguém, não sinto dor, mas não vou arriscar.   

- Bom dia. - Disse olhando para Reiji e dando um sorriso.

- O café da manhã é as 9 horas, não se atrase. - Disse ele, em um tom sério e grosso, me ignorando completamente. 

- Ok, onde é que fica a porta de entrada? - Disse olhando para ele.   

- Por quê? Vai fugir? - Ele deu um sorriso maldoso.        

Talvez? Pensei.

Porque é melhor não brincar com o fogo né? Eu posso me queimar e morrer.    

- É que só quero andar pelo jardim. Então onde fica? - Disse calmamente.     

- Anda mais um pouco que você vai achar - Disse ele sério. - Mas lembre, se fugir. Morre. - Ele falou como se fosse me engolir ali mesmo.   

- Ok, ok. - Disse andando felizmente pelos degraus da escada, que parecia não ter fim.     

Andei só para frente como Reiji disse, até que achei a porta.

Á abri, tentando não fazer barulho, mas parecia que aquela bênção não queria ficar quieta. Juro pra você, vou comprar um óleo pra ver se essa coisa para de ranger. 

- La, la, la... - Cantarolei baixinho, caminhando para nenhum ser, acordar.    

Era cheiroso, mas tão cheiroso aquele jardim sem fim.

Achei um banco, e nele sentei já estava cansada de andar.

Peguei meu celular e olhei as horas, olhei pro céu e disse:

- Corre negadaaaa!!!! - Saí correndo, era 8:30, mas pra achar DE NOVO! A sala pra tomar café da manhã, e sai do jardim ia demorar muito.

Estava correndo como se não houvesse o amanhã. Até que alguém me puxou para trás... Ou seja eu sempre me fodo...    

- Pare de correr por aí! Tch! - Era Subaru, que parecia irritado comigo. - Você tá loca é? - Disse ele me puxando com força, quase que eu pergunto:

Cara, me diga, tu és a encarnação do Superman?   

- Desculpa, e sim eu sou louca. Eu estava correndo porque não posso me atrasar pro café.  - Disse suando por estar correndo tanto.      

- Ainda falta uns 20 minutos! - Exclamou apertando meu braço.    

- É eu sei... É que eu não sei o caminho, e até eu achar vai demorar muito. Ainda não explorei tudo. - Expliquei me afastando um pouco.   

- Tch, quer que eu te leve até lá?! - Disse ele olhando para o lado.    

Sem pensar duas vezes disse:

- Vamos!!! - Falei já pulando de alegria igual á uma criança com sua pelúcia.     

- Cala a boca. Você é irritante. - Mandou, já se irritando facilmente. 

Não disse mais nada, só segurei Bonnie e o segui.   

~    //    ~                                

Depois de 10 minutos já estávamos na sala de café da manhã.

Agradeci mentalmente por ter chegado na hora e me sentei.          

Depois vi que Kanato se sentou ao meu lado, e Laito do outro. Pensei:

 Por que do meu lado? Todos ainda nem chegaram, olha aqueles lugares vazios esperando alguém sentar lá, olha. Se não tivesse mais lugares e só tivesse esses dois aqui, era uma coisa, mas tem outros lugares!!!! Aí por quê? Em?  

- Nfu, parece que nossa Bitch-chan chegou cedo novamente, que garota esperta. - Dissera Laito se levantando, indo em minha direção. - Só vim por causa do seu doce cheiro sabia? - Cochichou em minha orelha e lambendo a mesma depois.    

- Nem tente Laito, ela é meu brinquedo. - Disse Kanato, fazendo eu me sentir um objeto.

- Fufu, Bitch-chan, já tem dono? - Disse Laito decepcionado. - Ne Bitch-chan, você prefere quem? Eu, ou Kanato-kun?    

- Vamos começar, 1° não me trate como um objeto por favor. 2° Eu não os conheço direito pra decidir e 3° Desculpe-me por isso. - Falei, sentindo um grande alívio.    

- Tão estúpida. - Kanato disse, enquanto apertava Teddy.

- Poxa Bitch-chan eu esperava mais de você. - Laito fez cara de cachorro sem dono.  

- CALEM A BOCA! - Disse Subaru senti meus tímpanos estourarem depois disso.    

Todos ficaram quietos.... Principalmente eu por não querer punições.

Depois Ayato chegou, mas Shu não estava lá.

O loirinho preguiçoso parece eu.  Calma aí,  o quê?       

Reiji novamente disse que poderíamos comer, eu estava com muita fome, sou gulosa. 

Comi muito, todos até estranhavam, mas eu não tava nem ligando.    

Reiji disse que todos já podiam se retirar, menos eu.

Lá vem, lá vem, cadê meu trem? Putz por que isso?

Todos saíram,  deixando só eu e Reiji, O maravilha.

- Escute, porque só vou dizer uma vez está bem? - Só assenti com a cabeça. - Faça mais showzinhos aqui nessa mesa, e você terá que ser punida. Acho que depois de qualquer jeito, vou ter que te ensinar a ter modos, pois os seus são deploráveis. Agora, você está liberada.    

Eu estava era agradecendo por não ter é que ser punida pelo menos. Mas odeio ser repreendida.   

^    //    ^

Fui para meu quarto abraçando Bonnie, achei ele de algum jeito.

Quando abri a porta, fechei meus olhos e respirei... Sentindo aquele aroma de morango incrível, fui andando em direção à cama, ainda de olhos fechados, e me joguei na mesma, colocando Bonnie lá. Mas não estava macio.

Puta que pariu viu?

- Bitch-chan, então quer dizer que já mudou de ideia foi? - Era o Laito. 

Caramba onde eu fui me meter? Pensei.

- Não faz mais isso, por favor. - Disse me levantando, mas não adiantou muito.   

Ele havia me puxado para cima dele, e logo depois o mesmo foi passando a mão pelas minhas coxas. Então eu disse.

- Laitoooo.... - Falei em um tom de raiva. - Ou você tira sua mãozinha gelada daí ou eu corto ela, então. O que vai ser? - Dei um sorriso psicopata pra ele, as vezes sem querer, mudo minhas expressões automaticamente...

- Bitch-chan, tão malvada. - Ele fez bico.  

O ignorei, eu estava falando sério, não iria deixarem me assediar, só por serem vampiros, ou por serem mais fortes que eu.

Odeio parecer uma "princesa" que precisa ser salva, então eu mesmo me salvo. Simples assim.   

Tentei levantar, mas aquela anta não deixou.

Será que isso é um castigo por ter nojo de humanos? Me perguntei pensativa.   

- Bitch-chan, Kanato-kun disse que você é brinquedo dele... Não é? Bom, então suponho que ele não quer que eu faça isso. - Dissera mordendo minha mão. 

Então o empurrei com força fazendo o mesmo bater a cabeça de leve no encosto da cama, claro que esperei ele tirar seus dentes de minha mão,  se não iria virar um corte enorme na mesma.    

- Ai, ai Bitch-chan, tão agressiva... - Disse ele com a voz gemida. - Até uma pessoa paciente como eu pode se irritar sabia? Só te perdoo por seu sangue ser maravilhoso. - Falara. - Aaaah, me sinto tão excitado.

- Sai do meu quarto por favor, se você não sair se tele transporta. Obrigada pela atenção. - Disse séria.

- Tá,  tá, só vou porque me deu sangue ouviu? Nfu - Disse ele se tele transportando.

Ao ele sair fui para o banheiro correndo, minha mão ainda sangrava muito, cada vez mais me querendo fazer vomitar.

Primeiro molhei a ferida, depois passei merthiolate, ardeu um pouco, mas isso significa que estava matando os micróbios. Peguei um bandeje e coloquei na ferida. Tudo ocorreu bem. Um pouco pelo menos.

Mas... Depois fiquei com sede e lembrei daquele suco de groselha, eu tinha que beber 1 por dia pelo menos.

Primeiramente tomei banho me arrumei, passei um perfume de bebê cheirosíssimo, peguei Bonnie e fui á busca da cozinha.

^    //    ^

Á achei. Amém.   

Abri a geladeira, peguei o suco e bebi água, ainda enchi um copo pra levar pra o quarto,  mas como não queria voltar lá de novo, bebi tudo. E ainda bebi mais 4 sucos de groselha.    

Após isso, peguei Bonnie e fui para o quarto.

Deitei na cama e capotei abraçando Bonnie.   

^    //    ^ 

Eu ainda estava dormindo e quando menos espero, senti um peso a mais na minha cama.  

- Oe, acorda. - Já serrei os punhos preparada para socar quem estava ali. Era o Ayato. - OE, ACORDAA.   

O mesmo me sacudiu, e sem pensar, levantei os punhos direcionando-os em sua cara.

E como Laito havia dito, eu sou agressiva.

- Vish! - Disse o mesmo enquanto segurava minha mão esquerda, eu sou canhota. E graças a Deus, Laito mordeu minha mão direita. - Ta de tpm ou o que em? Panqueca?     

Tudo, tudo, TUDO, menos "panqueca". Calma Hana. Respira. 1, 2 e 3 ursinhos...

Sim eu fazia isso quando estava prestes a perder o controle.

- Ei, ei calma Panqueca. Sei que você não é sem peito e nem sem coxa, só estou te chamando assim, porque não consigo dizer seu nome o tempo inteiro. - Explicou-se, já se afastando sabendo que eu ia tentar dar outro soco no mesmo. - Ah e claro, P-A-N-Q-U-E-C-A, vim te acordar pra tomar café, falta 2 minutos. - Disse ele já abrindo a porta.   

Antes dele dizer isso, eu estava com ódio e estava pensando em como iria mata-lo.

Mas depois só segurei Bonnie e puxei ele junto para irmos tomar café. Eu estava com fome e não queria punições, já estava esperando a punição de Kanato.

- Ei, vai devagar Panqueca! - Ele disse isso, mas eu tava muito "foda-se", então saí correndo quase jogando ele na escada pra ver se ia mais rápido.    

Quando chegamos lá, todos olharam de canto pra mim e Ayato.

Kanato me olhava como se eu fosse um inseto, o incomodando. E Laito disse:

- Nfu, Bitch-chan, e Ayato-kun né? - Apenas o olhei mortalmente, fazendo o mesmo se calar, me sentei e coloquei Bonnie no chão que tinha um tapete vermelho.

Todos tomaram café da manhã e depois se retiraram. Me levantei segurei Bonnie e fui para o quarto.

^    //    ^

Abri a porta e a fechei, coloquei Bonnie sentada na mesa ao lado e deitei na cama. Peguei um de meus cadernos que Ayato havia colocado na escrivaninha, coloquei na última página peguei um lápis e escrevi um poema.

Eu jogo, ele joga   

Eu corro, ele corre

Eu brinco, ele brinca

Mas eu vou para um lado e ele para o outro

Também escrevi uma frase que define muito minha opinião e jeito de pensar...

Pessoas destroem outras pra falarem que são melhores.   

Depois de escrever, coloquei o caderno no lugar que estava e o lápis também. 

Após isso escutei alguém bater na porta, eu mesma fui abri-la.

Era O Kanato. Só pensei:

Ó senhor, não nos deixe morreeer. Cantarolei em minha mente. 

- Kanato, o que foi? – Perguntei, mesmo sabendo o motivo dele estar ali.

- Por quê? Por quê? Você quer ser punida é?! – Disse ele aumentando o tom de voz. - Pensei, PENSEI, que não me trairia, que me obedeceria, que você fosse diferente. – Disse ele vindo em minha direção colocando Teddy ao lado de Bonnie. – Há, há, há, você... Me irrita. Tem tanta vontade de morrer assim?! Ao ponto de me desobedecer? QUEM VOCÊ É PRA FAZER ISSO COMIGO?

- Kanato... Eu não quis eu não te trai, não pude fazer nada, e não faria algo que humanos já fizeram comigo. – Falei. – Não sou ninguém, e não quero ser ninguém,  me desculpe. – Mesmo não estando errada, ainda me desculpei.

- CALE-SE. – Disse ele me jogando no chão. - O que será que tenho que fazer para você entender que é minha? – Disse ele olhando minhas coisas no quarto. – Ah, já sei. – Disse ele com um sorriso psicopata em seu rosto.

Ele foi em direção aos meus materiais, tirou do estojo, uma caneta e veio em minha direção.

Apenas me sentei olhando o mesmo.

Kanato me virou de costas e levantou minha blusa, e disse:

- Você só me deixou uma opção, fufu. – Disse ele tirando a tampa da caneta enquanto eu tentava me levantar. – Escrever meu nome em você né?

Após dizer isso, senti a caneta perfurar minha pele, escrevendo seu nome, machucava, fiquei quieta, e comecei a pensar.

Por que sai de casa pra vim aqui? Pra ser torturada? Pra sofrer mais? Por... Quê?

- KA-NA-TO, fufu, incrível. – Disse ele lambendo o sangue que escorria pelo chão sujando o mesmo. – Agora, você sabe de quem é... Né?

Estava quase vomitando ali por ver tanto sangue .

- Por que não se assusta? – Disse ele virando meu rosto, fazendo eu olhar para os olhos dele. – Não tem medo? – Ele inclinou um pouco sua cabeça, me fazendo o olhar fixamente.

- Por... Que, já vi coisas  ruins  demais, pra me assustar com isso. – Disse quase desmaiando de novo.

- Fufu, tão linda. – Disse o mesmo fazendo carinho em minha bochecha. – Doeu?

Fiquei quieta apenas  escutando.

Ele olhou nos meus olhos.

No fundo... Ele também é triste, seus olhos expressavam sua tristeza. Ele e eu temos algo em comum, em questão de personalidade, além de termos pelúcias também..... Pensei enquanto o encarava.

Acabei desmaiando por ter perdido muito sangue. Apenas senti depois seus lábios gélidos beijando minha bochecha e depois disso não senti mais nada...

                                                    ~Continua