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História Vondy : uma história policial - Conhecendo o Michael


Escrita por: Hanna__Santos

Capítulo 21 - Conhecendo o Michael


Fanfic / Fanfiction Vondy : uma história policial - Conhecendo o Michael

Estava tudo ótimo, mas quando o filme acabou, o Ucker resolveu ir embora.

- Dul, amanhã passo aqui bem cedo pra voltarmos naquela estação, pode ser? - ele perguntou.

- Pra quê voltar em seu apartamento se pode dormir aqui? - questionei, mordendo meu lábio inferior. - Se ficar aqui, não vai se arrepender.

- Tudo bem mas eu não trouxe roupas. - ele respondeu, cabisbaixo. Eu peguei em seu queixo e levantei  sua cabeça, mirando em seus olhos castanhos.

- Ucker, não tem com o que se preocupar! Tem várias roupas do Ponchito aí, tenho certeza que ele não vai se importar de te emprestar algumas peças.

- Obrigado, meu anjo! - ele respondeu. - Eu agradeço o convite mas vou voltar pra casa. - Ucker se despediu e foi embora. Não demorou muito e o Poncho chegou, tomou seu banho e pediu uma pizza, já que nenhum de nós tínhamos fome. Alguns minutos mais tarde, a pizza chegou e fui para meu quarto, enquanto o Poncho ficou na sala assistindo o jornal na TV.

- Dul! Dul, corre aqui! - ele gritou e fui até ele o mais rápido que consegui. O jornal passava a notícia do Michael, dizendo :

"Michael Gurfinkell, o traficante mais procurado de toda a América Latina e líder do tráfico de drogas, pode ter sido assassinado por um de seus membros. Segundo testemunhas, ele foi visto pela última vez, próximo à estação de metrô da cidade." Eu não consegui terminar de ver a reportagem, pois recebi uma ligação anônima. Quem poderia ter meu número? Quem poderia ter ligado?

- Poncho, tem alguém me ligando! - falei.

- Atende, Dulce Maria! - disse ele. Foi o que eu fiz. Entrei em meu quarto e atendi.

- Boa noite! Quem fala? - perguntei.

- Boa noite, Dulce! Achou que eu não ia te encontrar? - uma voz masculina respondeu. - O caso é o seguinte, estou aqui com seu namoradinho, o Christopher! Se você não vier até aqui na estação, vocês nunca mais vão se ver, eu mando ele pro inferno, entendeu? - eu tentei manter a calma. Havia a possibilidade de aquilo tudo ser um trote. - Você quer falar com ele? - Nesse momento, percebi que não era um trote.

- Dul? Eu estou bem, não se preocupe comigo. Eles querem que você venha pra estação. Por favor, me deixa morrer, não venha até... aí. - eu ouvi uma pancada forte. Estava desesperada, mas mantive a calma.

- Dulce, esse seu namoradinho não está facilitando as coisas. Se você não vier, eu vou matá-lo.

- Eu estou indo! Não tem que fazer nada com ele! - respondi, chorando por dentro. 

- Vou te dar dez minutos pra chegar! Se não vier até daqui dez minutos, vou considerá-la desistente. - Ele desligou o telefone, sem esperar uma resposta. Como eu chegaria em dez minutos, se o tempo mínimo que eu gastava era vinte minutos? Eu pensava milhões de coisas, mas não custava tentar. Saí o mais rápido que consegui, sem avisar o Poncho. Eu ouvi ele me chamar, mas eu não conseguia responder, só eu poderia salvar o Christopher. Senti meu celular tocar, era o Poncho. Atendi rapidamente.

- Poncho, eu tenho que sair, mas não demoro! É urgente. - finalizei a ligação e entrei no carro. Segui direto pra estação. Estava de 160 quilômetros por hora, em ruas que a velocidade máxima era de 60. Pisei fundo no acelerador e consegui atingir a velocidade de 180 quilômetros. Bem que vi pelo retrovisor um guarda tentando me parar, a multa seria bem alta no final. Olhei rapidamente no relógio e me desesperei quando percebi que só tinha a metade do tempo pra chegar. A vida do Christopher estava em minhas mãos, eu tinha que tentar até o fim. Me lembrei que não peguei nenhuma arma, estava totalmente desprotegida. Como eu poderia ajudar o Ucker assim? Sem arma? Sem proteção? Eu poderia virar uma nova vítima. Cheguei na estação um minuto a mais, onze minutos depois daquela ligação, quando ouvi um tiro. Meu Deus! O Ucker morreu! O Ucker morreu! Eu só conseguia pensar naquilo. Desci do carro e entrei na estação de metrô. Aparentemente, não tinha ninguém, nada que me mostrasse alguma pista. Andava devagar, quando sinto alguém colocar um lenço em meu nariz, me apagando no mesmo instante.

Christopher narrando : Depois da denúncia anônima que recebi, fui até a empresa alimentícia que o Poncho trabalhava. Diziam que o Christian estava com uma ação estranha, vendendo seus salgados. Eu não pensei duas vezes e fui até lá. Vi a mesma cena que me disseram, ele estava dentro da empresa, conversando com dois homens, pareciam negociar algo. Cheguei perto e pedi pra ver aqueles salgados, mas não tinha nada de diferente alí. Resolvi ir embora, quando vejo a Dulce em frente à empresa. Levei ela pra sua casa, entramos e fui embora. Estava em meu carro, bem longe de onde a Dul morava, quando passei em um farol fechado e senti uma arma apontada para a minha cabeça. Essa pessoa me deu um golpe forte e desmaiei. Alguns instantes depois, acordei em um lugar fechado, quando ouço um homem forte falar o nome da Dul e me passou o celular pra conversar com ela. Sua voz estava em um tom de desespero, mas ela tentava se acalmar. Eu já não me importava mais comigo, tinha medo que acontecesse algo com ela. Um deles gritou que ela chegou e foi atrás dela, confesso que senti um medo enorme, queria estar com ela, protegê-la, eu me sentia inútil, impotente. Alguns minutos depois e aquele homem retornou, com a Dulce totalmente desacordada nos braços. Eu sofria ao vê-la como estava, imóvel e vulnerável.

- Solta ela, por favor! Me matem, mas deixa ela em paz. - gritei, sentindo meu rosto arder com o tapa forte que tinha acabado de levar. Tentei me soltar, mas estava com os punhos e tornozelos algemados. Eles deitaram a Dulce em um canto e também algemou os punhos dela. Só não conseguiram algemar os tornozelos porque ela acordou.

- Chris? Você está vivo! - ela sorriu e eu sorri de volta.

- Como você está, Dul? - perguntei, preocupado.

- Estou bem, meu amor! Não se preocupe.

- Que bonito que é esse amor que vocês tem um pelo outro! - um homem alto falou. - Agora quero que me digam : porque estavam aqui na estação?

- Viemos no shopping! Não podemos? - Dulce respondeu.

- Cala a boca sua vadia desgraçada! Tá querendo morrer, sua imprestável? - Senti meu rosto queimar de ódio daqueles caras. Aquele homem era o mesmo que ordenou que trouxessem até ele a Dul e eu ainda vivos e a cabeça do Felipe em uma bandeja de prata. - Eu vou avisar : se entrarem em meu caminho de novo, vou matar vocês.

- Você é o Michael? - a Dulce perguntou.

- O Michael está morto! Não assistiu o jornal? - ele perguntou.

- Assisti, mas para mim, aquilo foi uma espécie de armadilha pra enganar a imprensa! Com certeza, o Michael está vivo e está bem na minha frente. - afirmou.

- Chega, Dul! - gritei. - Você está se arriscando demais.

- Até que você não é boba, Dulce Maria! Me disseram que você é a melhor polícia de todo o México, juntamente com seu bostinha aí, mas ele é o mais idiota de todos. Vocês estão vivos por causa sua, agora mesmo, já provou. Se não tivesse chegado à tempo, esse inútil já estava fazendo festinha com o diabo. - ele deu uma risada diabólica.

- Então, confessa que é o Michael? - ela perguntou.

- Sou sim! De todos os policiais que mandaram aqui, você é a mais esperta. É por isso que eu não vou te deixar viva. Você é linda, gostosa, dá pra aproveitar, mas não é do nosso lado. Vai levar chumbo, junto com esse imprestável aí. - disse ele, dando um golpe em minha cabeça com um fuzil. Eu estava todo machucado, principalmente a cabeça, que sangrava muito.



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