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História Vulneráveis (hiatus) - E agora, o que eu faço?


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Mais um capítulo postado!

Quero deixar, primeiramente, um beijo enorme de agradecimento à @Cat-chan-II por ter sido a primeira a ler esta história antes de eu postar e dar suas muito boas opiniões, me ajudando a construir um bom enredo. Cat, sua linda, obrigadão!

No post anterior, Miroku e Sango se casam e fazem uma incrível apresentação de dança, ao passo que Inuyasha rompe com seus medos e pede Kagome em casamento.
[Ah, eu sou fãzérrima do Miroku, gente <3 ]

Créditos dessa imagem deslumbrante ao artista.

ESTE CAPÍTULO CONTÉM UM SEMI-HENTAI.

Boa leitura! :-)

(CAPÍTULO REVISADO EM 30/12/2022)

Capítulo 4 - E agora, o que eu faço?


ѼѼѼ

 

— Kagome, que história foi aquela de cochichar "boa sorte" no ouvido de Sango? — inquiriu o hanyou, fazendo Kagome corar.

— Ah... Você ouviu?! Depois eu te explico, Inu...

— Mas eu quero saber agora! — replicou ele, emburrado como uma criança. A sacerdotisa revirou os olhos.

— Como você é implicante, seu curioso!

— E você é uma chata! Por que não falou para todos ouvirem? Hein? Para que o segredo?

— Eu desejei "boa sorte" a ela porque eles terão sua primeira noite de amor, seu idiota! — exclamou ela, se arrependendo logo em seguida, vendo que Inuyasha ficara instantaneamente rubro, assim como ela. Depois de alguns minutos caminhando em silêncio, ele murmurou:

— É... Chegamos... Vá descansar. Todo mundo está dormindo...

Estavam diante da casa da velha sacerdotisa. A audição apurada do hanyou captara a respiração serena de Kaede e Shippou, lá dentro.

— Certo... Vou entrar. Inu, boa noite — disse Kagome. — Até amanhã.

— Até... — respondeu ele, notando que estava um tanto acanhado ainda por ter feito aquele pedido de casamento. No entanto, a jovem sacerdotisa parecia estar à vontade consigo... até demais.

Agora, ela o encarava, seus olhos castanhos brilhavam e ele percebeu que a frequência cardíaca de sua Kagome aumentara. Inuyasha se sentiu dominado por aquele olhar e não se afastou, apesar do rosto queimar de vergonha. Ela agora olhava diretamente para seus lábios, num misto de desejo e acanhamento. O hanyou respirou fundo, nervosíssimo.

— K-Kagome? V-você...

— Shh... — fez ela, atrevendo-se a pousar o indicador nos lábios do hanyou, assustando-o.

O coração deste disparou ao sentir aquele toque; resolveu, também, estudar a boca delicada da jovem, devorá-la com os olhos. Eles já haviam se beijado algumas vezes, mas nunca houvera tamanha profundidade antes — nada que lembrasse o beijo daquela tarde, onde Kagome se atrevera a, pela primeira vez, promover o contato entre suas línguas.

 

ѼѼѼ

 

Miroku, sentado na cama e usando uma cueca boxer preta (“é estranho esse traje, mas não é desconfortável”), olhava distraído pela janela quando Sango voltou do banho. Ao olhar para ela, seu queixo caiu, fascinado. Descobrira enfim qual era a surpresa que a esposa preparara para ele.

O pacote com o bilhetinho era uma caixa de presente com, além da cueca, uma lingerie rendada, branca e muito bonita. Aos olhos de qualquer pessoa da era moderna, era apenas um conjunto de calcinha e sutiã comuns; mas, para o monge, aquela vestimenta minúscula no corpo esbelto da esposa era simplesmente uma ostentação de sensualidade. A exterminadora pedira à amiga sacerdotisa para trazer de Tóquio as tais peças íntimas, após ver uma propaganda em uma das revistas que ela trouxera de casa, meses atrás.

Sango caminhou em direção a ele, extremamente corada, mas resoluta. O seu agora marido parecia ter perdido a fala, devorando seu corpo com os olhos.

— Err... Miroku, você gostou? Espero que eu não esteja indecente, não queria que você pensasse mal de mim...

Ele nada respondeu, apenas estendeu a mão para ela, fazendo com que se sentasse ao seu lado. Agora, olhava diretamente nos olhos de uma envergonhada Sango.

— Minha Sango... — murmurou ele, tocando com carinho em seu rosto. — Você está maravilhosa com essas roupinhas modernas.

Aproximando-se mais, aspirou o perfume do pescoço da esposa, enquanto sussurrava:

— E eu mal posso esperar para te ver sem elas.

— Miroku! — exclamou ela, abafando uma risadinha. — Não seja tão safado!

Miroku voltou a olhar nos olhos dela, com desejo e ternura.

— Não é safadeza querer proporcionar à mulher que eu amo o maior prazer da vida dela... — e a beijou, vagarosamente, sendo aos poucos correspondido.

Sango parecia um pouco atrapalhada, mas estava decidida a fazer valer a pena aquele momento ímpar, esquecendo seus temores. E os lábios macios do marido faziam-na perder qualquer vontade de ficar raciocinando sobre qualquer coisa. Deslizando-os sobre a boca, rosto e pescoço de Sango, o monge parecia querer desvendar os mistérios daquela pele alva e delicada. Ousou escorregar a ponta da língua pela região da clavícula, arrancando dela um primeiro suspiro.

Sango se sentiu inundada por aquela nova sensação que seu corpo experimentava, mas ainda muito tímida não retribuía as carícias do marido. Inclinou levemente o pescoço para o lado, desejando que ele a tocasse mais uma vez ali, porém sentiu que ele se afastava; abriu os olhos, confusa. Miroku a encarava novamente; ela ia perguntar o que havia de errado, quando ele a interrompeu com uma pergunta inesperada.

— Meu amor, você confia em mim?

— C-claro que confio... Por quê? — sussurrou ela, confusa.

— Então fique de costas para mim.

— Como?!

— De costas, Sango — murmurou ele, com voz enrouquecida. A ela só restou concordar, apesar da apreensão. Entre suas omoplatas havia a marca do pior dia de sua vida, a cicatriz provocada pela arma do seu irmão Kohaku.

Ainda insegura, ela se sentou de costas para o marido, que imediatamente encostou seu corpo ao dela e continuou a beijar-lhe o pescoço, deslizando ali seus lábios sem pressa, cheio de amor. Sango, aos poucos, relaxou e esqueceu, por ora, da cicatriz — a pressão que sentia no baixo ventre era forte e dolorosamente agradável. Porém, quase deu um pulo ao sentir a mão direita, que outrora carregava a Kazaana maldita, tocar-lhe o seio.

A exterminadora ficou desorientada: parte dela queria acreditar que aquele toque íntimo era errado, enquanto que outra parte gritava que precisava de mais daquelas carícias. As pontas dos dedos de Miroku resvalavam tranquilas pelo mamilo rijo, escondido pela renda da peça íntima. Sentia agora necessidade de vocalizar aquele deleite, suspirar com mais força, gemer, arfar... Mas se conteve, não seria apropriado. Miroku, no entanto, pareceu ter lido seus pensamentos e, alcançando agora o lóbulo de sua orelha com os dentes, sussurrou:

— Que mulher deliciosa eu tenho... Ficaria mais deliciosa ainda se gemesse para mim... — e ele, circulando os dedos em volta do mamilo, gemeu longamente ao ouvido da esposa. Ela sentia seu autocontrole a abandonando rapidamente e não conseguiu reter um suspiro. O monge riu de leve.

— Teimosa... Até quando vai resistir?

Ela olhou por cima do ombro, muito vermelha.

— D-desculpe, meu amor, eu...

Shhh. Calma... Estou apenas brincando.

Então, ele se posicionou melhor por detrás do corpo dela, mantendo as pernas paralelas às suas e tendo um contato ainda maior com sua pele.

— Vou acabar com a sua teimosia, Sango — disse ele, um toque de malícia na voz, enquanto alcançava o outro seio da esposa e estimulando os dois mamilos simultaneamente, fazendo-a deixar escapar uma exclamação de surpresa e satisfação.

Não obstante, o monge friccionou ligeiramente sua ereção contra os quadris dela; a posição em que estava não lhe permitia muito mais do que isso, mas o que ele desejava era provocá-la. A exterminadora, percebendo o falo do marido colado ao seu corpo, excitou-se a ponto de morder os lábios, ainda não querendo fazer barulho, introvertida.

Miroku notou que Sango, a despeito de apreciar seus beijos e toques, estava com medo daquela nova intimidade e entendeu que ela precisava de compreensão. Não era tão importante ser tocado; o importante era ela se sentir segura para que pudessem, juntos, desfrutar aquele deleite. E só o fato de poder tocá-la livremente, depois de todos os sofrimentos que viveram juntos e de todo o tempo que ele esperou, já lhe era um combustível eficaz para sua excitação. Com calma, soltou uma das mamas da esposa e se pôs a abrir o fecho do sutiã, levando-a a enrijecer o corpo instantaneamente, pois ali estava a malfadada cicatriz.

O corte feito pela arma de Kohaku deixou um feio estigma de, aproximadamente, oito centímetros, torto e grosso. A jovem contraiu o corpo, apavorada por perceber que Miroku analisava atentamente aquilo.

— M-Miroku... Por favor, não fique olhando essa coisa feia... E não toque aí... — suplicou Sango, aflita.

Ignorando seu pedido, o rapaz beijou de leve aquele amontoado disforme de pele nas costas de Sango, ao mesmo tempo em que descia as mãos para o seu abdome. As lágrimas desceram quentes pelo rosto da exterminadora, que mal se continha de emoção por aquele gesto de carinho recebido do marido. Olhou para trás; ele, cabeça já erguida, murmurou:

— Isto que você chama de coisa feia é a marca que comprova quem é a taijiya Sango... Uma mulher linda, forte e corajosa que supera toda e qualquer provação. Você é linda, totalmente linda... — e inclinou-se para beijar a cicatriz mais uma vez.

Então ela se virou rapidamente, deitando na cama, para receber os beijos, enquanto ele lhe enxugava as lágrimas. Parte da sua ansiedade se fora; agora, tudo o que Sango mais queria era permitir ao seu amor que a tocasse e a fizesse sua. Ela resolveu criar coragem para tocar os cabelos soltos do marido com a ponta dos dedos e notou que isso o agradara. Miroku, que estivera semi-debruçado sobre o corpo de Sango, se dispôs a tirar a cueca — o que não foi tão simples, já que era a primeira vez que usava uma.

Primeiro, ele tentou puxá-la ainda deitado, depois se ajoelhou e por fim já estava de pé, reclamando porque a peça íntima se embaraçou em seus pés. A exterminadora, apesar da intensa vergonha de ver a nudez do marido, acabou gargalhando do sufoco.

— Você está rindo? Vamos ver se vai continuar achando graça quando eu te deixar pelada! — declarou ele, rindo também, fazendo Sango gelar imediatamente.

De um jeito quase felino, o monge nu avançou sobre ela, beijando-lhe o lóbulo da orelha enquanto pressionava o pênis sem pudor contra seu ventre. Aquilo assustou a jovem, que ficou retraída mais uma vez. Miroku viu o receio de Sango e, fazendo um grande esforço, conteve seus impulsos e se afastou ligeiramente dela, prosseguindo apenas com os beijos. Mas sabia que fazê-la se entregar seria questão de tempo, pouco tempo. Deslizou as mãos para a calcinha da esposa, que abriu ainda mais os olhos, insegura.

— Posso tirar essa roupinha, meu amor?

— Ah! Err... — fez ela, nervosa. — Não, d-deixa que eu mesma tiro.

O monge notou que o maxilar da jovem estava tenso e seu olhar um tanto aflito.

— Ei, ei... — murmurou ele, pegando a mão de Sango com ternura e olhando em seus olhos. — Sango, você não precisa tirar agora. Quero que fique à vontade. Não se sinta pressio-

Sango o interrompeu com um beijo suave e foi escorregando a calcinha pelos quadris. Não conseguia parar de sentir medo, mas iria adiante com seu Miroku, o homem a quem amava.

"Mantenha a calma, Sango, respire fundo. O que poderia dar errado?"

 

ѼѼѼ

 

Então, sem pensar em mais nada, Inuyasha beijou a ponta do dedo de Kagome antes de afastá-lo e puxou o rosto da sacerdotisa para si, iniciando um novo beijo. Sem pressa, sem medo. Um beijo onde ele se aventuraria a conhecer melhor o sabor dos lábios da mulher que amava. E se fosse ele, agora, a tocar a língua dela com a sua...? Não era má ideia.

Ela me quer...

Inuyasha resolveu pôr em prática aquele pensamento e logo sentia a textura da língua da moça, acariciando-a.

Por sua vez, Kagome sentia as pernas trêmulas, contudo não tinha forças (e nem vontade) para interromper aquele carinho excessivamente agradável, que lhe descontrolava o coração. Era o seu hanyou, o seu amado a fazendo se sentir totalmente protegida, querida, desejada. A jovem lembrou-se de uma cena de certo dorama shoujo que assistira, onde a protagonista contornava os lábios do namorado com a ponta da língua.

Será que Inuyasha acharia estranho se ela reproduzisse aquilo?

Era preciso arriscar.

E ela o fez, arrancando um suspiro e um gemido grave e rouco do hanyou que lhe provocou um arrepio e um calor no baixo ventre — ele a abraçou com urgência, colando seu corpo ao dela. O contato com a rigidez dele lhe trouxe uma avalanche de sensações novas e irresistíveis. Kagome acabou apertando Inuyasha no abraço, querendo sentir mais daquele corpo forte, enquanto prendia o lábio inferior dele entre os seus, para sugá-lo. Subitamente, ele sentiu um novo aroma em sua amada, um aroma que quase o fez enlouquecer de desejo.

Kagome me quer...

O aroma da umidade crescente na intimidade da jovem o deixava quase irracional. Aquele cheiro que o sugeria a tomar aquele corpo delicado para si e...

Ouviu um gemido baixo e viu que, inconscientemente, segurara na cintura da sacerdotisa com força e arremetera o falo duro contra o seu ventre, deslizando-o nele. A sensação de prazer foi inédita e intensa; contudo, Inuyasha ficou assustado consigo mesmo e cortou o contato físico, levando Kagome a encará-lo, surpresa e trêmula.

O hanyou a conduziu pela mão até a ameixeira do quintal, silenciosamente. A lua brilhava, destacando-se entre as milhares de estrelas espalhadas na imensidão do céu. Kagome, já encostada na árvore, agora olhava para o alto. Inuyasha resolveu olhar também, não para admirar as estrelas e sim para acalmar seu corpo — ele se sentia extremamente envergonhado por ter se "esfregado" na jovem. A sexualidade era um território desconhecido para si, além do fato de ele se achar inferior e indigno devido à sua natureza híbrida. Ficaram alguns instantes calados.

— Inu, o que foi? — perguntou Kagome com doçura.

— N-nada... Olha, você deve estar com dor nos pés, por que não vai descansar? A gente se vê amanhã... — balbuciou ele, muito constrangido.

"Eu nem me lembrava dessa dor nos pés...", pensou ela, mas concordou, dando-lhe um último selinho e se dirigindo para a casa de Kaede. Ao caminhar, notou enfim o quanto seu corpo queria mais do hanyou, pela quantidade de muco em suas roupas íntimas. Kagome ficou envergonhada, imaginando se Inuyasha percebera algo daquilo e se teria achado ruim.

Inuyasha, ao se ver só, saiu saltando pela copa das muitas árvores do vilarejo, sem rumo.

Estava perdido. Por que se precipitara, ao pedir Kagome em casamento? Agora que ele percebera que ela também o desejava, se via aflito, pois não fazia ideia de como deveria agir com uma mulher. Aquilo nunca acontecera com a saudosa Kikyou, com quem tivera seu primeiro beijo. Não que duvidasse de sua capacidade viril, mas...

Inuyasha era um hanyou. O mundo o rotulava como tal desde que era uma criança. Humanos e youkais o apontavam como uma aberração. Ele tinha agora 281 anos de vida e, durante todo esse tempo, carregara o incômodo fardo de ser híbrido e aquilo lhe perturbava muito.

A única pessoa que o amava de verdade, a ponto de entender suas dúvidas, seria sua mãe; contudo, ele a perdeu quando ainda era um menino. A quem ele pediria tal tipo de instrução? Sesshoumaru? Jamais. Seu irmão riria dele, o menosprezaria e talvez até pusesse em cheque sua virilidade.

— Acho que vou pedir um conselho para aquele pervertido do Miroku — disse consigo mesmo, já se aproximando da casa de Miroku e Sango, que ficava um pouco mais distante das demais casas. Contudo, lembrou-se do que Kagome dissera mais cedo e estacou, em cima de uma árvore.

 — Maldição... Será que eles vão fazer isso hoje mesmo?

O rosto de Inuyasha enrubesceu mais uma vez e, após pensar muito, tomou uma decisão:

— Acho melhor deixar para amanhã... Afinal, eles estavam reclamando de cansaço...

E, ainda corado, voltou rapidamente para o quintal da velha sacerdotisa. Acomodou-se no seu galho favorito do pinheiro vermelho que havia no quintal e procurou relaxar, fitando pensativo o telhado da casa.

O que o hanyou não imaginava é que, naquele exato momento, seu amigo Miroku, sentado perante Sango, passava a mão pelos cabelos dela, que estava encolhida na cabeceira da cama, abraçando os joelhos e chorando alto. Ambos estavam despidos; ela, apavorada e ele, totalmente confuso. Havia sido fortemente empurrado pela esposa, ao posicionar o corpo sobre o dela, intencionando consumar o ato.

— S-Sango... — gaguejou o monge, nervoso. — Por favor... Me ouça, eu...

— NÃO! — exclamou ela, alterada. Miroku nunca tinha visto a taijiya com aquela expressão de pavor, e isso o abalou. — Isso machuca!

— Mas, meu amor...

— Sai de perto de mim! — gritou ela, histérica. Miroku, todavia, manteve o tom de voz baixo.

— Sango, fique calma... Eu nem encostei em você!

A resposta foi um amargo soluço. O monge achou por bem se afastar de Sango, dando a ela um pouco de espaço e tempo para se recompor.

Desorientada, Sango tinha sérias dificuldades para explicar o que aconteceu. Sentia prazer nos toques do marido e quis, de verdade, se entregar a ele, porém seu corpo a traiu na primeira tentativa de penetração, contraindo sua musculatura fortemente. Ela, que não tinha medo de youkais, de bandidos, que nunca fugiu de situações perigosas, agora tinha pavor de desfrutar o sexo com o próprio marido!

— M-Miroku... Me desculpe por isso — murmurou ela, depois de um longo tempo.

— Desculpar você pelo quê? — volveu o marido, ainda sentado distante dela. Viu que os olhos de Sango estavam vermelhos e inchados, transmitindo também uma grande amargura e vergonha. — Eu te entendo, meu amor, você ficou nervosa, foi isso. Não precisa me pedir desculpas.

— Eu te... Empurrei... — disse ela, rubra, olhando para o chão. — E gritei com você.

Miroku deitou-se ao lado dela.

— Não se cobre tanto, querida. É melhor a gente ir dormir... Não sei você, mas eu fiquei realmente cansado depois de nossa dança.

Sango arriscou olhar para o rosto sereno do jovem, que lhe sorriu com singeleza. Parecia não estar incomodado com o desfecho ruim daquela que prometia ser uma noite prazerosa.

— Vem, Sango — chamou novamente, com carinho na voz.

— Você não está aborrecido comigo, Miroku-sama? — disparou ela.

— Deixe o “sama” para outra pessoa, a partir de hoje sou 'meu amor' para você. E por que eu estaria aborrecido?

— Ora — balbuciou Sango — porque a nossa tentativa de fazer amor não deu certo...

Miroku franziu o cenho, meio confuso. Depois de alguns instantes quieto e pensativo, disse:

— Interessante essa forma de falar... Fazer amor. Totalmente apropriada, melhor do que dizer "a mulher serviu ao marido" como dizem os aldeões ignorantes.

Sango concordou, ainda constrangida.

— Aprendi isso com Kagome-chan.

O monge assentiu e puxou o corpo dela para si, aconchegando a cabeça dela ao peito gentilmente. Beijou-lhe a testa, enquanto sussurrava:

— Durma em paz, minha querida. Não se preocupe com mais nada. Temos a semana, o ano, a vida inteira para fazer amor. Relaxe e durma.

— O-obrigada... Meu amor...

E Sango fechou os olhos, sendo atentamente observada pelo marido, que tentava afastar do pensamento uma ideia de que as coisas não seriam tão simples dali para frente.


Notas Finais


*** COMENTÁRIO ESCLARECEDOR***

Pessoal, sei que muitos que lerem vão ficar meio decepcionados com esse final. Contudo, eu quero salientar que, ao contrário do que muitos imaginam, a primeira vez pode ser difícil e assustadora, sim (e para os homens a coisa é até mais pesada, pois a exigência sobre eles é maior). Ninguém nasce sabendo fazer sexo... Isso é aprendido!
Estamos no Japão feudal, período onde há pouca ou nenhuma educação sexual. O desespero de Sango, que na verdade é uma disfunção, e as confusões de Inuyasha são totalmente plausíveis.
Mas, vamos devagar, já-já o negócio vai dar muito certo! kkkk

****

Muito obrigada a quem tem acompanhado a história. Ah, e Feliz Natal! :D

~TheOkaasan


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