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História Vulneráveis (hiatus) - Descontrole


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

Vim postar CORRENDO! rs. Prometo vir aqui mais tarde para editar corretamente estas notas e as do fim do capitulo.

Perdoem eventuais erros... Alem de vir postar as pressas, o meu teclado ACABOU de dar piti! Os acentos nao querem funcionar! #SOCORROOOOOOOOO

A imagem do capitulo (proparoxitona tem acento, eu sei, mas nao quer funcionar #vergonha) nao me pertence. Creditos ao fanartista.

ATENCAO. ESTE CAPITULO CONTEM HENTAI.

Boa leitura!

Capítulo 39 - Descontrole


ѼѼѼ

 

Sesshoumaru, carrancudo, terminava sua refeição. Ao seu redor, na sala da casa grande, sua noiva e seus funcionários youkais comiam, silenciosamente. Rin se sentia desconfortável ao ver o aborrecimento de seu companheiro e o temor gritante na face dos empregados da fazenda.

Afinal, o youkai branco tivera que ir lá fora e buscá-los aos gritos. Ou melhor, com um único grito:

— VOLTEM E COMAM O MEU ARROZ, OU EU OS MATAREI!

Um a um, os youkais foram voltando para dentro da casa, sendo observados pelos olhos âmbares enfurecidos de Sesshoumaru, que se sentiu ultrajado ao vê-los correndo de seu almoço. Agora, todos engoliam a sua porção rapidamente, no afã de saírem de perto de seu mestre. Rin, delicadamente, quebrou o silêncio:

— Tio Tokumaru... Err...

— P-pois não, Rin-sama? — gaguejou o youkai velho, nervoso. O olhar de Sesshoumaru permanecia duro e implacável.

— O senhor e tia Reina fizeram um quebra-queixo ontem, não fizeram? — timidamente, ele e a velha assentiram com um gesto de cabeça. — Eu queria provar...

— Eu busco para você, Rin — respondeu Reina, já se levantando rapidamente. Tokumaru, por sua vez, havia se colocado de pé assim que Rin dissera “quebra-queixo”.

— Não se preocupe, quem vai sou eu!

Ninguém-sai-deste-cômodo — rosnou o youkai branco, ameaçador. — Sentem-se-imediatamente!

Os dois se sentaram em um milésimo de segundo. Gotas de suor frio desciam pelo rosto da cozinheira Honami, enquanto Jaken chorava em silêncio e Yuu, o cocheiro, tremia dos pés à cabeça; os dois mais velhos olhavam intensamente para seus vasilhames. Sesshoumaru estreitou os olhos para eles, que sentiram calafrios. Rin suspirou disfarçadamente, desalentada.

— Ninguém saia daqui! Este Sesshoumaru irá buscar o quebra-queixo — anunciou ele, se levantando com sua cuia vazia nas mãos. — Rin?

— Pois não?

— Deseja comer mais?

A jovem pensou por alguns instantes e imaginou que, se comesse um pouco mais, a zanga de seu querido se aplacaria. Sorriu ligeiramente:

— Aceito mais um pouquinho de salada e uma coxa, se tiver. Com um pouquinhozinho de pimenta.

— E arroz — completou ele.

— Não, arroz não, Sesshoumaru-sama.

Ela ainda não se sentia à vontade para tratá-lo informalmente diante dos empregados.

— Arroz, SIM, minha Rin. Você não se alimentou direito hoje — replicou Sesshoumaru, autoritário. Rin suspirou mais uma vez, escolhendo cuidadosamente as palavras:

— Me perdoe, querido Sesshoumaru-sama. O arroz está uma delícia, mas... Ficou cozido demais... E quase não se sente... O sabor... — silenciosamente, todos os youkais concordaram com gestos de cabeça. Sesshoumaru pareceu brevemente surpreso; mas, logo, a carranca voltou.

— Comida salgada faz mal. E, sim, eu VOU colocar mais arroz para você, minha Rin. É para o seu próprio bem. E, quanto a vocês... Vão TODOS repetir o almoço.

— M-mas, Sesshoumaru-sama... Não é necessário! — disseram eles, agoniados. — Sua comida estava ótima, mas... Estamos todos satisfeitos!

— Não — replicou ele, com um sorriso sinistro, que provocou calafrios em todos, até mesmo em Rin: — NÃO ESTÃO. E este Sesshoumaru vai alimentá-los devidamente. Aguardem-me em silêncio.

Em instantes, o youkai voltava da cozinha com duas panelas e um caldeirão com o fatídico arroz papa. Sem pedir, tomou primeiro o prato de um choroso Jaken e o encheu de mais arroz, mais frango cozido, mais salada verde. Encheu o prato de todos (apesar de ter colocado uma porção bem menor para Rin, pois sabia que ela não comia muito) e o seu próprio com abundância. Mantendo no rosto ainda o seu sorriso maligno, exclamou, exibindo seus dentes perfeitos:

— Comamos, prezados. Rin, minha querida, depois que comer tudo, te dou o quebra-queixo, certo?

— C-certo, meu querido Sesshoumaru-sama — gaguejou ela, meio atônita.

E, nesse clima, ocorreu o almoço na fazenda do daiyoukai.

 

ѼѼѼ

 

Ao lado da Fundação Graad, ficava o Orfanato Filhos das Estrelas. Acompanhados por Shun, Kagome e Inuyasha (já com as orelhas ocultas novamente pelo lencinho vermelho) passaram por lá antes de irem embora, brincaram um pouco com algumas das crianças e conheceram Minu, a jovem mulher que gerenciava a instituição. Os três humanos apreciaram a alegria e a disposição de Inuyasha para o lúdico, já que ele pulara e rolava na grama com a turminha do pré-escolar. O hanyou chegou a prometer que voltaria para cantar “uns rock maluco” com os pequenos, que adoraram o jeito infantil e grosseiro, porém afável, que ele tinha.

Agora, Shun os convidou a entrar em um dos carros da Fundação para levá-los de volta ao Templo Higurashi. Devido à sua sensibilidade e ao seu cosmo de cavaleiro, ele percebera algo de estranho no organismo da sacerdotisa, mas, discreto como sempre, não fez nenhum comentário. Ao seu lado no veículo, um Inuyasha muito curioso observava o painel com atenção.

— Gosta do painel, Inuyasha-san? — perguntou o jovem cavaleiro, gentil.

— É uma coisa muito esquisita, mas eu estou achando incrível! — respondeu o hanyou, encontrando o aparelho de som. — Kagome! Olhe, aqui nesse negócio tem um triangulozinho deitado, igual àquele do seu aparelho que toca música.

— É porque este também é um aparelho que toca música, amor — afirmou a sacerdotisa, enquanto o carro parava em um sinal vermelho. Inuyasha arregalou os olhos; Shun sorria, achando todo o comportamento daquele casal muito divertido e mesmo gracioso. Segundo suas deduções, aquele youkai geminiano tinha tudo para dar certo com a afável sacerdotisa libriana.

— Sério?! Ei, cara, o que está esperando? Ligue isso aí — pediu ele. — Eu estou com saudade de ouvir aquela mulher, aquela... Britney Houston, né, Kah?

— Britney Spears? — fez Shun.

— Whitney Houston? — perguntou Kagome.

— Não sei. É aquela que canta “dooooon mequimi clôôôs omodoooor”¹... — cantou ele, fazendo o motorista do carro ao lado se sobressaltar e afirmar em alta voz:

— Nossa! Esse merecia ir para o X-Factor!

— Ir para onde? — questionou Inuyasha, enquanto os outros dois riam do ocorrido.

— É um concurso de música, amor. Sobre a Whitney, quando chegarmos à minha casa, vou baixar as músicas dela para você.

Alguns minutos depois, o carro da Fundação estacionava diante do Templo Higurashi. Os três vieram conversando dentro do veículo animadamente, como se fossem amigos de longa data. A Inuyasha, parecia ter estado com nada menos do que o indivíduo com o coração mais puro que já vira — o que, de fato, era.

Despediram-se com abraços do jovem cavaleiro que, segurando nas mãos do casal, disse, com um suspiro:

— Prometo fazer preces pela felicidade de vocês. E, Kagome-san, já sabe... Quando precisar de um pré-natal, me procure na Fundação. Eu mesmo a acompanharei ao nosso hospital.

— O que é pré-natal? — perguntou o hanyou. A sacerdotisa pareceu ficar angustiada.

— É o nome que damos ao acompanhamento feito a uma grávida e ao bebê durante a gestação, Inuyasha-san.

Dentro do lencinho, as orelhas de Inuyasha murcharam e ele se sentiu subitamente desconfortável. Porém, sorriu:

— Ah, claro. A Kah e eu vamos adorar ter um acompanhamento quando ela estiver gerando o nosso pequeno hanyou... Daqui a um tempo, não agora. Não é, Kah? Quando tudo estiver... Tranquilo... Né?

— S-sim, amor. Verdade. Vamos planejar antes — disse ela, meio insegura, mas sorrindo também. — Shun-chan, muito obrigada. Foi um prazer conhecê-lo, e aos outros... Aos outros cavaleiros... Depois a gente se vê.

Com certeza, nos veremos mais vezes... — comentou ele, um tanto soturno. Logo disfarçou e suas feições se suavizaram. — Enfim, preciso ir. Que a proteção de Kami-sama esteja sobre vocês.

— Quando a gente voltar, eu quero treinar com você, Amamiya — exclamou o hanyou, enquanto o outro se afastava no veículo. A resposta foi um sorriso e uma buzinada.

Então, sem aviso, Inuyasha pegou sua Kagome nos braços e subiu as escadas velozmente.

— Ai, Inu! — queixou-se ela. — Custa avisar?

— Keh! Não precisa! Você sabe que eu não quero que você se canse, sua maldita.

Apesar da estupidez da réplica, ela sorriu. Chegando à casa, o casal entrou pela porta da cozinha e a sacerdotisa vislumbrou um bilhete sobre a mesa.

 

Kagome-chan, mamãe foi levar vovô à fisioterapia e, depois, ao clube, porque hoje é o dia do baile para idosos e o vovô vai tocar com a banda. Eu fui para a casa do Houjo, vamos fazer uma pesquisa sobre as Pedras-Guias da Geórgia e o plano de dominação mundial dos Illuminati. Levei aquele texto que você começou a digitar sobre o Codex alimentarius para ele, espero que não se importe. Ah, mamãe me mandou comprar mais preservativos para você e o Inu-onii-chan. Ela é maluca.

Beijos, Souta.

 

Kagome, corada, bufou.

— Mamãe é maluca.

— É, sua mãe é maluca mesmo, mas por que está dizendo isso, Kah? — perguntou ele, que leu o bilhete por cima do ombro da jovem, enquanto comia uma pera. — Quem são os Illuminati, são youkais? E o que são preservativos, que ela mandou Souta comprar para nós?

— Vamos subir para o quarto, amor — respondeu ela, meio cansada. — Eu quero tirar esses saltos. Estão cansando meus pés. Lá a gente conversa melhor.

— Posso terminar com a pera primeiro, Kah?

— Pode.

— Então daqui a pouco eu subo — respondeu ele, alcançando a fruteira, indicando que comeria TODAS as peras. Kagome arregalou os olhos:

— Inuyasha!

— O quê? — engrolou ele, com a boca cheia.

— Você disse que iria terminar com A PERA, não com AS PERAS. Por que não come depois? Esqueceu que não podemos demorar muito aqui?

— Keh! — fez ele, se levantando da cadeira onde havia se sentado, aborrecido. — Tá bom, sua chata! Mais tarde eu como!

Meio a contragosto, então, o hanyou se pôs a subir a escada atrás da sua agora esposa. Usando um coque frouxo, Kagome havia colocado uma bermuda cáqui com um camisete de seda preto, além do salto. Inuyasha começou a prestar atenção na forma como a roupa delineava o corpo esguio de Kagome e corou, tendo lembranças dos dois sob as cerejeiras de Sesshoumaru. Pensou na textura da pele nua e arrepiada dela, no cheiro ímpar que seu corpo exalava, no desejo estampado nos olhos azuis. Sentiu seu membro responder aos seus pensamentos e se maldisse; a calça jeans justa já era apertada demais e, se ele se excitasse, seria impossível se manter vestido com aquilo. Procurou pensar em outra coisa, mas já era tarde — ele já estava terrivelmente consciente de que estava sozinho com sua humana, num ambiente saturado do cheiro dela. Era impossível ignorar àqueles apelos, mas o hanyou temeu. Ela não estava marcada. Não poderiam ter relações.

Alheia a tudo isso, a jovem entrou no quarto e fechou a porta assim que Inuyasha passou pela mesma. Jogou longe os saltos e ia colocando a bolsa sobre a cômoda, quando avistou uma sacolinha de farmácia sobre o móvel, com um bilhete contendo uma única palavra com o desenho de um coraçãozinho. Lá estava escrito “Juízo!”, com a letra de Kazuko. Dentro da sacola, diversas camisinhas. Kagome suspirou mais uma vez, corando.

— Mamãe é maluca!

Entretanto, Inuyasha se aproximou e já ia tirando uma embalagem dali; foi interrompido com brusquidão.

— Inuyasha, largue isso aí!

— Por quê? Esses balões são para nós, não são?

— Não são balões, são camisinhas! — explodiu ela. — Isso serve para um casal transar se prevenindo de uma gravidez ou de doenças sexualmente transmissíveis, seu idiota! — impaciente, Kagome tomou a embalagem das mãos grandes do hanyou e a abriu, desenrolando o preservativo e o colocando sobre três dos dedos dele, à guisa de demonstração. — Entendeu agora?

Inuyasha agora estava vermelho como um pimentão.

— P-Por que não me explicou antes, sua maldita?

— VOCÊ NÃO DEIXOU! E agora me dê licença, vou tomar banho!

E, azeda, Kagome se retirou e entrou no banheiro do quarto, fechando a porta. Despiu-se e ligou o chuveiro, deixando que o fluxo da água caísse primeiro sobre suas costas; ela se sentia tensa. Enfim, o casamento civil fora realizado; ela e Inuyasha eram, agora, casados de acordo com as leis de seu país. Mais: Inuyasha agora era um cidadão japonês. Evidentemente, isso não mudaria muito a vida dele, mas, de alguma maneira, tranquilizava a ela. Afinal, a jovem sempre ficava apreensiva quando ambos saíam às ruas; havia sempre o risco de algum policial interpelá-lo e levá-lo como um estrangeiro que estivesse residindo ilegalmente no Japão. Agora o risco não existia, pois, apesar de o shussei shomeisho de Inuyasha ser falso, o kon in shomeisho era verdadeiro. O hanyou era, sim, cidadão japonês, casado legalmente com uma cidadã japonesa. Kagome sorriu sob a água.

— Agora tudo está bem, e vai ficar melhor depois de amanhã, onde receberemos as bênçãos de Kami-sama.

Do lado de fora do banheiro, contudo, um perturbado Inuyasha olhava para as muitas camisinhas sobre a cômoda. Pensava que aquele látex, que ele conhecera bem por encher vários em um dia, deveria ser extremamente desconfortável, mas... Se aquela coisa impedia uma gestação, então... E Kagome estava ali, tão perto... Sem roupas. Sob a água. E, bem, ele... Estava abstinente.

A camisa do System of a Down e as calças justas foram ao chão, bem como os coturnos e o lenço vermelho. Pegando um dos preservativos, o hanyou caminhou decidido com o sexo ereto exposto até o banheiro, abrindo cuidadosamente a porta. Kagome estava de costas para ele, ensaboando os ombros. Deu um pulo ao ouvir uma voz gravíssima e maliciosa atrás de si:

— Precisa de ajuda... Kagome?

— I-Inuyasha...?! — gaguejou ela, avistando o seu querido através do box. Sem pressa, Inuyasha caminhou até Kagome, que permaneceu de costas para si, sob a água. A jovem se arrepiou ao sentir uma das mãos grandes do hanyou deslizando por seus ombros, entre as omoplatas, pelas costelas, pelas nádegas. A outra lhe estendeu o preservativo. Ela enfim olhou para ele, cujos olhos estavam vermelhos, os caninos pronunciados aparecendo por entre os lábios carnudos e as marcas youkais presentes nas laterais do rosto enrubescido.

— A-amor... — sussurrou ela, arrepiada. — E-eu... Achei que estivesse c-com medo... Estou surpresa...

— Surpresa? Depois de vestir aquela roupa que marcava as curvas desse corpo gostoso e me avisar que ficaria nua e molhadinha aqui dentro, com apenas uma porta nos separando...? — replicou Inuyasha, no mesmo tom, deixando os lábios resvalarem pela orelha da sacerdotisa, que arfou. — Distraída seria a palavra certa para você, minha esposa deliciosa. Agora me ensine direito como usar essa coisa, eu não aprendi.

A mão foi das nádegas para o mamilo de Kagome, que ainda estava com um pouco de sabão; o deslizar dos dedos de Inuyasha sobre a delicada área fê-la gemer mais alto, ao sentir fortes pontadas de prazer em sua genitália.

— Por enquanto, a gente não vai precisar disso... Meu marido — afirmou ela, tomando a embalagem da mão dele e a jogando sobre a pia. E, puxando o hanyou para debaixo do chuveiro, se pôs a beijá-lo intensamente, fazendo com que todo o corpo dele ficasse molhado. Então, Kagome se afastou ligeiramente dele, com um sorriso ainda tímido no rosto, e abriu um nicho de parede que ficava ali mesmo no box, tirando de lá um óleo de massagem corporal de frutas vermelhas. O hanyou observava seus movimentos, sentindo a cada minuto que seu autocontrole estava indo embora. A jovem se voltou para ele, com as mãos cheias de óleo, e lambuzou-lhe o tórax e o abdome com o produto.

— Ahh, que... Que perfeição, as suas mãos me... — gemeu ele, sentindo Kagome tocando sua pele sem reservas. Súbito, ficou tenso, ao ver sua amada direcionando as mãos para suas virilhas. — Kah... Espera, a Tessaiga ficou lá fora. Por favor, pare. A Tessaiga... O meu lado youkai... E-eu... Hummmm...

— Calma, amor. Vai ficar tudo bem — disse ela, colocando mais óleo nas mãos e aplicando-o no sexo túrgido do hanyou, que ocasionalmente rosnava, fechando os olhos. Inuyasha estava sentindo que o medo começava a se equivaler à excitação.

— Kah... Eu vou perder o controle... Me mande ‘sentar’...

— Mas aí eu te machucaria...

— Antes o meu nariz quebrado a você... ferida... por mim. Me mande ‘sentar’, Kah... Por favor... — Inuyasha abriu os olhos e viu que Kagome estava se abaixando. Tentou impedi-la, segurando-lhe pelos ombros. — Sua louca... Se você me fizer isso, eu vou me descontrolar, ficar desvairado e meter tudo isso aqui em você, é isso o que quer?!

Abaixada, Kagome segurou a base do pênis e olhou para cima. Sorriu, insinuante, e a visão daquela expressão na face juvenil fez com que o hanyou sentisse o coração a arrebentar no peito devido às palpitações fortíssimas.  A resposta da sacerdotisa o deixou ensandecido, quase à beira da transformação total:

— E se eu quiser você desvairado metendo tudo isso aqui em mim, amor, o que vai fazer? Vai brigar comigo?

— P*** QUE PARIU! — gritou ele, enquanto ela deslizava com cuidado seu prepúcio para baixo, expondo a glande rosada. — Kagome, me mande ‘sentar’, antes que eu enlouqueça e enfie o pau em você!

— Você está nervoso, amor — revidou ela, calmamente. — Apenas relaxe... — sussurrou, lambendo com delicadeza a fenda uretral. Inuyasha gritou mais uma vez. — Eu só quero que você saiba que nada pode fazer com que eu o ame menos, inclusive seu descontrole... — e Kagome acomodou a ponta do falo entre seus lábios.

— NÃO! HGMMMMF! PARE! POR FAVOR, KAGOME, ESTOU COM MEDO DE... DE... EU... AHM... — berrava ele, sentindo que o sangue youkai, enfim, lhe dominava. — ME ENGULA, ME CHUPE COM MAIS FORÇA!

A sacerdotisa, sugando e lambendo a glande do hanyou, sentiu a mão de seu querido sobre a cabeça e ouviu uma risada alta. Procurou manter a calma; afinal, ela havia decidido que iria ensinar a Inuyasha como se controlar, mesmo que sofresse algum prejuízo e fosse necessário dizer alguns “Osuwari” caso a situação ficasse muito séria.

Uma das coisas que Kagome notou era que Inuyasha ficava realmente descontrolado, mas era sugestionável. Ou seja, não era impossível convencê-lo a agir de forma diferente. Então, ela respirou fundo quando ele a ergueu facilmente do chão, pondo-a de pé, e agarrou-lhe os seios com força. Buscou não se intimidar e fechou o chuveiro.

— Não me aperte — ordenou ela, sem vacilar. Os dedos do seu youkai pinçavam seus mamilos, circulando-os. Era o tipo de afago que Kagome adorava, só que ela intentava fazer com que Inuyasha respeitasse os limites que ela determinaria. — Não me aperte, Inuyasha. Isso... Seja delicado. Você consegue. Não aperte... — a força diminuiu e ela, então, se permitiu relaxar e desfrutar do toque agora gentil. As íris dele estavam azuis e sua expressão facial era de pura luxúria.

O Inuyasha inocente não estava mais ali.

— Você adora quando eu te dou prazer — rosnou ele. — Hoje, vou meter bem gostoso, você vai delirar de tesão quando eu te fizer gozar... — Inuyasha ergueu uma das pernas da jovem e acariciou sua entrada vaginal com a ponta do órgão inchado, repetidas vezes. Kagome gemeu, sentindo que sua lubrificação envolvia o sexo dele, que riu. Então, o pênis adentrou-lhe o corpo, enquanto Inuyasha a mantinha segura firmemente pela cintura.

— AH! Ei, espera! Não coloque agora – pediu ela, sentindo seu orifício arder, já que o hanyou começara a penetrá-la. – Aiiii... Está doendo... Não coloque agora, amor... Vamos, pare... — Inuyasha pareceu entender que ela não queria e parou de arremeter contra o corpo menor. – T-tire... Isso. Tire tudo. Ahhh! Não, não ponha d-de novo!

— Tão gostosa... Não resisto! — foi a resposta.

— Inu, me ouça. Consegue me ouvir? — arfou ela, preocupada.

Ainda parecia difícil a comunicação entre o casal, pois Inuyasha não parou de penetrar Kagome – somente diminuiu o ímpeto de seus movimentos. A jovem tentou mais uma vez, mas já achando complicado não querer aquilo. A dor vaginal era incômoda, apesar do seu desejo. Então, o hanyou disse, entre gemidos:

— Quer mesmo que eu pare, Kagome? Estou machucando você?

Kagome ficou chocada ao ver os olhos de Inuyasha agora heterocrômicos — uma íris estava azul e a outra, âmbar². Parecia haver uma pequena confusão entre a mente e o sangue youkai do hanyou.

— E-eu não consigo parar. Já tentei, mas meu corpo não me obedece — prosseguiu ele, mordendo de leve seu pescoço.

— A-amor, você...

— Estou tentando me controlar, Kah... Não consigo... E agora estou ferindo você, sinto cheiro de medo... Por que não me diz aquela palavra?

— Não...

Os corpos besuntados de óleo se chocavam um contra o outro. Kagome decidiu optar pelo lado mais perigoso, passando a falar ao hanyou com um tom mais insinuante:

— Não vou dizer aquela palavra, amor, pois quero dizer outras... — cochichou, perto das orelhas dele. — Me f***.

— Kagome, não... — arfou ele, rapidamente perdendo a sanidade que a custo conseguira reaver. — Não fale como se estivesse querendo que eu te f*** e te deixe arreganhada com o meu pau duro.

— Inu...! Hmmm... É o que eu quero!

As íris voltaram a ficar azuis e a culpa dele desapareceu.

— Sua safada — retrucou Inuyasha, exibindo um sorriso estranho. — Pronta...?

E, colocando-a de volta no chão, o hanyou a virou de costas para si e a penetrou novamente, mal dando tempo para que ela pudesse se apoiar. Ele era mais alto; Kagome notou os cabelos prateados caindo sobre seus ombros, enquanto o corpo quente do seu youkai a abraçava por trás com uma mão. Subitamente, a sacerdotisa sentiu que as estocadas diminuíam de frequência e, olhando para trás, viu Inuyasha alcançando o vidro de óleo esquecido sobre a pia e enchendo suas mãos com o conteúdo.

— Você gostou desse óleo? — indagou ela, aproveitando para respirar fundo e descontrair por alguns momentos.

— É perfeito — respondeu Inuyasha, levando as mãos úmidas até os mamilos da jovem, que levou a cabeça para trás, excitada e delirante de volupia. A dor do intercurso era suportável e as carícias atrevidas do hanyou ora em seus seios, ora em sua barriga, faziam com que Kagome perdesse ainda mais a noção do perigo. A textura das mãos cheias de óleo em seu corpo a induziram a gemer mais alto — e Inuyasha estocou com selvageria, rindo mais uma vez, barulhento e sem um pingo de discrição.

Gradativamente, a jovem baixou o tronco, empinando-se para o seu querido, que a segurava agora pelos quadris fortemente e posicionou a polpa de um dedo sobre seu clitóris. Kagome se sentiu devassa e pervertida ao se ouvir dizendo:

— Inuyasha... Eu quero... Quero gozar... Faça o que quiser comigo...

O hanyou puxou quase todo o falo para fora do corpo dela, enquanto respondia:

— Então diga que eu sou seu macho, gostosa.

— Meu macho... — Inuyasha investiu contra ela com força, penetrando todo o membro espesso no canal estreito. Kagome gritou. — Faz isso de novo!

— Diga, Kagome. Diga...

— Inuyasha... Meu macho... Mete com força de novo! — foi a vez dele clamar em alta voz o nome dela. Pelo tremor e pela violência das estocadas, a sacerdotisa intuiu que o orgasmo de Inuyasha não demoraria a acometê-lo. Então, o pênis do hanyou pulsou com força dentro de Kagome que, sentindo as vibrações dentro de si, não resistiu e arfou, também se movendo desesperadamente contra ele, que ejaculou rosnando.

Segundos depois, Inuyasha ajudou Kagome a se endireitar e a abraçou com carinho, ao ver que ela mal se equilibrava devido ao tremor das pernas. Seus olhos voltaram ao normal.

— K-Kah, me perdoe, eu... Acho que passei dos limites...

— Amor... Não se preocupe comigo, eu vou ficar bem — respondeu ela. Apesar do prazer da relação e do clímax, Kagome se sentia bastante dolorida.

— Mas eu não estou... Você está machucada por causa desse meu descontrole. Como não me preocupar com você, sua maldita?

— Estou bem, Inu, fique calmo... — replicou ela, se virando para olhá-lo nos olhos e sentindo uma súbita necessidade de fungar. Seu nariz estava sangrando; Inuyasha ficou nervosíssimo.

— Sangue!!!

— Hein? Onde? — a jovem tocou o nariz e, ao ver o sangue, franziu o cenho, intrigada. — Ah, sangue... É, tem um pouquinho.

— Kagome, o que é isso?! Maldição! É culpa minha!

— Não seja bobo. Sangramento pelo nariz é normal, amor! Hoje o sol estava quente... Deve ser por isso que meu nariz está sangrando. Já-já isso passa — sorriu ela, se sentindo tocada pelo jeito preocupado com que seu amado a abraçava agora. O velho Inuyasha, inocente e inseguro, havia voltado.

— Se algo de ruim acontecer a você, eu... Eu nunca vou me perdoar! Eu te amo tanto, Kah! Tanto! E tenho tanto medo de te perd-

Então, Kagome calou Inuyasha com um beijo. Depois, ambos se quedaram em silêncio, abraçados, sentindo um o tremor do corpo do outro, por longos minutos.

Ela, serena.

Ele, assustado.

 

ѼѼѼ

 

Um Miroku de olhos inchados estava dobrando tsurus de papel, sentado entre algumas crianças, sob o grande quiosque armado para a cerimônia de casamento dos dois irmãos inuyoukais. Ele se sentia bem melhor depois daquele período de sono profundo. Mesmo a inquietante suspeita da gravidez de sua amiga sacerdotisa não lhe assustava tanto no momento. Sua Sango estava na casa de Kaede, esperando por Rin, cujo noivo a traria ainda naquela tarde.

Do outro lado do vilarejo, Kouga e Ayame chegaram e se apartaram um do outro; ela se embarafustou para dentro de uma das casinhas, onde havia uma aldeã gritando por seu nome e pedindo ajuda com a organização de parte dos doces. O príncipe dos youkais lobos foi interpelado por Sango, que passava por ali com duas vassouras.

— Kouga?

— Sim?

— Pode me ajudar a varrer aqui? — perguntou a exterminadora, indicando um trecho do gramado sujo de pedacinhos de papel e barbantes cortados. — Melhor limparmos essa sujeira antes que dê uma ventania.

— Eu varro sozinho — disse ele, altivo. — Sou muito rápido com tudo que faço.

— Ah, sim — revidou ela, levemente irônica. — Fique à vontade...

— Ora, você duvida? Eu sou o youkai mais rápido do país inteiro, taijiya. Quer apostar?

— Sango? — fez uma voz masculina atrás deles. A jovem arregalou os olhos ao ver um homem jovem com vestes requintadas sobre um cavalo de raça de pelos muito bem cuidados.

Um homem obcecado por ela.

— Takeda-sama?!

Kouga olhou também para o homem e sentiu algo indefinido no âmago de seu ser; suou.

— É um prazer imenso revê-la, minha querida... — disse o rico Kuranosuke Takeda, apeando de seu cavalo e se aproximando da exterminadora, tomando-lhe uma das mãos sem aviso e beijando-a. A moça corou vivamente.

— Err... Que bom revê-lo também... Ah... Como vai?

— Melhor ainda ao contemplar sua beleza — respondeu ele, sorrindo. Virou-se para um aturdido Kouga e lhe disse, altivo: — Olá, youkai lobo...

— E-este é o Kouga, Takeda-sama — respondeu ela, tentando tirar a mão de entre as dele.

— Kouga, hum? É um prazer conhecê-lo.

— I-igualmente — gaguejou o youkai, ainda agoniado com a estranha sensação de perigo que se apossou de seus sentidos. Alheio a isso, o dono do castelo Takeda não soltou a mão de Sango, que parecia francamente nervosa agora.

— Você está muito mais bonita agora... — comentou ele, olhando-a de alto a baixo. Kouga, contudo, farejou um cheiro de raiva vindo a alguns metros dos três e olhou para trás; não conteve um estremeção.

O monge Miroku vinha rapidamente em direção a eles, exalando ódio nos olhos. Sango também olhou para trás e o viu; puxou com força a mão que Takeda segurava e sentiu que seu sangue sumia da face.

Pela primeira vez, ela sentiu medo do marido, que, agora, já perto dos três, fez uma pequena reverência e cumprimentou o recém-chegado com naturalidade forçada:

— Há quanto tempo, Takeda-sama.

— Houshi-sama — fez o outro, retribuindo a reverência, mas sem esconder os ciúmes súbitos que lhe acometeram. — Realmente, faz muito tempo. E eu estava justamente dizendo a Sango que ela está deslumbrantemente linda agora. Como terá sorte o homem que desposá-la!

— T-Takeda-sama, eu... — ia dizendo ela, sendo interrompida por Miroku, que afirmou em tom falsamente cordial:

— Ora... Sorte, Takeda-sama? Apenas sorte, o senhor diz? Desposá-la é uma dádiva celeste! Desposá-la é receber das mãos de Buda um tesouro inestimável! Esta mulher forte, bela, terna e corajosa é um presente do Criador do mundo para um mero mortal — puxou-a pela cintura, possessivamente. — Por isso, todos os dias EU faço preces de gratidão ao meu Mestre supremo por ter ME DADO Sango como consorte, esposa, amante e companheira.

Os olhos do homem cresceram nas órbitas.

— Mas eu imaginei que Sango quisesse ser desposada por alguém à altura dela — comentou ele, desdenhoso. Afinal, estava estampado aos olhos de qualquer um a pobreza financeira do monge, que sorriu mais uma vez:

— Este sou eu, nobre senhor.

— Takeda-sama — interveio Sango, cautelosa. — Miroku e eu nos casamos um dia antes da lua nova.

— Sério isso? — revidou ele, já retribuindo o ódio do olhar de Miroku com o seu, indisfarçadamente.

— Sim, senhor.

— Por acaso, você é feliz com ele, vivendo aqui neste vilarejo desprovido de recursos? Bem sabe que eu posso oferecer a você coisa muito melhor, Sango.

Numa olhadela rápida, a exterminadora viu as narinas do marido se alargarem e a mão em sua cintura tremer. Muito séria, Sango replicou:

— Não existe nada melhor do que o amor verdadeiro de Miroku por mim, Takeda-sama. Desejo que o senhor conheça alguma moça que o ame pelo que o senhor é e não pelas suas propriedades. Seja feliz.

— Seja feliz, Takeda-sama — repetiu Miroku, quase mordendo os próprios lábios. — E não desanime em sua busca pelo amor verdadeiro. Como dizia Buda, a causa da derrota não está nos obstáculos, ou no rigor das circunstâncias, está na falta de determinação daquele que se deixa derrotar.

— Certo... — fez o outro, notoriamente enraivecido, olhando para o casal abraçado. — Devo prosseguir até as possessões de meu pai. Até outro dia, monge... Lobo... E Sango.

— Até — respondeu a jovem, sentindo o vigor das batidas tensas do próprio coração. Os outros dois permaneceram em silêncio, enquanto Takeda montava em seu animal e saía correndo vilarejo afora.

Muitos minutos se passaram até que Miroku sussurrasse o nome da esposa:

— Sango, me aguarde em casa, por favor.

— Em casa? P-por que, amor?

— Apenas vá — disse ele, em voz baixa, fazendo a jovem estremecer e ficar ainda mais ressabiada. — Não se assuste. Só precisamos conversar sobre o que houve lá em casa, na hora do almoço — completou ele, abrandando o timbre de voz. Sango respirou fundo:

— Ah... C-claro, Miroku, já vou. Não deixe de limpar isso aí para mim, Kouga.

E a exterminadora, meio pesarosa, se foi, deixando os dois a sós. O príncipe dos youkais lobos notou o tremor no monge e o seu próprio. Chamou-o, reticente:

— Miroku...

— O que é, Kouga? — respondeu o monge, olhando-o com uma expressão tenebrosa.

— N-nada... Err...

— Pode falar, Kouga. Sei que algo o incomoda.

— Eu... — suspirou o youkai, angustiado. — Eu não tenho medo de humanos, mas aquele cara... Aquele cara tem algo maligno... Algo que me dá calafrios.

— Então, ambos percebemos a mesma coisa.

Kouga apertou com força o ombro do monge.

— Acho bom você tomar cuidado. E cuidar de Sango também. Ela não percebeu a maldade dele... Achou que você estava apenas com ciúmes...

— E o que acha que estou sentindo? Tesão? — revirou Miroku, com grosseria, mas logo se desculpou. — Perdão. Não quis ser rude.

—Tudo bem... Tudo bem...

Assim, os dois procuraram o seu caminho, ambos sentindo um enorme peso sobre os ombros.

 

ѼѼѼ

 

¹ — Don’t make me close one more door. Trecho do refrão de I Have Nothing, de Whitney Houston.

² — Inuyasha, aqui, está igual a Miketsukami Soushi, o youkai protagonista do anime Inu x Boku SS.

 

ѼѼѼ

 


Notas Finais


Sobre a musica maravilhosa da Whitney - https://www.vagalume.com.br/whitney-houston/i-have-nothing-traducao.html

Sobre o olho do Inuyasha, baseado no olho do Miketsukami Soushi - http://static.zerochan.net/Miketsukami.Soushi.full.1112373.jpg

Hentai estranho? Confuso? Inverossimil? Bizarro?

Sesshoumaru eh uma mamae panda brava. kkkkkkkkkkkkkkkk

Gente, e esse Takeda, qual eh a dele?

Obrigada, amigos, e mais uma vez perdoem a ausencia de acentos! #chora

- Okaasan


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