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História Vulcana - Prólogo


Escrita por: MilisKell_Black

Capítulo 1 - Prólogo


 

Prólogo

A chuva caia forte naquela noite em Central City.

Caminhava apressadamente por entre as poucas pessoas que se aventuravam a encarar a tempestade que acontecia.

Havia chegado à cidade há algumas horas atrás depois de muitos anos fora por conta dos estudos, e não seria uma chuva que me impediria de matar a saudade que sentia deste lugar, principalmente quando estava perto de reencontrar um velho amigo.

Apertei o passo ao me aproximar do Departamento de Policia de Central City logo entrando no mesmo, e não pude conter um sorriso repleto de felicidade e de recordações ao olhar ao redor. Passei anos da minha adolescência neste lugar, que se tornou quase como uma segunda casa para mim. Conhecia cada canto desse lugar como ninguém.

Meu pai, Ex-Detetive Sebastian Carter, trabalhou e se dedicou a este lugar até o seu ultimo dia de vida, e como nossa família era apenas nós dois, passei a frequentar o Departamento todos os dias após a escola. Aqui eu aprendi a me defender e a pensar rápido em uma situação de risco, e que sempre deveria me manter alerta e vigilante.

Todos tinham a mania de dizer que eu era como a mascote da CCPD, uma brincadeira compartilhada por todos os funcionários da delegacia. 

Com a morte do meu pai em uma perseguição de carro há cinco anos, decidi me mudar para realizar o meu sonho de me tornar uma cientista forense, área pela qual me apaixonei e me identifiquei depois de muitos anos frequentando o Departamento de Policia. Fui para a Universidade de Nova Iorque, local onde meu pai sempre quis que eu estudasse, e fiquei por lá durante esses anos que passaram.

E agora estou de volta a minha segunda casa, e mais feliz que eu poderia estar agora seria se eu encontrasse todos que fizeram parte da minha vida antes.

_ Mel?! – Uma voz familiar me chamou, tirando-me das minhas lembranças.

Olhando para a pessoa que me chamou não pude deixar de sorrir. Meu segundo pai me olha com evidente surpresa nos olhos.

_ Tio Joe! – exclamei alegremente enquanto me lançava em seus braços para um abraço apertado, nem ao menos me importando com minha roupa molhada.

Detetive Joseph West, ou Tio Joe como eu sempre o chamei, era um homem alto de pele morena e de calmos olhos castanhos que sempre me transmitiram segurança. Joe sempre cuidou de mim como se eu fosse uma segunda filha para ele, e quando meu pai morreu, foi ele quem me ajudou até o momento que fui embora de Central City. Eu devo muito a esse homem e a sua filha Iris, uma grande amiga minha.

_ Senti sua falta!- disse a ele quando nos afastamos.

_ Também senti a sua falta Melanie! – disse-me ele – Olhe como esta crescida! Nem parece mais com a menina de dezessete anos que saiu daqui a cinco anos. Esta uma mulher muito bonita, minha filha.

_ Obrigada. E como você esta? E Iris? – perguntei enquanto nos dirigíamos até a sua mesa.

_ Eu estou bem. Tenho trabalhado muito como sempre, nada de mais. E Iris também esta bem. Ela tem se empenhado bastante para conseguir um trabalho como jornalista, você sabe muito bem que esse sempre foi o sonho dela, mas como ainda não conseguiu isso, ela trabalha no Jitters.

Eu me lembrava muito bem do Jitters. Era um dos meus lugares preferidos, com os melhores cafés também. Costumava ir toda manha lá antes das aulas, junto de Iris e do Berry.

Um suspiro de saudades escapou pelos meus lábios ao pensar nele. Berry Allen, meu melhor amigo. Nos dávamos bem não só por sermos parecidos ou por gostarmos das mesmas coisas, mas sim por termos quase a mesma história. Nossas mães foram assassinadas na nossa frente quando ainda éramos crianças, a única diferença é que o pai dele foi preso acusado de mata-la, o meu pai não. Nós dois sentíamos a mesma coisa. O mesmo vazio que nunca seria preenchido.

E era de Berry que eu sentia mais falta.

_ Joe, e o Berry? – perguntei

Ele olhou-me atentamente antes de responder. – Ele esta lá em cima no laboratório. Se quiser pode ir lhe fazer uma visita. Com certeza ele vai gostar.

_ Obrigada. – disse com um sorrisinho indo em direção a escada.

Subi rapidamente me encaminhando em direção a uma das ultimas portas do corredor e entrando.

Este sempre foi o meu lugar favorito em todo o prédio, passava mais tempo aqui do que em qualquer outro lugar. 

Parado em frente a uma estante cheia de recipientes de elementos químicos estava o jovem que sempre me fez bem. Ele segurava uma corrente, pronto para arrumar o painel de vidro por conta da forte chuva.

_ Berry?! – chamei meio hesitante, caminhando a passos curtos em sua direção.

Seus olhos verdes me observavam com um misto de emoções que não soube definir no momento, foi seu sorriso que quase não cabia em seu rosto que me mostrou o quão feliz ele parecia estar. Mas no momento que cheguei até ele algo aconteceu.

Foi como se o tempo tivesse parado ao nosso redor e a gravidade sumido, e em um piscar de olhos um raio atravessou o painel de vidro atingindo nós dois. Berry foi arremessado contra a estante e eu contra a parede. E tudo que pude fazer foi me entregar à escuridão.



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