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História Você viu Park ChanYeol? - Capítulo Único - O céu está chorando.


Escrita por: paperhearted

Notas do Autor


Oi! Essa não é a primeira história que eu postei, mas acho que é a primeira que durará mais de 10 minutos no site. Kkkkkk, pretendo que dure muito mais, e pretendo postar outras também. Por enquanto só tenho expectativas, e realmente espero que vocês gostem.

Escrevi pensando em ChanBaek, mas ai varia de cada um. Boa leitura! Espero vocês nas notas finais, certo? ><

(Aproveito para agradecer ao incentivo das amiguinhas. A capa foi feita pela @woowonu <3)

Capítulo 1 - Capítulo Único - O céu está chorando.


Está chovendo. A chuva não me incomoda como o incomodava. Ele detesta a chuva, mas é exatamente como ela. Park ChanYeol é desconcertante e súbito como uma garoa. Corta e anestesia, esfria e refresca, ChanYeol é a maior bagunça alguma vez já vista.

 

Todo nosso drama começou em um dia de chuva. Não era uma chuva torrencial— daquela que parece a um passo de destruir o universo. Também não era uma garoa fina, muito menos um chuvisco. A chuva variava de forte a fraca. Tudo num ritmo tão inconstante quanto o garoto alto e pálido que ela me trouxera.

 

As gotas d’água nos levaram ao mesmo café, apesar de termos propósitos diferentes. Ele queria fugir do aguaceiro e eu queria apreciá-lo através da pequena janela do estabelecimento. Achava bonito, e como um apaixonado escritor, gostava de procurar significado em cada gota, gostava de ouvir o céu chorar. Melódico e suave, como a voz do, até então, estranho, que pedia um café amargo. Eu detestava sabores amargos, e me perguntei como alguém de beleza tão suave poderia gostar. 

 

Naquele dia eu me apaixonei por um estranho de beleza exuberante. Não tenho certeza se foi o cabelo levemente molhado, a voz rouca ou o sorriso tímido e pacífico.

 

Eu passei a frequentar aquela cafeteria ainda mais do que já frequentava, e meus olhos sempre almejavam pelo estranho alto e pálido. Custaram umas três semanas de visitas frequentes até o ver atravessar a porta com uma expressão um tanto fechada.

 

Não quis incomodá-lo e então optei por apenas observá-lo de longe. Me perguntei se sua mente estava tão nublada quanto o céu lá fora e se ele me deixaria passar por entre as nuvens carregadas de seu coração, caso tivesse a chance.

 

Quando ele já estava a ponto de sair, deixou algo cair de seu bolso. Provavelmente não percebeu, porque continuou andando, e eu não sabia seu nome, então não o chamei. Apenas peguei do chão o único pedacinho que tinha daquele estranho e o analisei.

 

Era um guardanapo. Na minha mente, eu já havia arquitetado milhões de ilusões em que eu ia devolvê-lo e consequentemente nossas mãos se tocavam, nos apaixonávamos perdidamente e vivíamos felizes para sempre. Mas era apenas um guardanapo, e acabei por me contentar em ter alguma coisa provinda do estranho e decidi deixar para lá. Minha história com o estranho encantador morreria ali, entre eu, a cafeteria e um guardanapo amassado.

 

Mas não foi bem assim. Quando fui observar o guardanapo antes de dormir, em uma espécie de despedida, percebi que haviam rabiscos ali. Rabiscos muito perfeitos, eu diria. Era minha fisionomia bem ali, em um desenho perfeitamente apressado feito pelo meu mais novo amor.

 

Fiquei até assustado com o pensamento. Reciprocidade sempre me assustou. Minhas paixonites geralmente acabariam por ali. Mas por algum motivo, não dessa vez. Park ChanYeol era sinônimo de novidade, e naquela época eu ainda nem sabia seu nome.

 

No primeiro dia que pude, naquela mesma semana, fui à cafeteria. E para minha, não tão, surpresa, o estranho se encontrava lá, sentado, distraído e lindo. Lindíssimo, como a expressão confusa que fez quando eu fui até a cadeira ao seu lado e perguntei se poderia sentar ali.

 

Ficamos trocando palavras, experiências e risadas até que o garçom viesse nos avisar que o estabelecimento fecharia em alguns minutos. Saímos dali assustados com a rapidez com que o tempo passou, e quando eu me virei para oferecer carona, ele já havia saído. Desaparecido, sumido tão subitamente quanto apareceu. E só aí que percebi que mesmo após tantas horas, não sabia o seu nome. 

 

Acho que tudo realmente continuaria entre eu, a cafeteria e o guardanapo amassado.

 

Mas mesmo assim, continuei indo ao café todos os dias após o trabalho. 

 

Me doía pensar que nunca mais ouviria a voz rouca ou a gargalhada gostosa que ele possuía. Ou o sorriso com a covinha bipolar, que em um minuto estava destacada e no outro, escondida.

 

No final da outra semana eu já estava desistindo. E foi ai que eu o encontrei, e ao contrário do que eu pensava, ele lançou-me um sorriso, o mais bonito de todos, e veio até a mim.

 

Seu nome era Park ChanYeol. E daquele dia em diante, ele passou do estranho pelo qual eu estava apaixonado para Park ChanYeol, o estranho pelo qual eu estava apaixonado e com quem havia trocado alguns, muitos, beijos.

 

Fomos parar em meu apartamento naquela noite. Quando eu acordei, seu cheiro, toque e gosto ainda estavam intactos. Mas ele não, ele nem sequer continuava ali. No entanto, havia um bilhete na minha escrivaninha que provava que não havia sido um sonho. Ali, real e em sua caligrafia desenhada.

 

O bilhete pedia que eu fosse até a cozinha. Simplista, de um modo que eu jamais seria capaz de ser. E após alguns segundos para processar, fui, e lá encontrei, além de um café da manhã, um guardanapo com um desenho ainda mais bonito que o outro.

 

Era eu, acho que estava adormecido, provavelmente perdido lá pelo décimo sono. No desenho todos os detalhes de minha fisionomia estavam calculadamente reproduzidos. Não achei estranho que ele houvesse feito aquilo enquanto eu dormia, na verdade, eu achei lindo. Lindo como ele, como o desenho e como o sentimento que só crescia dentro do meu peito.

 

Mal podia esperar para revê-lo.

 

E demorou um pouco, mas quando o vi novamente, ele parecia envergonhado. Estava um pouco calado, mas atirado como sempre fui, tasquei-o um beijo e mais uma vez acabamos no meu apartamento.

 

Dessa vez ele não foi embora. Acordei com suas costas pálidas viradas para mim, e aquilo dizia muita coisa sobre ele. Park ChanYeol tinha medo de ser machucado. Acima de tudo, ChanYeol tinha medo de machucar.

 

Passamos a nos ver frequentemente. Não mais apenas no café, como também no meu apartamento e no dele. Ressalto que não apenas à noite. E custou um pouco, mas ele me presenteou com sua companhia e em troca eu entreguei-lhe todo o meu amor.

 

E bom, eu era retribuído. Do modo Park ChanYeol, mas eu era. E eu amava o seu modo de amar quase tanto quanto o amava.

 

A única coisa que eu não amava nele era sua vontade de desaparecer. Sua tendência em fugir, em escapar. Em se perder em si, e bom, isso era profundo demais para que eu pudesse o puxar de volta.

 

Da primeira vez em que ele sumiu, senti-me rejeitado. Quis o meu quase namorado de volta, mas mal sabia eu que ali era ele sendo ele do jeito mais autêntico possível.

 

Algumas informações sobre Park ChanYeol:

 

1- Tem 24 anos, trabalha como designer numa empresa e seus desenhos são ainda mais bonitos que o mundo de verdade.

2- Se formou em artes visuais.

3- Lê os textos que faço para ele e sorri como um bobo, enquanto sua bochechas tomam uma coloração avermelhada.

4- Gosta de Coldplay, Radiohead e Arctic Monkeys, mas dança e canta como um louco quando colocam qualquer música de One Piece para tocar.

5- Preto é sua cor favorita.

6- Toca piano e mais 900 instrumentos.

7-É medroso e custa a confiar. Como uma criança que teve uma promessa quebrada.

8- É inseguro. Não o tipo de inseguro que faz qualquer tipo de ofensa a si mesmo para ouvir um elogio, mas o oposto. Um inseguro que nunca vi antes, do tipo que odeia elogios e faz de tudo para negá-los.

9- Não aprendeu a amar.

10- Me ama.

 

Sim, ChanYeol fugiu algumas outras vezes. Ele foge quando se sente inseguro, quanto não se sente o suficiente. Ele nega, ele sofre. Ele é confuso. Confuso do seu jeito suave e em sua essência única. Mas ainda assim confuso, ainda assim perdido.

 

E ele sempre volta. E sempre que ele volta, é tão belo que o céu chora. Eu e o céu. E então, ali mesmo, na chuva, ChanYeol chora conosco.


Notas Finais


Apesar de que, por vezes, eu quero ser como o ChanYeol, ele é alguém que, dentro de mim, eu tenho muito medo de me tornar. Espero que alguém possa ter se identificado, sentido o que eu quis passar, ou achado a história envolvente, não sei.

Eu senti que deveria compartilhar com o mundo, então o fiz. E por favor, relevem os erros, principalmente os relacionados a pontuação. Ou melhor, me avise quanto a eles, isso tudo também serve como experiência, amo escrever e estou aqui principalmente para melhorar nesse quesito.

Bom, muito obrigada aos que leram até aqui. Ficaria muito feliz se deixassem sua opinião, independente de positiva ou negativa, nos comentários.

Eu escrevi ouvindo Yayo da Lana. Uma versão junto com barulho de chuva que achei no YouTube (a internet pode ser maravilhosa, né???). Aqui vai o link https://youtu.be/zNh65Usi4D8 ><

Até uma próxima!


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