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História Vulneráveis (hiatus) - Sábado de Sol - 1


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

No capítulo anterior, Sesshoumaru decide treinar suas habilidades telecinéticas com Inuyasha, que, involuntariamente, demonstra que também as possui, porém seu corpo não resiste à força youkai. Ayame prende Kouga com pergaminhos e o toca de forma excessivamente íntima, levando-o a duvidar de sua própria virilidade. De madrugada, os dois irmãos inuyoukais resolvem passear a cavalo para se descontrair de sua intensa ansiedade e nervosismo.

Sobre o capítulo de hoje, eu o dividi em dois, não por causa do tamanho. É que resolvi arriscar mais uma vez e colocar o ponto de vista do Sesshoumaru, coisa que, até então, nunca havia feito. Então, a quebra foi necessária...

Sei que muitos ficarão revoltados com o que acontece nesse momento pré-cerimônia, maaaaas... Sinto muito! Eu já havia planejado esse detalhezinho há tempos. ( ͡° ͜ʖ ͡°)
Inuyasha e Sesshoumaru estarão OOC neste e no próximo capítulo porque PRECISO deles assim. ;-)

Sobre a imagem do capítulo, créditos ao fanartista. Inuyasha e Sesshoumaru estão vestidos como o pai deles, literalmente, com a diferença de que o quimono do Inu é vermelho. Os links das demais roupas estão nas notas finais. *-*

Boa leitura.

Capítulo 42 - Sábado de Sol - 1


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - Sábado de Sol - 1

 

ѼѼѼ

 

No Palácio Celestial, Lakshu se debruçava sobre a sacada, observando o brilho das estrelas no céu sempre belo do Tenkuukai. Insone, a jovem divindade não conseguia se acalmar. Uma lágrima rolou de seus olhos.

— Vishnu-sama... Eu tenho tanto medo de desapontá-la. Nunca vou chegar ao seu nível. Kuuya... — soluçou. — Kuuya não voltou a si e não consigo curá-lo daquele veneno. Me sinto t-tão culpada por ter permitido que ele fosse... E quando me lembro que Shiva está solta no mundo humano...

E calou-se, chorando com amargura. Tão imersa estava em seu desalento que não percebeu que Shurato havia se aproximado em silêncio; teve um sobressalto quando foi abraçada por trás.

— Perdeu o sono de novo, minha deusa?

— E-eu não posso ter sossego enquanto Kuuya está daquele jeito...

Ela rompeu em um pranto dolorido.

— Lakshu, por favor, não fique assim. Não foi culpa sua.

— M-mas, amor... Eu prometi para os irmãos dele que o traria de volta... E até agora...

Ela se virou para o marido e ambos se abraçaram fortemente.

— Kuuya é um cara forte, meu bem. Ele vai sair dessa. Você vai ver. Quanto a Shiva... Já a derrotamos uma vez. Eu prometo, Lakshu... — ele beijou a testa da jovem. — Prometo que darei tudo de mim, até a minha vida, se for preciso, pela paz nos mundos. E os demais guardiões também.

 

ѼѼѼ

 

Amanheceu. No vilarejo, a população estava em polvorosa. O casamento seria à hora do almoço.

Como era de se esperar, a cerimônia de casamento duplo dos irmãos inuyoukais prometia mais requinte do que a do monge, dadas as condições financeiras de cada um. Sesshoumaru, apesar de não ter quase participado das arrumações, não poupou sequer um centavo para que a festa fosse bem produzida e ornamentada. Inuyasha também investiu todas as economias que tinha. Serviriam arroz colorido (sugestão de Kagome), farofa de carne bovina, sushis, temakis, docinhos dos mais variados tipos, frutas picadas, dentre outros quitutes. Para os noivos, porém, Kaede preparou uma refeição exclusiva, já que o youkai branco exigia que houvesse galinha.

No centro do quiosque de piaçava, que media três metros e meio de altura, haviam pendurado um arranjo de tsurus de papel laminado, que em nada diferia de um lustre da era moderna. Os pilares do quiosque foram todos envolvidos em tecido bege e Sango, juntamente com as aldeãs, fez um belíssimo arranjo de flores nas laterais do Buda de ouro.

O monge Miroku, contudo, estava nervosíssimo. Ninguém sabia o paradeiro de Inuyasha.

— Aquele idiota... Ele precisa ensaiar o discurso! — afirmava ele, a todo momento, bagunçando a própria franja.

Nenhum dos aldeões imaginaria que, naquele instante, Inuyasha estava sendo afogado por seu irmão no ofurô do cômodo de banhos. O mais novo estava despido e Sesshoumaru estava realmente furibundo.

Momentos antes, o hanyou havia pedido para ir se lavar enquanto Sesshoumaru e Jaken colocavam as vestimentas, armaduras e demais adereços no quarto do youkai. Então, por acaso, Inuyasha pôs uma das mãos no bolso e retirou de lá a embalagem de um preservativo XL com aroma de uva.

— Ei – disse o mais velho, observando-o. – Você só trouxe um balão? Por que não trouxe mais?

— Ah, isso não é um balão, Sesshoumaru – afirmou Inuyasha, despreocupadamente. – Isso é uma camisinha. Serve para evitar gravidez.

— Hein? – fizeram os dois youkais, bastante confusos. Sesshoumaru arqueou uma sobrancelha:

— Não compreendo como um balão desses serviria para tal finalid-

— Larga de ser burro, seu maldito. A gente veste essa coisa na piroca antes de transar, então a p**** fica guardada aí dentro, é assim que funciona — replicou o hanyou, saindo para o banheiro, deixando seu irmão catatônico ao evocar as lembranças dele e de Rin enchendo o que ele julgava que fossem balões de gosto ruim. Jaken, constrangido, meneou a cabeça:

— Híbrido vulgar, imoral e sem escrúpulos! É uma vergonha que um estúpido como ele seja meio-irmão de um nobre como o senhor, Sesshoumaru-sama. Onde já se viu tamanha falta de respeito... Sesshoumaru-sama, está tud-

Cascudo. Um nocauteado Jaken caía sentado enquanto o proprietário daquela fazenda ia a passos largos atrás do irmão, que, já dentro no banheiro, estava nu e levou um susto ao ver Sesshoumaru entrando no cômodo.

— Ei, seu tarado filho da p***, sai daq-

O youkai branco pegou a cabeça do irmão e a afundou no ofurô, mantendo-a ali por alguns segundos e puxando-a para cima. Desesperado por não conseguir respirar, Inuyasha se debatia, sem entender o porquê de ser atacado daquela maneira.

— Então você deixou que minha Rin contaminasse os lábios com aqueles... Aqueles... E eu, EU, Sesshoumaru, pus minha boca naquilo! Seu maldito híbrido indecente! — sibilou Sesshoumaru, puxando os cabelos de Inuyasha com furor. O hanyou, tentando se soltar, ainda engasgado, retrucou:

— Mas a c-camisinha é estressada, Kagome m-me explicou... — gaguejou ele, se atrapalhando ao dizer “esterilizada”. — É limpinha... Cof! Mais limpa do que o seu bilau, s-seu hipócrita, e eu d-duvido... Que você não vá querer que Rin coloque a boca n-

— EU VOU TE MATAR! — e, com as mãos trêmulas de ira, o youkai mais uma vez afundou a cabeça de Inuyasha dentro d’água.

 

ѼѼѼ

 

Ayame terminava de pentear os cabelos de Kouga depois de pedir a ele que não os prendesse e, estranhamente, ser atendida.

— Você fica lindo com os cabelos soltos, amor — comentou ela. Sorumbático, o príncipe dos youkais lobos afirmou:

— Você acha, Ayame?

— Sim. Vamos, anime-se... Estamos indo para um casamento, Kouga! Miroku e Sango irão dançar... Estou louca para ver.

— Interessante — murmurou ele, desligado. A verdade era que o youkai estava assustadíssimo consigo mesmo e temia que os outros notassem seus receios. A lobinha, que não via a situação da mesma forma que ele, se portava normalmente. O casal fechou a porta da oficina de Inuyasha. Kouga levava consigo o livro A Casa do Penhasco e o dicionário de Kagome.

Em seus planos, Kouga apenas deixaria a esposa no casamento e se esconderia do povo, para ler o mistério de Nick Buckley sem ser notado por ninguém.

 

ѼѼѼ

 

Dentro da casa de Kaede, Kagome era acudida pela amiga Sango após uma crise de vômitos que, por pouco, não atingia sua veste nupcial. Rin, um tanto aflita, não pelo casamento em si, mas pelo estado da sacerdotisa, segurou em sua testa suada. Arfante, a jovem deu um sorriso fraco para a noiva do daiyoukai.

— Puxa... Muito obrigada, Rin-chan. Não sabe como admiro seu autocontrole...

— Mas você não deveria estar tão nervosa assim, Kagome-chan — comentou a garota, enquanto Sango a abanava com um leque.

— É verdade, Kah. Você é tão tranquila a maior parte do tempo, e agora...

— Vocês não entendem... Eu não estou nervosa, só estou com náuseas...

— E por motivo seria, se não o nervosismo, hein? — replicou a exterminadora, logo exclamando em direção à janela: — Amor, você vai afundar o chão! Venha para cá! As meninas também precisam de você!

Miroku, suado, quis inovar e pediu ao tanuki Hachiemon que fosse até Mushin e lhe trouxesse um traje diferente. O guaxinim aparecera com um hábito cor de açafrão, com um chogyu vermelho com detalhes dourados[1]. Um tanto berrante, na opinião do rapaz, mas depois de ouvir de Sango que ele ficava muito bonito vestido com cores alegres, Miroku envergou a vestimenta sem maiores questionamentos. A exterminadora, por sua vez, usava um quimono modelo comum, púrpura com flores, que lhe caíra muito bem, arrancando elogios.

Pálida, Kagome vomitou mais uma vez, desta vez na janela, murmurando em seguida uma queixa de dor nas costas. Com o coração apertado, o monge não se moveu do lugar, agora ao lado de Rin. A moreninha estava extasiante com um shiromuku branco, pesadíssimo, com bordados de fios de prata e ouro. Seus cabelos haviam sido presos num coque baixo, que sustentava o arranjo de orquídeas naturais ali colocado. Completando, uma grossa mecha de cabelo da garota havia sido trançado e acomodado sobre sua franja, habilmente presa com alguns grampos de Kagome — tudo sob um tsunokakushi[2] branco e delicado. Apesar de belíssima, Rin não podia dizer que estava se sentindo confortável. A roupa pesava quase cinco quilos e, na noite anterior, suas duas amigas meteram-lhe na cabeça a ideia de aceitar uma depilação de pernas e virilhas com cera quente. Foi uma experiência mais incômoda e dolorida do que o próprio defloramento. A garota estava ainda terrivelmente consciente de cada poro ardido pela perda de parte dos pelos.

A sacerdotisa, contudo, havia dito num diálogo com Sango, no dia do casamento da exterminadora, que preferia se casar usando um hikifurisode[3] simples. O youkai branco havia captado a conversa no ar e, felizmente, não se esquecera dela. Observador e sagaz, Sesshoumaru não hesitou em mandar a velha youkai Reina costurar para Kagome um traje da exata cor do quimono de Inuyasha, com estampas florais nas bordas e um obi de tecido brilhante com um laço enorme nas costas. O penteado dela fora mais simples — uma trança embutida para o lado esquerdo, com hibiscos vermelhos, detalhe que deixaria o hanyou totalmente deslumbrado.

— Pobre Kagome — comentou Rin, condoída da palidez da sacerdotisa. — Eu queria tanto poder fazer alguma coisa para ajudá-la!

— Eu também, Rin-chan. Eu também — murmurou Miroku, entristecido. Ele sentia mesmo por Kagome, por saber que algo não estava bem em sua saúde. Rin, olhando para o rosto suado da moça sendo acudida por Sango, sussurrou, mais para si mesma:

— Quero que Kagome-chan fique boa logo. Inuyasha vai ficar desesperado se a vir desse jeito. Que situação, Vishnu-sama!

Miroku deu um pequeno salto, sentado no banquinho. A noivinha o olhou com estranheza:

— O que foi, houshi-sama?

— O que você sabe sobre a deusa Vishnu, Rin? — inquiriu ele, nervoso. Aí, Rin se deu conta de que estava perto de um território proibido, já que Sesshoumaru a havia feito prometer e jurar que nunca contaria sobre o episódio dos Hachibushu para ninguém. Porém, ela tinha suas dúvidas se seria seguro ocultar aquilo. E Miroku, bem, Miroku era um sacerdote. Era um homem de Buda.

Então, ainda meio receosa, a mocinha murmurou para ele:

— Houshi-sama, podemos ter uma conversa em particular depois?

— Sesshoumaru jamais permitiria você falar comigo a sós, menina.

— Eu sei, mas é importante. É sobre Vishnu-sama.

— Rin — fez ele, suplicante, ainda em voz sigilosa. — Eu te imploro, seja lá o que for que você souber sobre Vishnu, mesmo que seja apenas um comentário que tenha ouvido na rua... Conte para mim, preciso muito saber...

— Sério? É para a sua iluminação, houshi-sama?

Antes que ele pudesse responder, Kagome soluçou alto do outro lado do cômodo. Sango já estava chorando também, silenciosamente. Rin fez menção de se levantar, mas o monge foi mais rápido e disse para ela:

— Não, Rin-chan. É melhor ficar quietinha, senão você pode cair com essa roupa pesada. Eu vou ajudar Kagome-sama.

— S-Sango-chan — arfou a sacerdotisa, pálida, sendo amparada pela exterminadora, que enxugava o suor do seu rosto. — Eu n-não acredito que isso está acontecendo. N-não consigo conter esse enjoo. E essa dor nos rins... Justo hoje... — e ela desatou a chorar. Sango puxou a cabeça da amiga com carinho e a acomodou em seu peito, olhando aflita para o marido, parado de pé ao lado das duas.

O coração do monge batia doloroso. Por mais que quisesse esquecer o episódio ocorrido do dia anterior, não conseguia — sempre que olhava para a jovem, relembrava a visão estranha da pequena massa sem forma dentro do ventre dela. Alguém gritava lá fora:

— Sango-sama! Houshi-sama! O restante do carregamento de amazake[4] chegou!

Enxugando as lágrimas, Sango deu um beijo na testa de Kagome enquanto a entregava para Miroku, que segurou seu ombro, se sentando no banquinho ao lado. Respirando fundo e retomando a postura enérgica de sempre, ela afirmou, com um tom já mais firme:

— Amor, veja o que pode fazer por Kagome-chan. Rin-chan, você está derretendo!

— Estou, Sango-chan. Essa roupa é tão quente... — lamentou-se Rin. A exterminadora se aproximou, ajudando a mocinha a se levantar do banquinho. — E eu não gosto de ficar parada, sem poder ajudar ninguém.

— Não se importe com isso, hoje é o seu dia. Deixe tudo com a gente. Quer comer alguma coisa?

— Não. Quero um chá.

— Eu trago. Kah... Vou trazer umas torradas para você — disse ela, dando uma olhada preocupada para a amiga, que respirava fundo, suada, ao lado do monge, que, de costas para todos, segurava sua mão. — E para você também, amor.

— Não precisa, minha linda — respondeu ele.

— Precisa, sim, você está sem comer desde ontem. Volto logo.

E Sango saiu da casa. Rin, aproveitando que estava de pé, veio devagar até uma gemebunda Kagome, e ficou chocada ao ver o rosto da cunhada. A sacerdotisa estava absurdamente pálida, seus lábios tinham um tom descorado e toda ela parecia doente, apesar de bela em sua veste nupcial. Educado, Miroku disse à noiva de Sesshoumaru:

— Rin-chan, minha querida, você não se importa se eu te pedir que se afaste por alguns minutos? Vou fazer uma prece por ela. Mas depois volte para cá. Sango não vai gostar de mais alguém te vir antes da hora...

— Oh, é claro que não, houshi-sama. É até bom, eu vou ao túmulo de Kikyou-sama rezar também e tomar um ar fresco. Acho que ninguém vai passar por ali. Vocês vão precisar de alguma coisa?

— N-n-não, Rin-chan — ofegou a outra, com os olhos fortemente fechados. — V-vou ficar bem...

— Obrigado, Rin-chan — afirmou Miroku, agora abraçado à amiga. A mocinha se afastou com alguma dificuldade. O monge ficou atento ao som dos passos de Rin e segurou a mão de Kagome com mais força.

— Kagome-sama... — começou ele, num murmúrio. — Promete uma coisa para mim?

— P-pergunte, Miroku-sama.

— Prometa que vai cuidar da sua saúde. Eu sinto que seu sangue está com alguma enfermidade, alguma impureza... — ele julgou melhor não comentar nada ainda sobre sua suspeita de ela estar grávida.

— P-Prometo. V-vou para casa de mamãe ainda n-nessa semana e g-garanto que vou procurar um m-médico.

Ele deu um sorriso fraco.

— Isso me deixa mais aliviado. Também vou prometer algo para você.

— O... O quê?!

— Vou usar meu houriki para ajudar a curar você, Kagome-sama. Mas, por ora, não quero que diga isso a ninguém, nem mesmo a Sango. Afinal de contas... Se você adoecer e eu não fizer nada, o Inu jamais me perdoaria.

— Mas...

— Não temos muito tempo. Feche seus olhos. Om Handa Mei Shindamani Jinbara Un...

Obediente, a sacerdotisa fechou os olhos e ouviu a voz grave do amigo sussurrar aquele mantra diferente. Logo, todas as células de seu corpo foram envolvidas por uma energia cálida e reconfortante. Abrindo um dos olhos, Kagome se surpreendeu ao ver Miroku resplandecer de poder espiritual. Menos de um minuto depois, o enjoo ainda persistia, mas já bem mais controlado, e o princípio de cólica renal felizmente se dissipou.

A sacerdotisa se afastou do monge, que a olhou curioso e satisfeito. O rosto dela estava novamente com aspecto saudável. Mesmo Miroku já não se sentia tão fatigado.

— Como você está agora, Kagome-sama?

— Muito melhor, Miroku. Obrigada — sorriu ela, comovida. — Você... Não sabe o bem que me fez. Se Inuyasha me visse daquele jeito...

— Ele surtaria, coitado. Inuyasha fica desesperado quando você adoece — afirmou o outro, alcançando um copo de água para ela, que o bebeu sedenta. — Acho que o melhor seria você continuar em repouso.

— Mas eu já estou melhor... — replicou Kagome, enquanto ambos ouviam os passos de Rin, que voltava para dentro da residência.

— Não teime. Você precisa descansar. Afinal, casamentos podem ser bem cansativos... — a outra noiva chamou da porta:

— Posso entrar?

— Claro, Rin-chan — respondeu Miroku. — Como eu ia dizendo, Kagome-sama, tanto você quanto ela — apontou para Rin — precisam se manter mais quietas hoje. Essa cerimônia, eu pretendo não me demorar nela, só que ainda assim vocês ficarão um bom tempo em pé. E ainda precisarão cumprimentar os aldeões, dançar conosco, e ao fim do dia enfrentar as espadas dos cachorrões fogosos... A propósito, Rin, espero que tenha conversado bastante com as meninas para aprender suas experiências adultas. Tudo para dar uma boa chave de virilha no seu futuro marido — sorriu, com naturalidade.

Kagome revirou os olhos e Rin ficou bem vermelha.

 

ѼѼѼ

 

— Aaaaaai! Isso dói, sua velha! — berrava Inuyasha. Ele estava vestido com um quimono vermelho com detalhes brancos e um obi verde de longas pontas, à semelhança de um samurai. Reina, a youkai velha da fazenda, tentava pentear seus cabelos, mas ele não ajudava muito.

— Como você é complicado, garoto Inuyasha. Fazer o rabo-de-cavalo em Sesshoumaru-sama não me deu um pingo de trabalho.

— Keh! Você está machucando as minhas orelhas!

Um cheiro enjoativo de erva queimada começava a se espalhar pela casa. O hanyou, intrigado, fungou.

— Velha, que fedor de mato é esse?

— Sesshoumaru-sama está usando o narguilé[5], garoto. Fique com a cabeça parada.

— Narguilé? Mas o cheiro está doce demais para ser de tabaco.

— Tokumaru deve ter colocado um tabaco velho, então. Realmente o cheiro está bem estranho. Sesshoumaru-sama só usa o narguilé quando está muito nervoso, já faz décadas que ele não fuma... Não mexa a cabeça, estou quase conseguindo...

— Aaaaaaaah, velha... Vai quebrar meu pescoço, p*** que pariu! AIIIIII! — gritou ele, ao sentir sua orelha direita sendo puxada.

— Não gosto que fale palavrões perto de mim. Agora sim... Terminei. Ufa!

Rigidamente puxados para trás, os cabelos prateados de Inuyasha estavam presos no alto da cabeça, fora os fios menores da franja que não puderam ser presos com os outros por causa das orelhas caninas. O penteado ficou mais volumoso do que o do youkai branco, que se fechara no quarto assim que se viu pronto. Inuyasha ainda não o tinha visto e estava curioso sobre como estaria seu irmão.

— Você ficou ótimo, garoto. A sua noiva vai adorar te ver — comentou a velha, olhando para ele com ar de aprovação. O hanyou corou com o elogio e surpreendeu Reina com um abraço.

— Legal, velhota. Valeu, obrigado. Cadê aquele maldito? Nós temos que ir logo.

— Ele está no quarto dele, mas creio que ele não vai querer ser interrompido agora que está fumando o narguilé...

— Não ligo! Se ele criar caso, eu o arrasto de lá à força.

Alheio a tudo isso, Sesshoumaru, à semelhança do pai, envergou um quimono branco com detalhes azuis na gola, um obi vermelho ainda maior do que o que ele costumava vestir e uma armadura e estola idênticas à de Toga, o Inu no Taishō, que lhe deixava com o tórax e os ombros com aparência mais robusta. Seu rabo-de-cavalo era impecável, sem um único fio fora do lugar e sua franja grande teve as pontas aparadas.

Ao se ver refletido na lâmina de Bakusaiga, algo dentro do espírito impávido de Sesshoumaru doeu. Ele, ainda que não admitisse, sentiu saudades do pai. E ver-se daquela forma, tão semelhante ao daiyoukai temido e famoso daquelas terras, lhe fez ter a necessidade de se retirar da presença dos empregados e ficar sozinho, pedindo a um deles que lhe trouxesse o narguilé.

Seu pai gostava de fumar ocasionalmente. Sesshoumaru não era entusiasta da prática, mas não podia negar que a mistura de tabaco com ervas aromáticas lhe fazia ter uma sensação de quietude, quando seus pensamentos se desordenavam – o que era o caso, ali, a menos de uma hora do casamento com sua protegida.

Agora, sentado sobre almofadas e expirando a fumaça — que, estranhamente, estava adocicada demais ao olfato, o que fez o youkai se perguntar se tinha se esquecido do real cheiro do tabaco — Sesshoumaru fechou os olhos, relaxando. Dez minutos depois, ele estava em paz. E feliz.

Em poucas horas, desposaria a sua tutelada linda e de caráter forte. Rin era uma humana impressionante; corajosa e bastante madura para a idade, fazendo com que Sesshoumaru se orgulhasse dela em todos os aspectos. Ele sorriu abertamente, sozinho, quando ouviu um barulho do lado de fora do quarto. Era o hanyou batendo à porta, insistentemente, ao passo que os youkais lhe suplicavam para que não incomodasse o proprietário da fazenda.

— Estúpido híbrido, já não lhe mandei se afastar do quarto do meu senhor? — grasnava Jaken, agoniado, enquanto Tokumaru e Reina instavam com ele para deixar Sesshoumaru em paz.

— Keh! Calem a boca, seus idiotas, eu tenho que falar com esse merdinha... Tô nervoso demais aqui, louco para chegar logo ao vilarejo e me casar de uma vez... E o maldito Sesshoumaru se tranca dentro do quarto, que p****!

De dentro do cômodo, Sesshoumaru deu uma risada breve, segurando a mangueira do narguilé e abrindo a porta com seu youki. Os youkais gritaram de pavor.

— Inuyasha — disse ele, imperioso — entre. Vocês, saiam e vão se aprontar. Quero ficar sozinho com ele. Só sairemos daqui quando este Sesshoumaru estiver satisfeito.

— Mas, Sesshoumaru-sama... — ia dizendo o youkai mais alto, quando se calou, estremecendo. Sesshoumaru lhe sorrira e Tokumaru suou frio, apavorado. Reina já havia se afastado e Jaken se ocultou atrás da perna de Tokumaru. Inuyasha, encafifado com a fumaça, adentrou o cômodo.

— Você colocou qual erva no narguilé, Tokumaru? Esse cheiro não é o de tabaco com camomila, como o que eu costumo usar e que meu pai também usava — indagou o daiyoukai, observando pensativo a fumaça densa.

— Foi Jaken que me p-passou o narguilé pronto... — o verdinho estremeceu, se explicando rapidamente:

— E-eu não encontrei a c-camomila... Acrescentei um pouquinho de uma erva d-desidratada que estava dentro de um alforje... I-imaginei que o senhor f-fosse gostar por causa do cheiro d-doce...

— Mas que erva é essa, afinal? — indagou o hanyou.

— E-estava no meio d-das coisas de seu pai, n-naquele quarto onde Sesshoumaru-sama guarda os pertences dele... É lá que colocamos o narguilé...

— Eu estou me sentindo ótimo! — exclamou Sesshoumaru, de supetão. Jaken deu um berro de medo, fazendo o outro encará-lo com seus olhos perscrutadores em silêncio. Contudo, tudo o que o youkai fez foi dar mais uma risada, levando a piteira aos lábios e tragando de novo. Foi o suficiente para que os dois empregados corressem a toda para longe dele. Inuyasha o observava, notando que algo estava bem errado. Sesshoumaru estava com as escleras dos olhos ligeiramente rosadas.

— Algum problema, Inuyasha? Por que não chega para cá? Quero ver como você ficou...

— Bem... — uma sobrancelha do hanyou se arqueou. — Era assim que nosso pai se vestia, não era? Você ficou bem parecido com a imagem que eu tenho dele... Mas você está ainda mais esquisito do que o normal, maldito. E ainda fuma essa p**** fedorenta...

Ignorando o palavrão do caçula, Sesshoumaru olhou para o irmão intensamente, estudando os detalhes dele — o rabo-de-cavalo, o quimono novo, a armadura. Tragou mais uma vez e fez um gesto de cabeça afirmativo.

— Os seus olhos, Sesshoumaru, o que acontec-

— Lindo.

— O quê?!

— Você, Inuyasha. Lindo... Como um jardim de dálias quando a primavera desponta.

— Vá se f****, idiota! — protestou ele. Sesshoumaru gargalhou. - E para de rir de mim, c*****!

— Parece que Sesshoumaru não é o único ansioso aqui. Por que não se senta e fuma um pouco comigo?

— Deixe de palhaçada! Isso é alguma droga? Você parece um bêbado e está com olheiras!

— Claro que não, estúpido, é apenas uma erva que, possivelmente, meu pai usava. E traz um considerável relaxamento... Esqueceu que não dormimos à noite, andando a cavalo? Você está com olheiras também. Particularmente, não quero que minha Rin me veja com ar de fadiga.

O caçula pareceu considerar por algum momento. Apesar do comportamento bizarro, seu irmão parecia se sentir muitíssimo bem.

— Se eu fumar essa merda, você vai se levantar daí para a gente ir logo para o vilarejo?

— É óbvio, não acha? Eu estou louco para me casar... Hahaha...

Inuyasha arregalou os olhos ao ver seu irmão rindo de novo. Acabou se sentando diante de Sesshoumaru, que lhe ofereceu a segunda mangueira.

— Você ficou maravilhosamente magnífico com esse traje, meu irmãozinho hanyou. O que nosso pai diria?

— N-não sei o que nosso pai diria... E pare de me elogiar assim, maldito. Me dá isso — corado, Inuyasha tomou a piteira e a levou aos lábios; logo teve um acesso de tosse. Sesshoumaru teve um surto de hilaridade e gargalhou até lacrimejar. O hanyou olhou para ele com raiva.

— C******, Sesshoumaru... Eu nunca usei narguilé, mas tenho certeza de que isso não é coisa boa.

— Você acha que Jaken prepararia um narguilé com algo que me prejudicaria, seu estúpido? Eu tenho motivos de sobra para confiar nele. Deve ser alguma erva aromática estrangeira de nosso pai.

— Não sei não... — fez o caçula com receio, olhando para o objeto. Sesshoumaru o encarou com seus olhos brilhantes e injetados, comentando divertido:

— Ou será que você está com medo do narguilé, Inuyasha?

— É CLARO QUE NÃO! — berrou ele, indignado, pegando de novo a mangueira e dando um trago, dessa vez com mais cautela. Tossiu bastante enquanto o mais velho meneava a cabeça.

— Vá com calma, você não está acostumado com isso, seu imprudente.

— Não me diga o que fazer! Se você fuma essa p****, eu também posso! Não sou pior do que você, maldito.

E, assim, os dois irmãos fizeram uso do narguilé até que o youkai branco se considerasse relaxado de verdade. Inuyasha, por sua vez, se sentia estranho, como se tivesse passado por alguma espécie de experiência mística — a mente mais leve, os sentidos mais aflorados e a alma mais sensível.

— Sesshoumaru... — fez ele, com uma voz sensual que fez o outro o olhar com certo orgulho. — Vamos logo para o vilarejo. Eu me sinto tão lindo e atraente agora...

— Está totalmente certo. Você é lindo, Inuyasha — comentou o outro, com um grande sorriso, exibindo seus dentes perfeitos. — Lindo e atraente. Não é para menos. Você é irmão de Sesshoumaru.

— E o que tem isso a ver?

— Tudo, ora. Este Sesshoumaru é um deus, a perfeição mortal em forma de criatura vivente — disse Sesshoumaru, descontraído, saindo da casa grande com o irmão. Ambos estavam com os olhos irritados e, não obstante, bastante satisfeitos consigo mesmos. — Por tal motivo, você é OBRIGADO a ser lindo e atraente. Se não o fosse, eu já o teria matado. Um ser com o meu sangue nas veias não pode ser feio.

— Eu concordo com você! — afirmou o hanyou, com um sorriso contagiante, que demonstrava alegria por cada poro. — E vamos nos casar com humanas bastante sortudas.

— É verdade! Elas, definitivamente, são humanas privilegiadas! — e Sesshoumaru levou as mãos ao rosto, como se estivesse impressionado. — A sacerdotisa, por ter ao lado um hanyou de beleza e virilidade incontestáveis... E Rin, por ter ao lado um deus como eu!

Ah-Un estava à espera deles do lado de fora da casa grande.

— Estou emocionado, Sesshoumaru.

— Eu também, meu irmão. Somos os belíssimos filhos do grande Inu no Taishō. O espírito dele deve estar orgulhoso de nós dois agora.

— Vamos, então?

— Vamos... Eu quero ver a minha Rin e fazer amor com ela...

— E eu quero comer um bom prato de arroz com bife primeiro, para fazer amor com minha Kah mais tarde. Acho que não é bom fazer essas coisas com a barriga vazia.

O dragão youkai alçou o céu azul com os dois irmãos. Sesshoumaru pareceu pensar por algum momento antes de comentar, sereno:

— Você é bem perspicaz, Inuyasha. Também vou comer antes, é melhor... Um caldo de galinha cozida com mandioca seria muito bem-vindo.

 

ѼѼѼ

 

Miroku, já agoniado, se afastou do vilarejo. Estava aliviado por ver a jovem sacerdotisa bem melhor e, no momento, alegre e em franca expectativa como uma noiva comum, elétrica, junto com sua exterminadora, acudindo uma Rin que estava exausta com a roupa nupcial. Contudo, a ausência de Inuyasha o deixava com os nervos à flor da pele. O hanyou não o procurara para ensaiar o discurso.

O monge se aproximava do bosque quando ouviu duas vozes do alto. Olhou para o céu e avistou o dragão youkai com os irmãos inuyoukais montados nele. A beleza e a imponência de ambos eram perceptíveis de longe; Inuyasha, em especial, mostrava uma postura bem diferente da usual. Era um demônio poderoso no momento que estava ali, não o híbrido inseguro e encrenqueiro.

Mas algo estava errado.

Os filhos do famoso daiyoukai Toga sorriam demais e, saltando de sobre Ah-Un, chegaram até ele rapidamente. Sesshoumaru parecia ligeiramente letárgico; o hanyou, contudo, estava eufórico. Logo Miroku era fortemente abraçado por Inuyasha, chegando a ser erguido do solo.

— Inuyasha, seu irresponsável! Tem ideia do quanto fiquei preoc-

— Meu onii-san do coração...! Miroku! Estou tão feliz por te ver de novo!

O queixo de Miroku caiu. Ao lado, Sesshoumaru cruzava os braços, resmungando:

— Basta, Inuyasha. Eu também estou muito feliz em rever o monge e quero abraçá-lo. Veja como ele fica engraçado de amarelo...

— É mesmo... Miroku, você está engraçado com essa túnica...

Os dois gargalharam. Miroku fechou a cara, inconformado.

— Mas o que vocês est-

Logo o monge era apertado num abraço ainda mais forte e sufocante de um youkai que não parava de sorrir. Trêmulo, com alguma dificuldade o rapaz pôde se desvencilhar do abraço de urso.

— Sesshoumaru, vamos logo — afirmou o hanyou. — O casamento...

— Sim, o casamento. As nossas humanas devem estar ansiosas por nossa presença. Inuyasha, pegue Miroku...

Aturdido e mesmo assustado, Miroku resolveu intervir:

— Ok, já chega! Que brincadeira é essa?! EI! — gritou ele, quando Inuyasha o tomou nos braços e os três levitaram. Logo, o youkai branco os conduzia para as imediações do quiosque, planando suavemente no ar. — Inuyasha, o que deu em vocês dois?

Com seus olhos injetados, Sesshoumaru sorriu amistoso para Miroku, que se sentiu muito desconfortável. Ver Sesshoumaru sorrir era algo que não lhe sugeria segurança.

— Monge — afirmou ele, altivo. — O que tem contra a minha felicidade e a de meu irmão?

— N-nada, Sesshoumaru. Nada. E-eu só acho que vocês estão meio felizes demais.

— Keh... — fez Inuyasha, enquanto ambos pousavam no meio do vilarejo, a poucos metros do quiosque. — Você também ficou alegre quando se casou com Sango, seu chato.

— Andem logo, tenho pressa — afirmou Sesshoumaru, andando despreocupado até a aglomeração de pessoas. Logo o braço do hanyou rodeava os ombros de Miroku, com cumplicidade. Os dois se encararam por um momento e o monge notou que seu amigo estava com um leve cheiro de fumaça de narguilé e algo mais que ele não identificou. Cochichou:

— Inu, que cheiro é esse? Vocês fumaram alg-

— Eu te amo, meu onii-san. Obrigado por fazer parte do dia mais feliz da minha vida — respondeu Inuyasha, apertando o ombro do rapaz. Miroku perdeu a fala por algum tempo, olhando estupefato para ele. — O que é que você tem? Por que não diz nada?

— Miroku, estou com pressa — repetiu Sesshoumaru, lá da frente, parando mais uma vez para olhar para eles. — Quero ver minha Rin. Sinto o doce aroma dela por aqui.

— C-calma... Deixem-me passar na frente — disse Miroku, mais do que alarmado.

Aquela cerimônia seria a coisa mais difícil que ele realizaria em toda a sua vida.

 

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1 — A veste que o Miroku recebeu é uma túnica semelhante à dos monges shaolin.

2 — Tsunokakoshi: Chapéu nupcial tradicional, menor do que um wataboshi (o chapéu da Sango, no capítulo 3).

3 — Hikifurisode: Roupa nupcial feminina que se usa depois da cerimônia. Kagome usa essa antes.

4 — Amazake: Bebida feita à base de arroz fermentado, doce e com baixo teor alcoólico, que se serve em casamentos no Japão.

5 — Narguilé: espécie de cachimbo de água, de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado.

 

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Notas Finais


Roupa de Miroku: http://g02.a.alicdn.com/kf/HTB1WcfwHVXXXXctXpXXq6xXFXXXT/Free-shipping-linen-buddhist-Monk-Robes-Shaolin-Men-Robe-high-quality-Buddhist-Monk-Cassock-Clothes-Abbot.jpg
Roupa de Sango: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/f7/a0/bb/f7a0bbcab36c4fab0e34a49b14406113.jpg
Roupa de Rin (shiromuku, porém todo branco): http://2.bp.blogspot.com/-F8nMp6XHT6Y/VpeeMtiDWRI/AAAAAAAACGk/CVJmkh41eO4/s1600/homeshiro.jpg
Chapéu de Rin (o da esquerda): http://nipponario.abranera.com/wp-content/uploads/2012/02/Captura-de-pantalla-2012-02-03-a-las-19.41.48.png
Roupa de Kagome: http://thumbnail.image.rakuten.co.jp/@0_mall/isyou-nb/cabinet/irofuri/irouchi-nt621-25.jpg
Narguilé do Sesshoumaru (não sei porque, mas achei esse narguilé perfeito para ele): http://1.bp.blogspot.com/-vRJFd1BVHDg/VetTorp8XjI/AAAAAAAAErQ/F42EbWpt8Yg/s1600/narguile.jpg

Galerinha... Para nossa consternação, a erva desidratada que estava no meio das coisas do Inu no Taisho é, SIM, um entorpecente famoso. Antes que me xinguem, deixem-me explicar...
~ Eu SEMPRE quis os dois irmãos desinibidos na cerimônia. Para tal, dispunha apenas de duas opções: bebida alcoólica ou psicotrópico! E, se levarmos em conta que, até antes da Segunda Guerra Mundial, a cannabis NÃO era proibida no Japão, então não é nada inverossímil a tal erva ir parar nos pertences do daiyoukai.

Reforçando¹: eu sou #CONTRA o uso de #ENTORPECENTES e sempre serei!
Reforçando²: "Vulneráveis" tem tabus, #EuAvisei! kkkkkkk

Obrigada, pessoal! Aguardo seus comentários, sugestões, críticas... Pretendo finalizar o capítulo da cerimônia narrado pelo Sesshoumaru o mais rápido que puder.

~ Okaasan (◕‿◕✿)


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