- Eu tenho um plano! - disse ela.
- De novo não, Dul! - Ucker falou, preocupado.
- De novo sim! Talvez essa seja a nossa última cartada pra pegar o Michael. - Dulce explicou o plano para ele.
- E você acha que o delegado vai acreditar nessa história? - Ucker perguntou. - Principalmente por mim, que sempre mostrei interesse em combater o tráfico de drogas e o crime no país.
- Você e o Felipe têm segredinhos! Ele vai entender, o que te resta é convencer o Michael, e comigo fora da jogada, será tudo muito fácil. - Dulce explicou.
- Eu sei, mas é muito arriscado, Dul! E se vierem pra cima de você? Se quiserem fazer alguma coisa contra você? Eu não vou suportar te perder, Dulce. - Ucker abraçou sua namorada e acariciou o rosto da mesma, como se fosse uma despedida.
- Ucker, tenta entender, meu amor! Esta é uma ideia arriscada, quase sem nexo, mas vai funcionar se nós trabalharmos juntos. - ela afirmou. - Antes de me tornar uma mulher da lei, queria ser atriz e, não é me gabando, mas sou muito boa em persuasão. Convenço qualquer pessoa com meus dotes artísticos. - ele riu. - O que foi? Não é para rir não, Christopher Uckermann.
- Eu até te entendo! Já vi que você é uma ótima atriz. Sabe que me convenceu?
- Olha aí! Já tenho um fã. - Dulce comemorou, batendo palmas.
- Sempre fui seu fã, desde que nos conhecemos, mas você demorou muito pra descobrir! - disse ele, puxando a mesma para um beijo. - Dul, eu não sei se vou conseguir me controlar. - Ucker afirmou, assim que finalizaram o beijo. Ela revirou os olhos e negou com a cabeça.
- É por pouco tempo, meu bebê! - respondeu.
- Mas esse pouco tempo pode durar meses ou até anos! Eu não vou conseguir me controlar, estando perto de você o tempo todo.
- Então inventa um novo plano! Arruma novas ideias ou vamos ter que ficar anos tentando descobrir algo que possa incriminar o Michael e o Felipe! - Ucker assentiu, beijando ela novamente.
No dia seguinte, Dulce e Christopher foram em carros separados para a delegacia. Fazia parte do plano.
- Não é possível que eu vou ter que te aturar, Christopher Uckermann! - Dulce esbravejou cinicamente. - Até aqui? Não consigo imaginar como eu consegui te namorar esse tempo todo. Você é falso, egoísta, hipócrita e idiota.
- Olha como fala comigo! Bom dia pra você também, Dulce Maria! Não somos mais namorados. Me livrei de você, sua ignorante e boba, além de ser metida e rebelde, o que eu não consigo tolerar em uma mulher. - Ucker rebateu. - Agora vou conseguir me divertir um pouco, sem ter que ouvir seu sermão, sua voz.
- Cala a boca, imbecil! Já não aguento ouvir sua voz! - disse ela.
- Imbecil é você, sua idiota! Me sinto o homem mais feliz da terra por ter me livrado de um ser tão ruim quanto você.
- Onde eu estava com a cabeça quando aceitei ser namorada de um mafioso como você? - Dulce perguntou, fitando-o.
- O que está acontecendo na minha delegacia, posso saber? - Felipe perguntou, interrompendo aquela discussão.
- Eu preciso falar com você, Felipe! - Ucker afirmou.
- Como é ignorante! Sou eu quem precisa falar com você, delegado. - disse Dulce.
- As damas primeiro! Pode me acompanhar, Dulce? - Felipe perguntou e ela assentiu, mostrando língua para Christopher. Foram até a sala do Felipe e Dulce se acomodou em uma cadeira. - Vai me explicar porque você e o Ucker estavam discutindo? - ele perguntou.
- Aquele idiota, que diz coisas sem sentido! - ela respondeu. - A verdade é que eu suportei ele até demais. Eu quero sair da operação.
- Como? Vocês não estão namorando? - Felipe perguntou, confuso.
- Não, não estamos mais juntos! Eu odeio o Ucker, ele é falso e... e além do mais, é um traficante.
- Como? Eu não consigo pensar em mais nada! Vocês terminaram?
- Eu não quero mais saber dele, Felipe! Você é a única pessoa, além do Poncho, que eu sei que posso confiar! - Dulce deixou algumas lágrimas rolarem por toda a extensão do seu rosto.
- Você confia em mim, depois de tudo o que viu?
- É claro que eu confio, Felipe! Eu até te entendo, sei que é ameaçado pelo Michael e...
- O tempo da Cinderela acabou! - Ucker a interrompeu. - Agora, eu preciso falar com o Felipe, pode ser?
- Dulce, por mim, você está fora da operação! - Felipe afirmou. Dulce deu um pequeno sorriso de vitória. - Depois, quero conversar melhor com você.
- Obrigada, Felipe! Agora eu tenho que ir, não consigo mais olhar pra cara deste idiota. - ela ignorou Christopher e saiu rapidamente.
- Pode me explicar o que houve? - Felipe perguntou, fitando-o.
- Eu terminei com essa ignorante aí! - Ucker respondeu, sorridente. - Não aguentava ela liderando o tempo todo. Eu não suporto que mulheres mandem em mim! - explicou. - Felipe, eu te vi com o Michael na fronteira! Logo depois, foram para o cemitério. - O delegado arregalou os olhos, surpreso.
- Como? Foi por isso que você e a Dulce terminaram? Ela me viu? - ele perguntou, preocupado.
- Relaxa, Felipe! Eu não estava com a Dulce. Eu sei que mataram uns homens, mas...
- O que quer? Vai me entregar? - perguntou.
- Bom... Você sabe que um policial ganha muito pouco! Eu mal consigo sobreviver com o pouco que ganho e...
- O que quer dizer com isso?
- Eu quero entrar para o mundo do tráfico! Quero ganhar dinheiro fácil. - explicou.
- Tá achando que eu sou bobo? Acha mesmo que vou cair neste seu papinho? - Felipe esbravejou, irritado.
- É por isso que eu me livrei daquela mulher mandona e fresca! Quero ser um membro dos Gurfinkell! Quero matar como você matou, quero enganar os idiotas. Além de faturar um bom dinheiro. Eu disse isso para a Dulce, por esse motivo, terminamos, apesar de ter sido muito bom para mim, pois me sinto livre.
- Francamente, Christopher! Vai enganar outro. À mim, você não engana.
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