- Que ótimo, Dul! Então você também é da polícia? - Victor perguntou.
- Sou sim, senhor Victor. - Dulce afirmou.
- Que bom, mas pode me chamar de Victor, não precisa me chamar de senhor Victor. - ele pediu.
- Tudo bem, Victor. - ela assentiu, um pouco tímida.
- A Anahí e o Alfonso estão demorando, não? - Alexandra perguntou. - Eu vou ver o que aconteceu.
- Pode deixar eles, mãe! - Ucker falou. - Do jeito que a Anny é, deve estar mostrando toda a casa pra ele.
*****
- Então, você e a Dul moram juntos? - Anny perguntou.
- É... somos grandes amigos, nos damos muito bem! - Poncho respondeu.
- É difícil ver dois irmãos se darem bem, sabia? - disse Anny. - Eu e o Ucker não nos damos tão bem, ainda bem que ele já não mora aqui. - eles riram.
- Não, não... na verdade, não somos irmãos de sangue, somos bons amigos! - Poncho explicou.
- E convivem na mais perfeita harmonia? Nunca aconteceu nada entre vocês? - ela perguntou, estranhando.
- Claro que não! Como eu disse, somos irmãos. - disse ele, sem jeito.
- Poncho, você está namorando sério com alguém?
- Não! Acho que... que não... tenho tempo. - ele respondeu, um pouco desconcertado.
- Eu também não estou namorando agora, mas pretendia! - disse ela, piscando para ele, que entendeu. - Mas você gostaria de namorar?
- Si... sim, mas... seria com alguém que eu realmente gostasse.
- E você? É virgem? - ele arregalou os olhos, bastante surpreso, mas antes que Poncho pudesse responder, Dulce entrou na cozinha.
- O papo está bom, Anny? - Dulce perguntou. - Sua mãe mandou chamar vocês, já vamos comer. - ela falou, saindo.
- Vamos, senão, a comida pode esfriar. - Anny chamou.
*****
- O que estavam fazendo, Anahí? - Victor perguntou.
- Victor! Isso é pergunta que se faça? - Alexandra repreendeu o marido, com um leve tapa no ombro dele.
- Estávamos conversando, papai! - ela respondeu. - Por quê? Não posso conversar?
- Deixa de ser mimada, garota! - disse ele. - Eu pedi pra você olhar se a comida estava pronta e não pra ficar de blá blá blá por aí.
- Vamos parar com essa discussão? - Ucker os repreendeu. - Será possível que não vêem que estão deixando a Dul e o Poncho constrangidos?
- Tá, tá bom! Desculpa Dul, desculpa Poncho. - Anny se desculpou. - Agora vamos comer?
Poncho terminou rapidamente, ainda teria que voltar para a empresa.
- Ucker, eu vou indo! - disse ele. - Eu tenho que voltar a trabalhar.
- Espera um pouco, Ponchito! - Dulce pediu. - O Ucker vai nos levar.
- Desculpa, Dul, mas eu realmente tenho que ir! - disse ele. - Obrigado Ucker, mas eu pego um táxi até em casa, de lá, pego meu carro. Foi um prazer conhecê-los.
- Eu vou te levar até a porta! - Anny falou. Eles se levantaram e ela o acompanhou até lá fora. - Foi um prazer te conhecer, Poncho! - disse Anny.
Obrigado, Anny! - ele agradeceu. - Foi mais do que um prazer te conhecer! - Poncho depositou um leve beijo em sua mão direita e saiu, mas ela o puxou pelo braço e lhe deu um beijo calmo e carinhoso. Ele chupava a língua dela com vontade e ela fazia o mesmo com a língua dele. O beijo, que era calmo, se transformou em um beijo selvagem e veloz. Se separaram por falta de ar.
- Desse jeito, você me deixa louco, sabia, Anny? - Poncho falou, ainda desacreditado com o que houve.
- Eu queria te deixar louco mesmo! - disse Anny, entregando um pedaço de papel com seu número pra ele. - Me liga, tá? - ela pediu, depositando um beijo no papel, que ficou com a marca vermelha de seu batom.
- Pode deixar que eu ligo, mas agora tenho que ir. - ele pegou um táxi e saiu rapidamente.
- Anny, Anny, Anahí Giovana! - Dulce gritou, mas ela não ouviu. Dulce foi até lá e cutucou a cunhada.
- Ai, que susto, Dulce Maria! - Anahí se assustou.
- Cadê o Poncho? - ela perguntou.
- Ele já foi! - ela respondeu. - Vamos entrar? - Anny chamou, sorridente.
- O que você viu, Anny?
- O Poncho é lindo, não é?
- Tá apaixonada pelo Poncho, Anny? - Dulce perguntou.
- Ele é irresistível, não acha? Não sei como consegue viver com ele na mesma casa sem fazer nada.
- Somos irmãos, Anahí! - Dulce falou. - Agora, será que podemos entrar?
- Tá bom, vamos! - disse ela, se dando por vencida.
Anahí apresentou a casa dela para a Dulce, principalmente o seu quarto. Ficaram conversando um bom tempo sobre diversos assuntos.
- Então você e o Ucker nunca... nunca ultrapassaram?
- Claro que não, Anny! - Dulce falou, constrangida.
- Por que não? - ela perguntou.
- Não estamos preparados! O Ucker respeita meus momentos.
- Dul, eu costumo ser direta! Você é virgem?
- Nossa, muito direta você, Anahí. Mas respondendo sua pergunta, não, não sou virgem! - Dulce respondeu, desconcertada e totalmente corada.
- Meu irmão está apaixonado por você! Ele nunca tratou nenhuma mulher como te trata, ele te ama. - Anny afirmou.
- Eu sei, Anny! Eu também amo muito seu irmão, mas eu preciso de um tempo pra ter algo mais comprometido com ele, passei por um trauma recentemente e o Ucker está me ajudando a recuperar disso.
- É sério? Eu não sei o que é, mas pode contar comigo! Além de cunhada, também quero ser sua amiga. - Anny estendeu seus braços, como gesto de apoio.
- Obrigada, Anny. - Dulce agradeceu, pegando nas mãos da loira à sua frente.
- Não precisa agradecer, bobinha! - disse ela. - Dulce, você sabe se o Poncho é...
- Anny? Dul? Vocês estão aí? - Christopher perguntou, batendo na porta do quarto.
- Entra, maninho! - Anahí ordenou.
- Dul, eu vim te buscar! - disse ele. - Já quer ir agora?
- Quero sim! - Dulce se despediu de Anny e dos pais de Ucker e foi embora.
- E aí, meu anjo? Gostou da minha família? - Christopher perguntou.
- Eles são demais, Ucker! - Dulce respondeu. - A Anny é uma ótima amiga, e pelo que ela me disse, gostou do Poncho.
- Tá falando sério?
- Claro! Ela achou o Ponchito muito atraente e bonito.
- Eu vou falar com ele! Quem sabe o Poncho não sentiu o mesmo?
- Acho difícil! - Dulce falou, desanimada. - Às vezes, a gente conversava sobre isso, ele sempre me disse que queria namorar sério com alguém, mas queria que fosse com uma pessoa que ele realmente gostasse.
- Acha que ele não gostou da Anny? - Christopher perguntou.
- Ele gostou dela, senão, não se dariam tão bem em um tempo mínimo como foi, considerando que ele é bastante tímido para isso, mas só não posso garantir que já está apaixonado.
- E ela? Acha que ela está apaixonada por ele?
- Eu não tenho dúvidas, Ucker.
*****
- Nós vamos no segundo endereço? - Dulce perguntou.
- Não, não vamos! - ele negou.- Eu quero descansar hoje. Quem sabe podemos assistir um filme?
- Hoje não, Ucker! Estou cansada.
- Tudo bem, meu amor! - concordou. - Está entregue.
- Será que o Poncho chegou?
- Não, acho que não! - disse ele.
- Quer subir? - Dulce chamou.
- Acho melhor não! Amanhã passo aqui bem cedo, pode ser?
- Vou te esperar! - disse ela, dando um beijo rápido nele e subiu.
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