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História Volte para Dezembro - Três


Escrita por: kirasren

Notas do Autor


É, eu demorei um mês de novo... Me desculpem? </3 Eu ainda vou achar uma data para postar, como de 15 em 15 dias ou coisa assim, mas por enquanto me desculpem pela demora huahaua. Muito obrigada para as pessoas que estão acompanhando, vocês me deixam superfeliz! <3
Bem, aqui está o capítulo!

Capítulo 3 - Três


Malia acordou com a sensação dos dedos de Theo brincando com seu cabelo.

Ela virou a cabeça um pouco para o lado, só para poder vê-lo. Ele olhou para ela e sorriu, e continuou a mexer no cabelo da outra. Isso fez que Malia desse um sorriso divertido e voltasse para como originalmente estava.

— Espero que esteja se divertindo. — ela afirmou, com olhos semicerrados.

Seu cabelo era ternamente mexido, os dedos de Theo penteando suavemente através dele. Era uma surpresa e tanto para ela Theo ter um toque tão delicado. Totalmente inesperado. Mas desde que era tão relaxante e agradável, ela não reclamou ou se preocupou em pensar mais sobre o assunto. Deixou sua mente se acalmar enquanto caia em uma sensação de conforto, respirando devagar. Respirações calmas. Inspirando, e expirando... Inspirando... E expirando

Droga, ela poderia adormecer ali. 

Se não fosse por Katherine.

— Mãe! Pai! — ela entrou no quarto exclamando. Fez uma cara emburrada e cruzou os braços. — São oito e meia! Quando que eu vou pra escola? Meu Deus!

Malia suspirou. Ela tinha esquecido que Katherine tinha escola. Oito e meia? Faltava meia hora para a aula da garota começar! E ela nem sabia onde ela estudava. Ela pensou se ela ou Theo trabalhavam. Afinal, não iriam conseguir sustentar uma filha sem um trabalho.

Virou-se para Theo uma última vez e deu um sorriso cansado.

— Vamos lá.

Ele retribuiu o sorriso e sentou-se na cama. Mexeu nos cabelos escuros e coçou os olhos, antes de ir para o banheiro. Malia o observou até que fechara a porta, então voltou seu olhar para a pequena. Ela ainda se encontrava com uma cara emburrada e braços cruzados. Katherine mal humorada levou um sorriso ao rosto de Malia. 

— O que está olhando?! Eu vou chegar atrasada! — Katherine disse e sua mãe achou extremamente adorável. 

Ela deu um cafuné na cabeça da garotinha enquanto sorria divertidamente. Levantou-se da cama enquanto a menina continuava a reclamar, mas Malia deixou de ouvir. Em vez de prestar atenção para sua filha, ela andou até o seu closet para se vestir. Pegou um casaco – estava esfriando

Isso a fez pensar em que dia estava. Ainda não tinha nevado ou esfriado tanto desde que chegara. Não parecia Janeiro. 

O ano ainda não tinha acabado?

— Katherine. — ela a chamou, aparentemente a interrompendo de mais reclamações. 

— Uh? — a menininha levantou a cabeça para escutar a mãe. — O que foi? 

— Que dia é hoje? 

— Segunda-feira, duh! 

— Não, não. Em que dia do mês a gente está? 

— Hm... — Katherine parou para pensar um pouco. Levantou sua mão e começou há contar os dias em seus dedos. Depois de contar umas três vezes, respondeu: — Hoje é 19 de Dezembro. O Natal é nesse domingo. E – falando nisso! – eu preciso colocar isso na minha árvore! 

Oh. Então ainda era Dezembro. 

Estranho.

— Sua árvore? — Malia perguntou enquanto colocava a camiseta por sua cabeça. 

— Sim! Como você esqueceu? A gente tem um cartão bem grande ali no meu quarto que é uma árvore de Natal. A gente começa a contar a partir de um mês para o Natal, e todo dia até lá a gente coloca um enfeite de papel nele. Bolas, anjos, estrelas e essas coisas. — ela deu um sorriso. — Na verdade, vou colocar um agora. 

Malia terminou de se vestir e se virou para ver a garota correndo para o quarto do lado animadamente. Isso a fez sorrir. 

∞∞

— Tudo bem, é... — Theo disse quando entrou no carro e fechou a porta. Virou-se para Katherine e perguntou: — Onde é sua escola?

Katherine suspirou, fechou a cara e cruzou os braços. Encarou seu pai e sua mãe, que também a olhava. Apenas os observou por um bom tempo, como se estivesse dando-lhes uma bronca. 

— É sério isso? — ela finalmente disse.

— Sim, é sério. Então, diga qual é a escola ou você não vai lá, simplesmente. — Theo respondeu com um sorriso forçado nos lábios.

Malia o deu um soco leve no ombro e um olhar duro. Ele revirou os olhos e se virou para frente para ligar o carro, percebendo que era hora de ficar calado. Malia se virou novamente para sua filha e disse:

— Olha, Kath, tudo 'tá muito confuso pra gente e eu juro que vou te explicar depois. Mas, por agora, só faz o que a gente mandar, por favor. Fala qual é o nome da sua escola.

Katherine bufou e apertou mais seus braços cruzados, mas finalmente falou. Theo colocou o nome da escola no GPS e a levou lá. Quando chegaram, Katherine avistou um grupo de crianças da janela e acenou alegremente. Pegou sua mochila e a pendurou em suas costas. 

— Ok, tchau! 

Ela se inclinou para abraçar seus pais, abriu a porta e saiu correndo para seus amigos. 

Theo inclinou seu olhar de Katherine para Malia, que sorria vendo Katherine correndo desajeitadamente. Ele a observou por um bom tempo, abrindo um pequeno sorriso de lado. E isso continuou até que Malia notasse e virasse para ele. 

Ela arqueou as sobrancelhas quando Theo não desviava o olhar.

— O que foi? 

— Nada. — ele riu de si mesmo, abaixando a cabeça por um momento. — Não é nada, é só que... Ela parece com você. 

Ela continuou com as sobrancelhas arqueadas, mas continha um sorrisinho em seu rosto. Virou-se para ver Katherine novamente e logo depois, para Theo novamente. 

— Sério? Desde que chegamos, eu a achei bem mais parecida com você. 

Theo abriu um sorriso.

— Ah é? E por que isso?

— Ela tem seus olhos. São azuis, verde. Não faço ideia qual é a cor do seu olho. — Os dois riram uma risada fraca. — E ela também me lembra de você. Uma pequena menina irritante e orgulhosa. 

Ele sorriu e levantou os ombros.

— É o sangue Raeken. 

— Por que ela é pequena como você? 

— Ha ha. Muito engraçado. Eu só sou um pouco mais baixo que você. — ele falou em um tom sarcástico, mas ainda sorria. — Não tenho culpa se você é gigante! 

— Ouch. Agora estou ofendida. — ela riu.

— Mas suas pernas compensam isso.

Ela deu um soco de leve no ombro dele, mas ainda sorrindo.

— Cale a boca! 

Theo a observou por um momento. O sorriso dela era muito bonito. Ela era muito bonita. Ele sempre achara isso. Certo que ele ficara isolado do mundo por nove anos, e de repente ela aparece. Sendo tão fofa e com aquelas pernas. Mas, mesmo que ele tinha voltado para Beacon Hills e andava cercado de garotas, ele ainda achava que ela era a mais bonita. 

Ela virou-se para ele e deu um sorrisinho fraco.

— Só vamos para casa. 

— Eu estava pensando de a gente ir para outro lugar.

∞∞

Eles acabaram parando em uma cafeteria. Malia odiava café, mas Theo a convenceu a ir lá do mesmo jeito. Ela acabou por pegar um doce, enquanto Theo tomava um cappuccino. 

Malia colocou a mão na boca, engolindo o bolinho para falar:

— Isso não é, tipo, um encontro, n'é? 

Theo tomou mais um pouco de café e deixou a xícara de lado. Olhou para Malia por um momento, pensando nisso, até que a respondeu:

— Não...? Não, eu acho que não. Não seria o lugar que eu te levaria para um encontro, se tivéssemos um. 

— Nunca vamos ter um encontro, Raeken. 

— Também nunca pensei que iríamos nos casar, mas olhe para nós! O destino prega peças na gente. 

Ele iria continuar a falar, mas Malia o interrompeu: 

— Não estamos casados de verdade. E não vamos estar por mais muito tempo, porque vou achar um jeito de tirar a gente daqui. 

Ele levantou os ombros e tomou mais gole de café, sussurrando um "claro que vai". Malia o deu um olhar duro, para depois apenas suspirar. Deu mais uma mordida no doce e perguntou para Theo:

— Por que você acha que a gente 'tá aqui? 

— Eu tenho uma ideia? — Ele abaixou a xícara de café e também suspirou. — Mas ainda estou pensando nisso. O mais plausível que consegui agora é os Cavaleiros Fantasmas. 

— Você acha que eles nos levaram?

— Sim, assim como Stiles. Mas é só uma teoria, não faço a menor ideia.

Ele parou de falar e de repente os dois permaneceram no silêncio. Depois de Malia ter terminado o bolinho, os alto-falantes começaram a tocar uma música que fez ela sorrir e começar a cantarolar. Theo não conhecia a canção, ele não ouvia muitas músicas. Uma vida muito fodida para isso. Mas ele particularmente gostou da batida daquela. Então a observou cantarolar a letra:

 'Cause I have hella feelings for youI act like I don't fucking care, 'cause I'm so fucking scared. I'm only a fool for you and maybe you're too good for me

Ela continuou a cantar, mas ele não prestava mais atenção. Quando a música estava acabando e a xícara de café já estava vazia, eles decidiram que já podiam ir para casa. Pediram a conta, pagaram e voltando para o carro. 

No meio do caminho, Malia se virou para o outro e disse:

— E se Deaton souber o que aconteceu com a gente?

— Deaton? — Theo parou no sinal vermelho e olhou para Malia. — Por que ele saberia? Ele provavelmente é só um veterinário normal aqui.

— Eu sei, eu sei... — ela suspirou. — Mas poderíamos tentar, não?

Ele parou um pouco para pensar. Nesse tempo, o sinal abriu e Theo acelerou o carro novamente. Ele continuava não prestando muita atenção para a estrada, mas sim para a pergunta de Malia. Até que ele assentiu com a cabeça.

— Sim, poderíamos tentar. 

∞∞

Malia tentava ligar para Scott já fazia vinte minutos. Ela bufava, xingava, resmungava, mas ele ainda não atendia. Theo só a observava do outro lado da sala, sentado em uma poltrona. 

— Merda, merda, merda! — ela bufou, andando de um lado pro outro com o celular no ouvido. — Merda, Scott, só atenda! 

— Por que não liga para Stiles? Simples assim. 

— Não, eu- Ugh, eu não posso ligar para ele! — ela disse ainda esperando alguma coisa do celular.

Quando a ligação caiu na caixa postal – de novo –, ela bufou e deligou o celular com raiva. Sentou no sofá perto de Theo e começou a ligar para Scott novamente. 

— Por que não?

— Ele deve estar muito ocupado com a Lydia. — ela murmurou rápido. Quando percebeu o que tinha dito, levantou o olhar para Theo, que a dava um olhar confuso.

Mas ele sabia o porquê daquela fala. E, com isso, só suspirou.

— É sério? Você está com ciúmes? 

— Eu... apenas sabia. Eu não quero isso. Eu... — ela suspirou, não tendo coragem para olhar o outro. — Eu o amo, não acho que algum dia vou parar de amá-lo. 

Malia passou a mão pelos cabelos e suspirou novamente, agora olhando para Theo.

— Eu sabia que ia terminar assim, eu fui uma tola achando que poderia mudar isso.

— Está tudo bem. — ele sorriu tristemente. — Isso ainda não aconteceu em Beacon Hills, você... Você ainda pode mudar isso.

O celular na escrivaninha começou a tocar e Malia suspirou novamente. Olhou para Theo por um momento.

— Por que você se importa? Vamos sair logo daqui.

E atendeu o celular.


Notas Finais


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