1. Spirit Fanfics >
  2. Vondy : uma história policial >
  3. Novo cúmplice

História Vondy : uma história policial - Novo cúmplice


Escrita por: Hanna__Santos

Notas do Autor


Boa noite, leitores! Espero que esteja tudo bem com vocês.Gente, me desculpem por não ter postado antes. Tive vários contratempos. Mas enfim, está aí mais um capítulo dessa fanfic pra vocês. Boa leitura!

Capítulo 6 - Novo cúmplice


Fanfic / Fanfiction Vondy : uma história policial - Novo cúmplice

Exatas uma hora depois, Christopher chega em meu apartamento. Abro a porta e vejo um buquê enorme de rosas brancas cobrindo seu rosto. O que eu conseguia ver além das flores eram suas pernas e um imenso corredor.

- Você é pontual, Chris. - falei.

- É, eu não gosto de ultrapassar com você. - ele respondeu, com um sorriso sarcástico, entregando o buquê em minhas mãos. - São para você, espero que goste.

- Obrigada, Chris. - agradeci, retribuindo o sorriso.

- Então, vamos? - disse ele.

- Espere um pouco, vou colocar as rosas em um vaso com água, não quero que elas fiquem murchas. - Fui até meu quarto e deixei elas em um vaso branco, que estava em cima de uma mesinha redonda ao lado da minha cama. O vaso parecia combinar perfeitamente com as flores. Me olhei no espelho, verifiquei meus cabelos, retoquei a maquiagem, me dei um banho de perfume e voltei para a sala, onde encontrei o Christopher sentado em uma poltrona preta.

- Se o Poncho te ver sentado aí, ele te mata. - brinquei, sorrindo. - Nem eu que sou amiga dele sou liberada pra sentar nessa poltrona.

- É sério? - ele perguntou preocupado e se levantou rapidamente. Não me segurando mais, comecei a rir. - Do que está rindo, Dul? - ele perguntou.

- É uma brincadeira, fofo. - respondi, sorrindo.

- Você me paga, Dulce Maria. - ele afirmou, furioso.

- Você tinha que ver sua cara de preocupado. - ironizei.

- Não tem graça. - Ucker falou, sério.

- Onde vamos, Chris? - perguntei.

- É segredo, mas acho que vai gostar.

- Ai, odeio segredos e surpresas. - bufei. Cerca de 30 minutos, chegamos em um cinema muito lindo. Logo em frente, tinha um jardim com diferentes cores e formas de flores. Exalava um cheiro suave e deixava o ar do ambiente com uma sensação de paz e harmonia. Lá dentro, não era tão espaçoso, tinha umas cem cadeiras e uma tela não muito chamativa. Achei estranho, olhei para os lados e só podia ver eu e o Chris alí.

- Christopher, chegamos mais cedo? - perguntei.

- Não, não sei. - ele respondeu. Confesso que achei esquisito, não acreditei muito.

- Que filme vamos assistir? - perguntei.

- Não sei, mas acho que é romance. - De repente, começa a passar umas mensagens românticas naquela tela, que eu julgava sem importância. Eu ainda não conseguia entender nada. No final, Christopher pegou um microfone e começou a falar, só aí comecei a entender o que estava acontecendo.

- Dulce, eu não sou tão bom com as palavras, mas vou tentar. Eu nunca me apaixonei por ninguém em toda a minha vida, você me mudou, mudou meu jeito de pensar e agir. Eu me considero uma nova pessoa, um novo homem. Estou completamente apaixonado por você, Dul. Aceita ser minha namorada? - Nesse momento, várias pessoas entram e começam a aplaudir. Todos estavam com balões vermelhos com meu nome e frases como "eu te amo", "você é minha vida","estou apaixonado por você","quer namorar comigo?". Estava completamente apaixonada por tudo aquilo, não sabia como reagir, mas me emocionei quando vi quem entrou com uma caixinha na mão direita, que provavelmente estavam os anéis.

- Poncho? O que faz aqui? - perguntei, surpresa.

- Estava trabalhando, quando o Christopher me ligou e disse que te faria uma surpresa. - Poncho respondeu. Chris pegou o anel e me chamou até ele, pegou em minha mão e se ajoelhou na minha frente.

- Então Dul, aceita ser minha namorada? - Eu não sabia o que responder, não esperava por tudo aquilo que estava me acontecendo. Estava completamente indecisa, mas...

- Espera, eu quero dizer umas palavras pra você, Ucker. - Poncho falou. - Estou confiando em você, sempre protegi a Dul, não queria e nem gostaria que fizesse nada de mal com ela. Eu amo a Dulce, ela é como uma irmã para mim. Espero que você seja um namorado maravilhoso pra ela, que sempre a proteja.

- Não se preocupe, Poncho. - ele respondeu. -  Eu não vou fazer nenhum mal à Dul, por ela, seria capaz de dar a minha própria vida, jamais serei capaz de magoá-la.

- Dulcita, o Ucker conversou muito comigo. Ele me pediu permissão pra namorar você, pois você é como uma irmã para mim, uma grande amiga, ... - eu o interrompi.

- Você está conseguindo ser pior que meu pai era comigo,  Ponchito. - brinquei.

- Pode ser também, eu só quero te proteger, porque eu te amo muito. - concordou. - Eu não queria que você sofresse o que sofreu quando descobriu quem era o Rodrigo. E aí? Quer ou não quer namorar o Ucker? - Eu não conseguia pensar direito. O Chris me pediu em namoro? Eu deveria aceitar? Deveria dar uma chance pra ele? Deveria dar uma chance pra mim? Ele estava tão romântico, mas isso me fez lembrar do Rodrigo.

Flash back on

Nós estávamos na praia, quando ele me abraçou.

Dulce, quer namorar comigo? - Rodrigo perguntou.

É claro, eu te amo, Rodrigo. - Ele colocou um anel de compromisso em meu dedo e começou a me beijar.

Nesse instante, comecei a chorar. Com certeza deveria aceitar. Talvez seja uma nova oportunidade que a vida estava me dando, estava me sentindo mais forte e uma mulher de fibra.

- Dul, está tudo bem? - Poncho viu meu estado e tentou me consolar.

- O que aconteceu com você, Dul? Não gostou? - Ucker perguntou, preocupado.

- Não, não é isso, é que eu estou emocionada. - disfarcei.

- Isso quer dizer um sim?

- É, é um sim. - confirmei. - Eu aceito ser sua namorada. - Ele me pegou no colo e me beijou. Tenho que admitir que estava amando aquilo. Alguns meses atrás, jurava amar o Rodrigo, pensava que ele era perfeito, doce, amigo, compreensivo, honesto, pensava que ele era o amor da minha vida. Hoje, estava completamente apaixonada por aquele homem que me carregava em seus braços. O Christopher mudou, era carinhoso e respeitava meus momentos. Eu amava tudo, o jeito carinhoso dele, a forma como me tratava, tudo. Ele me tirou dalí em seus braços e me levou para o carro, queria aproveitar aquele momento só nós dois.

- Para onde vamos, meu amor? - perguntei.

- Meu amor? - repetiu, desacreditado. 

- Claro, você é meu namorado. - respondi.

- Obrigado. - agradeceu, com um sorriso. - Vamos pra delegacia.

- Ah, não! Não está falando sério, não é? - falei, desanimada.

- O delegado vai suspender você por ter saído da delegacia daquela forma.

- O que? Não pode ser! Por favor, Ucker, conversa com ele. - implorei.

- É brincadeira, eu só queria descontar pelo susto que me fez passar hoje de manhã. - fiz cara de confusa. - Esqueceu da brincadeira da poltrona? 

- Verdade, você prometeu que eu ia pagar por aquilo.

- Pois é, eu costumo cumprir com o que prometo! - respondeu, me dando um selinho. - Eu conversei com o delegado antes de te convidar pra sair. Sabe o que eu disse pra ele, dona Dul?

- Não, não faço a mínima ideia. - respondi.

- Disse que você recebeu uma denúncia anônima e teve que sair às pressas.

- Então ele não vai ficar bravo comigo?

- Não, não vai! Mas o fato é que vamos agora no novo endereço, lembra?

- Lembro! Mas você está com o cartão, não é? - perguntei.

- Não, não precisa, eu decorei o endereço.

- É por isso que me apaixonei por você, Christopher! Te amo. - afirmei. 

- Eu também te amo, minha linda! - ele respondeu, me dando um beijo e acelerando o carro em seguida. 

O novo endereço não era tão longe dalí, gastamos entre quatorze e quinze minutos pra chegar, o trânsito ajudou bastante. O lugar era totalmente diferente dos outros que tínhamos estado. Era um lugar estranho, sujo, fechado e tinham ratos por todos os lados. Era uma imundície, parecia o fim do mundo. Fiquei com um pouco de receio de entrar alí e, principalmente, de descer do carro. Acho que qualquer lugar do mundo é mais bonito e agradável que aquele. No início, tinham diversas casas com vidros quebrados. Obviamente, estavam abandonadas há anos. Com o percorrer do caminho, via-se um ambiente devastado, destruído.

- Eu confesso que estou me arrependendo de ter vindo aqui, esse lugar é aterrorizante, parece cenário de filme de terror. - falei, apreensiva. 

- Está com medo, meu amor? - Christopher perguntou.

- Pior que estou, Ucker. - respondi.

- Não precisa ter medo, não vou deixar que ninguém te machuque ou faça nada de mal com você. - disse ele, me passando segurança.

- Estamos chegando? - perguntei.

- É na próxima rua. - afirmou. - Seguimos adiante e entramos em um beco praticamente sem saída. Havia vários cassinos clandestinos e, finalmente, chegamos. - É aqui. - Chris afirmou. - Cassino, escada, segunda porta à direita, corredor, 92.

- Do que você está falando, Ucker? - perguntei.

- O endereço! - disse, como se fosse óbvio. - Vamos subir? - Ele me deu dois revólveres carregados, um spray de pimenta e um colete à prova de balas. Christopher desceu primeiro para ter certeza que estaríamos seguros. Ele fez sinal para que eu descesse e seguimos. Tinha dois cassinos, um ao lado do outro, paramos um pouco e, novamente, averiguamos se tinha alguém. O Ucker me mostrou a escada e subimos. Lá em cima, encontrava-se várias portas, mas entramos na segunda à direita. Existia um imenso corredor depois daquela porta. Ele apontou uma outra porta com o número 92. - É aqui! Vamos entrar? - disse ele.

- Eu tenho medo do Michael estar aí. - falei, receosa.

- Dul, não precisa ter medo, eu estou aqui tudo bem? - disse, pegando em minhas mãos, me passando segurança. 

- Não é por isso, eu adoro o que eu faço, mas o Michael pode tentar fazer algo contra você e o pior, se ele descobrir minha profissão e onde moro, provavelmente fará alguma coisa contra o Poncho.

- Ele não vai fazer nada, fique tranquila. - Ucker me deu um beijo lento e calmo, finalizando com um abraço.

- Simón? Bruna? - o que fazem aqui? - Ramón perguntou, aparecendo como um fantasma atrás de nós. 

- Viemos no endereço que nos deu. - respondi. - Por quê? O Michael está aí?

- Não! - negou. - Na verdade, nunca sabemos onde ele está.

- É que queremos falar com ele.

- Tudo bem, eu vou passar os endereços de alguns lugares que ele costuma ficar. - ele entrou na porta 92 e sumiu. Alguns minutos depois, Ramón retorna com uma lista dos diversos endereços possíveis dos esconderijos do Michael.

- Está aqui, Bruna. - ele entregou em minhas mãos, ignorando o Christopher completamente. 

- Tem alguém na sala, Ramón? - perguntei.

- Não, eu só vim pegar uns documentos.

- Documentos? Quais?

- As IF's, identidades falsas. - disse ele.

- Para quem? - Ucker perguntou. Ramón o olhou com um olhar esquisito. 

- Para todos os membros dos Gurfinkell. - respondeu, me olhando. - Fiquei sabendo que tinha uns cana atrás de nós, são os melhores do México.

- Como ficou sabendo? - Ucker perguntou.

- Os Gurfinkell têm contatos em todos os lugares que vocês imaginam.

- Em algum momento você se arrependeu de ter entrado para o mundo do tráfico? - o interroguei.

- Arrependi, mas não consigo sair. - disse ele.

- Você daria informações à polícia? - Chris perguntou.

- Que tipo de informações? - ele perguntou, com um olhar de desconfiança.

- Qualquer informação que pudesse ajudar a prender Michael Gurfinkell. - Chris respondeu.

- Vocês são da polícia? - ele perguntou.

- Claro que não, Ramón. - respondeu.

- Eu bem que queria, o Michael comete muitos crimes, até matou inocentes. - confessou. 

- E tem alguma coisa que te impede de fazer isso?

- Eu sou membro, corro risco de morrer. - respondeu.

- Pode dar detalhes de algum ato criminal, alguma coisa? - Chris interrogou.

- Vocês são da polícia, não são? Se não fossem, não estariam tão interessados nesse assunto. - ele desconfiou. Fiquei com vontade de calar o Ucker, mas não sabia como. Ele estava colocando nossos planos à perder sem perceber.

- Não, não é isso, é que estamos devendo muito dinheiro pra ele. - dei uma desculpa qualquer.

- Vocês são muito ricos, jamais deveriam qualquer quantia que fosse pra ele.

- Somos da polícia sim, se não colaborar, será preso agora mesmo. - confessei. Vi o Ucker paralisar quando eu disse aquelas palavras. O Ramón estava em choque, ficou nervoso.

- Então vocês são... são os melhores... de todo o México? - ele perguntou.

- Até que não é tão bobo quanto eu pensava. - respondi, apontando uma arma pra sua cabeça.

- Por favor, me deixe ir, não me mate. - ele implorou.

- Pra quê? Pra você ir atrás do seu patrão e nos entregar?

- Não, não vou entregar vocês.

- Então nos acompanhe até o carro, sem revidar. - Ucker falou, com autoridade. 


Notas Finais


Será que o Ramón vai ajudá-los? Vamos saber no próximo capítulo!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...