Dez dias depois
Dulce e Christopher tiraram o dia de folga, pois chegou o dia que o doutor Juan pediu para que retornassem à sua clínica.
- Amor, acho que estou melhor! Não preciso voltar àquela clínica! - Ucker exclamou.
- Para com isso, Ucker! Você vai voltar sim e se arrume logo. - Dulce foi para o seu quarto, seguida por Christopher. - Eu vou tomar um banho e vê se faz o mesmo! - ela pegou uma toalha e entrou no banheiro.
- Eu posso tomar banho com você? - Christopher perguntou, sorrindo maliciosamente.
- Não! Eu não quero demorar! - ela ligou o chuveiro e fechou a porta, impedindo que ele entrasse. O celular de Christopher começa a tocar e ele atende.
- Alô? Quem fala? - ele perguntou.
- Oi Christopher! Sou eu, Alex! Estou no laboratório e te liguei pra te dizer que as análises ficaram prontas. Queria saber quando vai vir buscar os resultados? - ele perguntou.
- Bom dia, Alex! Eu estou indo no neurologista e passo aí quando voltar, tudo bem? - Ucker respondeu.
- Eu vou te esperar então! Acho que temos muitas informações agora! - Alex comentou, empolgado. - Tenha um bom dia! Nos vemos mais tarde! - disse ele, finalizando a ligação.
Alguns instantes depois, Dulce termina seu banho e Christopher entra no banheiro. Dulce vestiu um vestido preto, rendado, de mangas longas e calçou um sapato alto, também preto. Colocou o colar e os brincos que o Ucker tinha presenteado para ela e o esperou na sala.
- Que fofo! Está usando o kit que eu te dei quando conhecemos o Ramón! - Ucker exclamou, secando seus cabelos bagunçados. - Ficou muito lindo em você.
- Ainda lembra? Sua memória não está tão ruim assim. - ela sorriu.
- É claro que me lembro! Esqueceu que estava tendo tratamento com minha linda doutora? - ele respondeu, dando um selinho demorado nela.
- Já está pronto? - Dulce perguntou.
- Estou sim! - afirmou. Ele vestia uma camisa branca e um blazer azul escuro e uma calça da mesma cor, fazendo uma combinação perfeita com a gravata azul, com várias bolinhas brancas. Seus sapatos eram pretos e sociais, o que o deixava ainda mais elegante.
- Então, vamos? - ela chamou, se levantando do sofá. - O Juan já deve estar pronto para nos receber. - Dulce fechou o apartamento e seguiram para a clínica do doutor Juan Ferrara.
- Eu recebi uma ligação enquanto você tomava seu banho e o Alex me disse que os resultados das análises estão prontos! Se importa de passarmos no laboratório quando voltarmos? - Ucker perguntou.
- Sério? Caramba, fico feliz que já saíram os resultados! - disse ela, com entusiasmo. - Sua memória melhorou um pouco. Você já consegue lembrar de detalhes que a dez dias atrás não lembrava.
- É claro, eu tive o melhor tratamento com uma linda doutora ruiva! - sorriu. Meia hora depois, estavam em frente à clínica neurológica.
- Vamos entrar? - Dulce perguntou, vendo o estado pensativo que Christopher estava quando chegaram.
- Eu estou um pouco inseguro! - ele respondeu. - Tenho medo do resultado.
- Se você não entrar, nunca vamos saber! Você não precisa ter medo, amor, mesmo porque eu estou aqui com você. - ela abraçou Ucker com força e passou coragem, pegando nas mãos dele. - Agora, está mais seguro?
- Acho que sim! - ela a encarou por alguns instantes e entraram.
- Dulce! Que surpresa boa, achei que não fosse retornar por tão cedo! - Alice cumprimentou.
- É, é que o doutor Juan nos deu dez dias pra retornar. - ela respondeu.
- E você... Christoph? - ela perguntou. - Como está?
- Christopher! - corrigiu. - Pode me chamar de Chris ou de Ucker!
- Chris! - ela repetiu.
- Ele está melhor, Alice! Já consegue recordar as coisas mais facilmente! - Dulce respondeu. - E o Juan? Está ocupado?
- Ele está atendendo o Rodrigo! Depois, podem entrar!
- O Ro... Rodrigo está aí? - ela perguntou, surpresa.
- É, está sim! - Alice respondeu.
- Achei que ele tivesse morrido! Ele não pode nos ver, Alice. - disse, preocupada.
- Obrigado, doutor! Eu vou seguir tudo certo! - Rodrigo falou, saindo da sala. - Dulce? O que faz aqui? - ele perguntou.
- Vamos entrar, amor? - ela falou, provocativa, chamando Christopher.
- Dul, o que aconteceu? Vocês não tinham morrido? - ele perguntou, surpreso.
- Aos olhos do seu patrão, sim! - ela respondeu. - Agora, se me der licença, temos que entrar. - ela puxou o braço de Christopher e entraram na sala do doutor.
- Bom dia, meninos! Você viu quem estava aí, Dul? - Juan perguntou.
- Infelizmente sim, doutor! - Dulce respondeu.
- E você, Chris? Está melhor?
- Estou sim, graças à minha doutora particular! - Ucker respondeu, abraçando Dulce.
- Se controla, Ucker! - disse ela.
- Eu vou te fazer algumas perguntas e tente me responder, tudo bem? - disse o doutor. Ucker assentiu e Juan começou os interrogatórios. Minutos depois, ele examinou a cabeça de Ucker e não viu nada de anormal.
- Eu tenho o diagnóstico! - ele afirmou.
- E como o Ucker está? - Dulce perguntou, preocupada.
- Bem, eu tenho uma novidade! - ele afirmou. - O Ucker não parece ter sofrido nada. Ele está totalmente recuperado do coma. - Dulce e Christopher se abraçaram, emocionados. - O Chris ainda terá que passar por tratamentos neurológicos, mas eu posso garantir que ele não ficou com sequelas.
- Ai, doutor! Se eu não tivesse visto o Rodrigo, esse dia seria perfeito! Muito obrigada pela notícia. - Dulce agradeceu.
- E os tratamentos particulares? Eu posso continuar? - Ucker perguntou, olhando para a namorada.
- Será ótimo, rapaz! - Juan respondeu. - Por hoje, estão dispensados. Vou passar novos exames pra você, Christopher, mas não é nada que tem que se preocupar. É pra checar tudo novamente, tudo bem?
- Mais uma vez, muito obrigada Juan! - Dulce se despediu dele com um aperto de mão e foram embora.
- Tá vendo, Dul? Você não tem que se preocupar comigo mais! O próprio doutor disse que estou bem, eu melhorei! - Christopher afirmou.
- Não é só porque você melhorou que eu não tenha que me preocupar com você, Ucker! - Dulce falou, furiosa. - Agora, vamos para o laboratório?
- Ainda tem o laboratório! - ele bufou. Cerca de dez minutos, chegaram lá e foram para a sala de análises do Alex.
- Alex? Podemos entrar? - Dulce perguntou, abrindo a porta devagar.
- Entra, por favor! - ele permitiu. - Suponho que você seja a Dulce Maria, não é?
- Sou sim, mas pode me chamar de Dulce ou Dul! - ele fez que sim com a cabeça.
- E aí, Alex? Quais os resultados? - Ucker perguntou, curioso, observando o laboratório.
- Eu vou pegar! - ele se levantou da sua cadeira e abriu uma pequena gaveta atrás dele e pegou um envelope. - Está aqui! - entregou nas mãos da Dulce.
- Seria pedir muito pra você abrir? - disse ela, devolvendo o envelope nas mãos dele.
- Tudo bem! - Alex abriu e revelou o que estava escrito. - Bem, o que eu esperava : Cannabis sativa, mais conhecida como maconha; Erythroxylon coca, a cocaína, dentre outros. Por serem psicotrópicos, podem prejudicar o sistema nervoso e seu funcionamento. Assim como podem prejudicar órgãos vitais como o coração e o fígado.
- O que mais você descobriu? - Dulce perguntou.
- De acordo com os exames, foi só isso! - ele respondeu.
- Vamos trazer alguns salgados pra você analisar, pode ser? - Ucker perguntou.
- Salgados? - ele perguntou, confuso.
- Os salgados de um bar! - disse ela. - Acho que tem algo de estranho neles.
- Podem trazer sim, mas tomem muito cuidado com isso! - disse ele, cauteloso. - Por enquanto, não revelem os resultados para o delegado Felipe.
- Porque não? Tem algo contra ele? - Dulce questionou, cheia de dúvidas.
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