- Mas me diz, já está preparado pra visitar cada endereço?
- Você me faz sentir preparado. - Ucker puxou Dulce pela cintura e começou a beijá-la com carinho.
- É ela a vítima, senhor Uckermann? - Felipe brincou.
- Que vítima, delegado? - ela perguntou, estranhando.
- Não tem vítima nenhuma, senhor Felipe! - Ucker respondeu. - A Dulce é a responsável por me fazer mudar. Eu amo essa mulher, não entende? Não, claro que não, você nunca se quer, amou alguém, não sabe o que é isso.
- Chega de discussões. - Dulce os repreendeu. - Ao invés de discutirem coisas importantes, discutem relações? - revirou os olhos, saindo rapidamente.
- Tá vendo o que você fez, Felipe? - Ucker falou, furioso.
- Desculpa, eu sei que eu não deveria ter dito aquilo, mas você não era flor que se cheira, Christopher Uckermann.
- Não era, mas agora mudei! É difícil entender? Deveria pensar na Dulce, lembra do trauma que ela sofreu ou sua saída te fez perder a memória?
- Eu só quis brincar, me desculpe, por favor. - ele implorou.
- Eu posso te perdoar, mas você tem que conversar com a Dulce.
- Tudo bem, Christopher! Mudando de assunto, a Dulce conseguiu alguma revelação do Ramón? - ele perguntou.
- Conseguiu sim, acredita? - Ucker respondeu, animado.
- Bem que ela disse que ia tentar. - ele falou, admirado. - Eu vou lá falar com ela, tudo bem?
- Tudo bem, pode ir lá. - Ucker respondeu, dando um leve tapinha no ombro dele.
*****
- Dulce, será que podemos conversar? - Felipe perguntou.
- Pode dizer, delegado. - disse ela.
- Primeiro, quero pedir desculpas por ter dito aquelas coisas que eu te disse, o Christopher mudou, está apaixonado por você.
- Tudo bem, eu te desculpo, até porquê eu conheço o Christopher! - ela respondeu. - Era só isso que veio me dizer?
- Não, eu também tô curioso pra saber se conseguiu alguma confissão daquele desgraçado.
- Consegui mais do que você imagina, agora ele está preso. - Dulce fez cara de preocupada.
- Que foi, Dulce? É impressão minha ou você está preocupada? - ele perguntou.
- Não, é que a operação mal começou e eu já descobri fatos que podem levar muitos envolvidos à morte! Isso tudo pra salvar a pele daquele assassino do Michael.
- Você está com medo de morrer?
- Não, eu não tenho medo da morte, afinal, algum dia todos nós vamos passar por isso. - disse ela.
- Pode me explicar a conversa que teve com o Ramón e dizer o que vocês tanto conversaram?
- Vamos na sua sala, por favor?
*****
Dulce narrando :
O dia não foi tão fácil para mim. Consegui a confissão do Ramón, mas sinto que ele não me disse tudo que devia e o que sabia. O Ucker me levou até em casa, não queria dar esse trabalho para o Poncho, que também se esforçou muito na empresa.
- Está entregue, meu amor. - Christopher disse, assim que chegamos em frente ao meu apartamento.
- Vamos entrar! Você pode jantar conosco. Com certeza, o Poncho já fez algo pra comer. - falei, dando um selinho nele.
- Acho melhor não, Dulce! Além do mais, temos que acordar cedo amanhã, esqueceu? - ele lembrou.
- Quanto à isso, você pode dormir aqui, no quarto de hóspedes, claro! - ironizei, mas ele parecia não se importar com aquilo.
- Não se preocupe! - disse ele. - Eu não posso dormir aqui, se pudesse, dormiria no quarto de hóspedes ou no sofá.
- Por que não pode? - perguntei. - Vai à alguma balada?
- Não, Dul. - respondeu. - Eu nunca mais quero saber de nenhuma balada. Essa rotina ficou pra trás, desde que te conheci.
- Eu sei, só estou brincando! - respondi, com um beijo lento e apaixonado. Terminamos o beijo e subi. O Ucker só saiu de lá quando teve certeza que eu tinha entrado no apartamento. Entrei lá dentro e vi o Alfonso sentado na mesma poltrona que Christopher tinha sentado. Sorri ao ver aquela cena. Ele estava assistindo um filme qualquer, com um copo de suco em sua mão e uma vasilha cheia de pipoca, em seu colo. Cheguei por trás e dei um belo susto nele.
- Ai! - Poncho se assustou, derrubando toda a pipoca.- Dulce? Como veio? - ele perguntou.
- O Ucker me trouxe. - respondi, entrando em meu quarto.
- Onde pensa que vai, Dulce Maria? Vem me ajudar a limpar essa bagunça que causou.
- Me poupe dessa, Poncho! - respondi. - Estou muito cansada.
- Ah é? Você acha que eu não estou cansado também? - disse ele, jogando pipoca em mim
- Está bem, Ponchito! - respondi, me dando por vencida. - Eu vou te ajudar.
Alguns bons minutos depois, terminamos de arrumar aquela bagunça e finalmente, tomei um bom banho e relaxei um pouco. Estava deitada, quando meu celular começou a tocar. Era o Ucker.
- Boa noite, Ucker? - falei, atendendo a ligação.
- Boa noite, meu amor! - disse ele. - Eu te liguei pra te convidar pra jantar comigo! Aceita?
- O Poncho não vai gostar de saber que eu não vou jantar aqui, mais uma vez.
- Por favor! É só hoje. - ele insistiu.
- Tudo bem, bebê! - respondi. - Eu aceito jantar com você.
- Bebê? - repetiu.
- É! - assenti. - Você é meu bebê, quero cuidar de você.
- Então, posso passar aí em meia hora?
- Pode sim! Vou me arrumar e te espero! - confirmei. - Um beijo! - finalizei a ligação.
Estava em meu quarto escolhendo minha roupa, quando fui surpreendida pelo Poncho.
- Que susto, Ponchito!
- Desculpa entrar assim Dul, mas eu precisava trazer seu jantar! - ele falou, animado. - Quero que come tudo, está bem? - Suspirei, entristecida.
- Que foi, Dul? - ele perguntou, estranhando minha reação. - Não gostou da comida?
- Não é isso, Poncho! - respondi, meio sem jeito.
- Então, o que é?
- É que o Ucker me chamou pra jantar com ele! - respondi. - Fiz mal?
- Você aceitou? - ele perguntou.
- Claro, Ponchito! - respondi.
- Você fez muito bem, Dul. - me senti mais leve quando ele disse aquelas palavras. - Você precisa mesmo se distrair, sair um pouco da rotina. Ficaria chateado se não tivesse aceitado.
- Obrigada, Poncho, você é um anjo. - respondi.
- Agora vai se arrumar, o Ucker já deve estar chegando! - disse ele, saindo do quarto. Vesti um lindo vestido preto que o Poncho tinha me dado e fiz uma leve maquiagem. Passei um perfume doce e arrumei meu cabelo.
- Boa noite, Poncho? - disse Ucker, adentrando o apartamento.
- Boa noite, Ucker! - ele respondeu, o cumprimentando com um aperto de mão. - Sente-se.
- A Dul está pronta?
- Estou aqui, meu amor! - respondi, entrando na sala. - Vamos?
- Vamos! - ele confirmou, me dando um selinho rápido. - Tchau, Poncho! Prometo não demorar.
- Tudo bem, confio em você.
Nós saímos e fomos para um restaurante que não era longe de casa, estava situado no mesmo bairro.
- Esse lugar é perfeito, é o paraíso, Ucker! - admirei.
- Você merece muito mais! - disse ele. O restaurante era muito lindo, parecia mais uma pousada. Eu estava maravilhada com tudo, o Ucker tinha o dom de me levar nos melhores lugares. Entramos e nos ajeitamos em uma mesa para dois, que ele já tinha reservado.
- Gostou desse lugar? - ele perguntou.
- Amei, Ucker! - respondi, hipnotizada. - Ele me entregou o cardápio e pediu que eu escolhesse o que gostaria de comer. Pedi arroz com camarão ao molho branco, como sobremesa pedi um mousse de chocolate com farofa de amendoim. Ele pediu o mesmo e um vinho tinto. Nos divertimos muito, mas tivemos que ir embora, o Ucker prometeu para o Poncho que a gente não ia demorar. A noite foi incrível, mas tínhamos que ir, afinal, a operação ainda não tinha acabado, pelo contrário, só estava começando.
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