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História Você vai estar aqui quando eu acordar? - Seis - Mudanças


Escrita por: liittlelove

Notas do Autor


⁠⁠⁠Queridos cheguei! \(^▽^)ノ
Tenho que agradecer muitooo vcs por todos esses favoritos e comentários! Sabe quando vc pensa "meu deus! Quero casar com essa pessoa, ter dois filhos e morrer de mãos dadas vendo o pôr do sol"?? Então é isso que sinto por todos vcs ❤

Boa leitura ❤

P.s.: leiam as notas finais ok? Precisamos cv...
P.s.²: Odiadores de HunHan em especial Fausto e Mad não me odeiem por ter tanto <3

Capítulo 7 - Seis - Mudanças


Fanfic / Fanfiction Você vai estar aqui quando eu acordar? - Seis - Mudanças

Seis

 

  Em todos seus quatorze anos de vida Sehun sempre teve Chanyeol.Já havia ficado horas e dias sem o outro, mas nunca meses. É como dizem: existe uma primeira vez para tudo.

  Contudo, de todas as primeiras vezes que Sehun experimentou essa foi a pior.

  Teve que se acostumar com a ideia que no quarto ao lado só havia paredes vazias iguais a si. Em noites de insônia o mais novo ia até o leito que o irmão deixou, olhava tudo à sua volta e não avistava nada que o lembrasse dele. Nenhum pôster, nenhum lembrete, nenhuma roupa. Nem mesmo a sua costumeira bagunça, nem mesmo a sua presença, mas havia um lugar que ainda continha a essência do maior.

  Sehun passava horas deitado naquela cama onde o cheiro de Chanyeol continuava intacto como se ele tivesse apenas ido ali e logo voltasse, mas aos poucos aquele cheiro deixou de existir do mesmo jeito que suas lágrimas cansaram de cair.

  Em alguns momentos um sorriso, até aquele momento desconhecido, invadia sua mente em meio a memórias que de tão boas passaram a ser tão ruins. Às vezes a vida tem disso, pega as melhores coisas e as transformam nas piores, como se fosse um teste para saber como você vai se virar sobre tais circunstâncias. Ou às vezes funcionam como um caminho para crescermos e sermos pessoas mais humanas.

  Porém Sehun não sabia disso. Era fraco e procurava dentro de si em qual momento perdido em sua memória apaixonou-se pelo irmão. Era repulsivo, porém não conseguia pensar assim.

  Tudo em si poderia ser considerado nojento, errado ou ridículo, menos aquele amor que escolheu aceitar no mesmo passo que o irmão escolheu rejeitar.

  Conforme foi crescendo reparava o jeito como os olhos de Chanyeol passava pelo seu corpo ou como aquelas conchinhas que dividiam ao dormirem juntos passaram a ter algum teor sexual. Ele reparava isso, ele sabia disso.

  Tinha certa inocência em si, mas nunca foi burro ou cego. Talvez Chanyeol tenha falhado por achar que Sehun não notaria nada e seguiriam suas vidas até aquele sentimento impuro sair de si como se nunca tivesse existido.

  Era doloroso para Sehun saber que algo tão importante para si era considerado como um erro pelo irmão, pois o mais novo nunca se arrependeu do beijo trocado na mesma noite em que foi deixado.

  Em meio a esses pensamentos e sentimentos que aquele sorriso citado anteriormente, era lembrado, tinha um poder de por míseros segundos tirar tudo das costas daquele menino que não merecia passar por tudo isso com apenas quatorze anos.

  Aqueles poucos segundos eram um refúgio para Sehun, foi onde encontrou uma paz de todos aqueles pensamentos conturbados.

  Certa noite observava o céu nublado de sua janela enquanto lembrava-se daquele sorriso e daquele nome tão doce. Tocou seu ombro rindo baixo e se perguntando como ele conseguiu ser tão rápido em escrever seu nome, seu número e ainda fazer uma carinha!

  — Vejo que você melhorou! – uma voz pouco ouvida por si gritou. Olhou para baixo e viu um ser alguns centímetros maiores que si, com um guarda chuva aberto – mesmo sem chuva – e um sorriso discreto.

  O sorriso.

  — Lu-Luhan? - perguntou surpreso.

  — Oh! – exclamou – Então ele lembra meu nome!

  — Não é todo dia que alguém coloca um papel com seu nome em meu ombro. – riu um pouco.

  — Sou único, Sehun. – riu também, fazendo Sehun rir mais ainda com o comentário.

  — Oh, então ele também lembra meu nome! – imitou o outro.

  — Não é todo dia que acho um garoto molhado e o levo para casa, sabe?

  — Obrigado – disse diminuindo o sorriso.

  — Ah está tudo bem – sorriu docemente.

  “Ele vai ficar sorrindo assim de novo?” – pensou Sehun.

  — Aliás – completou Luhan – graças a você eu achei uma sorveteria incrível! Toda quarta vou lá no meu horário de almoço, então eu que tenho que te agradecer.

  — Aquela sorveteria é realmente boa. – respondeu, desmanchando todos os rastros de sorriso em seu rosto ao se lembrar das milhares de vezes que havia ido lá com o irmão.

  — Falei alguma coisa errada?

  — Ah não... Os problemas na mente.

  — Espero que você consiga sair dessa. – sorriu afetuoso – Até algum dia.

  — Até. – acenou vendo o maior virar a rua.

  Ainda encarava a esquina quando Luhan voltou.

  — Só queria dizer que você fica bem sorrindo - comentou sério – deveria sorrir mais assim.

  Antes que Sehun pudesse dizer algo Luhan tratou de correr até seu apartamento envergonhado por dizer aquelas palavras. Na verdade queria perguntar o porquê do mais novo não ter mandado uma mensagem já que lembrava perfeitamente do seu nome, mas ao ver Sehun o encarando com um sorriso mínimo nos lábios foi, de certa forma, encantador.

  Chegou rápido em casa e logo tratou de ir tomar banho e vestir uma roupa quente, pois mesmo sendo verão ainda sentia muito frio.

  Perguntou-se enquanto a água quente caia sobre suas costas o porquê de Sehun sorrir tanto em algumas horas, mas em outras, parecer tão triste. Estava tão distraído que nem percebeu que ficou parado só observando a água descer pelo ralo, mas logo caiu em si quando pensou no valor da conta.

  Secou-se rapidamente e vestiu um dos seus preciosos moletons apagando as luzes e pegando seu celular. Ao desbloquear a tela viu que tinha chegado uma mensagem de algum número desconhecido. Abriu a mensagem desanimado.

  Isso até saber quem era e toda o desanimo ser esquecido.

                                                                                                                                                                     “Faz muito tempo que eu não                                                                                                                                                                                                                                  tomo sorvete."                                                                                                  

                                                                                         Número desconhecido – 22h10min

 

~*~

 

  Sehun não sabia o que fazer. Sentia-se sozinho há meses mesmo ainda conversando com Minseo praticamente todos os dias, por horas. Era tão diferente com o garoto que, em poucos minutos de conversa, sentia-se mais leve.

  Sabia que não podia deixar isso passar em branco, mas não tinha nem ideia do que fazer.

  Desde a última conversa com o maior perguntava-se se deveria ou não mandar uma mensagem, em como mandar. Porém tudo que digitava parecia muito desagradável.

  Passara-se mais de quinze minutos que havia mandado a mensagem, porém nada de uma resposta. Estava preocupado, ansioso, roendo as unhas até que o barulho de mensagem o assustou.

 

“Como você consegue viver?”

Luhan – 22h30min

                                                                                                                                         “Também não sei hehehe"                                                   

                                                                                                                                                 Sehun – 22h31min

 

“Quer dar um jeito nisso?”

  Luhan – 22h31min

                                                                                                             “Adoraria! O que sugere?"

                                     Sehun – 22h32min

 

“Amanhã é quarta e eu vou naquela sorveteria que te falei.

Quer vim comigo? (carinha envergonhada)

Luhan – 22h34min

                                                                                                  “Quando é seu horário de almoço?”

                                                                                                                Sehun – 22h35min

 

“14:30”

  Luhan – 22h36min

                                                                                                                         “Eu aceito”

                                      Sehun – 22h39min

  

  No dia seguinte eles se encontraram e Sehun desde o abandono do irmão nunca havia se sentido tão em paz. Como se aquele garoto três anos mais velho que si fosse sua casa.

  Com o girar do relógio alguns meses se passaram e foi de certa forma impossível não se apegarem.

  Sehun sabia tudo sobre Luhan e o mesmo pensava que sabia tudo sobre Sehun, porém aquelas memórias guardadas bem no fundo da memória do menor não foram compartilhadas.

  Essas memórias que carregavam os sentimentos que sentiu ou sentia pelo irmão.

  Existem certas coisas que só pertencem a certas pessoas, não são feitas para serem compartilhadas ao próximo, mas sim para serem revividas no seu interior.

  Existem coisas que ninguém deve saber para não perder a magia.

  Sehun não contou nada sobre o irmão porque eram coisas de um “nós” diferente.

  Eram os suspiros e os gritos trocados naquela noite, somente entre Chanyeol e Sehun.

  Assim permaneceriam.

 

.*.*.*.*.

 

  Apaixonar-se por Luhan foi inevitável. O garoto três anos mais velho era bom, cuidadoso e doce. Fez bem a Sehun. Não permitiu que o mesmo se perdesse em meio aos seus conflitos internos, ainda que não soubesse quais eram. Respeitava o tempo do outro e se não estava pronto para contar, tudo bem.

  Luhan também se apaixonara – naquela época – o menor era novo, porém mostrou-se muito maduro em certas circunstâncias e isso, somado a inocência estampada em seus atos, foram suficientes.

  O maior já sabia sobre sua sexualidade a algum tempo, antes mesmo de ir para a Coréia terminar o colegial e cursar a faculdade. Acabou apaixonando-se por um amigo que o renegou após tomar conhecimento sobre o fato. Contou para um que espalhou para outro, em menos de uma semana todos já sabiam.

  Foi um escândalo tão grande que sua mãe tomou consciência sobre o ocorrido e para sua surpresa, não o rejeitou.

  Foi mãe, como todas deveriam ser.

  Fora mandado para Coréia por ela que apavorada do marido descobrir sobre a orientação do filho abriu as asas e o permitiu partir.

  A ideia foi super bem aceita pelo pai que acreditou ser por razões estudantis.

  Se soubesse a verdade, nunca aceitaria.

  Diferente da mãe, seu pai vinha de raízes ainda mais tradicionais que a esposa. Foi educado achando qualquer imagem diferente do padrão como errada e não seria seu filho que mudaria mais de quarenta anos acreditando fielmente em só uma forma de amar.

  Por esses e outros motivos, Luhan mesmo em outro país, procurou distância dos romances que assistia em sua pequena TV. Passou dias perguntando-se o porquê de ter dado seu numero a um estranho e mais outros perguntando-se o porquê do menor não ter ligado.

  Só não se perguntava o motivo de passar todos os dias por semanas em frente à casa do garoto, pois já sabia a resposta. Queria vê-lo e não tinha medo de admitir.

  Para ele o reencontro foi rápido e para alguém que sempre planejava muito, de fato o surpreendeu. A mensagem no final da noite então? Luhan realmente não esperava por isso. Muito menos por aquele pedido indireto para tomar sorvete.

  Sehun revelou-se uma caixinha de surpresas que adoraria desvendar.

  Não planejou apaixonar-se, porém aconteceu sem aviso igual à noite que seus lábios se tocaram pela primeira vez.

  Surpreendentemente Sehun que tomara a atitude naquela noite no apartamento do maior, um ano depois de se conhecerem.

  Fora incrível, porém não mágico.

  Culpou-se pela comparação, simplesmente não pareceu justo e realmente não era.

  Luhan aos poucos conseguiu lugar no coração de Sehun e aquele beijo foi a confirmação que precisava sobre seus sentimentos pelo outro.

  Não amava Luhan naquela época, mas poderia se o mais velho permitisse.

  E ele permitiu.

  Poucas semanas depois já estavam namorando, porém se Luhan teve um pedaço da sorte, nem isso Sehun teve.

 

  A chuva ameaçava cair quando Sehun hipoteticamente perguntou a sua mãe como seria ter um filho gay. Aquela foi a primeira vez que ouvira a mãe, lúcida, proferir tantas palavras de ódio por aquela situação hipotética, mal sabendo que seu querido caçula estava passando por ela.

  Naquele dia correu para o maior quando a chuva fina começava cair, deixando seu cabelo levemente úmido, porém ele não se importava. Ele só precisava da única coisa que tinha.

  Luhan.

  Contou para o outro tudo que havia acontecido, Luhan podia entender perfeitamente o que seu namorado estava sentindo. Soube ali também sobre um dos medos de Sehun. Sentiu-se terrível por não tê-lo ajudado antes e prometeu que dali adiante protegeria e acalmaria o menor.

  E assim o fez. Ali cantou para Sehun. Ali se amaram.

  Amou Sehun na mesma intensidade das investidas precisas do mais novo dentro de si enquanto a chuva caia do lado de fora.

  Luhan poderia amar aquele garoto eternamente.

  Sehun também.

  Pelo menos era isso que pensava ali, vendo o corpo nu do amante abraçando ao seu.

  Sehun se sentia verdadeiramente feliz observando o outro, então decidiu que mesmo com todos os empecilhos que a vida jogasse em cima deles, se agarraria ao maior e nunca o deixaria ir para longe do seu abraço.

 

.*.*.*.*.

 

  Deixar Sehun foi de longe à coisa que mais doeu em Chanyeol.

  Não foi a distância do pai e nem ver a mãe se deteriorando aos poucos sem poder fazer absolutamente nada.

  Foi aquele garotinho.

  Sim, aquele mesmo, de olhos e cabelos castanhos, que fazia seu peito bater mais forte e era mais novo que si.

  Não soube como conseguiu ignorar todas as tentativas de contato do irmão, mas mesmo assim fez. Estava apavorado com as circunstâncias.

  Eram homens e irmãos! Nada poderia ser mais errado em sua visão.

  Vivia se perguntando o porquê de sentir-se atraído por Sehun. Nunca havia se interessado pelo o que tinha no meio das pernas, então por que tinha que ser diferente justo com o próprio irmão?

  Não conseguia entender o motivo de o seu coração doer mais que o normal ao ir embora.

  E pior... Por que diabos beijou o menor?

  Não era certo nem puro! Era pecaminoso como tudo em si. Nunca se perdoaria por ter olhado o outro daquela forma. Sehun não passava de uma criança na época. Criança, esta, que prometeu proteger, mas falhou.

  Queria acreditar que tudo não passou de uma confusão hormonal por ter abdicado do sexo para ter mais tempo para Sehun, mas ele sabia a verdade.

  Sabia que de todos os atos pecaminosos cometidos em sua vida, aquele de fato fora o melhor.

  Ao chegar a Seul retribuiu pela primeira vez em anos o abraço da mãe em um pedido silencioso de desculpas onde as lágrimas entaladas em sua garganta imploraram para ser libertadas, porém as prendeu ao olhar para o pai.

  Chanwon soube que era odiado assim que encontrou os olhos avermelhados – possivelmente por causa das lágrimas – do filho, mas mesmo assim não conseguiu sentir-se culpado pelo ato.

  Depois de separar da mãe não conseguiu olhá-los nos olhos mais. Sentia-se tão sujo que não conseguia formular frases e só movimentava a cabeça às vezes dizendo que sim, às vezes dizendo que não.

  Ao ser deixado no seu grande apartamento deu permissão para aquelas mesmas lágrimas entaladas se libertassem.

  Sentia-se fraco como nunca antes, todo seu corpo se encolhia a cada facada que sentia em seu interior. Estava doendo tanto...

  As lágrimas caíam à medida que seu corpo foi ao chão, deslizando pela parede como se não tivesse mais forças e de fato não tinha. Sehun sempre foi seu ponto de apoio.

  Sehun sempre salvou Chanyeol.

  Sehun sempre dava forças a Chanyeol.

  Sehun sempre amou Chanyeol de uma forma que o mais velho não precisasse de mais nada porque ele era o suficiente!

  Sehun existia para Chanyeol.

  Porém naquele momento, não.

  Naquele momento estava sem salvação, forças, amor e a presença.

  Queria o irmão como um filho quer a mãe quando machuca alguma parte do corpo. Queria proteção, pois sozinho não conseguiria.

  Queria não ter aquele sangue.

  Ter seu irmão como homem aos seus braços quebrou todas as barreiras que tentou impor sobre daquele sentimento.

  No final, foram inúteis.

  Pois amar o irmão daquela forma já estava escrito e fixado entre as linhas de sua história.

 

.*.*.*.*.

 

  — Acorda meu homenzinho. – sussurrou ao ouvido do namorado.

  — Sou maior que você Luhan – disse ainda com os olhos fechados e um sorriso mínimo nos lábios.

  — Isso não vem ao caso agora. – selou os lábios do maior aos seus – O que vamos fazer hoje?

  — Dormir seria uma ótima ideia, sabe?

  — Sehunie... Não podemos passar o dia todo nessa cama.

  — Quem disse? – perguntou retoricamente enquanto subia em cima do namorado agarrando possessivamente sua cintura.

  — A-acho que podemos ficar mais um pouco por aqui. – suspirou quando sentiu selares por seu pescoço.

  — Concordo plenamente.

 

~*~

 

 

  — Parabéns amor! – exclamou animado ao destampar os olhos de Sehun para o maior poder observar o café da manhã que havia preparado com tudo que o outro gostava.

  — Oh! – abriu bem os olhos ao ver a pequena mesa tão cheia – Isso é incrível Lu!

  — Sabia que você iria gostar! – estava animado.

  — Eu realmente gostei muito – respondeu com a boca já cheia.

  — Sei tudo sobre você Sehun-ah!

  Luhan não poderia estar mais errado.

  Não entendeu o sorriso sem graça do namorado quando pronunciou em um coreano fraco tais palavras. Achou que o maior só estava com vergonha e se soubesse a verdade nunca perdoaria Sehun pela ocultação.

  O maior sabia disso. Várias vezes pensou em contar, porém perder o menor era um risco que Sehun não queria correr.

  Luhan foi a única pessoa que teve ao seu lado durante os seis anos que se seguiram desde a partida de Chanyeol. Por mais que já tivesse seus vinte anos completos, ainda era dependente e de certa forma fraco. Não como há seis anos, mas ainda precisava de alguém.

  Quando mais novo Luhan disponibilizava horas do seu sono só para cantar pelo telefone até Sehun conseguir ir para o mundo dos sonhos novamente. Era cansativo, contudo ele valia a pena.

  Para Luhan tudo pelo – naquela época – menor valia a pena.

  Com o passar dos anos Luhan conheceu os pais de Sehun, sendo apresentado como o amigo. Não ficou chateado, nem triste, pois sabia da condição de Sehun e vivia algo parecido. Graças a sua sorte conseguiu fazer a senhora Park gostar de si, fato que ajudou muito nas fugidas que Sehun fazia até seu apartamento na calada da noite.

  Sehun seria eternamente grato a Luhan.

  — Precisamos conversar Sehunie.

  — O que eu fiz? – levantou o olhar com as bochechas fartas de comida.

  — Nada que eu saiba. – riu do namorado – Estava querendo conversar com você sobre isso já tem um tempo, porém escolhi você completar vinte anos.

  — Não estou entendendo nada Lu, vai direto ao ponto.

  — Eu quero ir para Seul.

  Existem alguns poucos momentos que por meros segundos a realidade se parece muito com a ficção, onde em meio ao caminho para o “Felizes Para Sempre” aparece alguma coisa para te lembrar de que não, você não vai ser feliz para sempre.

  Seja por um minuto, uma hora, uma semana, vai ter um momento onde tudo vai parecer pesado demais, complicado demais.

  Ser abandonado pela segunda vez seria mais do que conseguiria aguentar.

  Sehun era fraco, pois a maior ferida que teve não havia se cicatrizado. Vivia colocando curativos para que por alguns momentos se sentisse completo.

  Mas ele sabia.

  Em algum lugar debaixo de tantas camadas de tempo, ele sabia que não estaria completo sem um par de pernas tortas e orelhas grandes em sua vida.

  Contudo, amava Luhan. O que sentia era mais que só medo de ficar sozinho, pois seus sentimentos foram sinceros todas as vezes que o expressou com palavras ou gestos.

  Não poderia ficar sem ele.

  Ele também sabia disso. 

  — Luhan – parou para engolir os gaguejos que estavam por vim – v-você não pode me deixar! Você é tudo que eu tenho, por favor, eu faço...

  — Te abandonar? De onde você tirou essa ideia? – interrompeu o maior.

  — Você disse que quer ir para Seul. – sussurrou baixo.

  — Mas não disse nada de te abandonar!

  — Relacionamentos à distância nunca dão...

  — Sehun eu quero que você vá comigo! – cortou animado.

  — Ir com você?

  — É claro!

  — Não sei Luhan... – odiava aquele lugar profundamente, não sabia se conseguiria viver no lugar por onde foi trocado – Aquele lugar não é para mim.

  — Eu nunca vou entender o porquê desse ódio por Seul, mas quero que você pense sobre o assunto, ok?

  — E se a resposta for não? – abaixou a cabeça.

  — Não movo nenhum dedo para longe daqui.

  — Sério? – sorriu abertamente para o outro.

  — Sério. – disse enquanto caminhava até Sehun para envolvê-lo em um abraço de urso – Meu lugar sempre será onde você estiver.

  Aquelas palavras mexeram com Sehun.

  Luhan era tão diferente de Chanyeol. Sehun não poderia desapontar o menor afinal Sehun também era diferente de Chanyeol.

  E em um sussurro pronunciou as palavras que mudariam completamente o rumo de sua história.

  — Eu vou com você.

 

.*.*.*.*.

 

  Ir para Seul foi mais fácil do que Sehun achou que seria. Quando seus pais souberam sobre seus planos não pouparam esforços para apressar as coisas ao máximo.

  Por fim, acabou achando uma boa ideia, afinal, as chances de reencontrar o irmão eram mínimas e poderia colocar em prática os três anos de faculdade em fotografia que fez.

  Estava deveras animado, pois as imagens daquele lugar pareciam ser perfeitas para si.

  E por Luhan valia a pena.

 

.*.*.*.*.

 

  Bufava irritado sempre que sua visão ficava embaçada pelo vapor do café em seus óculos redondos e não o permitia rir da lerdeza do personagem principal que não percebia as investidas da garota nada discreta lhe dava, em mais um dos romances que sempre gostara de ler, às vezes até escrever.

  Kyungsoo mudou-se para Seul logo após terminar o colegial, arrumou um emprego de meio expediente enquanto cursava letras para futuramente tornar-se professor de literatura. Em poucos anos de trabalho já conseguia se virar sozinho sem depender totalmente dos pais. Sempre teve um espírito independente e realmente odiava depender dos genitores.

  Em seu terceiro ano da faculdade pegou gosto pela escrita e não só pela leitura. Em seu velho caderninho expressou seu doutorado em romances pelos versos meio tortos de alguns poemas que fez, porém nunca mostrou a alguém mesmo depois de formado e nem quando começou a lecionar em uma escola. Era muito particular para si.

  Diferente da ficção, na realidade procurava manter sempre uma distancia segura dos romances que sempre pareceram genéricos para si. Um ciclo chato e entediante de grude e brigas seguidas de mais brigas ou o término. Nada demais em sua opinião. 

  — Talvez se você tirar os óculos ajude – uma voz grossa assustou Kyungsoo que tornara a bufar pelo mesmo motivo de antes. Olhou para o garoto com cara de interrogação, já havia visto aquele homem em algum lugar? Se já, não lembrava, porém se tivesse visto alguém com essa a pele bronzeada e traços fortes provavelmente se lembraria – Eu preciso usar óculos para ler, sabe. Então eu sei como é triste a situação.

  Sua expressão não mudou. Apenas sua sobrancelha que arqueou em uma tentativa – falha – de afastar aquele cara dali. Não que fosse completamente insociável, só não gostava de desconhecidos dando sua opinião sem nem serem perguntados sobre.

  — Bom, estou te observando há alguém tempo e eu vi que você parecia irritado e bem – o desconhecido parecia nervoso – eu gostaria de saber seu nome, então posso me sentar aqui?

  “Pensa, pensa, pensa! Vai, você sabe como dar um fora em alguém!” – travava uma guerra mentalmente naquele momento. Todo seu histórico de “foras” parecia terem sidos eliminados do seu arquivo mental. Até que achou a saída perfeita.

  Murmurou em seu mandarim barato algumas palavras desconexas na esperança que o outro não falasse aquela língua.

  — Ah você não é coreano... – Kyungsoo um, estranho zero – Eu. Sentar. Aqui. Com. Você. Pode? – disse pausadamente e gesticulando freneticamente. Estranho um.

  “Ta’ de brincadeira comigo” – pensou o baixinho.

  Ainda com mais determinação embolou as palavras em mandarim para que o homem aparentemente mais velho desistisse.

  — Ah ok, hum vou indo, tchau – acenou cabisbaixo enquanto Kyungsoo comemorava a vitória de dois a um sobre aquele estranho insistente.

  Assim que o moreno virou-lhe as costas pensou sobre o que ele disse. Seus óculos eram para longe, não para perto, realmente poderia ter os tirado e evitado tanto stress. Agradeceu o estranho mentalmente, mas mesmo que tivesse a oportunidade rezava para que não. Não agradeceria pessoalmente.

  Tirou os óculos para depois focar toda sua atenção ao romance que lia pelo menos essa era a intenção se dois garotos maiores que si não tivessem entrado na cafeteria que estava e um em particular parecer bem familiar.

  Forçou as vistas, mas de nada adiantou.

  “Estranho idiota” – culpou o outro por não conseguir enxergar. Procurou rapidamente seus óculos quando ouviu:

  — Sehun-ah vamos logo – vindo do outro garoto.

  “Sehun? Sehun... Sehun!” repetiu o nome em sua mente até que conseguiu ver a face de perfil do garoto com a voz doce, mas Sehun já estava de costas.

  Murmurou um palavrão baixinho enquanto pegava o celular e discava aquele número tão conhecido do amigo.

                           

~*~

 

  Tornou-se forte. Um homem com letras maiúsculas e grifais que não abaixava a cabeça para nada nem por ninguém, porém faziam todos se curvarem diante a imagem intimidante que criou.

  Tornou-se um indivíduo de negócios respeitado e temido, considerado grande merecedor do ‘Park’ que carregava na frente de seu nome.

  Tornou-se um novo Chanyeol. Eliminou tudo que era e que existia em si.

  Extinguiu certo garoto da sua vida também.

  De todas as rachaduras que havia em seu interior, agora restavam pequenas frestas que eram escondidas pelas barreiras quase indestrutíveis que criou.

  Mas como tudo em si, sua proteção à verdade também era falha e defeituosa.

  Haviam recaídas. Poucas, porém quase inexistente.

  Tempestades, por um lado, viraram seu maior medo. Elas traziam consigo as lembranças, essas traziam a verdade e a verdade o feria.

  A verdade o desarmava.

  Fazia força para manter-se de pé, às vezes conseguia, às vezes não.

  E nessas vezes que falhava, era fraco. Nessas vezes tornava-se novamente aquele jovem em uma cidade grande, sozinho.

  O grande problema de ser considerado impenetrável é que, na verdade, ninguém é.

  Quando não trajava mais o terno preto, ele não era nada.

  Não era Chanyeol, nem o senhor Park.

  Não era o Channie e não era o anjo protetor do irmão.

  Ele só era, só existia.

  Procurava em corpos femininos alguma confirmação, por menor que fosse da sua sexualidade e de fato achava.

  Contudo, o que nunca conseguiu achar foi a cura para seu pecado.

  Nem a explicação para sua garganta implorar para gemer o nome do irmão enquanto gozava dentro do corpo de uma mulher qualquer.

  Chanyeol era um homem inalcançável e estável para todos que cruzasse seu caminho, entretanto a lembrança de um sorriso com os caninos pontiagudos seria sua exceção.

  Sehun sempre seria tudo e seis anos não mudaria esse fato.

 

~*~

 

  Estava ocupado, lotado de processos a serem examinados quando ouviu seu telefone ser tocado. Deu graças aos céus por ver o número do amigo ao invés de mais pedidos e mais trabalho.

  Ainda mantinha uma amizade forte com o Do. O rapaz de olhos grandes o ajudou a se acostumar com a nova cidade, o abraçou – fato extremamente raro – quando precisou sem nem cobrar o motivo.

  Ficou ali só para mostrar que sim, era seu amigo. Um pouco amargo às vezes, mas sempre amigo. Valorizava muito o menor e esse era mais um dos motivos que o seria eternamente grato.

  Chanyeol era daqueles que não se afetava por coisas pequenas, para ele era como um só elétron: desprezível. Não acreditava que uma frase poderia mudar sua vida, trabalhava com fatos e não acusações.

  Até ouvir aquela pequena frase que iria contra tudo que construiu durante os seis anos que viveu sem o irmão.

 

  “Sehun está em Seul.”

 

  Seu pequeno... Perguntava-se, em pensamento, quanto tempo passara-se desde que não pronunciara esse apelido na realidade.

  Naquele momento o homem intocável percebeu o quanto sentia a falta do irmão.

  Ficou com medo, pois podia ver tudo se desmoronando.

  De fato, ele tinha razão.

 

~*~

 

  — Você é retardado Chanyeol? – Kyungsoo perguntou retoricamente – Como assim você não vai conversar com ele?

  — Nós nos distanciamos Kyung. – respondeu sem desviar o olhar dos papeis em sua mesa para o amigo fingindo descaso.

  — E você nunca me contou o motivo.

  — Pensei que você não se importasse.

  — E realmente não me importava! – estava nervoso – Até você virar um babaca.

  — Eu sou ocupado demais para sair procurando por ele.

  — Eu sei muito bem que você nem é tão ocupado assim! Tem dezenas de pessoas pra fazer isso e sei que você está fingindo que não se importa, mas sente saudade dele!

  — Você não sabe de nada Kyungsoo. – disse sério encarando o amigo pela primeira vez.

  Kyungsoo poderia até sentir-se intimidado se não fosse Park Chanyeol ali.

  — Acha que vou abaixar a cabeça para você igual todo mundo nesse andar? – ergueu uma sobrancelha.

  — Desculpe.

  — Tanto faz. – deu de ombros – Bom, já vou indo. Quando você resolver ser homem de verdade ao invés de se esconder atrás dessa mesa me avisa.

  Finalizou jogando a mochila nos ombros e saindo antes que o outro pudesse dizer alguma coisa.

  Fato que não aconteceria, pois Kyungsoo era a única pessoa que calava Chanyeol.

  Com o passar dos anos Chanyeol conseguiu aceitar que aquele sentimento repulsivo não passava de hormônios juvenis, agora mesmo com seus vinte e seis anos tinha medo de que eles voltassem. Agora não aceitava nem recusava os sentimentos existentes em seu ser, só aprendeu a viver como se não existissem.

  Não poderia ariscar tudo que construiu.

  Então por que queria tanto vê-lo?

  Ele não sabia, ou se sim, não admitiria.

  Era errado, pois Sehun era seu irmão.

  Mas seria tão certo porque, Chanyeol aceitando ou não, Sehun era seu amor e seis anos não mudaria esse fato.

 

.*.*.*.*.

 

[Quase três semanas depois]

 

  — Ah estou exausto! – exclamou Sehun ao se jogar no sofá depois de descarregar o caminhão com suas coisas e do namorado – Nunca tinha percebido que você tinha tanta coisa naquele apartamento.

  — Pelo menos agora não vamos precisar dormir no chão.

  — Eu gostava de dormir no chão com você. – murmurou fechando os olhos.

  — Eu sei Hunnie – sentiu o corpo do namorado acomodar-se sobre o seu – Sabe o que eu percebi?

  — Hum?

  — Precisamos de outra cama...

  — Como assim? Não iríamos dormir juntos? – abriu os olhos olhando para o namorado sobre si.

  — Vamos. Quando seus pais não aparecerem aqui.

  — Ah é...

  — Para eles somos só amigos dividindo o apartamento.

  — Eu sei – suspirou – você é feliz assim Lu?

  — Às vezes eu queria que nossos países mudassem sabe? Mas nem toda maldade do mundo vai me tirar de você e estou feliz assim.

  Nessas horas ficava claro para Sehun o quão forte o namorado podia ser. Então seria por ele também.

  — Eu também sou feliz. – disse beijando os cabelos do outro.

  — Mesmo odiando essa cidade?

  — Aham!  – murmurou – Tenho você e minha câmera, não preciso de mais nada.

  — Obrigado por isso, amor.

  — Sabe como você pode me retribuir? – perguntou sugestivo.

  — Você não tava cansado garoto?

  — E estou por isso quero que você faça o jantar.

  — Ah... – suspirou enquanto se levantava.

  — Por que esse ah? – perguntou enquanto inclinava a cabeça para o lado.

  — Nada Sehun-ah. – riu da lentidão do maior – Só tranca a porta quando eu sair.

  — Tudo bem. Volta logo.

  — Voltarei – selou seus lábios rapidamente para depois sair apressado pela porta.

  Permaneceu com os olhos fechados ouvindo o barulho da porta sendo fechada e logo depois a do elevador. Espreguiçou-se tomando coragem para ir até a porta. Em um pulo foi até ela e a trancou indo para a cozinha beliscar alguma coisa sem que Luhan percebesse.

  Com um iogurte na mão perguntava-se como tinha chegado até ali. Era um homem agora, mas por vezes ainda se sentia o garoto que passou o aniversário de quatorze anos sozinho.

  Algumas vezes era fraco sem nem perceber, mas estava tudo bem.

  A fraqueza precisa existir em algum lugar para que você se torne forte.

  A lua precisa existir para que o mar se movimente.

  O dia precisa da noite como a morte precisa da vida.

  Talvez os sinônimos não sejam os mais importantes e sim os antônimos. Eles não se encaixavam, mas se completavam.

  Eles podem ser o tudo ou o nada.

  Chanyeol sempre fora o antônimo de Sehun.

  Era um tudo que resolveu ser um nada.

  Apenas uma lembrança fadada ao esquecimento.

 

  Pelo menos era o que Sehun queria.

  Seu irmão foi o começo, dono da primeira lembrança que tinha. Lembrava-se de estar sentado no jardim de casa, sozinho, e como magia, não estar mais. Era uma memória falha, mas mesmo assim o fazia sorrir.

  E também foi o fim, dono das cicatrizes que havia em seu interior. Viviam tampadas pelos curativos, mas nunca foram completamente cicatrizadas. Às vezes essas feridas eram pressionadas pelo passado e sangravam. Manchavam sua alma com um vermelho vivo. Parecia insuportável e doloroso e de fato era, mas ele tinha alguém.

  Sehun tinha um motivo pelo qual estancar o sangramento e lotar de curativos sua ferida.

  Ele tinha um sorriso que valeu a pena.

  Seus pensamentos foram interrompidos quando ouviu a campainha ser tocada. Tomou em tempo recorde o resto do iogurte que bebia, lavando a boca logo em seguida para não delatar seu “crime” a Luhan, quem Sehun acreditava estar do outro lado.

  Correu até a porta vendo pelo olho mágico uma figura trajando um terno preto, porém irreconhecível por estar virado de costas. Estranhou, pois não conhecia ninguém, além do pai, que vestisse terno e esse não poderia ser pela ausência de fios brancos em meio à cabeleira toda negra.

  Ajeitou as roupas no corpo girando com certa curiosidade a chave e logo depois a maçaneta para abrir a porta em seguida.

  Foi então que ele reconheceu aquela figura agora de frente.

  Aquele rosto... Não poderia ser.

  — H-hyu-hyung?

  Um sorriso ladino quase imperceptível formou-se nos lábios do outro, revelando aquela expressão bonita que sempre viu durante a infância.

  Sempre reconheceria aqueles olhos e junto deles as lembranças que o atingiram fazendo um canto de seu curativo se soltar e um filete de sangue ameaçar a cair.

  Naquele momento não havia barreiras, máscaras ou Luhan.

  Só existia Sehun de frente para Ele.

  O tão desesperador passado que não estava pronto para enfrentar, mas teria.

  Já estava marcado nas linhas do seu destino.

  — Olá Sehun.

  Então aquele mesmo filete de sangue caiu. Sujando e manchando toda sua alma enquanto ele o olhava.

 

  Enquanto Sehun olhava para Ele

 

 

 


Notas Finais


Parece que alguém voltou não é mesmo!?!? :D
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Gente, não queria falar MT aqui pq eu como leitora odeio aqueles textos q colocam, mas precisamos cv um pouquinho ok?
Esses dias eu fiquei bem mal, mas tipo acabada. Minha cabeça não parava de doer e problemas que achei q seriam esquecidos facilmente, não foram. Junto a mil e um problemas veio o "bloqueio", eu sabia oq precisava escrever, mas simplesmente não conseguia e quando saia ficava uma bosta! Não conseguia passar a emoção que o momento necessitava e bom... Fiquei o dia 25 INTEIRO na frente do PC e consegui terminar, só que não deu pra postar por ele simplesmente n parecer escrito por mim. Foi exaustivo d+ pra minha mente e quando eu estava desesperada tive o apoio da minha beta e do Fausto, só obrg por aturar minha reclamação. Se esse cap saiu foi graças a elas e quero agradecer especialmente a Corujamariana minha beta e melhor amiga pelas ligações e pelos encontros para me ajudar nisso tudo, vc é a melhor.
E vcs, meus leitores, espero que tenham gostado, eu reescrevi varias partes varias vezes por vcs! E para os que querem saber: eu estou melhor e logo passa toda essa bobeira de adolescente que às vezes parecem ser o fim do mundo, mas sabemos que não é.
Mesmo não conhecendo seus rostos vocês ganharam espaço no meu coração, coisa que ninguém tem facilmente. ❤
Obrg quem leu até aqui. E feliz reveillon para todos!
Nos encontramos ano que vem ❤
Beijos de luz! :3


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