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História Visita na chuva. - Capitulo único.


Escrita por: Ana_zzkit

Notas do Autor


Revisado e editado dia 26/11/18.

Iae pessoinhas!
Sim, eu sei.
A Alya é a Volpina, não o Nathaniel... Mas eu estava com a ideia de fazer esse oneshot muito antes de anunciarem quem seria a Volpina de verdade. E eu terminei de escrever hoje então decidi já postar.
E eu deixei como Volpina mesmo pois em italiano significa sagaz, e por ser em outra língua a diferenciação entre feminino e masculino deles é diferente.
Boa leitura!
Espero que gostem.

Capítulo 1 - Capitulo único.


Fanfic / Fanfiction Visita na chuva. - Capitulo único.

Toc. Toc.

O batuque das gotas no vidro trouxe a garota de volta à realidade. Ela estava desenhando distraída em seu quarto. Um cobertor bem preso sobre seus ombros e uma caneca de bebida quente ao alcance das suas mãos.

Esta era uma noite fria e chuvosa.

Toc. Toc. Toc.

O barulho ficou ainda mais forte até que o som da chuva se tornou impossível de ignorar. Ela suspirou e voltou a prestar atenção no vestido que estava desenhando. Juleka daria uma festa e Marinette queria ir com o melhor vestido que ela pudesse fazer. Não que a pessoa para quem ela estava se arrumando iria para a festa, ou iria. Ela não sabia nem se ela conhecia a sua forma civil.

A chuva acalmou um pouco. Um barulho diferente, fora de ritmo e mais insistente, fez Marinette olhar para a janela esperançosa.

Preguiçosamente ela se levantou e caminhou lentamente até a janela tentando, inutilmente, esconder o sorriso. O rapaz, cujo cabelo vermelho e olhos verde-água deixariam qualquer uma babando, sorria com sua roupa toda encharcada.

Marinette não aguentou mais e soltou uma risada. Ela abriu a janela e o garoto entrou no seu quarto.

- O que faz nessa tempestade, Volp? – ela perguntou curiosa analisando um pouco mais o amigo.

Sua roupa era de um laranja vibrante e encima de seus cabelos ruivos duas orelhas caninas abanaram. Amarrada na sua cintura uma cauda laranja com a ponta branca gotejava da chuva e no seu rosto uma máscara também laranja impedia Paris de saber qual era a verdadeira identidade do mais novo herói de Paris.

Volpina tinha aparecido a pouco mais de quatro meses e já tinha ajudado Chat Noir e Ladybug incontáveis vezes desde então.

- Estava passeando e me perdi na chuva – ela respondeu e depois espirrou.

Marinette riu e foi em direção ao seu armário para pegar uma toalha seca.

- Se perdeu? - repetiu cética em tom zombeiro. O rosto de Volpina ficou levemente corado, mas mesmo assim ele sorriu quando aceitou a toalha e começando a se secar.

- Dessa vez é verdade.

Marinette apenas o observou mais um pouco com um pequeno sorriso nos lábios.

Não era a primeira vez que Volpina aparecia na sua janela ou no seu telhado dizendo que havia se perdido e que estava cansado demais para procurar o caminho de volta.

Marinette entregou sua caneca ainda quente e o cobertor quando Volpina começou a espirrar sem parar.

- Vai pegar um resfriado desse jeito – ela disse, sua voz cheia de preocupação. Mesmo eles se conhecendo não mais do que algumas semanas - quando ele apareceu na sua casa pela primeira vez com uma desculpa esfarrapada -, Marinette se sentia bem comele. Às vezes até mais do que quando estava perto de seu gato de rua predileto.

Volpina corou, mas ainda levantou uma sobrancelha e lançou um olhar esperançoso.

- Então você se importa comigo? – ele provocou e se sentou na espreguiçadeira tomando cuidado para não molhar as almofadas. Marinette corou. Ele sorriu.

Ele sentiu-se realizado por deixar sua amada desse jeito.

Volpina sabia que em seu estado civil Marinette jamais se abriria desse modo com ele, mas ele tinha que admitir que a culpa era dele: Sua timidez o deixava incapaz de falar com ela.

Porém, desde que Nathaniel ganhou um miraculous e se tornou Volpina, o herói raposa de Paris, ele começou a se sentir cada vez mais à vontade com a máscara até que, um dia, foi capaz de deixar a sua timidez de lado e visitar a garota por quem seu coração batia. Desde então ele começou a visita-la sempre que conseguia. O que ele não esperava era que ele ia se apaixonar cada vez mais e mais a cada visita.

- Ah! - Volpina gritou. Marinette tinha puxado a colcha da espreguiçadeira e derrubou ele no chão.

Ela gargalhou.

- E-Ei - ela chamou sem fôlego e ofereceu a mão - Não precisa ficar vermelhinho.

Nathaniel sentiu seu rosto ficar mais quente ainda e bufou. Ele aceitou a mão de Marinette, mas se negou a olhar para ela. Ele podia fazer birra quando quisesse.

Ao menos por um tempo. Quando seus olhos se encontraram eles ficaram incapazes de desviar o olhar.

Verde-água no azul-céu. 

Azul-céu no verde-água.

Os dois coraram, mas mesmo assim se negaram a se afastar, ou a soltar suas mãos. Estavam hipnotizados pelo olhar um do outro.

CABUM.

O barulho do trovão fez eles se afastarem bruscamente. Seus rostos esquentaram ainda mais. Eles não tinham percebido o quão perto estavam: seus corpos tinham se movido sozinhos.

- B-bem... - Volpina coçou a nuca, envergonhado.

- O-o que você acha de jogar alguma coisa? - Marinette gaguejou nervosa e, acima de tudo, confusa. Ela era apaixonada por Adrien há mais de um ano. Isso era tudo o que ela sabia sobre amor. Mas, desde que Volpina começou a visita-la frequentemente, ela não sabia mais o que estava sentindo.

Essa conexão que sentia com ele era diferente de tudo o que ela já tinha experimentado antes. Não era um amor platônico, isso ela sabia. Mesmo que Volpina nunca tenha falando era mais que óbvio que ele sentia algo por ela. Que ele a correspondia. Talvez até demais.

E isso deixava Marinette confusa e insegura.

- C-claro – ele respondeu hesitante. Ma sua hesitação não por estar em dúvida sobre seus sentimentos, mas pelo exato contrário. Sua certeza em seu amor pela garota apenas o deixava sem jeito, ainda mais quando eles quase se beijaram.

Trixx não vai acreditar quando eu contar, Nathaniel pensou, extremamente feliz e envergonhado. Sua relação com seu kwami estava cada vez melhor. Mesmo Trixx não concordando com o fato de Nathaniel se transformar para visitar Marinette ele, com toda certeza, ficaria feliz ao saber do que aconteceu.

Isso se ele já não soubesse.

Nathaniel ainda não entendia como tinha coisas que ele sabia e como tinha coisas que ele parecia não fazer ideia. Talvez fosse apenas um jogo para ver a reação de seu portador, ou uma ignorância sincera sobre os acontecimentos que cercavam o rapaz quando este se transformava.

De qualquer modo eu vou contar, ele decidiu e voltou a se sentar na espreguiçadeira, só agora percebendo que Marinette estava ligando o computador.

Nathaniel virou o rosto quando viu a foto de descanso de tela. Ele não era idiota, ele sempre soube da paixão dela por Adrien Agreste. Mas isso não significava que ver aquelas fotos não machucava.

Ele balançou a cabeça afastando os pensamentos e aceitou o controle da garota.

Eles começaram jogando uma partida ainda tensos, Marinette pela confusão e Nathaniel pelo ciúmes. Aos poucos a tensão se dissipou. Marinette ganhou a primeira rodada e fez sua dancinha da vitória. Volpina riu.

- É isso aí! Marinette é a melhor - ela cantarolou e olhou para ele pelo canto do olho. Franziu a testa, confusa.

Era a primeira vez que eoles jogavam juntos e Marinette estava esperando que ele olhasse para ela impressionado, como a maioria das pessoas fazia. No entanto ele tinha um o sorriso doce nos lábios, como se ele esperasse por isso.

- Que foi? - Volpina corou quando percebeu que foi pego olhando.

- Você já me viu jogar antes?

- Sim – ele deu de ombros - Quando você jogou contra o Adrien no ano passado, na biblioteca. E também quando você foi parceira do Max naquele concurso.

Marinette abriu e fechou a boca, sua mente rodando a toda a velocidade. Perguntas voaram para a sua mente e escaparam pela sua boca antes que ela percebesse.

- Eu te conheço? - ela perguntou - Quer dizer, sem a máscara?

Pela primeira vez em sua vida ela considerou que realmente poderia conhecê-lo em sua forma civil.

Nathaniel arregalou os olhos violentamente. A ideia de Marinette descobrir quem ele era e se afastar dominou a sua mente e arrepiou a sua espinha.

Um dia ela terá que saber, uma voz que soava muito com Trixx falou em sua mente. Ele concordou timidamente com a cabeça antes de engolir em seco.

- Sim, nós... – ele hesitou, depois resolveu parar de se preocupar tanto. Era Marinette, afinal - nós estudamos na mesma escola.

Ela arregalou os olhos, surpresa​. Não esperando essa resposta.

- Nós já conversamos? 

Nathaniel engoliu em seco, com medo em onde essa conversa ia chegar.

- Algumas vezes - tentou parecer o mais indiferente possível - Não sou do tipo que fala com todo mundo...

- E por que com a máscara é diferente? - Marinette se arrependeu no momento em que as palavras saíram de sua boca.

Com o tempo de convívio com Chat Noir ela acabou aprendendo que, algumas vezes, as pessoas usam a máscara para serem elas mesmas.

Nathaniel ponderou sobre a pergunta com sinceridade. Ele nunca tinha pensado sobre isso.

- Acho que a máscara me ajuda a ser quem eu sou. Não tenho vergonha de mim quando estou usando ela.

Igual a mim, ela pensou.

Ela era mais confiante e mais segura quando estava com a máscara, como se ninguém pudesse pará-la. Como se ninguém pudesse julga-la.

Ela sorriu quando percebeu a honestidade em suas palavras e aquela mesma sensação voltou. Aquele mesmo sentimento, mas sem a confusão e a insegurança. Apenas o "gostar" estava presente agora.

Eles se aproximaram novamente, só que dessa vez os dois estavam cientes de cada movimento.

Marinette conseguia sentir a respiração dele em sua pele. Quente, serena e com cheiro de hortelã. Ela definitivamente gostava de hortelã.

Bipe.

Eles se separaram bruscamente quando o barulho do colar de Volpina os tirou de seu mundo.

Nathaniel xingou Trixx mentalmente, irritado pelo kwami já estar cansado. Mas ele olhou para o relógico e se arrependeu. Ele estava transformado há bastante tempo e Trixx tinha aguentado bem mais do que o seu normal apenas para suprir o seu desejo egoísta de ver Marinette.

Nathaniel definitivamente o recompensaria com qualquer coisa que ele quisesse.

- Bem... Parece que eu tenho que ir - Volpina disse com a voz manhosa. A despedida era, definitivamente, a parte que ele menos gostava das suas visitas.

- É... Parece - Marinette repetiu atordoada o pelo que estava para acontecer.

Eu e o Volp quase nos beijamos... De novo, ela pensou sentindo seu rosto corar violentamente.

Marinette se forçou a espantar os pensamentos e se levantou, caminhou até a janela e ficou aliviada quando viu  que a chuva tinha passado. Ela sempre se preocupava com ele ficando doente caso pegasse chuva na volta.

Quando se virou percebeu que o herói a observava.

- Você vai voltar? - ela perguntou sentindo sua pouca timidez querendo tomar a frente. Ela nunca poderia negar que gostava da presença de Volpina, coisa que fazia com frequência quando se tratava de seu outro parceiro de luta.

Bipe.

- Por você eu faria qualquer coisa - ele respondeu com sinceridade. 

Marinette sorriu.

- Se esse é o caso... – ela começou insegura - Você me esperaria?

- Como assim?

- No momento meu coração ainda bate por outro - o olhar sofrido dele fez Marinette quase se arrepender das suas palavras. Quase. - Mas ele também bate por você.

Volpina arregalou os olhos. Aquilo era uma declaração?

Bipe.

Aquilo *era uma declaração!

Ele permaneceu em silêncio enquanto ela continuava.

- Eu não acho certo gostar de duas pessoas ao mesmo tempo... E por isso... – ela hesitou - Você esperaria até meu coração parar de bater por outro? 

Nathaniel olhou para Marinette ainda descrente.

- Como eu falei antes - ele pegou a mão dela com a dele e entrelaçou seus dedos - Por você eu faria qualquer coisa.

Seus olhos se encontraram novamente. Desta vez nenhum dos dois se segurou.

Seus lábios finalmente se tocaram.

Bipe.

Dessa vez eles não se afastaram com o barulho, ao contrário, aprofundaram ainda mais o beijo. Os dois estavam em êxtase! Eles estavam beijando a pessoa por quem seu coração batia.

Nathaniel nunca esteve tão feliz. Ele amava Marinette.

E saber que ela se sentia igual, mesmo que um pouco, era a melhor coisa do mundo para ele.

Bipe.


Notas Finais


E é isso pessoal :3
Obrigada por terem lido!

Bjus da Zz *3*


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