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História Vulneráveis (hiatus) - Amor sob a luz das estrelas


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

No capítulo anterior, os dois irmãos inuyoukais trocam impressões sobre sua vida amorosa, tentando assim criar um vínculo fraterno, ainda que sutil. Sesshoumaru, entusiasmado pelo celular de Kagome, arma uma pequena armadilha e manda Inuyasha e Kagome para um lugar deserto. Então, o casal descobre que a excitação sexual traz à tona o sangue youkai de Inuyasha.

Então... Eu gostaria que vocês vissem um pequeno vídeo para mostrar como eu imaginei a voz do Inuyasha transformado nesse capítulo. Para ilustrar, escolhi um vídeo do dublador brasileiro do Inu, o Mauro Eduardo, dublando outro personagem aqui da fanfic: Gai, o Rei Yasha, que é uma das reencarnações do Miroku. Mas, como não sei como andam as normas do site, vou colocar o link lá nas notas finais.

ALERTA: ESTE CAPÍTULO CONTÉM HENTAI.
(Como diz a Desciclopédia: leia com os olhos fechados)

Peço desculpas por eventuais erros. Postei rapidinho porque vocês pediram, suas leitoras lindas! Esse é meu primeiro hentai (até então, só postei "semi" aqui, como vocês viram), e eu sinceramente tenho medo de ter feito algo errado, ou incoerente.

Caso alguém não goste de hentai, pode esperar o próximo capítulo, pois neste aqui não tem nada além da primeira vez de Inuyasha e Kagome. :-)

A imagem do casal abaixo não me pertence, créditos ao fanartista.

Boa leitura!

Capítulo 19 - Amor sob a luz das estrelas


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - Amor sob a luz das estrelas

ѼѼѼ

 

Inuyasha voltou os olhos vermelhos, ainda com íris âmbares, para sua amada. Suava intensamente e seu coração batia descompassado, lutando contra si mesmo. Com esforço sobrehumano, soltou a cintura de Kagome, dizendo com voz tão grave que soava arrepiante:

— É melhor você fugir! Sai de perto de mim rápido!

A jovem soltou sua genitália e o encarou, curiosa e apreensiva.

— O que você está sentindo agora, amor?

O hanyou a devorou com os olhos, como um predador analisa uma presa. Olhava para os seios, a barriga lisa, a intimidade depilada, as coxas bem torneadas. Lambeu os lábios de forma lasciva.

— Por favor, Kagome, fuja. Eu ainda não me transformei por completo e já sinto ímpetos de te possuir com força... Tudo o que passa agora dentro da minha mente é que você é minha fêmea e que está pronta para tudo o que eu quiser fazer com o seu corpo. Se afaste rápido, por favor! — rosnou Inuyasha, com uma expressão de intenso desejo no rosto. Então a sacerdotisa entendeu o problema e começou a se distanciar dele, que não parava de admirá-la, faminto.

— Você ainda não entendeu, não é, Kagome? — exclamou ele, notando a hesitação nos olhos da jovem. — Se tivesse entendido, já estaria a léguas de distância. Eu não vou conseguir te ouvir quando estiver transformado!

Ainda muito confusa, Kagome pensava no que fazer, se ele perdesse o controle total e avançasse contra ela. Bem... O sangue youkai é despertado por adrenalina, em caso de sensação de perigo... A adrenalina que ele está sentindo ali agora não é por perigo, talvez ele não queira me matar.

Deu-lhe as costas e se foi em direção à terra, pisando com cuidado no solo escorregadio do rio. A Tessaiga estava ali, junto ao quimono vermelho. Talvez, se ele estivesse de posse da espada, o seu sangue youkai poderia ser...

— Kagome! — rugiu o hanyou, indo atrás dela e alcançando rapidamente. A cor âmbar dos seus olhos agora era verde e ele parecia perigoso, trazendo no rosto um sorriso que em nada parecia o habitual sorriso de Inuyasha. Kagome se assustou com as garras fortes em sua cintura. Olhou para trás, nervosa.

— Inuyasha... Por favor, me solte. Você consegue me ouv-Ohhhh!

De forma abrupta, o hanyou posicionou-se atrás dela, segurando-a possessivamente pela cintura e deslizando o falo duro e lambuzado de líquido pré-seminal entre suas pernas, enquanto gemia e lambia o lóbulo de sua orelha.

— Estou te ouvindo, minha Kagome, claro que estou te ouvindo... Ah, que delícia, toda melada, pronta para lambuzar meu pau!

— O quê?! N-não, amor, por favor, eu não estou pronta...

A jovem se viu encrencada. O hanyou agia por puro instinto e parecia não capaz de respeitar sua vontade. Era como se Inuyasha ficasse totalmente desconectado do superego e toda a sua personalidade se resumisse a um id irracional¹. Contudo, o atrito constante do pênis com sua vulva e clitóris não a deixavam raciocinar além disso.

Kagome se sentiu indefesa perante seu predador; sabia, inclusive, que as coisas poderiam piorar, mas não conseguia esconder que sentia prazer com tudo aquilo.

— Não está pronta para o pau duro do seu macho, Kagome? Eu te faço ficar pronta agora! — rosnou Inuyasha, enquanto a arrastava para a margem do rio, deitando-a de bruços sobre uma área com pouco gramado. Abriu-lhe as pernas com garras de ferro e a jovem gelou por completo. Será que ele a machucaria? Seria ele capaz de tomá-la à força?

— Eu adoro o cheiro do seu tesão, Kagome! — disse ele, enquanto cheirava sem pudor a intimidade úmida da jovem que tremia, deixando a ponta do nariz tocar aquela área sensível. — Preciso sentir o seu gosto! Vamos, se empine para mim — e ele se pôs a escorregar os lábios pelas virilhas dela, que não conteve um grito de susto e deleite. 

A forma como ele a segurava pelas coxas, deixando sua intimidade totalmente exposta, era meio desconfortável, mas Kagome não podia — e nem queria, não naquele instante — se esquivar.

Céus! Ele pode me destruir aqui a qualquer momento e tudo o que eu consigo sentir é prazer!

— Oh... I-Inuyasha, eu tenho vergonha... Não faça iss-AAAAAAAAAAAAAH!

A língua do agora youkai acabava de encontrar seu clitóris, que pulsava desesperadamente. Deslizava sem pressa em volta dele e agora o sugava; os toques eram repetidos seguindo essa sequência e Kagome se sentia prestes a morrer de desejo. O hanyou deu uma risada baixa e rouca que a fez estremecer.

— O seu gosto é perfeito! Eu poderia ficar aqui provando essa coisinha deliciosa pelo resto da vida.

— Amor... Eu...

— Vamos, empine esse traseiro para o seu macho.

Inuyasha agora arranhava os glúteos da jovem com os dentes. Gemia de forma imoral, ria das súplicas agoniadas da sacerdotisa, e, sem aviso, voltou a estimular-lhe com a língua, dizendo:

— Te lamber é muito bom, mas eu quero brincar de outra coisa, então... Goze bem gostoso para o seu macho.

Sem o mínimo traço da sua personalidade tímida, o hanyou se aventurou em deslizar a língua até a entrada vaginal de uma Kagome chorosa e ofegante e ali introduziu sua ponta. Outro grito. De satisfação. Então ele repetiu o gesto... De novo. E mais uma vez.

— Hummm. Que cheiro de tesão... Que coisa perfeita... Goze na minha boca, vai.

— Ah, I-Inuyasha! Eu... NÃO! Aí não...!

A língua agora brincava em volta de sua entrada traseira, fazendo a pobre sacerdotisa ficar muito constrangida, mas não menos excitada. Ignorando-a totalmente, Inuyasha continuou proporcionando a ela todo aquele prazer insólito.

— Aqui, sim, Kagome. É aqui que eu vou meter mais tarde, depois que você me retribuir esse prazer com essa sua boca maravilhosa.

— Oh, amor... Por favor, isso n... uhhh...!

A estimulação voltou para o pequeno botão que pulsava. Kagome estava entorpecida, não conseguia evitar os gemidos, a respiração opressa, o prazer violento e indecoroso. A audição incrível do youkai Inuyasha agora captava o som do sangue sendo bombeado dentro do corpo dela, o coração com seu pulsar acelerado, e o cheiro do muco que produzia com fartura. Inconscientemente, a jovem mexeu o quadril, indicando que queria ser tocada mais depressa.

— Isso, Kagome, isso... Rebole...

— Inuyasha, eu... Não aguento! Vou morrer! — gritou ela.

— Morrer? Não, ainda temos a noite inteira pela frente, eu... — sugou a intimidade da moça longamente; ela gritou de novo, ensandecida. — Eu vou te f**** de todas as maneiras possíveis, safada!

— Hãn? Oh, não... Não! Eu... INUYASHA!

Segundos depois, ela estremecia por completo, enquanto ele ria e diminuía a pressão nas garras em suas coxas. Seus lábios se abriram, emitindo um som gutural e alterado que ela mesma não reconheceu, enquanto tinha a sensação de ondas que iam e vinham de seu interior. Mas, antes que relaxasse, o hanyou a virou de frente para si e encostou o membro avantajado em seus lábios ofegantes. Kagome teve que pensar rápido. Não negaria aquele agrado ao seu amor, mas não queria que acontecesse daquela maneira — não com ele praticamente louco.

— Err... Amor... Deixa eu fazer... isso... lá na água?

— Aqui mesmo está bom, não dá para esperar mais não. Eu não consigo esperar.

— Por favor... Só para eu ficar mais à vontade...

A contragosto, Inuyasha pegou-a e levou-a para a água. A jovem, ainda mal conseguindo se manter de pé, disse:

— Vem mais para cá, amor...

— Aí o fluxo do rio é mais forte.

— Vem, Inu... Eu também não consigo mais esperar — disse ela, rindo levemente.

— Ahhh... Assim eu fico ainda mais tar-

Então, respirando fundo, Kagome exclamou:

— Me perdoe, Inuyasha... Osuwari!

O kotodama no nenju atirou o hanyou à água violentamente. Antes que ele conseguisse emergir, atordoado e furioso, ela gritou, nervosa:

Osuwari! Osuwari! Osuwari! Osuwari!

Por fim, Inuyasha se levantava da água, tossindo e arfando, desesperado por ar. Havia voltado ao normal.

— Mas... Mas que droga, Kagome! Por que você fez... Ei, o que aconteceu?

O hanyou se aproximou, boquiaberto, olhando para a sacerdotisa. Arranhões e vergões estavam espalhados pela cintura de Kagome, que o observava apreensiva.

— Amor, fique calmo...

— Que diabos é isso?! — exclamou ele, agora olhando para as costas da jovem. A região lombar, bem como seus glúteos, também estavam arranhados e avermelhados. — Kagome, por favor, me diga! O que foi que eu fiz?!

Ela olhou para a água, envergonhada.

— Amor... Você virou youkai e... Ficou um tanto... Insano, sabe? Por isso, fui obrigada a dizer aquela palavra.

Segurando-a pelos ombros, Inuyasha começou a farejar, procurando cheiro de sangue. E, para seu desespero, sentiu. Pálido como a morte, indagou:

— Você está sangrando, Kagome. Eu... Eu te forcei?!

— Não, é claro que não, amor! Eu não deixaria você chegar a tal ponto, de forma alguma.

— Do que está falando?

— Bem... Se você tentasse me forçar, e aquela palavrinha não funcionasse... Eu criaria uma barreira purificadora. Ela ainda é fraca, mas seria o suficiente para fazer você voltar ao normal.

Profundamente arrasado e impotente, o hanyou lhe deu as costas, saindo do rio. Kagome o seguiu, pegando de leve em sua mão, e se surpreendeu ao ver o noivo cortando o contato.

— Não encoste em mim! — gritou ele.

— Por que não? — questionou a jovem, assustada.

— Não quero! Chega! Eu poderia ter... Te violado... Te matado! — explodiu ele. — Eu não sou o cara certo para você, Kagome. Você... Você não vê?! Eu sou um perigo!

— Amor, se acalme! — exclamou ela, com os olhos marejados.

— EU SOU UM HANYOU INÚTIL! — berrou ele. — SÓ SIRVO PARA FERIR QUEM ME DÁ AMOR! NÃO PASSO DE UMA P**** DE HÍBRIDO DESCONTROLADO!

— CALE ESSA BOCA, INUYASHA! NADA DISSO É VERDADE!

— SAI DAQUI, KAGOME! ME DEIXE! VOCÊ NÃO MERECE UM HANYOU COMO...

OSUWARI!

Inuyasha foi atirado na terra. Ergueu-se de um salto, transtornado de raiva, mas logo se conteve ao ver sua querida chorando, ali, à sua frente.

— Como não quer que eu fique nervoso, maldita? Agora você está chorando por minha causa... de novo. Eu... só presto para te ferir. Não valho p**** nenhuma.

— Não seja idiota! — soluçou ela. — Eu te conheci sendo um híbrido, Inuyasha. E foi assim que eu te amei. Sei de tudo o que pode me acontecer se você se transformar em youkai!

— Então por que não desiste de mim, Kagome? — gritou ele.

— Porque nada disso pode destruir o meu amor por você, seu tapado!

E, mostrando a lateral do corpo a ele, apontou um arranhão mais profundo, que era de onde vinha o pequeno sangramento. A tensão nos ombros de Inuyasha diminuiu e ele não disfarçou um suspiro aliviado. Mas a dor ainda estava ali, presente nos seus olhos.

O medo e a frustração fizeram o coração do hanyou se partir.

Sensível à situação emocional do seu amado, Kagome se aproximou e o abraçou com toda a ternura que um abraço poderia oferecer. Então, lentamente, ele a abraçou de volta e ali ambos permaneceram ouvindo a batida dos seus corações, banhados pela luz da lua cheia.

Depois de algum tempo, Inuyasha pegou no queixo de Kagome e o ergueu gentilmente para admirá-la. Sem dúvida, ela era mais forte do que ele. Encostou vagarosamente os lábios nos dela, sentindo a textura macia e suave deles, enquanto aspirava o cheiro que ele tanto apreciava naquela jovem, corajosa e bela mulher.

Parecia tão recente o dia em que ele abrira os olhos, despertando do selo de Kikyou, e se deparara com a jovem Kagome à sua frente, fugindo da mulher centopeia, gritando, puxando os cabelos dele, agarrando a flecha purificadora e o libertando do encantamento...

De certa forma, era como se sua amada tivesse o poder de libertá-lo de todas as amarras.

— Kah...

Ela olhou para ele com os olhos ainda inchados pelo choro.

— É estranho isso... — murmurou ele.

— O que, meu amor?

— Quanto mais eu te amo, mais amor dentro de mim aparece.

A sacerdotisa sorriu para ele um sorriso que o derreteu por dentro. Ela o mantinha a salvo de si mesmo, e isso tão bom. Inuyasha se sentia realmente seguro na presença da jovem Kagome. Até seu lado youkai a reconhecia como sua fêmea e não como um inimigo a ser morto.

— Kagome, por que não me mandou 'sentar' quando viu que eu estava machucando a sua pele? — perguntou, intrigado. A moça corou até à raiz dos cabelos e desviou o olhar do dele.

— Ah, Inu... Eu... Eu não consegui prestar atenção nas suas garras, entende? Você não se lembra do que fez?

— Err... Estou me lembrando aos poucos... É confuso — respondeu Inuyasha, morto de vergonha. — Só me lembro com clareza do seu cheiro, que ficou mais forte... E... E do... S-seu gosto... E... Do som do seu coração batendo rápido... E...

— Certo, já entendi... Não precisa continuar, se não quiser.

O casal se sentou na grama.

— Mas é basicamente isso mesmo... E... — subitamente, ele fechou os olhos com força, desconcertado e dando um suspiro alto. — Oh, não, Kagome... Eu... Tive uma lembrança aqui que... — corou. — Acho que fiz algo indecente... com você... Fiz?

— Fez, amor — respondeu Kagome, rindo. — Algo muito indecente.

— E por que não me impediu, sua maluca?

— Eu seria maluca se tentasse impedi-lo — disse ela, olhando com um toque de malícia para ele. — Bem... Você já se lembra do que aconteceu. Se arrepende?

O hanyou, ainda abraçado a ela, baixou a cabeça, rubro e pensativo. Ergueu os olhos e a encarou, sorrindo matreiro.

— Eu seria um idiota se me arrependesse de ter te dado prazer, Kah. Só lamento de verdade por ter te arranhado.

Ambos continuavam vermelhos, mas agora seu olhar tinha cumplicidade. Inuyasha já não se sentia culpado. De repente, Kagome encostou a cabeça em seu ombro. Teve uma ideia, mas achou difícil expô-la olhando para seu querido; a forma youkai dele exigiu dela uma felação, coisa que nunca havia feito e que, só de pensar em executar, se sentia arder de pudor. Havia também o agravante de Inuyasha ser muito bem dotado e ela se atrapalhar feio com aquilo. Contudo, ela o queria bem, o amava — e ele satisfez um desejo seu, então... Por que não tentar retribuir...?

Ocultando o rosto, ela perguntou, em voz baixa:

— Inu... Você se lembra do que me pediu enquanto estava transformado?

— Eu te pedi algo? Não, eu não lembro de ter dito nada, só... sentido... muitas coisas. O que eu pedi?

Respirando fundo, a jovem disse:

— Você me pediu para retribuir o que me fez... Entende?

O hanyou ficou catatônico de tanta vergonha.

— Eu já estou ficando com medo dessas coisas que aconteceram enquanto estive transformado!

— Ei, amor, calma... Não é para tanto.

— Ah, é sim. Até parece que meu lado youkai me torna um tarado como o Miroku.

Desconfio que seja ainda pior do que Miroku, pensou ela, mas não falou isso.

— Inu... Não se torture tanto com essas coisas. Além do mais... — murmurou ela, vexada e divertida. — Um pouco de safadeza não é tão ruim quanto eu achava que fosse.

Orelhas se agitaram no topo da cabeça dele.

— Então você não achou ruim?

— De forma alguma — sorriu Kagome.

— Err... Então, você me faria... isso?

Faria, não. Faço. Na verdade, acho que já tem um tempinho que você está querendo, né? Tipo, alguém aí se animou desde que a gente se sentou aqui... — de fato, a ereção do hanyou era impossível de ser disfarçada.

— Oh... Kagome, não fale desse jeito. Eu fico maluco. Até parece que você me quer...

— E você ainda duvida disso?!

Inuyasha encostou a testa à dela.

— Kah... Eu... Estou realmente com vontade de fazer amor com você... Só que, se eu continuar com vergonha, você não vai me achar estúpido?

— Claro que não, amor. Fique à vontade comigo. Eu... Também estou com vergonha... Mas é com vergonha mesmo que a gente vai... vai...

— A gente vai se tornar um — completou ele, carinhoso.

— Isso... Seremos um — sussurrou ela, entregue, beijando-o.

O hanyou puxou Kagome e a acomodou sobre si, enquanto se beijavam apaixonadamente. Suspirou deliciado ao sentir a doçura dos lábios dela sobre seu pescoço, sobre seu tórax. Do nada, ela se levantou e se afastou, andando em direção ao rio, surpreendendo-o.

— Kah, o que foi?

— Isso — respondeu ela, perto da cerejeira, voltando com a Tessaiga nas mãos e a colocando ao lado de Inuyasha. — Só para garantir.

Ele riu, vermelho, enquanto ela voltava a se deitar sobre ele. Admirava Kagome e sua habilidade de deixá-lo mais calmo.

A sessão de beijos voltou a toda e o hanyou já sentia seu corpo fervilhando de desejo com aquilo. Quando os lábios de Kagome deslizaram perto de sua virilha, a sensação de ter algo se transformando dentro de si apareceu mais uma vez e ele, nervoso, pediu a ela para se afastar.

— Não, Inu. Não quero me afastar. Segure a Tessaiga.

A mão trêmula de Inuyasha alcançou o cabo da espada, enquanto ele se achava ridículo por ter que depender de uma espada para não perder a sanidade mental ao se excitar. Mas logo todos os pensamentos foram expulsos de sua cabeça ao sentir um toque quente, úmido e meio atrapalhado dos lábios da sacerdotisa sobre sua glande. Aquilo era fantástico.

— Hummm... K-Kagome, isso é...

A jovem ergueu a cabeça de entre as coxas do hanyou e questionou:

— Você está curtindo mesmo? Não dói não?

— Não dói de jeito nenhum, sua boca é tão... suave... Continue.

Cuidadosa, Kagome continuou a beijar a genitália do seu querido. Era estranho, ela se sentia envergonhada, mas, a cada gemido dele, se incentivava a prosseguir. O membro era realmente grande, espesso, livre de pelos e, apesar de toda a dureza, tinha uma superfície frágil; se ela não tivesse cuidado, poderia ferir aquela mucosa rosada. Sua mão o segurou pela base, e Inuyasha deu um pulinho.

— Doeu?

— N-não... Ah... Amor... Sua mão está... Muito seca — murmurou ele, mais corado do que nunca. — Ah, eu... HMMMMMMMMM!

Então, Kagome escorregou os lábios pela lateral do falo, entusiasmada com o gemido desvairado que acabava de ouvir. Com tudo devidamente úmido, ela o segurou mais uma vez, estimulando-o com a mão e os lábios, como se lhe beijasse a ponta, sem contudo se arriscar a sair daquela região e acabar se engasgando. Sentiu a mão grande do hanyou sendo colocada sobre sua cabeça e ele gemer de forma abandonada. Arriscou olhar para Inuyasha: havia jogado a cabeça para trás, rubro, segurando a Tessaiga com certo desespero. Ele sentiu a falta de seus lábios e olhou para baixo. As marcas youkais estavam presentes em seu rosto, os olhos vermelhos com as íris âmbares. Parcialmente transformado.

— Mais, Kah... — gemeu ele, com aquela voz rouca que estremecia o interior de Kagome. — Eu quero vê-la...

— O que, vai ficar... olhando?! — perguntou a sacerdotisa, assustada.

— Por favor... Eu... — a boca tímida voltou a tocá-lo e sugá-lo com cautela. — Isso! Minha Kagome! Mais... Para! PARA! — gritou Inuyasha, sentindo o ápice chegar e não querendo que Kagome recebesse seus fluidos. — PARA, EU NÃO QUERO TE SUJAR, KAGOME... KAGOME! AHHH, QUE... QUE...!

E, totalmente constrangido e também atordoado pelo orgasmo, Inuyasha constatou que Kagome havia engolido o que ele queria que ela engolisse, mas jamais admitiria tal coisa. Resmungou, tímido:

— Ah, amor. Por que não se afastou quando pedi...? Puxa... Isso é... Constrangedor...

— Isso não é nada demais, amor. Eu... Quis mostrar a você de uma vez por todas que aceito quem você é... — respondeu ela, carinhosa. — E isso não é algo para se ter nojo, é apenas um conjunto de espermatozoides misturados com líquido seminal e prostático...

— Para mim, isso continua sendo p**** — replicou ele, sem graça. A jovem riu de leve.

— Ah, quer saber? Eu nem estou com tanta vergonha assim mais, Kah! — e, sem aviso, Inuyasha se levantou e pegou-a nos braços, se atirando em seguida no rio. Instantes depois, ele saía de lá, ainda segurando a sacerdotisa no colo, e caminhando decidido até seu quimono. Surpreendendo Kagome, deitou-a sobre sua roupa, prostrando-se ao seu lado em seguida e acariciando seu rosto.

— Você deve estar com sono... — murmurou ele, ao que ela negou com um gesto de cabeça.

— Me beija, Inu?

— Sempre que você quiser — respondeu o hanyou, tocando seu rosto e cabelos enquanto a beijava.

Logo, a intensidade daquele namoro despretensioso se elevou e Inuyasha brincava com os lábios pelos mamilos de Kagome, enquanto tocava de um jeito sutil e superficial seu monte-de-vênus. Ele bem que gostaria de estimulá-la mais a fundo, mas já não conseguia encolher as garras como seu irmão o havia ensinado. O sangue youkai ainda estava manifesto, mas ele se continha ao máximo; não queria feri-la de forma alguma.

Por sua vez, Kagome se desfazia em desejo pelo seu querido e suspirava, gemia, chamava por ele, ansiosa. Os beijos dele tinham o poder de lhe roubar a racionalidade; os afagos nos seios, na intimidade, tudo a fazia delirar. Seu corpo clamava pelo de Inuyasha e, enfim, ele a ouviu exclamar, ofegante:

— Amor... Eu quero você agora... Vem!

— Tem certeza?

— Tenho... Vem, eu quero ser sua... Mesmo que vá doer...

— Fico com medo de machucar você...

— Talvez machuque um pouco, mas eu confio em você, amor.

O hanyou deitou-se sobre ela, cuidando para não soltar o peso do corpo.

— Kah... Aconteça o que acontecer, não se esqueça de que eu a amo muito.

— Por que fala assim, Inu? — perguntou Kagome.

— Ah... Sei lá, estou tão nervoso. E esse maldito sangue youkai...

— Ei, está tudo bem... Vem, me beije mais um pouco.

Logo a língua de Inuyasha se encontrava com a da jovem em mais um beijo molhado, quente e carinhoso. Sem demora, os corpos começaram a se conectar, tendo ele a precaução de manter a Tessaiga ali, bem ao alcance de sua mão. Kagome sentiu uma leve ardência enquanto o membro a invadia, aos poucos. Notando o corpo menor se tensionando e captando um cheiro levíssimo de sangue, o hanyou se deteve, assustado.

— Dói, amor?

— Dá para suportar, meu bem, continue... Só não vá mais fundo.

Realmente incomodava, mas Kagome tinha uma boa resistência à dor que, sem demora, foi diminuindo. Ouvir os gemidos do noivo sobre si, seu olhar faminto, e até a empolgação da perda da virgindade trouxeram prazer à sacerdotisa. Contudo, Inuyasha se pôs a arremeter contra ela com mais vigor e levou um susto ao ver os olhos dela se enchendo de lágrimas. O pênis alcançara o colo do útero com força.

— Está doendo muito agora! — murmurou ela, prestes a cair em prantos.

— Mas, amor... Já estou dentro de você.

— E-eu sei, mas... ele está me magoando por dentro!

Foi o jeito pararem tudo. Desanimado, Inuyasha deitou-se ao lado de Kagome, que procurava reaver a calma respirando profundamente. De repente, ele deu um tapa na própria testa, exclamando:

— Maldição, eu sou um idiota mesmo!

— Ei, por que está dizendo isso? Ei... Inuyasha?! O que... — e Kagome foi calada por um beijo voraz do hanyou, que agora se posicionava atrás dela.

— Bem que Miroku tinha me avisado...

— Hum? Como assim, Inu? Do que você... Ohhh...

A mão do hanyou voltou a tocar-lhe o seio, enquanto ele lhe beijava a nuca. Sussurrou no ouvido dela:

— Kah... Se você não quiser mais, eu vou entender... Mas me deixe tentar de novo. Não vou machucá-la.

— Mas, amor, de que jeito não vai machucar?

— Do jeito que o Miroku disse... De lado e por trás. Deixa...

— Agora eu fiquei realmente com medo, Inu.

— Olha, eu prometo que, se doer daquele jeito de novo, você pode me mandar 'sentar' até quebrar meu pescoço, certo?

Kagome, mesmo receosa, não conseguiu evitar uma risada.

— Confio em você, meu bem.

Inuyasha, então, indicou a ela como deveria posicionar a perna e a penetrou novamente, devagar e cauteloso. Não doía mais daquela forma latente e Kagome relaxou, logo sentindo que o prazer aos poucos se aproximava. Ouviu os rosnados do hanyou, que disse com certa ansiedade:

— K-Kah... Me dá a Tessaiga.

A jovem estendeu a mão e pegou a espada, ao passo que ele colocou o braço estendido sob a sua cabeça e segurou firmemente o cabo. Kagome resolveu segurar-lhe a mão, motivando-o.

— Dói, amor?

— Muito pouco, Inu, agora eu só consigo prestar atenção em você me possuindo... — murmurou ela, se arriscando a se mover contra ele. Os gemidos e suspiros continuaram. — Ah... Por favor, amor... Eu adoro ouvir sua voz...

— Ahhh, Kagome... — gemeu ele, longamente, provocando um suspiro na jovem. — Já posso parar de fingir que controlei o sangue youkai? Posso me soltar mesmo?

Imediatamente, Kagome olhou para trás. As marcas estavam ali, os olhos permaneciam vermelhos, mas a íris continuava a mesma. Ele não estava descontrolado como no início de tudo.

— Pode! Faça o que quiser, meu... Meu amor... Meu macho — disse ela, maliciosa, levando-o a rir.

Então, Inuyasha deslizou a língua pelo pescoço e orelha da sacerdotisa, enquanto se permitia gemer e rosnar à vontade. Puxou a perna de Kagome e a colocou sobre as suas, pousando a mão sobre seu abdome e a invadindo mais livremente.

— Kagome, que delícia é o seu corpo! — exclamava ele, já sem medo algum. — A melhor coisa que poderia ter me acontecido é eu poder, finalmente, dar prazer a você!

A moça ficou desnorteada com a desordem de sensações prazerosas que lhe invadiam a cada estocada do hanyou dentro de si. Agora seu mamilo ereto era tocado mais uma vez e ela sentia vontade de gritar de luxúria.

— Goze para o seu macho, minha fêmea deliciosa! — gritou ele, sentindo uma pressão intensa no baixo ventre, e gemendo enlouquecido devido à impetuosidade do orgasmo. 

Vendo que Kagome ainda não obtivera o mesmo contentamento, rapidamente se lançou entre as suas pernas, deslizando língua e lábios pela vulva da jovem que acabou gritando de tanto prazer que sentia. As carícias íntimas e lascivas continuaram até que a voz embargada de Kagome ecoou no local:

— Ai! Amor! A-AMOR! — e desatou em soluços, misturados ao riso e aos tremores convulsos do ventre. Logo o corpo grande e musculoso do hanyou a amparava, preocupado.

— Kah, por que você está chorando? — indagou ele, os olhos já não mais vermelhos, mas ainda com as marcas youkais. — E rindo também... O que foi?

— Oh, oh... Inu... Eu... Não sei... — arquejou ela, exausta. — Tão lindo... Te amo... — bocejou.

Inuyasha olhou emocionado para ela, enquanto pegava em seu rosto.

— Eu também te amo, Kah. Vem, levanta. Vamos nos lavar, eu vou te levar embora.

Com certa dificuldade devido ao tremor das pernas, a moça tomou mais um banho, junto com seu amado, e se vestiram ambos. Sem palavras, Inuyasha a tomou nos braços. E, vencida pelo cansaço extremo, Kagome adormeceu em seu colo. Lentamente, ele começou a andar em direção à casa grande, carregando seu tesouro em forma de mulher.

Antes, porém, deu uma olhada para o céu estrelado e para a lua cheia. Uma lágrima rolou por seu rosto, enquanto ele sussurrou para as alturas:

— Eu agora sou um hanyou realizado, mãe!

 

ѼѼѼ

 

¹ - O id é um termo da psicanálise relacionado a uma das estruturas da psique humana. Segundo Freud, o id não faz planos, não espera, busca uma solução imediata para as tensões, não aceita frustrações e não conhece inibição. Ele não tem contato com a realidade, e uma satisfação na fantasia pode ter o mesmo efeito de atingir o objetivo através de uma ação concreta. O id desconhece juízo, lógica, valores, ética ou moral, sendo exigente, impulsivo, cego, irracional, antissocial, egoísta e dirigido ao prazer.


Notas Finais


Mauro Eduardo, o dublador de Inuyasha e Gai Kuroki, o Rei Yasha da série Shurato: https://www.youtube.com/watch?v=fxsRjIDg25Q

Então é isso, galera. Que venham as opiniões. Estou aberta a críticas, desde que construtivas, e algum eventual elogio também, hehe.

Agora me deem licença, a louça suja está me esperando.

Abração, gente bonita!

~TheOkaasan


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