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História Voodoo Doll - Capítulo 2


Escrita por: blackvipx e Projeto_KHS

Capítulo 2 - Capítulo 2


-Então, me conte um pouco sobre você. -Jiyong disse, quebrando o constrangedor que se fez entre os dois depois que saíram do café. Já era o dia seguinte, e ele e Seunghyun se encontraram no estabelecimento minutos antes, até Jiyong sugerir para irem passear enquanto conversavam. Em fato, ambos estavam muito inseguros, então. Seunghyun agradecey mentalmente ao outro por ter sido o primeiro a falar.

-Hm? Sobre mim? -Hyun o encarou, e Jiyong assentiu, olhando para o chão. Ele parecia bem nervoso. -Bem, não tenho muita coisa pra falar. Sou professor de química na faculdade, especificamente dentro do curso de medicina. Moro sozinho com 2 gatos e sou solteiro aos 30 anos.

-É um bom sumário da sua vida. -o outro riu, e o fitou nos olhos, com um sorrisinho tímido. -Mas bom saber que é solteiro.

-Bem... é. -Seunghyun pigarreou, tentando se concentrar. -E você?

-Eu?

-É, fale sobre você também.

-Ah, claro... -Jiyong respirou fundo, olhando para o céu, como se tentasse recordar de algo. -Eu trabalho em um negócio de família, não é muito convencional, mas eu gosto. Além disso, também trabalho em uma loja de antiguidades. Moro com mais dois amigos e um cachorro e um gato. Ah, sou solteiro também.

-Ah, bom saber... -Hyun sorriu para o outro, lhe devolvendo o comentário malicioso. Jiyong riu, olhando para o moço ao seu lado.

Eles ficaram mais uns minutos andando em silêncio, e nisso Jiyong começou a pensar sobre sua situação. O seu plano de se aproximar de Seunghyun parecia estar indo bem, mas ele também estava inseguro. O descendente era bonito, charmoso e interessante aos olhos do líder. Ele tinha medo de acabar se envolvendo demais com seu mero objeto do ritual. Ele tinha que ficar concentrado, e...

-Ei, está frio. -Seunghyun disse, de repente, assustando Jiyong ao pegar sua mão pelo pulso. -E você parece estar congelando com essa blusa fina.

-O que? -o outro tirou seu braço das mãos do outro, com o rosto vermelho. -Eu não acho que...

-Calma, eu seguro sua mão.

Com calma e cuidado, Hyun pegou a mão do outro, entrelaçando seus dedos, deixando o moço extrememente confuso. Isso era até bom, pois demonstrava que ele estava conquistando sua confiança rapidamente mas, droga, ele era muito encantador... Como iria matar um homem desses? Bem, ele tinha que conseguir. Independentemente de qualquer sentimento.

-Obrigado. -Jiyong murmurou, meio envergonhado ainda. Seunghyun apenas sorriu, e eles continuaram andando. Segundo o que Hyun disse no começo do passeio, agora ele o levaria para jantar.



-E então ele me deixou aqui. -o líder terminava de contar sua história para os outros dois, que o escutavam, atentos. -Ele insistiu em me trazer, não quis que eu voltasse sozinho. Ele é muito romântico, eu não sei o que fazer...

-Veja pelo lado bom. -reencostado no sofá, Seungri segurava a risada. A situação de Jiyong era deplorável, mas ele sabia que o outro não gostava quando riam dele. -Significa que está interessado em você.

-Seungri tem razão. -trazendo três taças de vinho na mão, Daesung apareceu na sala do apartamento, onde os outros dois estavam. Cada um pegou um copo, e ele se sentou junto a eles. -Foi uma boa ideia te colocar para se aproximar dele. Você é um conquistador sem igual.

-É verdade. -Seungri sorriu, bebendo um pouco de sua taça. -Não poderíamos ter escolhido alguém melhor.

-Ah, parem com isso. -Jiyong começou a rir, meio envergonhado com os elogios dos amigos. -Estou só fazendo minha parte no plano... Assim, logo teremos nosso prato principal do Banquete.

-E então, teremos poder.

-Muito, muito poder.

Depois desse discurso bem otimista, os três fizeram um brinde a Jiyong e ao seu sucesso em sua missão. O líder podia até estar com uma visão positiva sobre como estava se relacionando com Seunghyun, mas o fato de seu coração disparar toda vez que o outro sorria o deixava receioso. E se acabar realmente se apaixonando? Como irá matá-lo? Não, não podia pensar nisso, os seus amigos estavam contando com ele para sucederem no ritual...

E, ainda pensando nisso, Jiyong tomou a última gota de vinho de sua taça.



Três meses se passaram desde o dia que saíram pela primeira vez. Agora, Seunghyun e Jiyong mantinham um relacionamento não oficial, onde eles saíam juntos o tempo todo e aproveitavam a companhia um do outro... se é que você me entende. Enfim, eles estavam bem jumtos, Hyun estava apaixonado por Jiyong, que por sua vez também estava demonstrando estar apaixonado pelo outro. Contudo, dentro de su, ele lutava contra esse sentimento, mas era muito difícil... E isso o deixava irritado.

Certo dia, Jiyong decidiu levar Seunghyun para a loja onde trabalhava, para que pudesse verificar uma coisa, que ainda tinha dúvida. Ele aceitou o convite, sempre teve curiosidade de conhecer o lugar, que o outro tanto lhe falava sobre quando saíam.

Poucos minutos antes de sair de seu apartamento, Seunghyun se encontrava sozinho em seu apartamento, se arrumando. Até que o barulho da campainha quebrou o silêncio solitário, e Hyun foi correndo até a entrada, para abri-la. E ao ver seu visitante de última hora, ele se alegrou por um segundo, mas logo o estranhou, por sua expressão séria e preocupada. Era Taeyang em sua porta, carregando um livro debaixo do braço. Era bom vê-lo, já que não se falavam desde aquele dia no café. Mas o que ele estava fazendo ali, daquele jeito?

-Taeyang, você está bem? -Seunghyun acompanhoi o amigo com o olhar, enquanto ele entrava e tirava os sapatos. O outro apenas o encarou, e suspirou antes de abrir a boca.

-Nós temos que conversar.

O tom dele era assustadoramente frio. Ele nunca o tinha visto assim, estava com um certo medo, mas apenas o seguiu até a sala, sentando ao seu lado no sofá. Taeyang pegou o livro que trazia consigo, e o colocou na mesinha de centro, e Hyun ficou um longo tempo encarando o estranho artefato.

Era um livro muito antigo, perceptível por toda a poeira e a tinta vermelha desgastada da sua capa dura. Havia um símbolo de dragão no centro, feito com algo que um dia poderia ter sido um pigmento dourado, mas agora era só um amarelo apagado. Era grosso, com folhas escurecidas pelo tempo e cheirando a mofo, sem falar que muitas delas pareciam estar soltas. Tinha uma aura esquisita, que deixava Seunghyun desconfortável.

-O que diabos é isso? -ele perguntou, apontando para o livro. O outro respirou fundo, o olhando em seguida. Ele estava muito preocupado.

-Lembra que eu fiquei de terminar de te contar sobre aquele “trabalho” que eu participava? A onde Jiyong ainda “trabalha”? -Hyun assentiu, e então Taeyang continou. -Então, na verdade, não trabalhamos. Somos um clã, Seunghyun. Um clã de magia negra.

Os dois ficaram em silêncio, uma quietude agoniante. Hyun estava tentando processar aquilo. Não, não podia ser verdade. Quer dizer, é muito surreal, não é? Magia negra, que bobagem. Jiyong era um cara simpático, ele não poderia mexer com algo do tipo, bem como Taeyang também era.

-Para de brincar com minha cara. -Seunghyun riu, mas seu amigo continuava sério. -Ah, vamos. Sei que está só tentando me assustar.

-Não, cara. Estou tentando te proteger. -ele pegou o livro da mesa, e o largou no colo do outro. -Abra-o.

-Ta...? -ainda cético, Seunghyun foi abrir o livro mas... Ele não abria? Então encarou Taeyang, sério. -Que merda é essa?

-Só... solte-o, agora. -ao pedido dele, Hyun desencostou do objeto. Então Tae colocou as mãos sobre a capa e fechou os olhos. Ele esperou um pouco, até que enfim abriu a boca. -Atalarımıza, ustamın İncil'i açmak, bilgimden zevk alabilmek için yalnızca ve sadece benim için izin istiyorum. *

Com um clique, a capa abriu sozinha, voando para o lado, que acertando as mãos do outro. Seunghyun quase pulou do sofá de susto, não acreditava no que tinha visto... A língua estranha que Taeyang tinha falado... Aquilo era turco? Mas o que estava acontecendo?

-Mas o que...?

-É, eu te disse. -concentrado, Tae folheou o livro apressadamente, sem se preocupar com o aspecto delicado das páginas. -Mas é, achei esse livro depois de um longo tempo de procura. Estava preocupado com o aparecimento repentino de Jiyong, principalmente no súbito interesse dele em você, então tive que ter certeza se isso era só uma paranóia minha por saber de muita coisa, ou se eu tinha mesmo que me preocuparm E, bem, parece que minha paranóia estava certa.

Ele parou de passar as páginas, deixando o livro aberto em uma parte estranha. Há um texto, preenchendo as duas folhas quase inteiras, sendo que no final da segunda há somente um desenho no final, onde um grupo de magos está dilacerando e comendo o corpo de um homem, enquanto o maior deles tomava uma taça de sangue, segurando um livro nas mãos. Aquilo deu arrepios em Hyun.

-Zihin kontrolü. -Taeyang leu o título da página, e depois olhou para Seunghyun. -Significa controle da mente, em turco. É um ritual de canibalismo, omde ao ser consumida a carne de um descendente da linhagem do primeiro mago negro, os participantes do ritual adquirem o poder de controlar a mente dos humanos. É um processo brutal, mas tentador por tão poderoso.

-E o que isso tem a ver comigo? -Hyun já estava suficientemente assustado para uma vida toda, mas sua curiosidade vencia.

-Você é um descendente, Seunghyun. Choi. -ao dizer o sobrenome do amigo, Taeyang ficou ainda mais sério. -Você e sua irmã são os únicos. E já que ela não está na cidade, você é o exemplar para um ritual poderosíssimo. E Jiyong é o atual líder do Clã. Não acha estranho?

Seunghyun não conseguia nem piscar. Era informação demais para absorver em só alguns segundos. Ele não queria acreditar. Jiyong era tão... amoroso e simpático. Ele não seria capaz de fazer isso com ele, não. Mas a lógica de Taeyang fazia sentido, se isso tudo fosse verdade mesmo. Mas ele não iria aceitar tão cedo.

-Eu tenho que ir, Taeyang. -Hyun tirou o livro de seu colo e o passou para o outro, que ficou o encarando enquanto se levantava do sofá. -Jiyong está me esperando na loja. Deixe a porta fechada quando sair.

Ele já ia embora, sem nem olhar para trás. Contudo, Tae foi mais rápido, e segurou o amigo pelo pulso, para não deixá-lo ir.

-Se não acredita em mim, procure por este mesmo livro na loja dele. -ele disse, seriamente. -Todos nós temos um desse conosco. Aposto que o dele está lá, exposto como mercadoria, para não ficar suspeito.

-Ta... bom...? -Hyun o encarou esquisto, tentando soltar seu braço, mas o outro continuou a segurar. -Taeyang, eu tenho que ir.

-Só mais uma coisa. -antes de continuar, ele largou o pulso do amigo. -Eu sai desse grupo por um bom motivo, Seunghyun. Esses caras são perigosos, gananciosos. Eles vão até o fim quando querem algo. E se querem você, eu não acho que nem Jiyong vá te poupar.

O outro não disse mais nada. Confuso, ele só se virou e saiu do seu apartamento, com os pensamentos a mil. A imagem do corpo todo repartido no livro, com as outras pessoas o comendo, continuava em destaque na sua mente. Aquilo tinha o aterrorizado, de fato. A cada passo que dava, ele tentava processar tudo que estava acontecendo, e não sabia no que acreditar. Talvez ele tivesse que ver para crer.

Então, sua única opção era encontrar aquele maldito livro.


Notas Finais


Traduções:

* : "Aos ancestrais peço permissão para abrir a bíblia de nosso mestre, para poder usufruir de seus conhecimentos, só e somente para mim"


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