- Este, já está morto! - Michael afirmou, sacudindo o defunto à sua frente. - Mais uma vítima!
- Tá vendo o que você fez, Michael? - Felipe reclamou.
- Não vem me dar sermão não, Felipe! Não sabemos quem o atingiu!
- Tá na cara que foi você, seu idiota! Você tentou me matar agora à pouco!
- Eu não vou mentir, é claro que eu tentei te matar, mas foi porque você veio para cima de mim! Você sabe muito bem disso, Felipe! - Michael chamou seus homens e foi embora. Dulce, Christopher e Alfonso, que estavam alí por perto, não deixaram de ouvir os disparos, muito menos, a afirmação do Michael. Alguém morreu! Quem? O Felipe não era. Talvez fosse um dos homens do Michael, mas os quatro saíram com ele, acompanhando-o.
- Quem morreu? - Dulce perguntou, sem entender.
- Ainda não sabemos! Acho melhor a gente ir embora logo desse lugar! - Alfonso sugeriu.
- Eu não vou sair daqui, enquanto não souber o que está acontecendo! - disse, com firmeza. - Quando chegar em casa, quero ter uma séria conversa com você, Alfonso Herrera. - disse ela. - Vamos entrar?
- Dul, o Poncho tem razão! Acho melhor a gente sair daqui! O Michael pode retornar. - Ucker afirmou.
- Ai! Vocês homens! Se fazem de fortes e durões, mas são tudo farinha do mesmo saco! - ela bufou, entrando no galpão. - Felipe, quem mor... Meu Deus! Como isso foi acontecer?
- Eu não sei... eu... eu discutia com o... o Michael e... e esse carinha aí... esse... esse cara acabou sendo atingido. - Felipe falou, com dificuldade.
- É o Diego? - Ucker perguntou.
- Vocês conheciam ele? - o delegado perguntou, surpreso.
- E o que isso tem a ver com isso? Você conhece muita gente, nem por isso, estou te julgando! - Dulce falou, sem paciência.
- Agora não é hora de discutir, Dulce Maria! - disse ele.
- O que vai fazer com o corpo dele? Vai jogar no cemitério do seu patrão como sempre fazem? Não vai dar à ele um velório descente? Isso não importa pra você, não é, Felipe Nájera? O que te importa é servir seu patrão muito bem! Você é um safado, covarde, cruel. Eu poderia afirmar que é pior que o Michael.
- Mais respeito, por favor, garota! - Felipe pediu, irritado.
- É engraçado isso! - disse, irônica. - Um homem covarde como você exigindo respeito! Se é que posso te chamar de homem! Estou insultando homens de verdade, comparando você à eles.
- Dulce! - Ucker repreendeu.
- Chega, Dulce Maria! - Felipe esbravejou.
- Por que não vai prender os bandidos, ao invés de ajudá-los? - Dulce perguntou, saindo imediatamente, seguida por Christopher e Alfonso.
- Dul, acho que não deveria ter dito aquelas coisas para o delegado! Eu sei que ele mereceu ouvir cada palavra que disse, mas você pegou pesado. - Poncho afirmou.
- O que te deu, Herrera? Vai ficar à favor desse cara? Vai ficar à favor do...
- Para com isso, Dulce Maria! Já chega! Ninguém é obrigado a ficar te ouvindo falar bobagens! - Ucker gritou, irritado. - Eu não aguento mais!
- Se você não aguenta, por que me pediu em namoro? Por que me pediu em casamento? - Dulce perguntou, sem entender o porquê de Christopher ter gritado com ela. - Vamos embora, Ponchito? Não quero ficar neste lugar. Eu preciso dormir e descansar.
- Desculpa, Dul! - Ucker se desculpou. - Eu não queria ter tratado você daquela forma, é que...
- Vai embora, Christopher! Eu não quero falar com você! Vamos, Poncho? - Dulce chamou Alfonso, que assentiu e foram embora. Alguns minutos mais tarde, chegaram no apartamento.
- Maria, eu concordo com o Ucker! Você não deveria ter falado naquele tom com o delegado! - Poncho afirmou.
- O que é, Alfonso? Vai ficar do lado... - ele interrompeu.
- Mas o Ucker não deveria ter gritado com você! Depois, vocês precisam conversar, tudo bem?
- Tá! Desculpa, Alfonso, eu fiquei com muita raiva do Felipe e eu não me controlei.
- Promete que vai falar com o Ucker? - Poncho perguntou.
- Fazer o quê? Eu tenho outra escolha? - disse, brincando. - E o nosso bebê?
- Está bem! Eu nem tive tempo de dizer, mas a Anny está grávida de três semanas! - disse ele, sorridente.
- Que lindo, Ponchito! Fico muito feliz por vocês! - Dulce comemorou.
- E você e o Chris? Quando vão ter um...
- Pode parar por aí! Eu não pretendo ter filhos agora, sou muito jovem pra ser mãe!
- Jovem de vinte e cinco anos? Pode até ser, mas está ficando velhinha demais pra ter filhos!
- Vai procurar a Anny, Alfonso! Estraga prazeres! Me responda uma pergunta : por que seguiu eu e o Ucker?
- Quando você disse que iria sair à meia noite, eu fiquei com muito medo e resolvi seguir vocês!
- E em quê você ajudou? Não escondeu seu carro e acabou sendo uma presa fácil do Michael! Por causa dessa sua atitude, eu e o Ucker tivemos que nos entregar pra te libertar, papai! Quase estaríamos mortos agora. Você quase não iria ver seu filho nascer e crescer. - Dulce reclamou.
- Falando nisso, por que o Michael ficou daquele jeito quando você disse que eu seria pai? - Poncho perguntou.
- Não é só você que tem essa dúvida! Eu também estou morta de curiosidade pra saber! Ainda vou ver aquele verme de novo e vou descobrir porque ele agiu daquela forma.
- Dul, eu vou tomar um banho! Está muito tarde e eu preciso dormir, ainda tenho que acordar daqui à pouco pra trabalhar! - disse ele e adentrou-se ao banheiro. Dulce ficou pensativa por longos períodos, até ouvir a campainha tocar.
- Quem será à essa hora? - ela se perguntou, sem saber se atenderia ou não. Por via das dúvidas, pegou sua arma e abriu a porta devagar, com o revólver apontado para a frente.
- Calma, Dul! Não vou te fazer nenhum mal, garota! Eu só preciso conversar! - Christopher segurou o riso, vendo sua namorada agir daquela forma.
- Entra, Chris! - ele deu um selinho rápido nela e entrou.
- Dul, eu sei que agi errado por te tratar daquela maneira, mas eu fiquei com um pouco de medo! - disse ele.
- Não precisa ter medo, meu amor! Você não é nenhum criminoso! Quem deveria temer é o Felipe e o Michael, isso sim! - ela afirmou. - E essa sacola? É para mim? - Dulce perguntou, curiosa.
- Não deu tempo de trazer nada pra você! Todas as lojas de chocolates estão fechadas agora! Floriculturas, nem se fala. - respondeu.
- O que é então?
- São as roupas do Poncho que eu peguei outro dia!
- Ele nem percebeu! - eles riram.
- Ucker? Como está? - Poncho perguntou, assim que saiu do banheiro.
- Estou bem, e você? Ficou com medo da morte? - ele brincou.
- Nem me fale! Achei que não iria ver meu filho crescer!
- Essa sacola é sua, Alfonso! - Dulce entregou pra ele. Poncho franziu o cenho, sem entender.
- Desculpa, é que eu peguei algumas roupas suas emprestadas! - Christopher explicou.
- Ah, entendi! Desculpa Ucker, fique à vontade com a Dul, eu vou ter que ir dormir!
- Boa noite, Poncho! - Ucker falou e ele foi para seu quarto dormir. - Viu? Seu irmão falou que eu posso ficar à vontade com você! - Ucker começou a beijar o pescoço de Dulce, que o puxou para seu quarto.
- Eu preciso dormir, meu amor! - Dulce falou, tentando se livrar das carícias dele.
- Eu também preciso dormir, mas quero dormir com você, pode ser? - ela assentiu e adormeceram devido o cansaço.
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