-- NARRADORA --
As luzes da cidade brilhavam encantadoramente naquela noite de sexta-feira em New York. Talvez seja por que naquele dia, Peter e Wade enxergavam tudo um pouquinho mais brilhante pela companhia um do outro. Tinha sido um ato de coragem de Wade chamar Peter para sair, e outro de Peter para aceitar. Por que se apaixonar não é fácil. Amar não é algo planejado, e se for amigo, tu fez algo de errado. Nenhum deles planejou se apaixonar. Eles só abraçaram um sentimento que veio como um sutil cumprimento, e em meio a longínquas observações e fotos tiradas as escondidas, as resistências foram perdidas.
Eles se encontraram ás oito, no Central Park, com o deslumbre dos olhos apaixonados e o mistérios dos segredos guardados. Conforme combinado, Peter escolheria o lugar e Wade a comida.
- Gosta de comida mexicana? - Perguntou Wade.
- Claro. - Peter respondeu.
- Então o prato de hoje serão as minhas favoritas. Chimichangas.
Peter riu.
- Que nome estranho para uma comida.
- Você nunca comeu chimichanga? - Wade arregalou os olhos, fingindo surpresa.
- Não. - Disse Peter arqueando as sobrancelhas para Wade.
- Então comeu comida mexicana de verdade. Vem. - Disse Wade pegando Peter pela mão e o puxando, como em um instinto, soltando logo depois percebendo o quanto Peter tinha corado.
Peter como resposta apenas sorriu e pegou novamente a mão de Wade, que deu um sorriso tímido para o outro. Eles caminharam com sorrisos bobos enfeitando suas expressões pela noite de clima agradável, ainda que o vento soprasse gelado.
Pararam em uma feirinha de rua, onde a música mexicana soava alta e alegre e se via grande variedade de comidas.
Não estava muito cheio, mas as conversas eram audíveis e filas se formavam em frente as barraquinhas.
Eles pararam em uma, para comprar as tão famosas chimichangas.
- Parecem burritos. - Disse Peter quando eles pegaram a comida.
- No fim das contas dizem que é só um burrito frito com azeite, mas pensar assim estraga a magia. - Wade disse, piscando para Peter no fim da sentença.
Eles se sentaram em uma das grandes mesas espalhadas pelo meio da feira e conversaram bobagens enquanto comiam.
- Aonde você quer ir agora? - Wade perguntou para Peter enquanto saiam da feirinha.
- Eu tenho uma idéia. - Disse puxando o outro.
Ele parou em frente a um prédio. Wade arqueou as sobrancelhas para ele.
- O que exatamente estamos fazendo aqui? - Questionou.
- Você vai ver. - Peter disse começando a andar para a lateral do prédio. - Você não tem medo de altura, tem?
- Não... - Disse Wade, por fim olhando para a escadaria lateral e percebendo onde eles iriam.
- Vem. - Peter chamou já começando a subir.
Wade começou a subir as escadas em seguida. Ela terminava um espaço considerável antes do fim do prédio.
- Como você vai chegar lá? - Wade perguntou para Peter.
- Assim. - Respondeu o outro dando um pulo e se agarrando na borda do prédio.
Uma vez dentro do terraço, Peter apareceu na beira do prédio e o puxou para dentro.
- Você é algum tipo de aranha? - Wade brincou com Peter.
- Claro. Eu sou metade aranha. O incrível homem aranha.
- O incrivelmente sexy homem aranha. - Wade piscou para Peter.
- Se você diz. - Respondeu corado.
Ele corava por tudo e odiava isso. Wade adorava ter o poder de fazê-lo corar. Eles se sentaram no parapeito do prédio observando as luzes de Nova York.
- É bem bonito daqui de cima. Bem mais bonito que lá em baixo. - Wade disse.
- Sim. Tudo parece mais calmo. Eu tenho dúzias de fotos daqui. Em todos os horários e ângulos.
Eles ficaram em silêncio por um momento, até que Peter voltou a falar.
- Wade. Posso... Tirar outra foto sua?
- Você já tem muitas fotos minhas. - Alegou Wade. - Eu deixarei com uma condição.
- Qual?
- Que você apareça nela comigo.
- Tudo bem. - Peter concordou.
Não tinha o costume de se fotografar, mas adoraria ter uma recordação daquele dia.
Eles se sentaram de costas para a cidade, com a intenção de que a mesma aparecesse de fundo. Peter pegou sua fiel câmera, e eles se abraçaram. E como num instinto, Wade beijou Peter. Um singelo encostar de lábios, que a câmera com sucesso capturou. Eles abriram os olhos e se separaram. E sorrindo, abraçaram-se e beijaram-se novamente. Não precisava haver diálogo, porque todos os sentimentos eles já sentiam há um bom tempo, em seus corações e agora na foto favorita de ambos.
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