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História Vulneráveis (hiatus) - Os totens de flores de Kagome


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

No capítulo anterior, Sesshoumaru se divide entre o desejo por Rin e sua timidez incômoda. Inuyasha vai até a era moderna comunicar o casamento à sua futura sogra e Miroku tem uma estranha visão com Naraku, Inuyasha e mais dois guerreiros estranhos.

Perdoem eventuais erros e os palavrões cabeludos do Miroku.

A imagem do Sesshoucurioso com uma camisinha foi editada por mim, mas não me pertence. Créditos ao artista.

Boa leitura!

Capítulo 33 - Os totens de flores de Kagome


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - Os totens de flores de Kagome

 

ѼѼѼ

 

Que visão estranha... Eu vi Naraku sendo morto, e Kagome-sama o viu preso dentro da Joia... Impossível ele ter ressuscitado... Que tipo de deusa seria Shiva?

Pensamentos como esse pairavam na mente de Miroku, cuja boca faminta beijava e sugava os grandes lábios e a área perineal de Sango, naquela madrugada — ele se ajoelhara no chão e acomodara as longas pernas da moça nua sobre seus ombros, enquanto ela se mantinha parcialmente sentada, sustentando o peso do corpo nos cotovelos. O rapaz, ocasionalmente, parava o que estava fazendo para olhar o rosto vermelho da esposa, iluminado parcamente pela lamparina do quarto. Não conseguia evitar o sorriso ao ver o desespero dela.

Evidentemente, não viu que um pequeno pisco-do-peito-ruivo estivera pousado sobre o telhado de seu quarto há um quarto de hora antes e, agora, alçava voo.

Naraku era arrogante demais, jamais pediria ajuda a alguém, ainda que de forma indireta. A alma dele deve estar perdida por aí, por causa das maldades que ele cometeu. Acho que essa visão deve ter sido um alerta meio simbólico... Será que Kaede-sama, que deve entender melhor sobre espíritos, poderia me ajudar a compreender?

Agora a ponta da língua dele ia de encontro ao clitóris da exterminadora, rodeando-o devagar, enquanto ouvia seus arroubos de prazer, ainda mais lânguidos quando ele começou a dar leves batidinhas no local com a polpa do dedo médio. Miroku a encarou; seu olhar luxurioso fora o bastante para que Sango experimentasse uma vertigem de excitação e ofegasse agoniada. Diferentemente dos outros momentos do casal, aquela intensa sessão de carícias transcorria sem palavras, já que Miroku estava ligeiramente distraído, apesar de excitado. O monge se pôs a dar selinhos pela genitália da mulher, pretendendo prolongar aquela visão, para ele, primorosa — sua Sango, tão ponderada e contida, se dobrando aos caprichos sensuais que ele lhe oferecia. Logo, o pequeno botão sensível era sugado mais uma vez e Miroku gemia contra aquela mucosa delicada, satisfeitíssimo com o pequeno escândalo da esposa.

Ele adorava ouvi-la perdendo o controle e a compostura ao gemer alto e às vezes gritar o nome dele, como acontecia naquele instante. Contudo, sua mente estava com um intenso tráfego de pensamentos, o que o levava a, ocasionalmente, perder o foco na relação íntima com sua exterminadora.

Inu é Shura, eu sou Yasha... Ligados pelo destino, como diz Gai-sama. Aquele outro Hachibushu loiro me perguntou se eu sabia o que deveria fazer pelo Inu, eu disse que sim, só que... Eu não sei, não sei! O que devo fazer por ele? E aqueles dois guerreiros me são tão familiares, será que eu já os vi em algum outro lugar?

Miroku se colocou de pé, cuidando antes de tirar as pernas da exterminadora de sobre si, e as puxou, aproximando bem o quadril dela do seu, preparando-se para entrar no corpo alvoroçado. Não esperava, entretanto, que Sango o puxasse com certa força para cima da cama e, habilmente, subjugasse o rapaz entre seus joelhos, com fogo no olhar e um timbre divertido na voz sussurrada.

— Ainda não, houshi-sama.

— Ainda não? Hummm... — fez ele, provocante. — O que você quer que eu te faça, minha deusa?

Sango hesitou por um momento e respondeu olhando para o seu pomo-de-adão. Seduzir não era tão fácil e ela agora se achava absurdamente rubra.

— V-você não é calado assim...

— Oh, é isso... — disse ele, sorridente, se erguendo sobre os cotovelos. — Você quer ouvir o monge pervertido, que te deixa com a xota meladinha de tesão ao te chamar de safada...?

A exterminadora estremeceu, invadida por ondas de prazer que se avolumavam em seu ventre; Miroku riu, enquanto aproximava o rosto do seio dela.

— Me perdoe, eu havia me esquecido de que você adora ser chamada de safada enquanto te chupo... — o lábio deslizou pela aréola escura e Sango arfou. — Gostosa...

A mão esquerda do monge foi até o sexo muito úmido da jovem e o bolinou de forma delicada e superficial, apenas para aumentar-lhe a ânsia. Sango, que se encontrava com as pernas separadas em volta do quadril do marido, fechou os olhos com força, gemendo alto.

— C-Céus... Ah, Miroku... Não me provoque!

— Mais, safada, mais. Se solte. Eu sei que você está louca para sentir meu cacete duro te f******.

— ...

Os lábios por fim se fecharam em volta do mamilo escuro. A jovem gemeu aflita.

Adoro quando Sango fica assim, tão entregue, tão tarada... Mas estou preocupado. Vou ter uma conversa séria com Inuyasha amanhã. Depois do casamento, irei ver meu mestre de novo, ele vai ter alguma resposta concreta sobre... Ah, ela está puxando meu cabelo, me chamando e se esfregando em minha mão. Sango é tão gostosa... E... O Inu, ele deve se lembrar de alguma coisa, não é possível. Se eu pudesse falar com Gai-sama mais uma vez, sem ter que meditar e...

— Ohh... Chega! Excelência... Agora quem vai te torturar sou eu!

E Sango, dizendo isso, empurrou o marido meio distraído contra a cama sem muita gentileza e, abrindo-lhe as coxas, se pôs a tocar a bolsa escrotal com os lábios bem úmidos. Surpreso e desatinado de desejo, o rapaz ergueu o quadril, mas foi detido por ela, que, propositadamente, esquecia de dar atenção ao órgão duro e ansioso diante de si e acariciava a virilha e os testículos com seus beijos e sucções sutis.

A mente do monge Miroku finalmente parou de divagar. E de raciocinar também.

— Ohh... Meu bem, comece logo... Não fique brincando, amor... — pediu ele, murmurando ofegante.

— Brincando, eu? — respondeu ela, no mesmo tom de voz. — Nunca estive tão séria na vida, excelência — concluiu, com os lábios quase a encostar no sexo inchado à sua frente.

Sentir o ar expelido pela esposa naquela região o deixou em franca agonia, já que ela o mantinha parado, segurando seu quadril contra a cama firmemente.

— Sango, n-não me provoque... Como v-você é maligna...

— Aqui se faz, aqui se paga! — rebateu ela, que agora distribuía selinhos pela extensão do falo, desesperando Miroku. — Por que não me pede?

— P****, Sango... Chupa logo esse c******... — suplicou o monge lívido, a voz já um tanto aguda.

— Tsc. Que deselegante... — disse a exterminadora, fingindo desinteresse.

— Por f-favor, meu benzinho! Meu anjo, minha tennyo! Por favor!!!

Sango se afastou ligeiramente para encarar o marido, que, no momento, estava bastante perturbado.

— Me convença, houshi-sama.

— Minha deusa, meu amor, minha rainha! POR FAVOR, vem me chupar de uma vez, p****! Eu te imploro por Buda, por Tsukiyomi, por Vishnu! Por Osíris, por Oxumaré! Vem! Por Zeus, por Poseidon, por... Por Iansã!!! — exclamou ele, em alta voz, enquanto Sango não resistia e ria ao ouvir aquela sucessão de nomes de divindades, antes de abocanhar e sugar sua glande sem prévio aviso, levando-o a gritar alucinado. — Por Ártemis, por ATENAAAAAAAA! AH, SANGO! ISSO! SAFADA! ME CHUPA TODO COM ESSA BOQUINHA MARAVILHOSA, C******! EU TE AMO! UAU! P*** QUE PARIU!

Miroku se revolcava no leito, escravizado pelo intenso deleite que experimentava pelos lábios de sua amada, que, entre constrangida, divertida e arrebatada por tamanha demonstração de excitação, pensava consigo: “Ah, Miroku, o que você tem de fogoso, tem de indiscreto! Provavelmente amanhã metade do vilarejo estará sabendo o que fizemos hoje...”.

Contudo, a jovem relaxou. Era constrangedor ouvir aquela saraivada de palavras chulas, mas ela gostava. Amava muito seu marido escandaloso e safado e via que aquilo nada mais era do que a forma dele expressar seu grande contentamento.

E tomara que todos os deuses que você invocou não levem em conta essa blasfêmia!

 

ѼѼѼ

 

A algumas léguas dali, o pequeno pisco voava entre copas e mais copas de árvores, procurando seu estranho amigo de longos cachos.

 

ѼѼѼ

 

Sentado em um gramado verde, Kuuya meditava junto com Lakshu e Shurato, que foram até sua casa, que era razoavelmente próxima do vilarejo onde a jovem sucessora da deusa Vishnu nascera. Tentava se concentrar, mas, excepcionalmente, naquele dia ele não estava conseguindo. Sua inquietude atraiu a atenção do casal.

— Qual é o problema, Kuuya? Você não se desliga — perguntou Shurato.

— O que está te preocupando? — indagou a mocinha.

Kuuya suspirou desanimado.

— Sinto que há algo que não se encaixa nessa história envolvendo os guardiões da Terra.

— Como assim?

— Oh... — fez ele, abrindo os olhos. Os dois o encararam atentamente.

— Eu preciso encontrar dois homens que sejam próximos ao Rei Shura e ao Rei Yasha. Eles, os quatro, deverão ser unidos por um forte laço de amizade, para que a Mandala funcione e eles tenham condições de pelejar contra o servo de Shiva.

— E eles têm esses amigos? — perguntou o rapaz.

— Aí é que está, meus caros. Eles têm dois indivíduos que estão próximos, bem próximos a eles, já lutaram juntos e são fortes. Porém...

— Porém o que? — indagou Lakshu.

— Eles NÃO são amigos entre si. E são dois youkais!

— E agora?!

Kuuya se levantou de onde estava sentado com sua deusa e seu companheiro de batalhas. Olhou para o céu azul.

— Eles precisariam ser verdadeiramente unidos, como nós somos aqui no mundo celestial. Há muitas rixas e ressentimentos antigos nos corações deles, em particular, nos dos dois youkais. Um deles, inclusive, é o temido daiyoukai Sesshoumaru, que eu pretendi selar há algum tempo atrás, devido à sua inclemência para com a raça humana.

— Eu me lembro disso, Kuuya — afirmou a jovem. — O demônio que se apaixonou por uma garota humana.

— O irmão do Inuyasha? — perguntou Shurato, levando Kuuya a olhá-lo surpreso.

Irmão?!

— Sim, ué. Eles são irmãos. Gai me contou que aquele tapado disse ter um irmão daiyoukai que não gostava de humanos, mas que, agora, iria se casar com uma humana. Eles brigam demais. Há mais daiyoukais em Edo?

— Não tenho certeza, Shurato, mas creio que não...

— E quem é o outro youkai, Kuuya? — inquiriu Lakshu.

— Um youkai lobo que lidera dois clãs, chamado Kouga. Nenhum dos outros três se dá muito bem com ele. Aliás, ele só convive bem com seus lobos. É arrogante e difícil de lidar, apesar de ser muito leal e corajoso.

E, suspirando, concluiu:

— Assim fica impossível. Se não houver união entre os quatro, não há como lutarem contra Shiva. Morrerão todos!

 

ѼѼѼ

 

Kagome acordou cedo e, após fazer sua higiene matinal, pegou o invólucro com o arco novo e as katanas e perguntou à velha Kaede, que estava sentada do lado de fora do casebre, se esta precisaria de sua ajuda.

— Não, minha querida. Você quer consagrar as espadas, não é?

— Sim, vovó. Preciso disso — respondeu ela, após abraçar a sacerdotisa. No ombro esquerdo, a aljava. Na mão direita, os copos-de-leite multicoloridos dados por Kouga.

— E essas flores?

— É para uma experiência espiritual. Kouga-kun tentou me enganar dizendo que elas eram mágicas, mas serão bem úteis para o que pretendo fazer.

Kaede a olhava com interesse.

— Estou curiosa, Kagome. Pode me contar a sua ideia?

— Como vê, tenho nove copos-de-leite aqui — mostrou ela. — Quero fazer de cada um deles uma espécie de totem para meus amigos. Aí, sempre que eles não estiverem por perto, vou rezar sobre as flores, para que os deuses os protejam, onde quer que eles estejam.

— Nove? Você tem mais amigos, não?

— Sim, tenho. Só que estes nove são os mais próximos a mim, e os que estão mais sujeitos a riscos. A senhora faz parte do grupo.

— Fico feliz ao ver o quanto você é inteligente e bondosa, minha querida. Está de parabéns — afirmou Kaede, sorrindo com aprovação e fazendo com que a jovem se sentisse orgulhosa.

— Muito obrigada — respondeu a moça, fazendo uma pequena reverência. — Agora preciso ir, vovó. Não vou demorar muito.

— Boa sorte.

E Kagome se foi, andando sem pressa até a antiga floresta de Inuyasha. Seguia para um destino certo: a Goshinboku, que tinha para si um imenso significado. Aquela árvore era verdadeiramente sagrada para a jovem, que cumprimentava lavradores pelo caminho.

Avistou uma pilha de troncos no chão de uma área ampla, que ficava praticamente no centro do vilarejo — ali seu amado, em conjunto com alguns aldeões, ergueria um largo quiosque, onde seu tão esperado matrimônio seria realizado. Sorriu.

— Tomara que as flores não morram. O chão daqui é um tanto seco... — murmurou.

Prosseguindo para a floresta, a jovem sacerdotisa pensava em seu noivo e em seus amigos, relembrando a diversidade de situações adversas que enfrentaram durante a caçada a Naraku e aos fragmentos da Joia. No momento, eles viviam uma relativa paz, enfrentando um ou outro youkai inferior e, de vez em quando, bandidos humanos. Aproximadamente vinte minutos depois, ela se deparou com a árvore sagrada. O local onde a tragédia e o amor se mesclavam em suas memórias.

Apesar da quietude do local, a jovem se arrepiou, subitamente, e ficou apreensiva. Kagome se sentiu ameaçada por algo inominável, que ela não conseguia discernir. Ajoelhou-se, atenta, diante da Goshinboku e rezou, pedindo proteção a Kami-sama. Mas nada apareceu e aquela sensação de perigo se fora, tão subitamente quanto viera. Então, a garota se ergueu e, olhando mais adiante da árvore, havia um pequeno brejo. A terra úmida das extremidades serviria bem para o plantio dos rizomas, que, felizmente, não haviam sido arrancados pelo príncipe dos youkais lobos.

A jovem, então, se agachou e cavoucou a terra com a ponta da katana que escolhera para si (ela pedira quatro para Toutousai). Pegou o copo-de-leite vermelho e o levou ao peito, fazendo uma breve prece em favor de seu amado hanyou, e depositou ali a flor, cuidando para não encher demais de terra os bulbos.

— Nunca pensei que iria repetir aquela atividade de Botânica da escola dessa forma — comentou consigo mesma, aspirando o cheiro característico e agradável de terra molhada.

Na sequência, Kagome dedicou o copo-de-leite seguinte, que era laranja, a Kaede. Três eram roxos com espádices amarelos, e ela os dedicou a Sango, Miroku e Rin. Um menorzinho, totalmente amarelo, para Shippou. Dois roxos com bordas brancas para Sesshoumaru e Kouga e um totalmente rosa para Ayame. Satisfeita, Kagome projetou houriki sobre as plantas, criando uma barreira simples, mas que espantaria insetos e youkais pequenos. Ergueu-se, enfim, e bateu palmas, feliz.

— Que lindo ficou meu jardinzinho de totens! Kami-sama, proteja meus amigos!

Um ruído a fez se sobressaltar e ficar à espreita. Kagome estava sendo observada.

Concentrou-se.

Após muito praticar, a jovem agora conseguia detectar a presença de youki e houriki através de seu poder de sacerdotisa. Então, aos poucos ela relaxava os ombros tensos e dizia, despreocupada:

Osuwari.

— AAAAARGH! — gritava Inuyasha, se esborrachando no solo duro e se levantando enfurecido, a uns dez metros de distância da jovem. Ele estava sobre o galho de uma árvore, observando-a, quando fora descoberto. — Que merda, Kagome! Por que fez isso?

— E você, por que me assustou, idiota? — rebateu ela, contrariada, indo ao seu encontro.

— Fui te procurar na casa da velha Kaede, não te encontrei e minha intuição me disse que você estaria aqui perto da Goshinboku! Só que você estava rezando e não quis te interromper! Como soube que era eu, maldita?!

— Eu já te expliquei! A sua energia sinistra é diferente de todas as outras.

— É por que eu sou híbrido? — inquiriu ele, incomodado. Kagome suspirou fundo.

— Você sabe que não, Inu. Jinenji também é hanyou, e o youki dele é bem diferente do seu. Mas...

O boné preto estava meio amarfanhado sobre a cabeça do noivo. Na mão, uma sacola colorida.

— Inuyasha, você foi à minha casa?!

— Keh! Fui! — respondeu ele, olhando para o lado, corado. — Tive que ir, ora. Fui ver Kazuko.

A jovem o olhou muito surpresa.

— Você... Você foi falar com minha mãe?!

— Fui, sua retardada! Aquele maldito Sesshoumaru me d-disse que é isso que um homem de honra faz! — disse Inuyasha, nervoso e agressivo. Kagome sabia que aquilo era resultado de sua forte timidez. — Eu f-fui falar com ela que vamos nos casar e que eu me comprometo a te fazer feliz, mesmo que eu... Você sabe... Seja um hanyou marceneiro, pobre e todo fod... Lascado, já que você não gosta que eu diga do outro jeito...

Kagome estava sem palavras, olhando boquiaberta para o hanyou que desatou a falar rapidamente, atropelando as frases:

— Mas f***-se, nada disso importa! Eu sou forte, vou trabalhar duro para dar uma vida digna e muito boa para você! Expliquei isso à sua mãe para ela não se preocupar. Você não vai passar fome, nem frio! E também não vou mais magoar seu coração como antigamente...

— A-amor... — balbuciou ela, olhos brilhantes de emoção. Ainda arrebatado pelas próprias palavras, Inuyasha pegou a mãozinha de Kagome entre as suas mãos trêmulas, com os olhos âmbares destilando paixão.

— E eu ainda vou achar uma forma de te marcar sem te machucar, entendeu? Vamos morar em uma casinha pequena, mas confortável, onde poderemos fazer amor com as janelas abertas nas noites de lua cheia, como naquele dia... — sorriu timidamente, as orelhas agitadas sob o boné. — E, com o tempo, farei mais cômodos, e veremos crescer nossos filhos hanyous que eu já amo mesmo antes de nascerem... E eu vou sempre trazer hibiscos amarelos para botar no seu cabelo e...

— Inuyasha... — chamou a sacerdotisa, com os olhos marejados.

— O que, Kah? Por que seus olhos estão cheios de lágrimas? O que acontec-

E ele enfim se calou, ao ser beijado apaixonadamente por Kagome. Havia intensa carga de sentimento nos lábios que se tocavam e logo o hanyou entendia que ir à era moderna visitar a sogra fora a decisão mais correta que ele havia tomado.

Alguns minutos de beijos e ardorosas juras de amor se passaram e o casal, então, se dirigiu para fora da floresta. A jovem explicou ao cético Inuyasha, pacientemente, o propósito de estar ali, plantando os belos copos-de-leite. Vendo, contudo, que o hanyou pareceu ficar ressentido ao ver a aljava com o arco novo e as katanas, oriundos do canino de Sesshoumaru, ela decidiu que iria consagrá-los em outra ocasião.

Antes de saírem da floresta, Kagome perguntou o que tinha na sacola.

— Sua mãe disse que tem algumas coisas para mandar para você, mas isso aqui era muito necessário. Ela mandou outra bolsa com roupas para o frio e obentôs para nós dois. Essa aqui, ela disse que era de itens de marfácia...

Farmácia, Inu. O que será que mamãe compr-

Abrindo a sacola, a moça ficou embasbacada ao ver, junto a shampoos e condicionares, cartelas de antitérmicos e analgésicos, dois tubos de lubrificante íntimo e uma dúzia de preservativos masculinos de látex.

Eu não acredito que minha mãe fez isso!

O hanyou, ingenuamente, continuava olhando para tudo aquilo descontraído.

— O que são essas coisas quadradas brilhantes? São remédios? — perguntou ele, apontando para os preservativos.

— Err... Bem, amor, isso... Isso...

— E essa garrafa verde? — indagou Inuyasha, já retirando um condicionador da sacola. — Tem cheiro de doce, de chiclete...

— Tem um cheiro irritantemente doce — soou uma grave voz atrás deles, assustando-os.

Sesshoumaru aparecera quase que imperceptivelmente na pequena estrada de pedregulhos. A sorridente Rin estava ao seu lado; fez uma reverência para o hanyou e correu para abraçar Kagome.

— Sesshoumaru! Maldito! Por que apareceu assim? — esbravejou Inuyasha, irritado por não ter notado o irmão se aproximando com a mocinha.

— Nem vou responder — rebateu o outro, com arrogância. Em segundos, meteu a mão na sacola que estava com Kagome, levando-a a exclamar desesperada:

Onii-san, não! Passe isso para cá!

Um olhar homicida a fez baixar o tom de voz, mas não parar de pedir o tubo de lubrificante de volta. O youkai branco o analisava com o cenho franzido:

— “Lubrificante íntimo”... O que vem a ser isso?

— “Condicionador de erva-doce”? — indagou Rin, que também metera a mão na sacola. — Cheirinho gostoso, só meio forte, Kagome-chan. Você usa isso no seu cabelo?

— Me devolvam, por favor... — choramingou a sacerdotisa, que não queria ter que explicar nada em público.

Entretanto, Kagome não estava preparada para ouvir um barulho peculiar, olhar para o lado e ver que Inuyasha abrira um dos pacotes de preservativos e, curioso como sempre, conseguira desenrolar o objeto. No momento, ele soprava com força dentro do preservativo, enchendo-o como uma bexiga e atraindo a atenção de Sesshoumaru. Rin agora lia a bula de um anti-inflamatório.

— Kagome, para que sua mãe mandou esse balão esquisito para nós? Não é para decorar a cerimônia, né? Ele é feio... — perguntou Inuyasha, olhando o objeto de todos os ângulos. Seu irmão, porém, fez um muxoxo.

— Será possível que até para encher um balão pequeno como esse você é lerdo, estúpido?

— De que está falando, maldito? Eu o enchi rapidamente!

Sesshoumaru pegou mais uma camisinha dentro da sacola e rasgava a embalagem, se pondo a assoprar dentro do objeto.

Kagome, praticamente cianótica, sentiu vontade de morrer.

— Eu levei metade do tempo que você para encher este balão, seu lerdo — afirmou o youkai, altivo, erguendo a camisinha cheia de ar. — E, raios, isso tem um gosto horroroso!

— Keh! Maldito! Não valeu, eu não sabia abrir a embalagem dessa merda! — reclamou o caçula, já pescando outra camisinha e rasgando a embalagem; se deteve para ler o invólucro antes. — Como é... “Sabor e aroma de morango”?

— Este diz que tem sabor e aroma de menta — comentou o youkai, com mais um preservativo nas mãos.

Rin, que até então, estava olhando as embalagens dos produtos capilares e os medicamentos, voltou sua atenção para os preservativos também, já que seu noivo tinha um sobre os lábios, enchendo-o e olhando para Inuyasha de forma desafiadora. O hanyou fazia o mesmo. Logo resmungava um palavrão.

— Keh! Perdi de novo! Esse c****** é muito ruim de encher!

— Sem palavrões perto de mim, seu impudico!

— Kagome-sama, eu também posso brincar com isso? — perguntava Rin a uma catatônica Kagome. — Aliás, o que são estas coisas? Eu não entendi. “Preservativo lubrificado de látex com sabor e aroma de uva”...

— Pode, minha Rin — afirmou Sesshoumaru, fechando mais uma camisinha com ar pelo anel espesso de látex. — Eu deixo.

E o youkai entregou o objeto para a noiva, que o olhava curiosa. Kagome continuava inerte, olhos e boca abertos, vendo os três manipulando daquela forma os preservativos. Súbito, ouviram passos lentos e uma voz grave que cantarolava se aproximando:

— ‘Bamboreo’ djobi, ‘bamboreo’ djoba, así se canta la rumba... — Miroku parou de cantar e olhou curioso para a atividade dos três e confuso para a expressão derrotada de Kagome. — Err... Bom dia.

— Bom dia, houshi-sama. Sesshoumaru-sama, me ajuda? — disse Rin.

— Assim não vale! — resmungou Inuyasha. — Se estamos disputando, você tem que encher sozinha!

— Eu vou encher para ela! — rebateu Sesshoumaru, pegando a camisinha das mãos da jovem. — A disputa é entre nós dois!

— Também quero brincar! — afirmou Rin.

— Mas não estamos brincando e sim disputando, minha Rin...

O monge se aproximou da sacerdotisa e perguntou baixinho:

— Você está bem, Kagome-sama? Parece abatida. Eles tomaram todas as suas camisinhas para brincar de encher, não é?

— Ei, espera aí, Miroku-sama! Você sabe o que é uma camisinha?! — inquiriu a moça, sussurrando, ainda mais espantada, olhando para o semblante sereno do amigo. Ouviram Rin pedindo um “balão de chocolate”.

— Sei, claro. Tem um texto bem detalhado com imagens dessa coisa, em uma das revistas que você trouxe para Sango-chan. Parece útil, mas não creio que seja confortável. Pode ficar tranquila — sorriu ele, vendo que ela estava ainda pior — eu não vou dizer nada a eles. Vamos fazer de conta que são balões mesmo, como os que você traz para Shippou-chan. Não vou envergonhá-la.

— O-obrigada, Miroku...

— Disponha — afirmou o monge, tocando o ombro de Kagome e se afastando em seguida, espantado. Sentira uma estranha descarga de energia na mão. — Uii...! Kagome-sama?!

— Ai! O que foi isso? — fez ela, se encolhendo. O toque do monge lhe causou uma sensação estranha de choque elétrico.

— Eu não sei... Mas, de qualquer forma, me desculpe. Como sabe, meu houriki anda um tanto descontrolado, com certeza a culpa é minha — respondeu ele, olhando intrigado para os olhos azuis da sacerdotisa.

— T-tudo bem... Não precisa se incomodar, Miroku.

— VIVA! Consegui encher um balão sozinha! — exclamava Rin. Seu noivo, contudo, acabara por furar um dos preservativos com as garras, estourando-o sem querer. Inuyasha, por sua vez, se atrapalhava ao desenrolar sua camisinha de maçã verde por causa da pressa.

— Eu sou mais rápido, Inuyasha. Nem adianta.

— Keh! Não é verdade! O mais rápido sou eu, maldito Sesshoumaru!

O monge, mais uma vez, se dirigiu a Kagome, parecendo um tanto constrangido.

— Kagome-sama, posso te pedir uma coisa? — murmurou ele. — Com todo o respeito...

— Acho que nada mais pode me chocar hoje — admitiu ela, com os ombros caídos. — Pode falar, Miroku. O que quer?

Baixando ainda mais o tom de voz e sorrindo com sua peculiar expressão plástica de inocência, Miroku indagou:

— Tem como você pegar uma de morango para mim?

 

ѼѼѼ

 


Notas Finais


Miroku gritando "POR ATENAAAAAAAA": Seiya, é você? #VaiSeiyaFeelings AHUAHUAHUAHAU
Só faltou ele dizer "Saoriiiiiiiiiiiiiiiiiiiii" XD

Sobre Sesshoumaru e Inuyasha disputando quem é o mais rápido para encher os "balões"... Sem palavras XD
#KagomeIsDead
#PerguntaQueNaoQuerCalar --> Como assim, Sesshoumaru e Kouga estão sendo observados pelos Guardiões?!

A musiquinha que o Mi está cantando (trocando o L pelo R): https://www.youtube.com/watch?v=ELgYm2PxS3s Esse cabra adora o Gypsy Kings! hehe

Obrigada a quem leu essa coiseira!

~Okaasan


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