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História Volta ao Mundo em 80 Histórias - Bariloche - Por Veronica1986


Escrita por: MichelyMaia

Notas do Autor


Então...quando eu convidei a Vê pra participar do projeto, ela demorou um pouco para responder, mas bom...eu também sou assim né!?! O que importa é que ela disse sim e quando vi a mensagem, fiquei mega feliz.

Eu até então não tinha convidado ela e quem me deu esse ultimado foi a Since24th05, que também já escreveu uma fic pra gente. Obrigada por isso.

Acho que a Vê não precisa mesmo de apresentações, mas ainda assim o link dela, junto a uma pequena nota a vocês, estarão no início do capítulo e eu não só convido vocês á esta one, como também a fic que deu origem a ela: The Choices We Make e que eu voltei a ler.

Vê, obrigada pelo carinho e por aceitar o convite, de coração.

Meninas, obrigada por todos os favoritos e comentários e claro, pelas horas de boa conversa no whats ou face.
Vocês são as melhores.

Mil beijos e uma ótima leitura!

Capítulo 10 - Bariloche - Por Veronica1986


One com conteúdo G!P. (Pra quem não sabe o que isso significa, é quando uma das personagens é intersexual ou transexual)

 

Essa one é uma espécie de "extra" de The Choices We Make que é uma fanfic minha e eu me diverti bastante com essa one,

espero que vocês se divirtam também. =) 
Para quem tiver curiosidade, esse é o link do hotel no qual a one se passa: http://www.llaollao.com/
E o quarto em que elas ficaram é esse aqui: http://llaollao.com/ala-bustillo/suite-presidencial
 

(Link do perfil da autora: https://spiritfanfics.com/perfil/veronica1986

ou

https://fanfiction.com.br/u/628088/)

***********

 

Essa seria a primeira vez que iríamos passar as férias em família fora de Storybrooke e eu não sei quem estava mais ansioso para isso. Regina, eu ou as crianças. Henry andava de um lado para o outro ajudando minha morena a conferir as malas para garantir que nada ficasse para trás enquanto eu terminava de arrumar Roland. A primeira parada seria em Bariloche e depois iríamos para a Jamaica, onde Regina e eu havíamos passado nossa lua de mel.

— Henry, vá abrir a porta para suas madrinhas. – Pedi quando o som da campainha ecoou pela casa. — Pronto, campeão.

Peguei Roland no colo e descemos para nos juntar aos demais. Cumprimentei as duas e a pequena Grace correu até o mim se agarrando as minhas pernas. Pouco depois o senhor e a senhora Mills chegaram para nos levar até o aeroporto e durante o caminho foi aquela bagunça. As crianças não paravam de falar nem por um minuto e Ruby e Zelena se juntavam a elas sempre que possível. As reservas no hotel em Bariloche foram feitas com meses de antecedência devido à grande procura pelos turistas nessa época do ano. Regina insistiu para que fossemos para lá durante o inverno pois ela queria me ensinar a esquiar. Logo eu, uma mulher da praia, das ondas, do mar. Concordei desde que pudéssemos passar metade das férias na ilha jamaicana e depois de algumas conversas com Ruby e Zelena finalmente chegamos a um acordo. David e Mary tinham ido para a Disney com o pequeno Oliver, Killian e Tinker resolveram ir para a França com a pequena e Daniel e Lilith estavam indo para a Escócia com o filho e Kristin. Ao chegarmos no aeroporto nos despedimos dos Mills e seguimos para o local de embarque, não sem antes Henry fazer mil recomendações aos avós por causa do Pongo. Olhei para Regina e ela já estava olhando para mim, sempre com aquele sorriso que poderia derreter até mesmo uma geleira na Antártida. Estendi a mão para ela e logo senti seus dedos entrelaçados aos meus. Nós jamais nos cansaríamos uma da outra. Ela apertou minha mão de leve e se inclinou depositando um beijo na bochecha de Roland e depois na minha.

— Eu prometo que você não vai se arrepender dessa viagem, meu amor. – Como se ela precisasse me prometer algo assim. Eu sabia que seria perfeita pelo simples fato de ter algumas das pessoas mais importantes da minha vida ao meu lado.

— Eu sei que não. – Me inclinei em sua direção e dei um selinho nela.

Regina segurou a mão de Henry e Ruby carregava Grace no colo logo atrás de nós, com Zelena ao seu lado. Embarcamos no avião e nos ajeitamos. Em pouco tempo estávamos levantando voo e Roland olhava curioso pela janela, sentado em meu colo enquanto Henry se inclinava sobre mim para ver o mundo ficando cada vez menor conforme o avião subia. Na poltrona da frente, Ruby e Zelena se ajeitaram com a filha e logo estávamos aproveitando o voo até a Argentina.

Após longas doze horas de voo estávamos aterrissando em solo argentino e o carro que nos levaria até o hotel já estava à espera assim que saímos do aeroporto. Fazia um frio digno de Arendelle e eu pensei que fosse congelar quando as portas automáticas se abriram para sairmos em direção ao estacionamento. Voltei para dentro do aeroporto no minuto seguinte e peguei mais um casaco dentro de uma das malas, o colocando em Roland e peguei mais um para mim e para Regina enquanto ela fazia Henry vestir mais um casaco e colocar a touca. Ao nosso lado, Ruby e Zelena faziam o mesmo entre si e com Grace. Saímos novamente e então seguimos até a mini van que nos esperava. Ruby e eu ajudamos o motorista a guardar as malas e seguimos para o hotel. Em aproximadamente uma hora chegamos e tudo que eu consegui pensar foi: por Thor! O lugar era divino. O motorista nos ajudou com as malas e logo estávamos no quentinho da recepção. Roland dormia em meu colo e Grace no de Zelena. Henry olhava curioso para todos os cantos enquanto Regina e Zel foram até o guichê confirmar nossas reservas.

— Esse monte de neve não te assusta? – Ruby se aproximou de mim com um sorriso sapeca enquanto olhava ao redor.

— Demais. – Sorri nervosa olhando através das enormes janelas de vidro que estavam por todos os lados. — Como está o joelho?

— Apesar do frio ainda não doeu. Vamos ver a hora que eu estiver descendo uma dessas montanhas. – Ruby sorriu e se abaixou para pegar Henry que vinha em nossa direção.

— Rubs, – A olhei preocupada. — Você sabe que não é bom forçar seu joelho. Mesmo depois de tanto tempo.

— Fique tranquila, minha patinha. – Ela bateu seu ombro no meu. — Nós duas sabemos que precisa de muito mais que uma montanha para me derrubar.

Acabei soltando uma risada alta ao associar que ela estava se referindo a ocasião de quando se machucou e apenas balancei a cabeça negativamente.

 

— Eu juro que vou explodir esse lugar se aqueles caras não pararem de olhar para você. – Regina resmungou ao se aproximar de mim.

Olhei na direção em que minha morena estava olhando e sorri para os rapazes, me virando para ela em seguida e antes que ela pudesse reclamar eu a beijei. Com o braço livre envolvi sua cintura e a puxei para mais perto de mim, aprofundando o beijo e não consegui evitar de sorrir contra seus lábios quando ela soltou um suspiro e ao fundo ouvi Zelena e Ruby fingindo uma tosse.

— Acho que agora eles sabem que não conseguirão nada comigo. – Entrelacei meus dedos aos dela e seguimos para os quartos que estavam reservados.

Quando chegamos a suíte em que passaríamos os próximos quinze dias, meu queixo caiu. Claro que estou acostumada ao luxo e conforto, mas aquela vista... não, aquilo não era algo que eu estivesse acostumada. Eu já tinha viajado para muitos lugares quando jogava e depois, com Regina, já tinha ido para alguns, mas quase sempre destinos tropicais devido ao meu gosto por praias, mas aquele lugar... Montanhas cobertas de neve por todos os lados, as árvores verdes com seus galhos e copas mesclados com o branco da neve e um lago maravilhoso que cercava o hotel e passava bem diante de nosso quarto. Deixei a mala no canto e caminhei pela suíte com Roland ainda dormindo em meu colo. Eu não precisava olhar para trás para saber que Regina estava sorrindo diante da minha reação. Henry estava ao meu lado, tão encantado quanto eu e mesmo já tendo viajado para alguns lugares com Regina e Daniel antes, eles nunca haviam estado em Bariloche.

— E então, garoto, o que está achando? – Virei-me para ele com um sorriso genuíno.

— É fantástico! Mal posso esperar para irmos esquiar amanhã. – Ele falou empolgado, dando pulinhos enquanto olhava ao redor.

Senti Regina parar atrás de mim e logo suas mãos envolveram minha cintura e ela apoiou o queixo em meu ombro. Virei o rosto o suficiente para dar um beijo em sua bochecha e em seguida ela sugeriu que colocasse Roland em uma das camas extras e assim o fiz. Nos acomodamos e um tempo depois descemos para jantar com as crianças e Ruby e sua família. Pegamos uma mesa perto da janela, com vista para o lago e as montanhas e não demorou para que um dos garçons viessem nos atender. Como não conhecíamos a culinária local, pedimos que ele sugerisse os pratos para nós e Regina e Zelena escolheram o vinho que acompanharia o nosso jantar, porque esse assunto era especialidade daquelas duas, não importava em qual país estivéssemos. Henry, Ruby e eu comemos tanto que eu pensei que fossemos explodir antes daquela noite terminar. A comida era simplesmente maravilhosa.

Quando voltamos para a suíte os garotos já estavam praticamente dormindo. Demos banho neles, os agasalhamos e os colocamos para dormir. Havia uma hidro maravilhosa com vista para as montanhas e o lago e eu não pensei duas vezes. Me desfiz das minhas roupas permanecendo apenas de cueca e virei-me procurando por Regina e senti meu corpo estremecer ao vê-la parada a alguns passos de mim. Nua. Linda.

— O que foi? – Ela sorriu tímida inclinando a cabeça para o lado. Eu achava tão fofo como mesmo depois de tanto tempo ela ainda ficava assim quando eu a olhava como agora.

— Estou apenas apreciando a beleza da minha esposa. Não posso? – Sorri de canto e caminhei em sua direção.

— Pelo jeito não é apenas você que está apreciando a minha beleza. – Ela arqueou a sobrancelha e sorriu maliciosamente olhando para o volume que começava a se formar em minha cueca.

— Nós nunca iremos nos cansar de você. – Acabei com o espaço entre nós e a tomei em meus braços e beijando-a intensamente.

Sorri quando ela gemeu contra meus lábios ao toque dos nossos corpos e com um impulso a peguei no colo sentindo suas pernas rodearem minha cintura e a coloquei sentada na pia atrás de nós enquanto a hidro enchia. Eu distribuía beijos por seu pescoço, ombros e colo até chegar aos seus seios e sentir suas unhas arranhando minhas costas quando coloquei seu seio em minha boca. Nós erámos sempre assim, insaciáveis. Ela começou a retirar minha cueca e eu terminei, gemendo ao sentir meu membro contra seu sexo encharcado.

Após alguns minutos a água já estava na metade da hidro então a peguei no colo novamente e entrei com ela, tomando cuidado para não cairmos e me sentei com ela em meu colo. Antes que eu pudesse dizer algo minha morena tomou meus lábios em um beijo despudorado e acabei soltando um gemido mais alto ao senti-la rebolando de leve em meu colo. Precisei de toda concentração para não acabar acordando nossos filhos, embora Regina não tenha tido o mesmo cuidado. Terminamos nossa noite na cama, nossos corpos enrolados no lençol e a cabeça dela em meu peito, como praticamente acontecia todas as noites.

 

No dia seguinte acordei com Henry pulando em nossa cama, empolgado para irmos tomar o café e depois esquiar. Olhei para o lado e Regina já estava trocando Roland. Ela sorriu para mim e eu senti meu coração aquecer. Era incrível como mesmo depois de tantos anos ela ainda me fazia sentir como a adolescente que eu era quando nos conhecemos. Fiz menção de levantar e então lembrei que eu estava nua e ri quando Henry me olhou confuso.

— Campeão, pega uma camiseta para mim por favor? – Pedi.

Ele pulou da cama e correu até o closet que havia no quarto e em seguida voltou com uma camiseta do Homem de Ferro que Regina havia me dado em meu aniversário a alguns anos, já que ela não tinha a menor pretensão de devolver a minha do Capitão América. Coloquei a camiseta e olhei ao redor esperando que uma cueca aparecesse magicamente em minhas mãos, para que eu pudesse finalmente sair da cama e meu pedido quase se realizou, exceto pelo lance da magia, já que quem jogou a cueca em meu colo foi Regina. Me enfiei debaixo do edredom e a vesti saindo da cama em seguida. Baguncei o cabelo de Henry e caminhei até Regina, depositando um beijo em meio a seus cabelos e brincando com Roland. Em seguida fui fazer minha higiene matinal e quase tive um ataque ao ver o tamanho da marca que minha esposa havia deixado em meu pescoço. Não que eu fosse contra marcas, mas Regina tinha o prazer de deixar marcas enormes em lugares visíveis, enquanto eu deixava em lugares que apenas eu veria. Balancei a cabeça negativamente e terminei minha higiene. Terminamos de nos trocar e passamos no quarto de Zel e Rubs para descermos para o café e depois fomos esquiar.

 

— Gina, como você consegue ficar em pé em cima dessa coisa? – Eu mal conseguia me equilibrar sobre aqueles esquis.

— Fala para a sua esposa que somos garotas do mar, não nascemos para isso. – Ruby resmungou ao meu lado enquanto tentava se equilibrar.

— Vamos lá, Rubs, não pode ser tão difícil. – Sorri inclinando a cabeça para ela.

— Meu amor, eu vou descer com você enquanto Ruby e Zelena ficam com as crianças, depois elas descem juntas e por fim eu desço com o Henry. – Regina apoiou as mãos em minha cintura enquanto falava e mesmo com um pouco de medo me senti mais segura.

— Olá, senhoras, precisam de ajuda? – Um rapaz alto se aproximou de nós, me encarando como se quisesse me devorar e claro que isso não passou despercebido por Regina.

— Se eu quisesse sua ajuda eu teria pedido. – A senti aumentar o agarre em minha cintura e notei Zelena e Ruby se posicionando mais para perto de nós.

Eu não precisava olhar para minha esposa para saber que ela estava encarando o rapaz a nossa frente e a conhecia o suficiente para saber que ela não baixaria o olhar primeiro. Após alguns segundos ele finalmente recuou e senti Regina soltando minha cintura para logo aparecer diante de mim. Ela me deu um beijo e em seguida ajeitou os óculos de esqui em meu rosto e foi me instruindo em como fazer e aos poucos, entre passos atrapalhados, nós começamos a descer a montanha. Para minha sorte não era tão grande, mas ainda assim era um tanto assustador aquele monte de neve por todos os lados. Depois de algumas horas eu já estava pegando o jeito e conseguia descer mais tranquilamente, me sentia um pouco mais confiante, mais solta e esse foi o meu erro. Eu estava descendo com Ruby e Henry e eles começaram a apostar quem chegaria mais rápido ao final da montanha e eu resolvi acompanha-los e aquela coisa em meus pés parecia ter vida própria e quando dei por mim estava rolando na neve em uma confusão de pernas, braços e equipamentos. Larguei os bastões e foquei em proteger meu rosto e minha cabeça enquanto terminava de rolar montanha abaixo. Quando finalmente parei, Ruby e Henry me olhavam em um misto de quem tentava segurar a gargalhada e preocupação.

— Mãe! – Henry soltou as botas do esqui e se abaixou ao meu lado. — Está tudo bem? Você se machucou?

— Emma! – Ouvi a voz de Regina e sabia que estava encrencada. — Posso saber no que os três estavam pensando? Henry, você está de castigo! Sua mãe não sabe esquiar e podia ter se machucado feio e você, senhorita Lucas, – Regina se virou para minha amiga, apontando o bastão de apoio e ela apenas se encolheu com um sorriso amarelo. — Eu deveria dar com isso no seu joelho bom.

Eu só conseguia pensar em como Regina havia chegado até nós tão depressa. Após a bronca em Ruby e Henry, ela finalmente soltou as botas de seu esqui e se abaixou ao meu lado procurando por machucados em meu corpo. Tentei me levantar e senti meu tornozelo doer e só rezei para que não fosse nada grave.  

— Não se esforce, eu vou buscar ajuda para sairmos daqui. – Regina me deu um beijo e se levantou. — Vocês dois fiquem com ela. Eu não demoro.

Eles apenas assentiram e eu fiquei ali sentada na neve, sentindo minha bunda gelar cada vez mais e meu tornozelo doer. Vi o olhar de culpa no rosto do meu filho e de minha amiga e os chamei.

— Eu sei que Regina está brava com os dois, mas nós três erramos. – Fiz sinal com a mão para que meu menino se aproximasse, o sentando em meu colo. — Prometa que não vai apostar corrida de esqui com a sua madrinha de novo. Ela não tem os miolos muito certos para saber quando deve colocar limites em você...

— Ei! Eu estou aqui, sabia? – Ruby me interrompeu em um tom de falsa indignação.

— É impossível não notar você com essa roupa colorida, Rubs. – Sorri divertida para ela. — Sério, não tinha nada menos laranja?

— E você? Não tinha nada menos roxo e amarelo? – Ela rebateu sentando-se na neve de frente para mim.

— São as cores do meu time do coração, o que eu posso fazer? – Sem que ela percebesse enchi minha mão de neve e me preparei para acerta-la, mas no momento em que joguei Regina reapareceu e acabei acertando sua perna.

 — Acho que você já está bem melhor, não é? – Minha morena limpou a calça e veio até mim com um olhar reprovador.

— Era para acertar a Ruby. Desculpe-me. – Fiz minha melhor cara de cachorro que caiu da mudança e ao vê-la se esforçando para não sorrir eu sabia que estava tudo bem.

Regina se abaixou para falar com Ruby e quando se virou para mim não tive nem tempo de desviar do monte de neve que ela jogou em minha direção. Se alguém tem curiosidade em saber qual o gosto da neve, eu digo: horrível! Enquanto ela praticamente chorava de dar risada de mim, eu permaneci lá sentada com aquela cara de pastel e tentando inutilmente tirar aquela neve toda do meu rosto, da minha boca, de mim. Quando Regina finalmente parou de rir, ela e Ruby me ajudaram a levantar e os rapazes da equipe de socorro se aproximaram com o snowmobile para me levarem até o posto médico que o hotel dispunha e examinar meu tornozelo. Regina subiu na garupa do outro e Ruby voltou com Henry para onde Zelena estava com Grace e Roland e em seguida foram nos encontrar. Por sorte não aconteceu nada demais com meu tornozelo e a recomendação foi que eu ficasse três dias de repouso para não forçar e imobilizaram para garantir que eu não fizesse nada que pudesse levar a algo mais sério.

— Já que parte da culpa de Emma estar machucada é da sua esposa, Roland e Henry vão dormir com vocês esses três dias para que eu possa cuidar dela devidamente. – Regina olhou para a irmã com um olhar que eu não ousaria contrariar.

— Sei bem o devidamente que você vai cuidar, garganta profunda. – Zelena rebateu mostrando a língua.

Henry olhou confuso para nós e eu senti meu rosto esquentar automaticamente. Regina ficou dividida entre responder ou simplesmente jogar Zelena montanha abaixo, mas antes que as duas acabassem discutindo, eu apenas segurei em sua mão e apertei levemente, indicando para ela ficar quieta, pois isso poderia gerar perguntas da parte de Henry e eu não estava disposta a falar sobre sexo com meu filho de dez anos. Nós seguimos de volta para o hotel e Regina me levou até o banheiro para que eu tomasse um banho quente e depois fosse para cama. Ela me ajudou a tirar a calça da roupa especial de neve e a calça térmica me deixando apenas de cueca e a camiseta de malha que eu estava usando por baixo do casaco de neve. Enquanto isso ela separou as coisas de Henry e Roland para que eles fossem para a suíte de Zel e Rubs.

Quando Regina voltou para o banheiro, a hidro já estava quase cheia e ela me ajudou a entrar e pegou uma esponja macia que passou em meu rosto para limpar os ralados que eu tinha conseguido enquanto rolava pela neve. Enquanto ela cuidava de mim, eu me perdi em seu rosto. Seus traços fortes, a cicatriz no canto superior de seu lábio, pequenas linhas nos cantos de seus olhos que ficavam evidentes cada vez que ela sorria, seu cabelo tão preto quanto a noite, seus olhos atentos a cada movimento meu.

— Você está brava comigo? – Perguntei atraindo sua atenção. Regina tinha o dom de me fazer parecer aquela garota que a conheceu no último ano do colégio.

— Não estou brava. – Ela parou de passar a esponja em mim e me encarou. — Eu fiquei preocupada. Quando vi você rolando montanha abaixo tive medo de que algo grave acontecesse a você.

Eu não a respondi. Não tinha o que dizer. Os três foram inconsequentes. Ficamos ali presas no olhar uma da outra por alguns minutos até que eu finalmente consegui me mover e aproximei meu rosto do dela, roçando a ponta do meu nariz no dela. Fechei meus olhos e sabia que ela fazia o mesmo. Nós tínhamos essa conexão, como se fossemos o espelho uma da outra. Senti seus lábios tocarem os meus de modo suave e me esqueci de tudo ao redor. Coloquei minha mão em sua nuca e aprofundei o beijo e meio desajeitadamente a puxei para dentro da banheira comigo. Por sorte ela estava apenas de lingerie ou eu levaria mais uma bronca naquele dia. Quando caiu em meu colo dentro da banheira, Regina soltou uma risada que fez meu coração bater acelerado e logo seus lábios estavam junto aos meus em mais um beijo que fazia o mundo ao redor desacelerar.  

Quando finalmente fomos para o quarto, eu estava exausta. O remédio que eles me deram para dor era muito forte e estava me dando sono, então Regina me ajeitou na cama e pediu nosso jantar no quarto mesmo. Após a refeição ela se ajeitou ao meu lado e ficamos assistindo um filme antigo que estava passando na tv e combinava bem com o clima daquele lugar, até pegarmos no sono.

Na manhã seguinte os meninos vieram para o nosso quarto assim que acordaram e claro que Ruby, Zelena e Grace vieram junto. Como eu teria que ficar de molho elas optaram em esperarem até que eu pudesse me juntar a elas para fazermos atividades fora do hotel, como esquiar novamente ou andar de snowboard.

Quando fui liberada para voltar as atividades externas, a primeira coisa que fizemos foi irmos para a montanha novamente. Desta vez eu optei pela prancha de snowboard e rezei para que funcionasse mais ou menos como uma prancha de surf e definitivamente me saí bem melhor e então Ruby e eu pudemos aproveitar melhor toda aquela neve. Éramos garotas do mar, das praias, estávamos acostumadas com ondas, essa era uma de nossas paixões, mas mesmo assim aqueles dias estavam sendo inesquecíveis.

Como Roland e Grace não tinham idade para esse tipo de atividade, nós encontramos outras coisas as quais eles podiam aproveitar, como andar de teleférico, usar a piscina coberta que o hotel oferecia, íamos ao espaço reservado para crianças e passávamos o dia com eles lá ou quando estávamos cansadas demais para alguma atividade externa, ficávamos no quarto contando histórias e inventando jogos. Nos revezamos algumas noites para que Ruby e Zelena e Regina e eu pudéssemos aproveitar alguns momentos a sós e os dias foram se passando sem que notássemos.

— E então, o que está achando da nossa primeira grande viagem em família? – Regina se aconchegou em meu colo e eu a abracei enquanto olhávamos as crianças correndo na neve.

— Acredito que a palavra certa para descrever esses dias seja “perfeita”. – Beijei sua bochecha e apoiei meu queixo em seu ombro.

Aquele era o penúltimo dia da viagem e parece que tudo estava colaborando para que fosse ainda mais belo. O sol brilhava fraco entre as montanhas e as árvores, refletindo no lago e na neve ao redor. O vento estava fraco e não queimava nossa pele. Nós estávamos sentadas com Ruby e Zelena ao nosso lado, canecas de chocolate quente com conhaque em nossas mãos e sorrisos estampados em nossos rostos. Nossas vidas pareciam de fato um comercial de margarina onde todos são felizes e tudo é lindo. Também, depois de tudo que passamos para chegar aqui, era o mínimo que poderia acontecer para nós quatro. Uma vez Regina me perguntou o que eu mudaria se pudesse voltar no tempo e eu disse que não sabia se mudaria algo, agora eu tinha certeza. Eu não mudaria uma vírgula do que aconteceu desde que nos conhecemos. Todos os momentos, bons e ruins nos trouxeram até aqui e era isso que importava. 


Notas Finais


Ponto mais que positivo nessa one, na minha opinião...Ela tem um começo.
Então vão poder acompanhar como Emma e Regina se conheceram e como começaram o romance.
Super recomendo, pois estou amando.

Bjus e obrigada por acompanharem o projeto.


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