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História Volte para Dezembro - Cinco


Escrita por: kirasren

Notas do Autor


ENTÃO É NATAAAAAAAAL
E O ANO NOVO TAMBÉEEEEM
QUE SEJA FELIZ QUEEEM
SOUBER O QUE É O BEEEEEM
Oláa! Bem, tecnicamente não se passou um mês, né? Desculpe pela demora, sério! Mas aqui estou, não é? Então espero que vocês gostem do capítulo ♥ love ya

Capítulo 5 - Cinco


Malia estava dormindo, então não percebeu quando Theo voltou para casa e deitou-se ao seu lado. Ou como ele se aproximou d'ela para conseguir pegar no sono. Na verdade, ela só o notou quando ela acordou com o som de seu grito.

Ela levantou-se, sentando na cama. Olhou para ele assustada e notou o que mesmo estava chorando, mas ainda dormia. Estava tendo um pesadelo.

— Theo. — ela o chamou, ficando tensa. Aproximou-se d'ele, tocando seu ombro. — Theo. Theo! Theo, acorde! 

As lágrimas aumentaram no rosto do menino, então ela se aproximou mais dele e começou a mexer em seu ombro. Estava começando a ficar preocupada, então continuava o chamando e tentando acordá-lo. 

— Por favor, acorda. Theo. Theo!

Até que, depois de vários soluços e alguns gritos, ele abriu os olhos. Ele olhou para Malia assustado e ofegante. Ele soluçou mais algumas vezes até as palavras conseguirem sair de sua boca:

— E-eles estão vindo. Estão vindo por mim. De novo. E-eles– os Dread Doctors– Eu... — ele continuava olhando para a outra, seus olhos vermelhos por causa do choro. — Eles estavam voltando.

— Está tudo bem, está tudo bem. Eles morreram, Theo. Eles não vão voltar. Você 'tá seguro, você 'tá comigo, ok? — ela colocou seus braços por volta do pescoço do garoto. — Você 'tá bem.

Ele retribuiu o abraço da outra, colocando seus braços em sua cintura. Ele a colocou para mais perto de si, a segurando tão, tão forte, como se não quisesse soltá-la. Ele fechou os olhos e apoiou a cabeça em seu ombro. Theo Raeken não tinha um lar, e Malia era o mais próximo daquilo naquele momento. 

— Eu sinto muito. — ele sussurrou. — Eu sinto muito. Eu queria tanto que as coisas fossem diferentes, mas eu só consigo estragar tudo. Eu sinto muito.

— Shh, 'tá tudo bem. Volte a dormir e amanhã você vai estar melhor.

Ele hesitou por um momento, mas ainda não se soltou da garota. Ao em vez disso, fechou mais os olhos e a aproximou mais ainda. Sentindo seu cheiro que lhe trazia certa paz e conforto.

— Por favor, não me deixe. — ele sussurrou.

Malia paralisou.

— ...não vou. — Ela se desfez dos braços de Theo e olhou para ele. — Só volte a dormir, tudo bem? Eu vou estar aqui.

Ele a olhava com ternura nos olhos e um sorriso na boca. Ele suspirou em alívio e deitou-se novamente.

— Tudo bem. Obrigado.

— Não tem de quê.

Malia deitou-se também e, pelo menos por aquela noite, não se incomodou o calor do corpo do outro. Ele estava próximo e ela achava isso... bom. E isso a assustava. Mas, no final, ela decidiu apenas esquecer e dormir.

∞∞

Katherine acordou e suspirou. Tirou a coberta de si, e imediatamente sentiu um arrepio percorrer por seu corpo. Estava frio, bem frio. Então ela decidiu colocar o cobertor por cima dos ombros. Olhou para a janela, e ela estava embaçada. Estranhando, caminhou até lá e limpou o vidro. Olhou para fora do apartamento e sorriu. 

Estava nevando.

— Mãe! Pai! — ela gritou, correndo para fora do quarto. — 'Tá nevando! 

Ela correu até o quarto de seus pais e pulou em sua cama. Sentou em cima das costas de Theo, que deu um gemido de dor. Ela sorria amplamente.

— O que foi? — Theo perguntou sonolento.

— 'Tá nevando! Isso quer dizer que eu não tenho que ir pra escola e eu posso ficar fazendo anjos na neve o dia inteiro! — ela riu e deu um gritinho. — Eu amo Natal.

Malia, do outro lado da cama, abriu os olhos e sorriu de um jeito sonolento. Olhou para Katherine e disse:

— Nada disso. Quem disse que você vai faltar?

— Que isso, coiote. Olha a felicidade da menina. — Theo olhou para ela. — Kath, tem alguma coisa importante hoje na escola?

— Nope! Nada! A gente já fez o ensaio final da peça de Natal e a professora falou que não vai ter matéria nessa semana. Sabe, por causa do Natal. — Katherine olhou para sua mãe. — Por favor, por favor, por favor. Eu posso chamar Claudia aqui e a gente pode ficar brincando lá fora! Não vou aprontar nada, juro. 

Malia deu uma risada fraca e olhou para Theo. Revirou os olhos, apesar de ter um sorriso em seus lábios. Enquanto sentava-se na cama, disse:

— Tudo bem, tudo bem. Vai se arrumar e liga pra Claudia. 

Katherine deu um alto "yay!" e saiu da cama, correndo para seu quarto para se trocar. Theo se ajeitou na cama, e olhou para Malia. Ela se virou para ele e deu um sorriso fraco.

— Você 'tá bem? 

— Sim. Tudo bem agora. — ele sorriu para ela e a observou por um momento com ternura. — Ah sim, – tinha me esquecido – eu tenho uma coisa pra você.

— Pra mim? — ela riu.

Ele levantou da cama e pegou na escrivaninha uma caixinha preta. Voltou para a cama e se sentou do lado de Malia. Respirou fundo e olhou para ela, então disse:

— Eu sei que a gente não está literalmente casado, mas... — ele abriu a caixinha que continha um anel prateado dentro. Malia olhou para o presente e olhou para Theo, surpresa. Ele sorriu. — Eu queria me desculpar.

Malia olhou para o anel novamente. Era lindo. Ela olhou mais uma vez para Theo, que tinha um sorriso bobo nos lábios, e sorriu. Sentiu suas bochechas ruborizarem e abaixou a cabeça. Ela não sabia o que dizer, ou como se sentir com aquilo. 

— Theo-. — ela levantou a cabeça para vê-lo novamente, mas ele a interrompeu:

— M-mas se você não quiser, tudo bem! Eu entendo. Eu só acho que eu te devo desculpas e palavras não são bem o meu forte.

 — Não é isso! É que... — ela pausou um pouco, olhando para os olhos do outro. — Eu não sei se consigo, sabe, não me parece certo aceitar isso.

Ele parou por um momento, pensando no que ela disse. Seus lábios já não continham seu sorriso contagiante e suas sobrancelhas estavam arqueadas. Ele olhou para Malia novamente e, cogitando, disse:

— Sabe o que eu acho? Acho que isso – aqui – é uma segunda chance para eu poder mudar tudo. E, apesar de que eu sei que você vai encontrar um jeito de sairmos daqui, eu acho que eu não posso desperdiçar essa chance. Eu me arrependo do que eu fiz, Malia. — ele suspirou. — Eu não mereço o seu perdão. Eu entendo isso. Mas, Mal', eu- eu preciso dele. Eu preciso saber que vai ter um tempo no futuro em que você não vai me odiar por completo.

Malia continuava a encarar Theo. Ela pedia mentalmente para que ele não tivesse notado o quão vermelhas suas bochechas estavam. Ela ficou quieta. Theo, com mãos nervosas, colocou a caixa na mão da garota. Ele deu um sorriso triste antes de sair do quarto.

— Eu sinto muito. — ele sussurrou.

Malia suspirou.

∞∞

O resto da semana poderia ter sido resumido em neve. Katherine acordou seus pais toda a semana de manhã para poder fazer uma guerra de bolas de neve ou montar um boneco de neve. O que Malia achava absolutamente adorável. Katherine se irritava quando Malia a falava isso. 

Mas finalmente o sábado havia chegado e, com isso, o Natal. A comemoração seria na casa de Scott e Kira. Quando chegaram lá, deixaram os presentes – três d'eles eram para Claudia, por obrigação de Katherine – embaixo da árvore de Natal. 

Depois de conversar com Lydia e Kira, Malia percebeu que não conhecia metade das pessoas ali. Decidiu tomar alguma coisa, e nessa hora ela percebeu que poderia ficar bêbada. É melhor não beber muito, ela apontou, É Natal e não quero ficar chapada. Apesar disso, tomou um grande gole de seu ponche. 

Theo se aproximou da garota. Antes de falar qualquer coisa, percebeu que ela usava o anel que ele dera. Ele sorriu com isso. Olhou para os lados e, quando olhou para cima, percebeu uma coisa. Eles estavam debaixo de um mistletoe. 

Ele não pôde evitar do sorriso malicioso em seus lábios.

— Mistle, mistle. — ele disse, olhando para ela.

Ela se virou para ele e arqueou as sobrancelhas, sussurrando um "O quê?". Olhou para cima e avistou o mistletoe, então abaixou a cabeça e suspirou. 

— Ugh, eu realmente tenho que fazer isso? 

Theo balançou a cabeça, afirmando a pergunta da garota. Ela bufou e olhou para ele. Tudo bem, não era como se não tivesse atração ali – uma conexão –, porque tinha. Mas ainda assim, era o Theo. O garoto que matou Scott. O idiota que atirou nela. Sim, ele tinha estado ao seu lado desde que chegaram ali e parecia realmente arrependido. Mas isso não significava que ela o beijaria por isso.

Mas ainda assim, era uma tradição. Então ela bufou e o puxou para perto – fez o beijo o mais curto possível, e o afastou. Ela odiava o sorriso idiota que ele fazia naquele momento.

— Eu deveria ter te socado em vez disso. 

Enquanto ele ria, ela tomou outro grande gole do ponche. Ah, aquela seria uma longa noite. 

∞∞

Malia não queria admitir, mas Katherine tinha razão. A comida que Kira fazia não era muito boa. Principalmente sem haviam uvas passas por todo prato. Ela terminou o prato e o levou para a cozinha. Virou-se para trás e avistou o relógio. 23:56. 

O Natal já estava quase acabando. Ela se permitiu sorrir.

Ela ouviu um suspiro e olhou para o lado, era Kira. Ela sorriu de lado para a amiga. Kira falou em uma voz brava, apesar de não estar realmente irritada:

— Você 'tá aqui! Vem logo, a gente vai soltar os fogos de artifício. 

— Ah, sim. É claro. Já estou indo. 

Kira a encarou por um momento.

— Você 'tá bem?

— Sim. 'To sim. Só meio... tonta.

Kira revirou os olhos.

— Você 'tá bêbada, Mal?

— O quê?! Não! Não, eu não-.

— Tá, você 'tá bêbada. Vai tomar água agora, eu vou te esperar no quintal. 

Enquanto Kira saía da sala, Malia revirou os olhos. Mas ela tinha razão, então pegou um copo para beber um pouco de água. Ela não devia ter bebido tantos ponches. 

∞∞

Depois dos fogos, já era mais de uma da manhã e Katherine estava exausta. Então ficou reclamando para seus pais até que eles concordassem em irem para casa. Eles pediram desculpa e Theo as dirigiu para casa. Ao chegarem ao apartamento, Theo colocou Katherine para dormir imediatamente. 

Theo saiu do quarto de sua filha e caminhou até seu quarto, onde Malia se encontrava deitava mexendo em seu cabelo. Ele olhou para ela por um momento até perguntar, um tom de diversão em sua voz:

— Você 'tá bêbada?

Malia levantou o olhar, parando de mexer no cabelo. Ela parou, pensando um pouco, e fez um sinal com os dedos – só um pouquinho. Ela riu alto e Theo concluiu – Sim, ela estava bem bêbada. Ele riu fraco e se virou para o closet para trocar de roupa. Tirou a camiseta e a jogou para dentro do armário.

— Por que — Ela se interrompeu rindo. — Por que você não me beija?

Theo arqueou as sobrancelhas com um sorriso travesso em seus lábios. Virou-se para ela e perguntou:

— O que você disse?

— Eu perguntei por que você não me beija. Quero dizer, você nem tenta. Eu achava que você gostava de mim.

Ele riu.

— É, você está muito bêbada, Mal. Vai dormir. — ele se virou novamente para o closet para fechar o armário. — Mas já que você falou, eu meio que gosto de você, sim. Mas eu não posso te beijar.

— Por quê?

— Porque você não gosta de mim, e sendo assim, você não me deixaria. — ele andou até a cama e se sentou perto d'ela.

Ela o encarou por um momento, analisando seu rosto. Depois de um tempo, um sorriso largo surgiu na boca da garota e ela riu novamente. Ela deu um tapa de leve no ombro dele.

— Eu gosto de você! 

Theo riu fraco novamente e abaixou a cabeça. Quando levantou o olhar para Malia novamente, ele tinha um sorriso de lado nos lábios. Mas Malia achou que aquele era um sorriso diferente. Não tinha nenhuma malícia ou maldade, estava cheio de ternura em vez disso. Ela afastou o pensamento da cabeça e iria culpar tudo no álcool no dia seguinte. 

Ela mordeu o lábio inferior quando abaixou o olhar para os lábios do outro. 

— Você poderia me beijar agora. Eu deixaria.

Oh.

Theo não conseguia parar de olhar para ela. Olhou para seus olhos, para seus lábios, e para seus olhos novamente. Levantou uma mão e, como se ela fosse a coisa mais frágil do mundo, colocou-a no bochecha dela. Ele se aproximou um pouco e acariciou o rosto dela.

— Você não tem ideia o quanto eu quero fazer isso. — ele sussurrou. E, antes que Malia pudesse retrucar um "Então faça!", ele continuou. — Mas eu não vou tomar vantagem de você estar bêbada. 

Malia revirou os olhos. 

— Ah, vamos lá, Theo. Malia sóbria não iria te falar isso nem se ela quisesse. — Ela umidificou seus lábios e se aproximou d'ele. — Só me beije logo.

Ele queria beijá-la. Ele queria e ele queria muito. Mas ele sabia que ele apenas não podia. Malia estava bêbada e não seria justo com ela. Então ele só continuou a acariciar seu rosto até que ele a disse:

— Vá dormir, coiote. Amanhã você vai estar melhor. 

O rosto de Malia fechou-se num instante e ela bufou. Livrou-se das mãos de Theo e deitou-se para o lado, de um jeito para que ele não pudesse vê-la. 

Ótimo. — ela disse, uma voz rígida. 

Ele sorriu. Pelo menos a Malia que ele realmente gostava parecia estar de volta. Ele deitou-se também e fechou os olhos. Depois de alguns instantes, ele sentiu o corpo dela perto do seu e como ela pegou seu braço para abraçá-la. Ele assumiu que o álcool ainda não tinha saído por completo. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado! Comentários são sempre bem-vindos e respondidos! ♥ Feliz Natal!


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