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História Vondy : uma história policial - Nascimento


Escrita por: Hanna__Santos

Capítulo 65 - Nascimento


Depois da breve conversa que teve com o Michael, Dulce foi até uma sala pequena para conversar com o delegado Felipe. 

- E aí, Felipe Nájera? Como está? - Dulce perguntou, se sentando em frente de onde ele estava. 

- Se veio rir da minha cara, pode dar a meia volta e sair daqui! - disse ele, seco.

- Não, eu não sou como você, delegado Felipe! Desculpa, acho que estou insultando os homens de lei, competentes e honestos, que buscam acabar com o tráfico e assassinatos no país e ao redor do mundo. - Dulce debochou. - É uma pena ter que prender um homem que já foi delegado um dia.

- O que quer, Dulce Maria? O que veio fazer aqui? - Felipe perguntou.

 - Por que você ajudou o Michael, mesmo depois que soube que ele matou seus pais? Ou será que foi você quem os matou? - Dulce perguntou. 

- Não fala assim, Dulce! Eu sofri muito com a morte dos meus pais. - Felipe respondeu. - Eu juro que tentei sair, mas já não consegui. 

- Entendo! Como vocês dizem, uma vez membro, sempre membro. - ela respondeu, fitando-o indignada. - Sabe o que me deixa mais triste? Ter acreditado em um falso como você! Só pensa em dinheiro, em agradar seu patrão. Tenho que dizer que vocês terão todo o tempo do mundo para se acertarem. - Dulce o olhou por alguns instantes e saiu, rumo à sala do delegado Ferreira. - Obrigada por me dar essa oportunidade, delegado. Eu precisava falar com o Michael e o Felipe.

- Não precisa agradecer, Dulce! Você tem o direito de conversar com eles. Aliás, sofreram muito para chegar até aqui. - Ferreira respondeu. 

- E quando será o julgamento? Já temos uma data marcada? - Ucker perguntou, curioso. 

- Não, ainda não sabemos! O que sei é que o juíz irá marcar uma data certa. Tem muitas acusações envolvendo os dois, são vários papéis correndo na justiça, mas este caso foi arquivado como urgente. Cerca de seis ou sete meses, vamos estar no tribunal, assistindo o julgamento daqueles miseráveis. - ele respondeu, sério. 

- Mais uma vez, muito obrigada! Nos vemos depois. - Dulce agradeceu, se despediram do delegado e foi embora com Christopher. 

- Me sinto muito mais leve, mais livre! - Ucker afirmou. - Nem consigo acreditar que a justiça foi feita, Dul. Enfim, o Michael e o Felipe estão presos. 

- Pode acreditar, meu bebê! Essa é que é a verdade. - Dulce respondeu. - Nós lutamos muito para isso. 

- Amor, se importa de passarmos na casa dos meus pais? - Ucker perguntou, fitando-a.

- Claro que não, Ucker! Eu adoraria ver a Alê e o Victor. - respondeu. - Só vamos ter que pegar um táxi. Você deixou seu carro na fábrica de cimento do Michael. - eles riram. 

- É verdade, eu não tinha pensado nisso, porém, vou pegá-lo. - Ucker chamou um táxi e foram para a casa dos pais dele. - A Anny e o Poncho também estão lá. - afirmou. 

- Que bom, meu amor! Vou adorar conversar com minha cunhadinha. - Dulce comemorou. Ucker deu um selinho rápido nela e sorriu. Alguns minutos mais tarde, chegaram. Christopher pagou o táxi e desceram. Assim que adentraram a casa, foram recebidos com muito carinho. 

- Que bom que veio, Dulce! - disse Alê, empolgada. - Minhas amigas estão te chamando de mulher maravilha. - elas riram. - E estão te chamando de super man, meu filho. - disse ela, abraçando Christopher. 

- Como vai, Alê? - Dulce a cumprimentou. 

- Estamos melhor agora! - Victor respondeu. - E vocês? Como estão se sentindo? 

- Mais leves e livres, papai! - Ucker respondeu. - A Dulce queria justiça mais do que eu. Pra ser sincero, achei que este dia jamais fosse chegar. - confessou. Dulce arregalou os olhos, surpresa. 

- Para de falar assim, amor! Nós dois lutamos juntos e merecemos essa vitória. - Dulce o reclamou. 

- É verdade, Dul! - disse Anny, abraçando-a. - Estava com saudades de você. 

- Eu também estava com saudades de você, Anny! - Dulce respondeu. - E o Ponchito? Não veio? 

- Ele deve estar chegando! - Anny respondeu. - Foi comprar pepino e queijo. 

- Alguma receita nova? - Dulce perguntou, confusa. 

- Não, é que eu senti vontade de comer pepino com queijo. - disse ela, como se fosse a coisa mais normal. - Mas o meu gatinho está demorando muito pra chegar. 

- Oi Dul! E aí? Como está se sentindo? - Alfonso perguntou, abraçando-a.

- Estou muito melhor agora, Ponchito! Você sabe que eu sempre quis terminar esta operação. - disse ela, retribuindo o abraço. 

- E você, Ucker? - Alfonso o cumprimentou com um aperto de mão. 

- Estou muito feliz, Poncho! E não é à toa. - Ucker respondeu. 

- Aqui está sua comida, Anny! Vou te ajudar a prepará-la. - Poncho deu um selinho nela e foram para a cozinha. 

- Ucker, estamos muito felizes pelo pedido de casamento! Sua mãe gritou feito uma louca, quando viu vocês na televisão. Estavam passando em todos os canais. - Victor falou, sorrindo empolgado. 

- E quando será o casório? - Alê perguntou, sorridente. 

- Em breve! - Christopher respondeu. - Nós ainda não marcamos. 

- É verdade! - disse Dulce. - O Chris me fez este pedido de casamento duas vezes, mas não marcamos uma data. 

- Espero que seja logo! - disse Victor. - E quero netinhos. Você sabe que eu sempre quis ter netos, Christopher. 

- Nem pensar, Victor! - Dulce discordou. - Eu não quero ter filhos agora. Quero planejar meu futuro primeiro. Talvez daqui uns oito ou dez anos, mas agora não estou preparada para ter filhos. 

- Vou ter que esperar oito ou dez anos para ser avô? - Victor perguntou. 

- Não necessariamente! É claro que vou ser mamãe antes disso. E seu neto está pra nascer. Esqueceu que a Anny está grávida? 

- Não, não esqueci! Mas ainda quero que vocês me dêem um netinho. Espero que não demore oito ou dez anos, senão, já não vou mais estar vivo. - ele se levantou do sofá em que estava sentado e foi para seu quarto. 

- Dulce, não liga para o que o Victor fala. - Alê pediu. - Ele sempre sonhou em ser avô e se sentiu desapontado quando você afirmou que não queria ter filhos por tão cedo. 

- Eu até entendo o Victor! - Dulce afirmou. - Ele tem o direito de ser avô, entretanto, acho que me interpretou mal. Eu vou dar pra ele este netinho que tanto espera, só não vou fazer isso agora. Eu preciso organizar o meu futuro e o do meu futuro filho primeiro. 

Alguns meses depois

- Bom dia, meu bebê! - Dulce respondeu, atendendo a ligação de Christopher. Ainda estava dormindo, mas acordou com o toque do celular, que estava em cima do criado mudo. - Qual é a notícia boa para me ligar à essa hora...? - mirou o relógio à sua frente. - ... 06:24h da manhã? 

- Dul, o Ferreira acabou de me ligar. - Ucker respondeu. - Daqui um mês terá o julgamento do Michael e do Felipe. Nós vamos depor contra o Michael.

- Sério? Não vejo a hora do julgamento. - ela comemorou, se sentando. - Espero que a justiça seja feita. Espero que eu nunca mais possa ver aqueles dois imprestáveis. 

- É isso aí, Dul! Aqueles dois nunca mais vão sair da cadeia. Eles terão todo o tempo do mundo para se acertarem. - eles riram. - Amor, eu preciso desligar. Depois nos falamos. - finalizaram a ligação e Dulce já se via com um imenso sorriso no rosto. 

- Ouviu, papai? A justiça será feita. - Dulce afirmou, pegando um livro que seu pai havia dado pra ela. - O senhor sempre me disse pra confiar na lei, mas nunca vi produtividade.

- Dulce, posso entrar? - Alfonso perguntou. 

- Oi Ponchito! Entra, por favor. - Dulce ordenou. 

- Vai voltar a dormir, dorminhoca? 

- Poncho, o julgamento será daqui um mês! - disse ela, se virando para ele. 

- Que ótimo, Dulcita! Vocês sempre esperaram por isso. - eles se abraçaram. - E você? Vai assistir? - perguntou.

- Não só vou assistir, como também vou depor. - ela respondeu, orgulhosa. - Nem consigo acreditar direito que meu sonho de justiça será realizado. 

- Parabéns, Dul! Você lutou muito pra chegar até aqui. - disse ele. - A Anny também vai dar a luz ao nosso filho daqui um mês. - Alfonso confessou. - Estou muito feliz, Dul. É o meu primeiro filho. 

- Pena que só vamos saber qual é o sexo no momento do parto. - Dulce respondeu. 

- O Victor e a Alê ficaram loucos, mas foi uma decisão da Anny. Temos que respeitá-la. 

- Acho que vou fazer o mesmo, quando estiver grávida! - eles riram. 

- E você? Quando está pensando em me dar um sobrinho? - Poncho perguntou, sorridente. 

- Não sei, Alfonso! Eu sei que o Christopher é o homem da minha vida, sei que vamos construir uma linda família juntos, mas não estou preparada para essa responsabilidade. Eu conversei com o Ucker e chegamos a uma conclusão... na verdade, eu cheguei à conclusão de que um filho é algo precioso, é uma parte da gente. Teremos que carregar esta responsabilidade para o resto de nossas vidas. Existe ex marido, ex mulher, mas não existe ex filho. - Dulce explicou. 

- Belos argumentos, mas temos que respeitar sua opinião sobre o assunto. - disse ele. - Se não estiver preparada, teremos muito tempo pra esperar, mas não demore muito, pois quero conhecer meus sobrinhos ainda lúcido. - Dulce deu um leve tapinha no braço dele. 

Um mês depois

Alfonso e Anahí estavam dormindo no quarto dele,  assim como faziam sempre. Ela se virava de um lado para o outro na cama, inquieta. Os gemidos aumentavam com o passar dos segundos. Alfonso se desesperou e se levantou, preocupado. Sua noiva estava prestes a dar a luz. Ele tocou na testa dela, que estava fraca e suando frio.

- Amor, acorda! - disse ele, preocupado, sacudindo Anahí. - Acorda, Anny. 

- Poncho, o que aconteceu? - Dulce perguntou,  chegando rapidamente ao quarto dele. - A Anny? Como ela está? 

- O que houve, Alfonso? - Ucker perguntou. 

- Acho que a Anny está entrando em trabalho de parto. Vou levá-la ao hospital. - Poncho respondeu. - Dul, você pode pegar a bolsa do bebê? - ela assentiu. - Preciso que coloque algumas roupas dele e prepare uma bolsa com algumas coisas da Anny. - Ele pegou a mulher nos braços e levou até o carro. Christopher abriu o mesmo e Alfonso colocou Anny devagar no banco de trás.

- Está aqui, Poncho! - Dulce respondeu, entregando as coisas para ele. - Quer que nós te acompanhamos? 

- Não, não precisa, Dul! Obrigado, mas eu tenho que levá-la rapidamente ao hospital. 

- Por favor, não deixe de nos dar notícias, Alfonso! - Ucker pediu. - Nós não vamos te acompanhar porque daqui à pouco será o julgamento. 

- É verdade, eu já tinha me esquecido. - Dulce afirmou. 

- Tudo bem, não se preocupem. Quando quiserem ou puderem falar, me liguem. Talvez vocês estejam no tribunal e não quero atrapalhá-los. - disse ele, entrando no carro. 

- Nós vamos ligar sim, Poncho! - Ucker afirmou. 

- Pon... Poncho, eu... eu acho que... vou ter... nos... so filho. - Anny falou com dificuldade. Alfonso nem deu uma resposta, ligou o carro e partiu rapidamente. - Eu... estou cansada, amor. Não... não consigo me mexer.

- Aguenta firme, Anny! Falta alguns quilômetros. - Poncho respondeu, mirando ela através do retrovisor interno. - Por favor, pelo nosso bebê que está para nascer. Aguenta mais um pouquinho. 

- Ai! - Anny gritava. Já sentia as contrações, cada vez mais fortes. Os olhos de Alfonso estavam completamente marejados. Estava se segurando para não desabar em lágrimas. Ele sofria com o sofrimento de sua namorada, era algo muito novo para ambos, que nunca passaram por nada parecido. - Ai, amor! Não demora, por favor. - ela dizia, com a respiração ofegante. 

- Anny, aguenta mais um pouquinho, meu anjo! Daqui à pouco estaremos com nosso bebê nos braços. - Poncho pisou fundo no acelerador, aumentando a velocidade gradativamente. Em alguns minutos, chegaram no hospital. Ele estacionou o carro e levou Anny para dentro.  A todo o momento, ele dizia para os enfermeiros que era urgente. O médico confirmou que a bolsa havia estourado. Se Poncho tivesse demorado um pouquinho mais, o filho deles teria nascido dentro do carro. Levaram ela para a maternidade, onde Poncho passava segurança e força, segurando forte em sua mão. Poucos minutos depois, ouviu-se um leve e emocionante choro de bebê. 

- Anny, nosso menino nasceu! - Alfonso falou emocionado, revelando o sexo do bebê. Anny estava com os olhos completamente marejados de tamanha emoção. Respirou fundo e mirou o lindo menino que Alfonso levava para ela em seus braços. 

- Meu filho! - disse ela, segurando o bebê. - Seu nome será Miguel! Miguel Alfonso! - afirmou. Poncho sorriu com a última palavra. 

 

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até o próximo capítulo!!!


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