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História Voo Em Seus Braços - Capítulo um - Passado


Escrita por: Torielayra

Notas do Autor


Yo!
Esta é minha first fic, espero de coração que gostem!

Capítulo 1 - Capítulo um - Passado


Não é nada
É só vontade chorar
Acredito que não seja nada
Só uma dor que não passa
Um vazio que não se preenche
Uma solidão não passageira
Uma pergunta que não se cala
Por quê?

É só tristeza
Não se preocupe tanto
Não vai passar
Mas eu me acostumo
Está muito frio aqui
E não adianta fechar a porta
Só quero que fique longe de mim!

-Anônimo

 A tarde já estava no seu fim. A lua, timidamente, já acompanhava o crepúsculo do céu. Da janela de meu quarto_ que ficava ao lado de minha cama_ eu observava distraidamente o céu, esperando o momento em que seus pais a chamassem para a partida. Eu não sabia descrever o que eu pensava. Talvez eu estivesse pensando em minhas bonecas, sobre o quanto sentiria falta delas enquanto estivesse em viagem, pois sua okaa-san não à deixou levá-las consigo. Ou quem sabe estava pensando em minha oba-chan, no quanto ficaria feliz em nos ver de novo. De qualquer maneira, isso não importava, eu estava ali, apenas no meu mundinho infantil.

Saí de meu transe quando ouvi passos subindo sob o piso de madeira para o segundo andar, em direção ao meu quarto. A julgar pelo barulho de tamancos, deduzi que era a minha mãe. Saí de cima de minha cama, e peguei minha mochilinha, a qual tinha uma carinha de uma cadelinha, para deixar de um jeito mais fofo.

_ Sakura, você já está pronta?_pergunta a okaa-san.

_Hm, acho que sim._disse, colocando a mochila nos ombros.

_Não vai levar seu violão?_minha mãe aponta para um instrumento que se encontra no fundo do quarto.

_Ah!_Voltei correndo, e peguei o violão.

Apesar de ter apenas sete anos, eu já sabia o tocar facilmente, pelas aulas que meu pai me dava, eu já sabia todas as notas musicais, acordes e até algumas músicas conhecidas. Desde então, o instrumento virou o meu xodó, sempre o levando comigo onde eu pudesse.

Desci as escadas junto com minha okaa-san, e fomos direto para a garagem. Encontramos o otou-san colocando nossas malas no porta-malas do nosso velho e judiado carrinho.

_Tudo pronto?_pergunta otou-san, que acaba de nos notar.

Aceno um “sim” com a cabeça. Coloco um sorriso no rosto, e corro até ele, pulando em seus braços.  Apesar de eu não ter tudo o que eu queria, tudo o que eu amava ali : meu otou-san, minha okaa-san e meu violão.

Nós entramos no carro,meus pais na frente,e eu estava atrás.Eu botei o cinto de segurança, e a okaa-san iria colocar o dela, mas solta o mesmo quando percebe a música que otou-san havia colocado no carro. Eu percebi que era uma daquelas músicas antigas e enjoativas que o mesmo sempre ouvia. Okaa-san começou à reclamar, dizendo algo sobre “velho e enjoativo”. Acho que ela estava falando sobre a música que o otou-san colocou. Ele rebateu, dizendo algo bem irônico : “como se suas músicas fossem modernas”? Eu não conhecia essa palavra. Pelo jeito que ele falou, deve ser o mesmo que novas, talvez.

Isso é bem normal, na verdade.Muita vezes eu já vi o otou-san e okaa-san brigarem um com o outro. No começo, eu ficava muito triste, e chorava sozinha. Mas agora, eu já me acostumei, eu acho.

Olhei pela janela, e vi minha casa indo embora. Estranhei o fato que em poucos minutos, já havíamos saído da cidade. Voltei meu olhar para os meus ryochin, e percebi que estava gritando um com o outro, dizendo palavras que eles dizem que são feias. Humpf, se são tão feias, porque eles as falam?

Até agora, nenhum deles havia colocado o cinto de segurança. Eu abri minha boca para tentar corrigi-los, mas fui interrompida pela okaa-san, mesmo ela sempre dizendo que interromper pessoas quando elas estão falando é errado. Não sei quem interrompeu a outra, mas enfim, resolvi ficar quieta.

Otou-san, que até agora estava no volante, começou à fazer o carro andar mais depressa, e ouvi a okaa-san gritar em seu ouvido:

_VAI MAIS DEVAGAR!

_É MAIS DEVAGAR QUE VOCÊ QUER?_gritou otou-san, e o carro começou à andar mais rápido, tão rápido que até me perguntei como um carro velho como aquele, podia andar tão rápido!

Okaa-san começou à gritar com um pouco de desespero na voz, vendo aquilo, comecei à me perguntar por que papai agia daquele jeito.Me lembrei que há algumas horas, ele tinha bebido um pouco. Comecei a ficar com medo. Otou-san tirou a mão do volante. Fiquei com muito medo.  Percebi que okaa-san começou a gritar com uma voz de choro. Me partiu o coração vê-la assim. Mas otou-san estava impassível. Será que ele ficou louco?

Okaa-san começou a chorar, implorando que ele parasse, pois o carro já estava andando em ziguezague. Ele fechou os olhos e colocou um sorriso cínico no rosto.

_Já que você insiste..._ele finalmente abriu os olhos.

Otou-san colocou as mãos no volante, e finalmente foi diminuindo aos pouquinhos. Porém, eu percebi que o carro continuava andando em ziguezague, e o carro ainda estava andando rápido. Otou-san não estava conseguindo controlar o volante. Provavelmente, o carro estragou de vez. O carro começou a ir à direita da rua, na qual continha um pequeno barranco entre ela e um paredão de um monte,com algumas árvores.

Otou-san fazia de tudo para tentar voltar à linha. Okaa-san começou a gritar desesperadamente, pois o carro estava muito rápido. Foi aí que eu percebi:

Eu era a única que estava com o cinto de segurança.

O que aconteceu depois foi muito rápido.

 O carro caiu de lado no barranco, e capotou um pouco, deixando o carro de cabeça para baixo.  Eu vi meus ryoshin iren de um lado ao outro, ficando muito feridos.

O carro amassou muito na parte de trás.

Eu tive alguns cortes no corpo, e um corte profundo no pescoço.

Sangue.

Era tudo o que eu via.

Minhas lágrimas caíam sem esforço, e eu fechei os meus olhos.

Percebi o cansaço e a dor tomaram o meu corpo.

Eu chorava.

Não era pela imensa dor que eu sentia.

Era porque eu sabia.

Sabia que aos sete anos, eu deixei morrer aqueles que me deram vida.

E desmaiei.


Notas Finais


Será que ficou bom?
Eu continuo?
Por favor comentem, se possível!
<333333


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