História Você pode me amar, não pode? - Floresta

AVISO

Sabe o especial? Então.... EU VOU FAZER UM.

Só que eu vou postar ele depois desse capítulo porque............... né!? Aí vai ser o 10° capitulo... kkkk

Bom, beijos, amo vocês..... E.....

~Boa leitura<3
 

Cap 9: Floresta

Kanato ON:.   

- Kanato. Eu nunca vou te deixar sozinho. – Cochichou e beijou minha testa.    

Por que faz isso?

Por que não fica assustada?

Eu odeio isso.

- Não tem medo.... De mim? – Perguntei enquanto olhava sua expressão.

- Eu devia ter? – Respondeu minha pergunta com outra, enquanto acariciava as mechas do meu cabelo.

- Isso é você que decide. – Respondi.

- Então, não, não tenho medo. – Dissera.

Eu olhava sua expressão porque queria saber se era realmente verdade..... Como dizem:

“Nossos lábios mentem, mas nossos olhos não.”

Ela não estava mentindo...

Nenhuma noiva ficava comigo, nenhuma tentava se aproximar, nem mesmo Yui, a última de nossas noivas.... Todas ficavam com medo de mim, e acho que por isso corriam quando eu me aproximava.

Sempre que eu tentava me aproximar de uma noiva... Elas faziam a expressão de medo....

Aquela expressão me excita tanto... Não sei  por que, mas também me faz ficar preocupado com o por quê de se assustarem.

Quando começamos á receber as noivas de sacrifício, eu era um pouco novo, e por isso elas me tratavam como se mandassem em mim.

E eu odeio receber ordens.

Mas por agora, depois que Hana chegou aqui... Eu vi que ela nos trata de um jeito diferente das outras noivas, e ela não tem medo de nós.

Eu nunca precisei de uma amiga, já tenho Teddy, que conversa comigo e gosta de tudo o que eu gosto, mas essa humana, ela também gosta da maioria das coisas que gosto.

“Eu nunca vou te deixar sozinho.”

Ela é uma idiota... Tudo o que querem é se afastar.

Por que não me deixa sozinho como todas fazem? Não pensa em você mesma? Tola...

Você não sabe que eu tenho vontade de te machucar? Não sabe que eu quero o seu sangue? 

Eu quero que implore por sua vida... Não sabe disso?

Idiota.

Na verdade, você fica comigo por medo... Ou por que gosta de ficar comigo?

Eu te odeio por me fazer pensar assim....

Eu te odeio por fazer eu confiar em você....

Por que faz isso comigo?

Se um dia me abandonar, eu não te perdoarei, nunca....

Kanato OFF:.

Hana ON:.

Seu cabelo é macio...

Pensei enquanto brincava com uma mecha do cabelo de Kanato.

Sorri de leve ao olhar seu rosto completamente pálido, com uma expressão pensativa.

- Kanato, você confia em mim? – Perguntei, ainda o encarando.

- Confio, mas se você me trair.... Não hesitarei em te matar fufu. – Falara com o olhar psicopata.

Que bom.

Saber que ele confia em mim.... É, quem diria.

Nunca achei que fosse fazer mais amigos, ou que talvez eu fosse sair de casa pra fazer algo, além de ir no fliperama, ou outro lugar.

Isso é bom?

Ah, não faço a menor ideia.

- Hana, venha, quero te mostrar um lugar. – Ele se levantou de meu colo lentamente, e foi pegando Teddy.

- Ok. – Fiz o mesmo que ele, me levantei e peguei Bonnie.

Ele apenas abriu a porta e saiu, e eu o segui.

Onde ele quer me levar? E nessa hora, já está tarde....

~    //    ~

Primeiro ele foi na cozinha e pegou um doce, e claro que eu pedi um, e foi um sacrifício pra ele me dar um dos doces.

Depois nós fomos até o hall de entrada, pelo o que eu vi o lugar que ele queria me levar era lá fora.

Lá fora? De noite? Ok eu vou.

Pensei enquanto andávamos pelo pequeno caminho que tinha até o portão.

- Kanato. – O chamei, ele estava muito quieto. – Onde a gente tá indo? – Indaguei.

- Você verá. Eu vou te mostrar um lugar que eu e Teddy adoramos. – Sorriu. – Né Teddy?

Tá, pode ser......

Quando atravessamos o portão, ele me guiou até a floresta, cheia de árvores.

Se não fosse a luz da lua eu não veria nada... Será que ele consegue enxergar?

- Eii, você consegue enxergar no escuro? Tipo visão noturna? – Perguntei, pois eu não sei muito sobre vampiros.

- Consigo, que tipo de pergunta é essa?

Apenas dei de ombros e continuamos o caminho.

Do nada... Eu ouvi um assovio, bem fino...

De novo?

- Kanato, ouviu isso? – Me aproximei dele, apertando Bonnie, eu devia estar com uma expressão desconfiada.

- Não.. – Ele nem se importava, mas também não estava mentindo. – Oooh? Está assustada? Fufu. – Falou ao ver que eu comecei á andar do seu lado.

- Assustada não, mas eu estou surpresa... Sério que não ouviu nenhum assovio? – Ele negou enquanto apertava Teddy. – Então t...

Eu não terminei de falar, do nada eu lembrei da história de uma creepypasta.

Ahhh, Slender? Ele assovia?

Porra, agora eu não sei se devo acreditar nessa história ou não... Porque se existem vampiros, imagina o Slender...

E ainda por cima nós estamos na floresta, de noite.

Continuamos andando, até que eu escutei um barulho de algo se aproximando, e Kanato já havia ficado em posição de ataque, e eu também.

Eu sei lutar ué, rs, já fiz Caratê, faixa preta.

O barulho cada vez mais se aproximava, e o pior é que vinha do meu lado... Kanato notou e me colocou atrás dele, e eu fiquei puta porque se tivesse algo eu queria bater, bom, eu gosto de socar as coisas, é divertido.

O barulho, simplesmente havia mudado de lugar, e dessa vez, eu escutei um galho quebrar atrás de mim, então eu me virei rapidamente pronta pra chutar quem, ou o que estava ali.

Até que vi... Um pequeno lobo.

- Ai que fofura~ - Falei com a voz manhosa, logo me abaixando para o lobinho se aproximar mais. – Vem aqui, vem. – Chamei o pequenino, enquanto Kanato ia comer outro doce, aliviado por não ter sido nada demais.....

- Uwwwaaaaaah! – Gritou Kanato, enquanto o pequeno lobinho se aproximava de mim.

- O que fo.... – Não consegui terminar a frase e comecei a rir, colocando Bonnie ao meu lado. – Há há há. Aii ai, então tem outro lobo é? Há há. – Tinha outro filhote ao lado de Kanato, ele era branquinho com os olhos azuis, uma fofura.

Pelo que vi, ele queria o doce de Kanato, e foi por isso que eu ri.

- Uwaaah! Se afaste! Hana! Me ajuda, para de rir! ELE VAI PEGAR O MEU DOCE! – Exclamou com a voz meio chorosa, implorando por ajuda, enquanto o outro lobinho triscava seu focinho úmido na minha mão.

Adoro animais.

Ah é!

- Calma aí Kanato. – Falei acariciando o filhote preto e branquinho com os olhos azuis, que estava perto de mim. – Eiiii, vem cá branquinho. – Chamei, mas não adiantou muito, ele não parava de olhar para o doce de Kanato, que estava apavorado por quase ter perdido seu precioso doce.

Chamei o branquinho novamente então... Pensei em um nome, talvez assim ele me escutasse.

- Hmmm. – Falei pensativa enquanto fazia carinho no outro lobo. – Ah! Já sei. Eiii, Pollaaaaar, vem cá, vem. – Chamei novamente, mas desta vez tendo sucesso.

- Ahhhh, obrigado Hana! – Agradeceu Kanato aliviado por eu ter “salvado” a vida de seus doces.

- De nada. – Sorri gentilmente, enquanto os dois lobinhos se aproximavam de mim. – Bom, você é.... Pollar, e... Você é Fantasma, pode ser? – Perguntei olhando os pequeninos que começaram á lamber minha mão.

Kanato se aproximou de mim, e bateu na minha cabeça de leve.

- Como estou muito agradecido por ter me ajudado, vou fazer carinho em você certo? – Falara se ajoelhando pra ficar do meu lado. 

Ele começou á acariciar meus cabelos.

- Seus cabelos são macios. – Então pegou uma pequena mecha e cheirou. – E também são cheirosos. Tem cheiro de morango. – Então continuou com o carinho, me deixando um pouco envergonhada.

Enquanto ele acariciava de leve meus cabelos, eu fazia carinho nos dois pequenos lobinhos, que por sinal, pareciam estar perdidos.

Se perderam de suas alcateias garotos?

Sim eles eram dois machinhos.

- Oh? Hana... Não gosta de receber carinho? Fufu~ - Perguntou Kanato, logo parando já que viu eu rir de leve.

- Eu adoro carinho, não para não. – Pedi com a voz manhosa, fazendo ele continuar, ele parecia realmente agradecido. Eu não resisti e sorri.

Depois de alguns segundos assim, eu me levantei lentamente, pegando Bonnie que estava do meu lado e Kanato pegou Teddy, os lobinhos que ali estavam, começaram á chorar enquanto eu e Kanato nos distanciávamos.

- A não, eles são tão lindos! – Falei com uma voz de choro por não querer deixá-los.

- Se quiser leva-los vai ter que cuidar deles. Fufu~ - Falou.

- Então.... Eu posso levar?! – Quase que eu infarto, eu queria muito leva-los, bom, só se estivessem abandonados.

Ele assentiu.

Eu me virei para os filhotes com um grande sorriso e disse:

- Vocês vão poder vim comigo!!! – Quando falei isso os filhote deram um pequeno pulo e uivaram bem baixinho. – Olha, só vou ver o que o Kanato quer me mostrar, aí eu levo vocês okay?

Eu estranhei porque quando eu disse aquilo, os lobinhos assentiram de leve.

- Vocês me entendem? – Perguntei e eles assentiram. – Wow, que demais! – Sorri.

~    //    ~

Enquanto andávamos, os filhotes nos seguiam, em um silêncio reconfortante.

Com tudo o que aconteceu hoje, eu não tive tempo para pensar no meu aniversário.

Mas por algum motivo, sinto como se esses lobos fosse algum tipo de presente.

Sabe por quê? Bom, quando eu era pequena, eu sempre quis ter um animal de estimação.

Eu adoro animais... São tão fofos e companheiros. (a maioria deles...)

- Eu sinto como se vocês fossem meus presentes... – Falei baixo, me referindo á tudo que estava acontecendo.

- Presente? – Indagou Kanato.

- Sim, todos vocês. – Falei sorrindo de leve, ainda falando em tom baixo.

Sabe, se você for parar pra pensar... Eu já tive alguns presentes hoje.

1° Tive o prazer de pintar uma tela, desenhando algo que eu sempre gostei.

2° Joguei com Laito, Ayato e Subaru.

Você se pergunta por que né?

Nos fliperamas, ou até mesmo em casa, eu jogava sozinha, e jogar com eles... Foi muito divertido.

3° Experimentei um macarrão maravilhoso.

4° Ganhei um novo amigo....

E 5° Eu ganhei dois filhotes de lobo. E isso é algo que eu sempre quis.

Obrigada...

Agradeci mentalmente.

Hoje, era um dia que eu não dava nenhuma importância, um dia que eu não queria mais comemorar...

Mas agora...

Hoje acabou virando um dia..... Feliz.

Porque dessa vez eu não fiquei sozinha, e agora eu tenho alguém pra confiar. 

Vocês não me deixam sozinha... Sei que muitas vezes é porque querem meu sangue... Mas vocês não me deixam sozinha.

Eu sempre preferi a solidão, sempre gostei de ficar sozinha... Mas foi porque eu me acostumei. Porque eu me acostumei á viver assim.

E agora que vocês não me deixam mais sozinha, sinto que eu não quero mais á solidão.

Antes eu á considerava como amiga, e agora eu estou temendo-a.

“Não vá. Eu me sinto tão sozinho...” Ecoou á voz de Kanato em meus pensamentos.

Eu disse á ele que não o deixaria sozinho.

Eu disse isso porque eu sei que estar sozinho é ruim... 

Só quem prova da solidão entenderá o que eu estou dizendo.

Se você não sabe o que é estar sozinho.... Eu irei te explicar.

Quando você é só, você não tem ninguém para conversar. Ninguém para confiar, abraçar, brincar.....

Não tem ninguém pra nada.

Quando você é só... Você ás vezes deseja á morte, porque você acha que assim poderá fazer essa dor parar...

E.... Quando você é só, você não tem ninguém, ninguém para cuidar de você.

A solidão é algo muito triste. É algo que ninguém merece... Porque ela é muito dolorosa....

*     //     *

Depois de mais alguns minutos andando, pude ver um tipo de casa, não sei bem o que era, mas era pra lá que nós íamos.

- É aqui. – Kanato disse animado. – Mas é melhor deixa-los aqui fora. – Se referiu aos lobos.

- Ok, então vocês esperam aqui só um pouquinho. – Falei sorrindo para os filhotes, enquanto Kanato abria a porta daquele lugar com um tipo de chave.

Depois que ele entrou, eu o segui, e eu vi.......

- Bonecas... – Falei maravilhada com aquilo, eram todas muito bonitas. – São lindas!

- Até o Teddy se anima quando vem aqui. – Sorriu olhando a pelúcia em seus braços. – Gostou delas?

- Sim, olha que lindas! – Falei me animando.

São todas muito bonitas, mas não pude deixar de ver que todas estão com vestidos de noivas e... Tem uma expressão triste.

- Por que elas estão com roupas de noivas? – Perguntei vendo Kanato olhar para uma vitrine vazia que tinha no final da sala.

- Todas são noivas de sacrifício. – Respondera, e logo aparecendo na minha frente. – Você gostaria de virar uma? – Olhou para mim com um olhar psicopata.

- Sabe... – Falei calma. – Elas são todas bonitas, mas para ser uma eu teria que morrer, então não.

Bonecas humanas né..... 

Não havia me surpreendido muito o fato de todas aquelas bonecas serem humanas.

Eu me sentia como se estivesse em um museu...

A única coisa que havia me incomodado um pouco era todos os olhares daquelas bonecas, sentia como se cada uma estivesse olhando pra nós.

- Bom, se não quer virar uma boneca... Não farei isso. Até porque eu disse para Teddy que não á transformaria em uma. – Explicou, se virando para a vitrine que observava antes.

- Disse.... Para Teddy? – Perguntei á mim mesma.

Ele apenas assentiu.

- Sabe aquela vitrine? – Apontou para á mesma. – Ela era pra noiva que veio antes de você.

- E... Por que ela não está ali? – Indaguei me aproximando do local.

- Nunca achamos seu corpo. – Falou cabisbaixo enquanto me seguia. – Mas ela disse que minhas bonecas eram apenas “estátuas doentias” – Tentou imitar uma voz feminina.

- Ela que foi doente de dizer algo assim... – Falei. – Ah! E... O que aconteceu com ela para vocês nunca acharem seu corpo?

Aquilo sim estava me incomodando...

O que aconteceu com ela? Eu me pergunto.

Kanato apenas se aproximou mais e disse:

- Nós não sabemos. – Explicou. – Não sabemos de nada... Não sabemos quem á matou, nem como ela morreu.

- Será que ela está viva? – Perguntei de novo.

- Não, não há mais cheiro de seu sangue em algum lugar desse mundo, e talvez ele nos alertasse. – Falara.

Esse ele... É o Karlheinz não é?

Agora é que eu estou mais incomodada ainda.

O que aconteceu com essa noiva? Eu quero saber.... Saber por que nem mesmo eles sabem quem, ou o que á matou.

- Entendo... – Depois que eu disse isso, havia ficado um silêncio, então decidi perguntar. – Kanato. Por que você gosta de bonecas? – Sorri meio de lado me virando para encara-lo.

- É porque... Todas essas bonecas... Veem coisas que nós não somos capazes de ver, e elas ficam em silêncio porque estão guardando esses segredos dos quais não podemos saber. – Explicou.

Sorri de canto com o que ele disse. 

- Eu gosto do seu jeito de pensar..... – Falei.

Depois disso, ele se aproximou de mim, logo me empurrando de leve na parede que lá havia.

Desde quando essa parede estava aí?

Eu estava parada, o encarando, pensativa.

Ainda tenho a mordida de Laito e Ayato.... Né? Pois é, se ele ver, vai me punir... E aí eu vou me foder muito.

Não me lembro do local da mordida dos ruivos, mas eu não quero que ele ache...

Ele afastou o meu cabelo de meu pescoço, enquanto apertava de minha cintura com força.

Eu gemi de leve, ele usou “um pouco” de sua força, e doeu...

- Uh? – Fez uma expressão surpresa. – Seus gemidos de dor... Me excitam.

Logo após, não demorou para eu sentir suas presas fincarem em minha pele.

Eu gemi de dor, fechando minhas mãos com força, esperando aquela sensação passar.

Resmunguei bem baixo um “caralho”.

A dor aumentou ainda mais, e senti ele rasgar uma parte de minha pele, ao retirar suas presas.

- Seu sangue... – Limpou o canto de sua boca com sangue. – Fica cada vez melhor.... Hehe. – Riu.

Pude ouvir alguns latidos vindo de fora, e também leves batidas. Então deduzi que fossem os filhotes.

Apertei a nova mordida, rasgo na verdade, e tentei ficar em pé sem cair, meio bamba.

- Há há há. É incrível á expressão que está fazendo. He he. – Riu segurando meu queixo, me forçando á encara-lo. – Faça ela mais vezes.... Fufu

Eu ainda estava parada, encostada na parede...

Kanato virou minha cabeça meio de lado e mordeu novamente, só que mais forte ainda.

Dei um pequeno grito com a dor. Do jeito que estava, nem conseguiria mais xingar algo, ou..... Fazer algo.

Fiquei imóvel, apenas sentindo meu sangue sendo drenado... Enquanto escutava novamente os latidos dos filhotes lá fora, e as batidas na porta ficarem mais fortes.

- Haaaaaa, você é tão deliciosa. – Dissera com a voz meio gemida, ainda bebendo meu sangue.

Alimentar vocês... É realmente um saco....

Eu vou ficar..... Bem?

Perguntei á mim mesma, logo perdendo ás forças que me restavam, assim desmaiando quase caindo de joelhos se não fosse o roxeado que me segurava, com uma leve expressão de... “Exagerei?”

                                                               ~Continua