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História Vondy : uma história policial - O resgate


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Espero que gostem desse capítulo, assim como gostei de escrevê-lo. Boa leitura!

Capítulo 22 - O resgate


Fanfic / Fanfiction Vondy : uma história policial - O resgate

- Levem esses traidores daqui! - Michael ordenou.

- Não mate a Dulce, deixa ela viva, por favor! - implorei.

- Vou acabar com a raça de vocês dois! Não é linda essa história de amor? Vocês vão morrer juntos, como Romeu e Julieta. - ironizou.

- Por favor, Michael! Deixa a Dulce viver! Me mate, mas não tire a vida dela! 

- São dois lixos, que não servem pra nada! - Um homem ligou pra alguém e disse que já estávamos saindo. Alguns minutos depois, chegamos em um lugar feio e que tinha um cheiro muito ruim, tinham vários corpos alí, jogados no solo. Seria esse lugar o tal cemitério que o Felipe havia escrito no papel dos códigos? Senti o medo me dominar por completo. Eu desejava minha própria morte, não queria que a Dulce morresse, preferia morrer por ela. Esse homem que nos levava gritou por um tal de Paulo, sem obter respostas. Voltou a chamar novamente e uma voz grossa e masculina respondeu.

Alfonso narrando :

Senti um pouco de medo quando a Dulce saiu daquela forma, sem dizer para onde ia, com quem ia ou que horas estava de volta. O que eu sabia de verdade é que ela recebeu uma ligação e em seguida, saiu. Fiquei assistindo uns filmes e resolvi olhar no relógio, que já passava da meia noite. Onde a Dulce poderia estar? Já era pra ter voltado.  Liguei pra ela e estava caindo na caixa postal, meu medo aumentava, pensava o que poderia acontecer com ela e resolvi ligar para o Ucker, talvez ela tivesse lá e esqueceu de me avisar. Liguei pra ele e a história se repetia, nada de chamadas, caía direto na caixa postal. Se tiver acontecendo alguma coisa, com certeza, estão juntos. E se aquela ligação tiver tudo a ver com a notícia no jornal? Se tiverem pegado eles? Poderiam estar correndo o risco de morrer. Liguei pra Anny, talvez tivessem passado lá e esqueceram o celular dentro do carro.

- Boa noite, Alfonso! - ela atendeu com uma voz sonolenta. - O que aconteceu para me ligar à essa hora da noite?

- Anny, a Dul passou aí? - perguntei. - Ela recebeu uma ligação, ficou desesperada e saiu logo em seguida.

- Já ligou para o Ucker? Quem sabe não estão juntos? - ela pensou o mesmo que eu.

- Já, mas cai na caixa postal! - respondi.

- Eles devem estar se divertindo em alguma balada! - disse ela. - Quando eu saía, desligava meu celular para meu pai não me aborrecer. 

- Será que não entendeu o que eu disse, Anahí? - gritei, irritado. - Não ouviu quando eu disse que a Dulce recebeu uma ligação estranha e saiu logo em seguida? Será que não parou pra pensar que eles podem estar correndo perigo?

- Tá, Poncho! Só queria distrair pra não pensar em coisas ruins. - ela respondeu.

- Anny, vamos ter que ir atrás deles, do contrário, podem morrer! Eu vou passar aí em sua casa, me espere em frente ao portão. - Nem esperei uma resposta e finalizei a ligação. Fui até o quarto da Dulce, peguei uma arma carregada e vi um cassetete próximo ao guarda-roupas. Estava em pé e ao lado de uma mesinha onde tinha uma enorme caixa. Peguei o cassetete e acabei derrubando a caixa, que se abriu no mesmo instante, revelando o que a Dul guardava alí : um pequeno fuzil, que armazenava apenas uma bala. Peguei o fuzil e o revólver,  que deveria ter uma ou duas balas dentro. Eu não sei atirar bem, mas a Dulce me ensinou algumas técnicas para me defender. É óbvio que eu não sou profissional como ela e o Ucker, mas sei de muitas coisas. Talvez essa fosse uma oportunidade para testar meus conhecimentos com armas e defesas pessoais. Estava pronto pra sair, mas onde eu ia? Onde eu poderia começar a procurar a Dul e o Ucker? Eu não fazia ideia de onde eles poderiam estar. Eles sabiam de inúmeros endereços dos esconderijos do Michael, já eu, não sabia de nenhum deles. Resolvi ir até a casa da Anny, que já me esperava.

- Boa noite, Poncho! Teve notícias deles? - ela perguntou, me cumprimentando com um abraço e um beijo na bochecha.

- Não, não tenho notícias e não faço a mínima ideia de onde eles possam estar! - respondi. - Vamos? Tenho que conseguir o endereço do bar... caramba, eu tenho um cartão dele. Ele sempre faz questão de entregar. - Entramos no carro e procurei o cartão entre os documentos, até encontrar. Liguei para o Christian e ele me deu o endereço de onde fica seu bar. Fomos até lá e não vi nada de diferente, mas algo me chamou a atenção, era uma estrada pouco à baixo do bar e resolvemos seguir aquela estrada sem fim, seguimos aquela estrada por alguns quilômetros, até chegarmos em um lugar estranho, onde avistamos uma espécie de cemitério, porque tinha um cheiro horrível de carne podre e vários corpos de pessoas alí, jogados naquele chão, sem ter a chance de serem enterradas, de ter um velório descente. Como alguém seria capaz de fazer uma coisa dessas? Estávamos abismados com aquilo, a Anny chorava desesperadamente, já não conseguia se controlar. Descemos do carro, entreguei a arma pra ela e fiquei com o fuzil.

- Fique calma, Anny! - tentei passar segurança. - Se eu não estiver errado, vão trazer a Dul e o Ucker até aqui, onde vão matá-los.

- Eu tenho medo, Poncho! E se eles já estiverem mortos? - ela perguntou.

- Não, não estão! Eu tenho fé que estão vivos! - respondi. Minutos depois, vi dois homens próximos àquele local. Um deles estavam falando no telefone e eu o ouvi dizer o nome da Dulce e do Ucker. Estavam trazendo eles até aqui e aqueles homens que iam apagá-los, pelo menos foi isso que disseram.

- Já estamos aqui! Pode trazer a Dulce e o Christopher, faço questão de apagá-los. - disse um deles.

- E eu, Paulo? - o outro perguntou. Parecia estar com medo.

- O Michael deixou você voltar pra casa. - o tal de Paulo respondeu e o outro saiu logo em seguida.

- Poncho, eu estou com muito medo! - Anny repetiu.

- Eu já tive uma ideia! - respondi. - Pode voltar para o carro. - ela me deu um beijo rápido e me abraçou. Aquilo era como uma despedida.

- Eu te amo, Poncho! Espero que sua ideia funcione e que nenhum de vocês saiam machucados com tudo isso. - disse ela, saindo rapidamente. Confesso que fiquei paralisado com o que havia escutado, mas eu não poderia colocar tudo a perder. Voltei minha atenção para aquele homem, eu tinha que fazer alguma coisa o mais rápido possível. Andei lentamente até ele e dei um golpe forte de fuzil em sua cabeça, desmaiando-o instantaneamente. Arrastei seu corpo pra longe e o deixei, até ouvir alguém chegar. Gritavam por Paulo, o homem que eu tinha acabado de atingir.

- Paulo! Paulo, eu trouxe suas mercadorias! - De longe, consegui ver a Dulce e o Ucker, eles pareciam estar muito machucados e fracos, já não conseguiam nem se equilibrar direito. - Paulo, a Dulce e o Christopher estão aqui! - gritou novamente. Já passava das duas horas da manhã, estava muito escuro.

- Deixem eles aí, que vou pegá-los! - gritei. Ouvi o homem sussurrar alguma coisa pra eles e saiu. Cheguei mais perto deles e os abracei forte.

- Poncho? Mais uma vez você me salvou! - Dulce falou, me abraçando.

- Vocês estão fracos e machucados! Vamos para meu carro. - eles andavam com dificuldades, mas eu sabia que devíamos andar rápido, um deles ou até mesmo o Paulo poderia ver a gente.

- Obrigado, Poncho! - Ucker agradeceu. - Acho que essa é a vez que eu mais fiquei feliz por te ver.

- Não é hora de brincar, Ucker! - reprovei. - Temos que sair logo desse inferno. - Entramos no carro, onde encontramos a Anny dormindo feito um anjo no banco de trás e saímos dalí. A Dulce teve que acordá-la para conseguir se sentar. Quando a Anny viu a Dul, ela quase desmaiou ao vê-la toda machucada e também por saber que estavam bem. - Vou levá-los até um hospital. - afirmei.

- Não, Poncho! - Dulce me reprovou. - Nós vamos tratar desses ferimentos em casa, não podemos sair agora, ainda corremos risco. - Tive que concordar com ela e seguimos até o apartamento.

- Como nos encontraram, Poncho? - Ucker perguntou, curioso.

- Não foi nada fácil, tivemos que rodar todo o México. - brinquei.

- Será que podemos entrar? - Dulce perguntou. Entramos em casa e estávamos exaustos, tomados pelo cansaço. A Dulce e o Ucker foram tomar banho juntos, já que ambos estavam muito feridos, já eu e a Anny ficamos conversando na sala.

- Eu fiquei com muito medo, Poncho! - disse ela. - Fiquei com medo de perder o Ucker e a Dul. Fiquei com medo de te perder.

- Não precisa ter mais medo, eles estão aqui, vivos! - respondi, enquanto ela se ajeitava em meu ombro e eu acariciava seus cabelos macios e cheirosos, que mais pareciam fios de ouro.

- Eu te amo, Poncho! - ela falou. Mais uma vez, fiquei sem reação ao ouvir aquilo. - Não me deixa, por favor.

- Não, eu não vou te deixar! - eu a abracei forte, passando segurança e carinho. - Eu também te amo, Anny. - respondi. Instantes depois, eles terminaram de tomar banho e eu emprestei algumas roupas para o Ucker.

- Como estão se sentindo agora? - Anny perguntou, ainda em pânico.

- Eu me sinto em uma nova vida! Deus resolveu nos dar uma segunda chance. - Dulce respondeu, sorridente.

- Dul, eu acho melhor vocês tirarem umas férias de alguns meses. - sugeri.

- Eu também acho! - Ucker concordou. - Quase perdemos a vida, Dulce.

- Eu não sei, talvez seja uma boa ideia! - disse ela.



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