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História Você quer tentar? - Capítulo único


Escrita por: Moonshine0405

Notas do Autor


Oi oi, brotinhos.
Continuo na missão de postar todas as fics Wontaek que já escrevi, então aqui está mais uma.
Esse enredo saiu de um sonho meu (sério, eu sonhei com o ship), então espero que gostem.
Nos lemos nas notas finais?~

Capítulo 1 - Capítulo único


- Acho que vou dormir na sala hoje – comentou Hyuk para Ravi e Ken, enquanto subiam de elevador para o apartamento em que o grupo estava hospedado.

Os três haviam saído para comprar o jantar, enquanto o restante do famoso grupo VIXX cuidava de arrumar a disposição dos dormitórios. Normalmente Ravi e Hyuk dividiam o quarto, o que causou estranhamento quando o mais jovem disse que dormiria em outro lugar.

- Por quê? – questionou Ken, tão curioso quanto o próprio Ravi.

- Vou dar privacidade ao casal – respondeu Hyuk ao lançar um sugestivo olhar para Ravi, que apenas suspirou e passou a mão pelos fios negros de cabelo.

Já estava tão cansado da apresentação que fizeram num programa de televisão mais cedo que sequer teve o esforço de rebater a provocação. Nenhum de seus amigos perdia a oportunidade de comentar acerca da amizade que mantinha com Leo, o segundo mais velho do grupo. E o fato de sempre dormirem juntos piorava muito a situação.

Ravi sabia dizer quando começou, mas não o porquê. Houve uma noite em que estava quase pegando no sono e sentiu alguém mexendo em si. Estava escuro em seu quarto e só conseguiu identificar que era Leo quando ouviu a voz dele perguntando se poderia se deitar a seu lado. Não pensou duas vezes antes de abrir espaço para ele na cama que era um tanto estreita para abrigar dois homens.

Desde então a amizade entre os dois se tornou um laço muito forte. Dormiam juntos pelo menos cinco vezes por semana, sempre na cama de Ravi, a ponto de se habituarem ao pequeno espaço que dispunham. Leo costumava deixar o mais novo responder as perguntas que eram feitas a si nas entrevistas, sabendo que ele falaria com exatidão por se conhecerem tão bem. Chamavam-se pelos nomes reais, Wonshik e Taekwoon, sem notar a intimidade que tal atitude demonstra. Até mesmo usavam as roupas um do outro em casa. Tudo isso fazia os rapazes provocarem-nos sem limites, alegando que eram um casal e não haviam contado para todos ainda.

- Eles são muito barulhentos? – Ken perguntou a Hyuk, entrando na brincadeira. Sempre fazia questão de deixar claro à Ravi que, mesmo que brincasse muito, torcia para que eles realmente se tornassem um casal, usando até a linguagem das fãs que dizem que “Wontaek é real”.

- Pelo contrário – respondeu Hyuk, que ria entre as palavras que dizia por conta da expressão descontente do amigo alvo das brincadeiras – Me surpreende como eles conseguem fazer as coisas tão silenciosamente.

O comentário foi o suficiente para elevar a irritação de Ravi a níveis não recomendáveis. Ele estendeu a sacola que segurava na direção de Ken, que a pegou sem contestar. Saiu do elevador assim que parou em seu andar com passos firmes, logo encontrando N e Hongbin conversando animadamente na sala de estar do apartamento.

- Qual é o meu quarto? – perguntou, fazendo com o tom de voz soasse muito mais grave que o normal por conta da irritação que sentia. Chegou a assustar os rapazes com isso.

- O primeiro à direita – N, o líder, respondeu prontamente, sabendo que não deveria provoca-lo ainda mais. A paciência dele com as provocações também tinha um limite.

Ravi rumou para o quarto sem sequer dar boa noite aos meninos. Abriu a porta e adentrou o ambiente que era todo decorado em tons claros como um típico quarto de hotel. Quase sorriu ao ver que Leo já estava na cama que deveria ser a sua, debaixo de um cobertor por conta o tempo frio. Observava o teto com as bochechas infladas de ar, provavelmente pensando em coisas aleatórias.

- Chegamos com o jantar – disse enquanto se encaminhava para perto de sua mala, colocada num canto do quarto. Abriu-a e pegou seu pijama, um simples conjunto azul de short e uma camiseta regata.

- Não quero – ouviu o mais velho responder, supondo que ele havia comido tantos doces no carro mais cedo quanto si, e se trocou com rapidez. Assim que se viu pronto apagou as luzes e caminhou no escuro, cuidando para não esbarrar na outra cama.

Ergueu o cobertor por breves instantes para se colocar debaixo dele, sentindo o calor dele e do corpo de Leo ao lado do seu. O ambiente estava totalmente escuro, mas logo seus olhos se acostumaram com a baixa luminosidade podia enxergar a forma do corpo do amigo ali, que se virou em sua direção. Compartilhavam até mesmo o travesseiro e por pouco não sentiam a respiração um do outro.

- Você está agitado, Wonshik – Leo constatou, em seu costumeiro tom de voz baixo. Pôde observar pela forma com a qual ele entrou no quarto e também porquê não havia jantado, ele nunca dispensava comida, mesmo que já tivesse se alimentado antes.

Ravi suspirou antes de responder.

- Hyuk insinuou que fazemos coisas na cama a noite – explicou, demonstrando ainda mais o quanto está incomodado – Ele sabe que não há nada entre nós e comenta como se houvesse.

- Os meninos só fazem isso porque sabem que você fica irritado – o mais velho disse depois de alguns segundos de silêncio, com naturalidade.

Nunca viu problemas em acharem que tem algo a mais com Ravi porque nunca se importou com o que os rapazes diziam sobre si. As coisas entre eles aconteciam de forma natural. Entendiam um ao outro como jamais outras pessoas entenderiam em tão poucas palavras ou na falta delas, e gostava de ficar perto do amigo pelo simples fato de não precisar dizer nada para se sentir bem, por isso ia à cama dele durante a noite. Tolerava todo e qualquer tipo de provocação se fosse para sempre ter aquela sensação de pertencerem-se mutuamente.

- Mas posso dormir mais vezes na minha cama – completou, imaginando que talvez assim as provocações diminuíssem. Ou talvez piorassem, porque muito provavelmente os meninos diriam que “o casal estaria tendo problemas”.

O mais novo se sobressaltou ao ouvir o comentário. Segurou a cintura de Leo com firmeza, como se tentasse impedi-lo de se afastar mesmo que não tenha feito movimento algum. Sentiu a pele dele sob seus dedos, constatando que não usava uma camiseta.

- Não – disse num sussurro, ao puxar o corpo dele para mais perto para abraça-lo por breves instantes. Passou a sentir a respiração dele quando voltou a deitar a cabeça no travesseiro, mas não se afastou. Era tão normal se tocarem, tanto que por vezes acordavam abraçados sem notarem que o faziam durante a noite.

Leo sorriu, divertindo-se com a afobação do mais novo em mantê-lo ali. Levou a mão à nuca dele, passando a acaricia-lo com a ponta dos dedos como ele fazia consigo quando o chamava de “hamster”. Queria muito poder ver o rosto dele naquele momento, aqueles olhos castanhos tão lindos, e sem que notasse as palavras escaparam por entre seus lábios.

- Eu namoraria você – sussurrou, involuntariamente se aproximando ainda mais. Virou um pouco a cabeça para roçar os lábios nos dele, notando que a sensação é boa.

Ravi não sabia como reagir. Seu coração se acelerou em questão de instantes e ele pensou em como os meninos reagiriam se vissem aquilo, até que percebeu que não se importava nem um pouco com eles. Porque Leo era o mais importante do que estava acontecendo e estava gostando muito dos toques que compartilhavam. E queria mais.

Sem pensar duas vezes uniu suas bocas. Poderia considerar-se completamente louco por estar beijando um amigo, mas não havia nada de errado. Eles pareciam ter sido feitos um para o outro, seus lábios se encaixavam com perfeição. Pertenciam-se da maneira mais natural possível, tendo já se unido emocionalmente antes mesmo de fisicamente.

- Você quer tentar, Taekwoon? – questionou, quando encerrou o beijo. Ouviu o riso baixo dele, que soou como uma confirmação à sua pergunta.

Foi Leo quem buscou por um novo beijo, desta vez sendo um pouco mais ousado ao entrelaçar suas línguas. O gosto da boca dele era inigualável e se admirou por nunca tê-lo beijá-lo antes. Adoraria ser namorado dele e tinha certeza que a tentativa daria certo. Nem mesmo ligariam mais para as provocações dos meninos, já realmente haviam se tornado um casal. Cada brincadeira seria totalmente verdadeira.

Afinal, ele era de Ravi e Ravi era dele.


Notas Finais


Entããão, o que acharam?
Falem comigo nos comentários, vou adorar ler.
Até uma próximo. Beijinhos açucarados~


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