História Voluntary | Harry Styles - Capitulo 02

Quandoo sinal tocou, caminhei em passos rápidos para fora da universidade me certificando de que Mat não estava vindo atrás de mim. Nós brigamos, de novo, e não vou correr atrás dele como sempre faço. Sou a única que luta, ou lutava, por esse relacionamento.

Assim que avistei o hospital, soltei um suspiro aliviada. Vim para cá a pedido da minha mãe, ela disse que era algo importante e eu não negaria, até adoraria passar mas tempo ao seu lado, pois ela passa tanto tempo no trabalho que só chega em casa para dormir.

Atravessei a rua e enfim adentrei o hospital. Havia várias pessoas sentadas na salas de espera, passei a frente e fui direto à recepção.

— Boa tarde, Rose. — saudou a recepcionista sorridente, que já me conhecia, mas logo voltou a prestar atenção no computador em sua frente.

— Boa! — respondo. — Eu vim ver minha mãe.

— Susan? ela está com um paciente agora. — sei que ela não vai me deixar passar daqui, reviro os olhos mentalmente e assinto sem vontade nenhuma. Caminho de volta e me sento em uma poltrona alí presente, tiro meu celular da bolsa e começo a mandar mensagens para minha mãe avisando que cheguei.

Observo cada coisa a minha volta, mas o que mais me prende a atenção é a saída, lá fora digo, Mat está lá.

Oh não, como ele me achou?

Minha pergunta é respondida rapidamente quando o vejo pôr as mãos na cintura de uma garota. Raiva sobe ao meu corpo e quando vejo já estou caminhando para lá.

Ele percebe que estou indo e logo se afasta da garota, mas que idiota.

— Rose? eu estava te procurando... — diz ele levando a mão a cabeça, ele está sem graça sei disso. Engulo tudo que realmente quero responder e suspiro.

— Estava? mas parece que encontrou outra pessoa não é? — zombo, me sinto tão idiota por não acreditar nos comentários negativos que recebi desse garoto desde o colegial. 

— É... ela é só uma amiga que acabei de encontrar. 

— Acha que eu sou idiota? Mat, sinceramente, hoje foi a última vez que você me traiu, sério estou cansada.

— Eu nunca trai você, Rose. 

— Filha? — Iria responder, mas minha mãe chegou a saída. Olhei para ela e, sem pensar duas vezes, deixei Mat sozinho.

— Você quer resolver os problemas dos outros, mas mal consegue resolver os seus. — atira ele, tenho vontade de dar um murro na sua cara, mas me controlo. Ele nunca aceitou meu sonho de ser psiquiatra.

— Você é um completo babaca. — rio em deboche. — Boa sorte em achar outra babaca para enganar, mas saiba que ninguém nunca vai te amar como eu te amei um dia. — ele parece ter ficado sem fala, virei as costas e entrei no hospital.

— O que foi aquilo? — perguntou minha mãe, neguei com a cabeça, não querendo falar do assunto, isso foi oficialmente um término? — Tudo bem.

— Porque me chamou? — perguntei meio confusa, ainda não caiu a ficha do que acabou de acontecer.

— Chegaram umas crianças hoje, na ala da oncologia, e precisamos de voluntários para ler para elas. Acha que pode?

— Mãe... — começo.

— Ah filha, vai por favor não é tão ruim assim. 

Não é que eu não goste de crianças, eu só acho elas bem barulhentas.

Mas por outro lado eu poderia ficar mais perto da minha mãe.

— Tudo bem eu faço.— ela dá um pulinho de alegria e eu rio, uma médica chegou ao local onde estávamos e solicitou a presença da minha mãe na ala de psiquiatria? e eu arqueei a sobrancelha em interesse. 

— Chegaram novos pacientes preciso ir — avisou.

— Posso...

— Não Rose, você sabe que essa ala é proibida para gente não autorizada, os pacientes são violentos e não sabemos como vão reagir.

Blá blá blá blá.

Mostrei a língua como resposta e ela riu.

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Entrei em casa, fechando a porta atrás de mim, joguei as chaves em cima da prateleira e subi para o meu quarto. Ignorei todas as mensagens do Mat, estou surpresa por ele estar correndo atrás. Nunca foi assim, sempre era eu a tentar salvar essa relação, então agora eu dei o ponto final.

Deitada na minha cama, passei os canais da TV, parei em um filme aleatório só para preencher o silêncio do meu quarto, peguei meu celular e apaguei todas as chamadas indesejáveis. Insistente, isso o que ele é.

Confesso que fiquei bastante curiosa pelos novos pacientes.

Agora que vou ler para as crianças, vou ficar cada vez mais perto daquele lugar, nem imagino o que minha mãe faria se me visse alí dentro, como ela disse, todos alí são totalmente descontrolados e violentos. É verdade eu sei, já presenciei um ataque desses antes, mas é como se eu tivesse a "obrigação de ajudá-los" a se curar.

Dia seguinte.

Novamente voltei ao hospital depois da universidade, minha mãe me esperou na porta bastante ansiosa, suas mãos possuíam uma espécie de um acessório de palhaço.

— Ok — suspirei.

— Boa sorte! — ainda ouvi a risada da minha mãe, caminhei até em cima e vi uma garotinha solitária sentada na cama.

— Olá? — digo baixinho para ela não se assustar.

— Bola! — exclamou a menininha apontando, logo atendi seu pedido entregando a ela e recebendo um sorriso de agradecimento.

Ela começou a brincar enquanto eu lia seu quadro de exigência médica ao lado da cama, o caso dela não era grave.

— Bola foi embora.— cruzou os bracinhos em volta do peito fazendo uma carinha irritada, sorri com sua expressão. Olhei em volta e a bola tinha saído para fora da sala, caminhei até a porta e saí para achar o brinquedo, mas estava longe da minha visão.

Vasculhei todos os lados em vão, e quando estava quase desistindo vi o objeto redondo um pouco longe na minha frente. A bola tinha entrado em uma sala onde a porta estava meio aberta. Fui até lá e encostei na porta para abri - lá um pouco mais e me deparei com um paciente falando sozinho.

Oh agora eu estava na ala de psiquiatria