1. Spirit Fanfics >
  2. Você Promete - Clexa >
  3. Capítulo 30

História Você Promete - Clexa - Capítulo 30


Escrita por: NandaHeda

Notas do Autor


Voltei!!
Estamos quase no fim, falta puco...

Capitulo editado pq a anta aqui pulou do 28 pro 30 kkk

Capítulo 31 - Capítulo 30


Fanfic / Fanfiction Você Promete - Clexa - Capítulo 30

 

Eliza teve sorte. Houve um cancelamento naquela tarde e por isso estava sentada agora na sala aconchegante e familiar que há meses não visitava.

Recostou-se no sofá e estendeu as pernas na direção da lareira apagada, por puro

hábito. Olhou distraidamente para os pés metidos em sandálias. Os pensamentos estavam tão longe dali que nem ouviu Echo entrar.

— Está meditando ou apenas começando a dormir?

Eliza levantou os olhos com um sorriso, enquanto Echo sentava-se a sua frente.

— Apenas pensando. É muito bom voltar a vê-la. .

Na verdade, Eliza estava surpresa por se sentir tão bem em voltar. Só de estar ali experimentava uma sensação de voltar para casa, uma extrema serenidade por se ajustar novamente e um lugar feliz. Tivera bons momentos naquela sala, assim como outros difíceis.

— Devo dizer-lhe que está maravilhosa ou já se cansou de ouvir o comentário?

Echo fitava-a com uma expressão radiante e Eliza não pôde deixar de rir.

— Nunca me canso de ouvir. — Somente com Echo ela tinha coragem de ser franca. — Creio que está querendo saber por que vim até aqui.

O rosto dela tornou-se sóbrio, enquanto fitava Echo nos olhos.

— Não posso deixar de admitir que a pergunta me passou pela cabeça.

Elas trocaram um rápido sorriso e depois Eliza pareceu ficar novamente imersa em seus pensamentos, por algum tempo até murmurar:

— Tenho visto Lexa.

— Ela a encontrou?

Echo estava aturdida e mais do que um pouco impressionada.

— Sim e não. Encontrou Eliza Taylor. Isso é tudo o que ela sabe. Um dos empregados dela estava querendo me contratar. A Woods está fazendo um centro médico aqui em São Francisco e querem fotografias minhas ampliadas para comporem a decoração.

— O que é extremamente lisonjeiro, Eliza.

— E quem se importa com isso, Echo? O que pode me importa o que ela acha do meu trabalho?

Mas isso também não era toda a verdade. Ela sempre apreciara os elogios de Lexa e mesmo agora experimentava uma certa satisfação por saber que novamente atraíra a atenção dela com seu trabalho.

— A mãe dela esteve aqui há algum tempo e eu disse a mesma coisa que já havia falado ao tal empregado. Não. Não estou interessada. Não vou vender nada para elas. Não quero trabalhar para elas. E ponto final.

— E elas insistiram?

— Demais até.

— O que deve ser ótimo. Alguma delas sabe quem você é?

— Anya não percebeu. Mas a mãe de Lexa descobriu. Acho que foi por isso que ela marcou um encontro comigo.

Clarke ficou calada, olhando para seus pés. Estava muito longe, de volta ao quarto de hotel, no dia em que se encontrara com Indra.

— Como se sentiu ao vê-la?

— Muito mal. Me fez lembrar de tudo o que ela havia feito. Eu a odeio.

Mas havia algo mais em sua voz e Echo percebeu-o.

— E...?

— Está bem. — Eliza levantou os olhos, com um suspiro. — Fez com que tudo doesse novamente. Me fez lembrar do quanto eu quis que ela gostasse de mim, até mesmo me amasse, pelo menos me aceitasse como esposa de Lexa.

— E ela ainda te rejeita?

— Não tenho certeza, mas creio que não. É agora uma mulher doente. Parece diferente. Quase como se estivesse arrependida do que fez. Aposto que Lexa não tem sido particularmente feliz nos últimos dois anos.

— E como você se sente em relação a isso?

— Aliviada. — Ela deixou escapar um suspiro de cansaço. — E depois compreendi que não faz a menor diferença o que ela tem passado. Está tudo acabado para nós, Echo. Tudo aconteceu há anos. Éramos pessoas diferentes. E a verdade é que ela nunca veio me procurar. Provavelmente não estaria agora insistindo em contratar meus serviços se soubesse quem sou... quem eu era. Mas não sou mais Clarke Griffin, Echo. E ela não é o Lexa que conheci.

— Como sabe?

— Eu a vi. Está insensível, fria, impiedosa. Não sei, mas é possível que tudo isso seja uma consequência. Mas há também muita coisa nova.

— E o que me diz de dor? Sensação de perda? Desapontamento? Angústia?

— Não, Echo. Por que não falamos de traição, abandono, deserção, covardia? Não acha que são as verdadeiras questões?

— Não sei. Serão mesmo? É assim que se sente quando a vê?

— É, sim. — A voz dela estava novamente dura. — Eu a odeio.

— Neste caso, ainda deve importar-se muito com ela.

Eliza fez menção de contestar, mas depois sacudiu a cabeça, enquanto as lágrimas se formavam em seus olhos. Ficou olhando em silêncio para Echo por longo tempo.

— Você ainda a ama, Clarke?

Echo havia usado o nome antigo de propósito. A jovem suspirou profundamente e deixou a cabeça cair contra o encosto do sofá, antes de responder. E quando o fez, estava olhando para o teto e a voz não tinha qualquer hesitação:

— Talvez a Clarke ainda ame, o pouco dela que me sobrou. Eliza não a ama. Tenho agora uma vida nova. Não posso me permitir amá-la.

Ela olhou para Echo com uma expressão de pesar.

— Por que não?

— Porque ela não me ama. Porque não é algo real. Tenho de me desligar de tudo agora. Totalmente. Sei disso. Não foi para isso que vim aqui hoje, a fim de chorar em seu ombro por estar ainda apaixonada por Lexa. Precisava contar a alguém como me sinto. E não posso falar com Niylah a respeito. Iria deixá-la transtornada. Mas eu precisava de qualquer maneira tirar isso do peito.

— Estou contente que tenha vindo me procurar, Eliza. Mas não tenho certeza se pode decidir apagar tudo com essa simplicidade que está imaginando, deixar tudo para trás de um momento para outro.

— Na verdade, tudo ficou para trás há dois anos. Eu é que não permiti que isso se consumasse, até agora. Disse a mim mesma que o tinha feito, mas não era verdade. Ainda mantinha a esperança de que ela ia voltar, mas agora isso acabou. Por isso... — Eliza ajeitou sua postura novamente no sofá e olhou Echo nos olhos. — Estou indo para Boston amanhã, a fim de resolver o problema de uma vez por todas.

— Como assim?

— O problema de deixar tudo para trás. — Eliza sorriu, pela primeira vez em uma hora. — Há algumas coisas que ficaram inacabadas por lá, algumas coisas que Lexa e eu partilhávamos. Deixei ficar como um monumento a nós, porque sempre pensei que ela voltaria. Agora, tenho de ir a Boston para cuidar disso. .

— Acha que está realmente preparada para tomar tal decisão?

— Estou, sim.

Eliza parecia segura de si mesma, até para Echo.

— É o que realmente está querendo?

— É sim.

— Não quer dizer a Lexa quem... quem você era, para ver o que acontece?

Eliza quase estremeceu.

— Nunca! Isso está acabado. Para sempre. Além do mais...— Ela fez uma pausa, suspirando novamente e olhando para as mãos. — ... não seria justo com a Niylah.

— Deve pensar em ser justa com a Eliza.

— É por isso que vou partir para Boston amanhã. Continuo pensar que, depois disso, talvez eu esteja livre para assumir um compromisso de verdade com Niylah. Ela é uma mulher maravilhosa, Echo. E tem feito muito por mim.

— Mas você não a ama.

Era assustador ouvir alguém mais dizer aquelas palavras e Eliza imediatamente sacudiu a cabeça.

— Não! Não! Eu a amo!

— Então por que o problema de assumir um compromisso?

— Lexa sempre se interpôs entre nós. .

— Isso não é problema, Eliza. Basta não deixar.

— Não sei..., — Ela fez uma pausa prolongada. — Alguma coisa sempre me deteve. Há alguma coisa... que não está certa. Talvez eu não me tenha empenhado de verdade. Por um lado, fiquei esperando por Lexa. Por outro... não sei, Echo, simplesmente tenho o pressentimento de que não está certo. Talvez a culpa seja minha.

— Porque sente que não parece certo?

— Não tenho certeza, mas às vezes fico com a impressão de que Niylah não me conhece. Isto é, ela conhece a mim, Eliza Taylor, porque é a pessoa que ajudou a criar. Não conhece a pessoa que eu era ou as coisas que tinham importância para mim antes do acidente.

— Não poderia ensinar-lhe isso, Eliza? .

— É possível. Mas não tenho certeza se ela quer saber. Niylah me fez sentir amada, mas não por mim mesma.

— Não se esqueça de que há muito peixe no mar, Eliza.

— Sei disso. Mas ela é uma mulher maravilhosa e não há razão para que

não dê certo.

— Não, não há... a menos que você não a ame.

— Mas eu a amo

Eliza estava começando a ficar nervosa, à medida que a conversa prosseguia.

— Pois então relaxe e deixe que esse problema se resolva por si próprio. Pode voltar para cá e discuti-lo comigo, se quiser. Mas primeiro vamos cuidar dos seus sentimentos em relação a Lexa.

— Quero apenas fazer essa viagem ao leste. E depois estarei livre.

— Está certo. Faça a viagem, mas venha procurar-me assim que voltar. Está bem assim?

— Está bem.

De certa forma, Eliza estava satisfeita por volta. Era um alívio. Echo olhou para o relógio com uma expressão pesarosa e levantou-se. Já se havia passado uma hora e meia que estavam conversando e ela tinha uma aula da universidade dentro de um hora.

— Vai telefonar para marcar uma sessão assim que voltar?

— Imediatamente.

— Ótimo. E seja boa com você mesma enquanto estiver no leste. Não se atormente por causa do passado. E se tiver algum problema, trate de me telefonar.

Era um alívio saber que podia recorrer a isso. Ao sair, Eliza sentia se mais animada que em qualquer outro momento daquela tarde. A conversa iria tornar mais fácil explicar sua decisão a Niylah.


Notas Finais


E ai my girls, vamos acabar essa hj, ou preferem mais capítulos de outra fic??
Comentem..
Bj


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...