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História Vulneráveis (hiatus) - Sábado de Sol - 2


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

No capítulo anterior, Kagome adoece, mas é rapidamente curada pelo poder de Miroku. Sesshoumaru e Inuyasha estão prontos para irem à cerimônia; porém, o grande nervosismo do youkai faz com que ele queira fumar narguilé para se acalmar. Jaken não encontra o tabaco e acrescenta umas folhas desidratadas no aparelho, desconhecendo que se trata de folhas secas de maconha. Os dois irmãos experimentam a mistura da erva com mel e ficam bem alterados.

O capítulo de hoje é um POV do nosso amigo #SesshyFazendeiro. Não estranhem; ele e Inuyasha estão com uma fome desmedida, com dificuldade de concentração, lapsos de memória e libido exacerbada.

A imagem do youkai com essa carinha de "hoje eu tô pro crime" não me pertence, créditos ao fanartista.

ATENÇÃO: ESTE CAPÍTULO CONTÉM HENTAI (que novidade...)

Boa leitura!

Capítulo 43 - Sábado de Sol - 2


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - Sábado de Sol - 2

ѼѼѼ

 

POV Sesshoumaru

 

ѼѼѼ

 

Você tem alguém para proteger?

Foi isso que meu chichi-ue perguntou para mim no dia em que morreu. Há duzentos e oitenta e um anos atrás. E a pergunta dele era repetida em meus pensamentos, constantemente. A bem da verdade, naquele dia, achei a questão mais do que ridícula. Eu, Sesshoumaru, não tinha ninguém para proteger, e muito menos queria.

Entretanto, ali estava eu, quase três séculos após a partida de meu pai. Rodeado de humanos. Em um vilarejo de humanos, me unindo em matrimônio com uma humana que eduquei e criei, após tê-la trazido do mundo dos mortos por duas vezes. Que grande ironia do destino.

Enfim, o que importa é que agora eu sabia que pertencia a alguém.

Ela me olhava com aqueles olhos castanhos, capazes de sondar o íntimo de meu espírito. Não parecia estar muito alegre; estava bastante séria, como se estivesse aborrecida com algo. Ela movia os lábios, belos lábios, me dizendo algo, mas eu estava imerso nas lembranças de meu pai e em reflexões para o meu futuro com uma esposa humana. Demorei a entender o que ela dizia. Alguma coisa estava me deixando um pouco aéreo e com dificuldades para me concentrar.

— Sesshoumaru-sama... — chamou-me a minha Rin. — Por Buda... É a sua vez de falar os votos...

— Sim, Sesshoumaru, diga os votos — afirmou Miroku, o monge humano que celebrava aquela cerimônia religiosa. Ele estava suado e irrequieto; acrescentou em seguida, num murmúrio inaudível: — Já é a terceira vez que lhe pedimos.

— Os votos...

Resolvi olhar para trás e vi que diversos aldeões escondiam o rosto nas mãos, às pressas, enquanto outros pareciam confusos. Estariam eles rindo? Ao nosso lado, estavam Kagome e meu meio-irmão. Ambos estavam com os olhos avermelhados e ela parecia estar à beira das lágrimas. Inuyasha, porém, não escondia seu contentamento. Devo dizer que nunca havia visto aquele estúpido hanyou tão belo... Creio que é porque ele ficou semelhante a mim. Tomei a pequena mão de Rin entre as minhas.

— Rin... Eu, Sesshoumaru, me considero um felizardo após ouvir suas palavras. Não imagina o quanto me orgulho ao ouvir você dizer que descobriu o que é a felicidade ao ser amada por um youkai que ficou ainda mais poderoso por causa da descoberta do verdadeiro amor. Sinto ainda um fremir de satisfação na alma depois de ouvi-la dizer que seu coração é meu e que se considera agraciada por viver tudo o que viveu ao meu lado...

Escutei a exterminadora cochichar um “gente, eu pensei que ele nem estivesse ouvindo as palavras de Rin... Parecia estar dormindo em pé com aqueles olhos vermelhos!” para Kohaku, que estava ao lado dela com Kirara. Olhei de relance para ela, que se empertigou, assustada. Nossa, aquele moleque taijiya está um adulto! Prossegui:

— Eu, Rin, não tenho muito a dizer, a não ser isto: obrigado.

— Hein? — fez ela, insegura. Sorri, ouvindo alguns humanos prendendo a respiração.

— Obrigado por ser o brilho do sol que resplandeceu os meus caminhos obscuros. Minha vida só passou a ter um real significado depois que você entrou nela. Parece que foi ontem... Você era tão pequenina, mas tinha no olhar uma vivacidade, um calor... Você pôde cativar a mim, Sesshoumaru, de imediato, com suas demonstrações de amor pela singeleza da vida.

Ela apertou minha mão.

— Nunca havia experimentando o desejo de ter alguém para proteger. Para zelar, amar, admirar. E isso foi instantâneo quando você, com este tão delicado rosto que estava ferido, sorriu para mim pela primeira vez. Eu a amei e quis cuidar de seu bem-estar, de sua segurança. Só não imaginei que tal sentimento, até então inédito para mim, fosse tomar outros matizes.

Então minha Rin sorriu, já mais confiante. Interessante, as palavras brotavam facilmente em minha boca. Geralmente tenho dificuldades para me expor assim.

— Eu, Sesshoumaru, me entrego por completo ao seu dispor. Passo a pertencer a você, Rin, eternamente, pois nossos corações estão atados... Ligados... Amarrados. E, mesmo quando este meu ser sucumbir à morte, meu sentimento de amor por você será ainda mais forte e resistirá na memória de nossos bem-aventurados descendentes.

— Kami-sama... Eu fico tão feliz! – disse ela, com um verdadeiro olhar de amor direcionado para mim. Uma lágrima, que eu sabia estar ali por teimosia, já que ela não era chorona, rolou por seu rosto e eu, de enamorado que estava, tive que colhê-la com meus lábios. Apesar disso, devo reconhecer que minha Rin é uma pessoa firme. Kagome, ao nosso lado, soluçava e abraçava o meu irmão.

Por que os olhos dele estavam tão avermelhados?

O monge, ainda parecendo tenso, passou a olhar para o outro casal. Inuyasha, se afastando dela com cuidado, perguntou:

— Amor, você... Você quer falar primeiro?

— N-não... Me desculpe, Inu, m-mas não vou conseguir falar n-nada agora...

— Pode dizer seus votos então, Inu – afirmou Miroku.

Meu irmão segurou o rosto da miko; senti que minha Rin enrijecia os ombros.

— Kagome, você acredita em mim?

— Claro, Inuyasha.

— Acredita que sou sincero ao dizer, também, que minha vida é sua vida e que eu jamais a deixarei?

— S-sim, amor.

— Que bom — afirmou Inuyasha, parando de sorrir e segurando as mãos de Kagome. — Quero pedir a você que não se esqueça das muitas promessas que eu lhe fiz, porque vou cumpri-las, uma a uma. Não vou ser o marido, o pai e o amante perfeito porque, você bem sabe, tenho muitos defeitos e sei de como esses defeitos, às vezes, atrapalham nosso relacionamento. Mas o meu amor por você, esse sim, é forte e transcende as eras. Sobre os seus votos, fique à vontade para dizer agora, mas nenhum deles vai me surpreender.

— O... O quê?! — tartamudeou ela, intrigada.

— O seu amor por mim é tão evidente, Kah. Quando você me diz “bom dia”, leio um “eu te amo” nos seus olhos. Na verdade, vejo um “eu te amo” em cada sorriso seu, a cada vez que você faz um curativo em minha mão, sempre que você prepara meu bolo de aveia favorito... Por favor, não chore, assim eu vou pensar que você está triste...

A humana chorava a ponto de tremer, agarrada a ele. Meu irmão ergueu o rosto dela mais uma vez. Minha Rin colocou as mãozinhas sobre o próprio coração e fiquei curioso sobre o que ela estaria sentindo ao ver aquilo.

— Kagome Higurashi... Sorria para mim. Sou viciado no seu sorriso e creio que nunca vou ficar sóbrio de você. Esse será o seu voto mais importante. Vai... — o hanyou fez uma coisa interessante; tocou a ponta do nariz dela com o dele, enquanto falava. — Seu sorriso é a fonte da minha felicidade.

Então, Kagome enxugou as lágrimas e, engolindo umas duas vezes, fechou os olhos e os abriu devagar, sorrindo para o meu irmão enquanto dizia “eu te amo, meu Inu querido”. Os olhos dele marejaram no mesmo instante, contudo ele disfarçou, murmurando:

— Você não precisa dizer nada, se não quiser, meu amor.

— Oh, e-eu... Tenho que dizer sim, Inu — replicou ela, tentando impostar firmeza à sua voz embargada. — O que tenho a dizer a você é que, hoje, me vejo vivendo um momento realmente especial, descobrindo que amar vale a pena, e que a vida pode ser verdadeiramente feliz.

Kagome deu uma pequena pausa para respirar profundamente e eu pude ouvir o ribombar do coração do hanyou.

— Inuyasha... Quero viver este sentimento bonito, e ter a certeza que fomos feitos um para o outro. Porque de tudo que descobri ao seu lado, o que me deixa mais feliz e completa é o fato de poder compartilhar com você parte do que sou e tudo que sinto.

Ele não se conteve e a abraçou fortemente, quase estragando o arranjo de hibiscos nos cabelos dela. O local sob o quiosque se encheu de cheiro de lágrimas. A expressão do monge era de total alívio. Ele então se aproximou de nós quatro com o rosário de cento e oito contas. Uma olhadela para o lado e a exterminadora já não estava mais entre a multidão.

Para tristeza minha, não consigo me lembrar de muito do que aconteceu depois do rito. Uns cinco minutos depois de o rosário estar conosco, o monge também havia sumido. E, como da outra vez, o povo também se mostrou intrigado. Então, um som de música dançante se fez ouvir e logo o casal reaparecia, com outras roupas e fisionomias bem mais serenas. Tenho a ligeira impressão de que ambos estiveram aflitos com a cerimônia por algum motivo que desconheço.

Então, Sango começou a dançar, a princípio sozinha, enquanto Miroku a observava. Sua movimentação era sensual, complexa e cheia de surpresas. Eu queria ver toda a performance, só que minha Rin me chamava, um tanto alto demais. Contudo, tão satisfeito estava que não me importei, e sorri para ela, que parecia estarrecida com alguma coisa.

— Chamou-me, querida?

— Quatro vezes – replicou minha linda noiva. Eu não conseguia parar de sorrir para ela. – Sesshoumaru, pelos deuses, eu preciso tirar essa roupa e...

Algo se acendeu em meu baixo ventre e não hesitei em abraçá-la, insinuante:

— Você me deixa em franco e puro frenesi, doce Rin. Quer que eu a possua e a deixe louca de deleite... Para onde iremos? 

— C-c-como é que é?!

— OLÉ! – gritou o casal dançarino. Sango estava estendida sobre os ombros de Miroku, que executava um complexo giro ritmado. Mais adiante, estavam Kagome e meu irmão, que parecia estar achando graça de alguma coisa enquanto a sacerdotisa parecia desolada. Minha Rin ficou aborrecida.

— Sesshoumaru, você não está fazendo sentido! Eu estou dizendo que preciso TROCAR de roupa... E não ir para a cama... Com você – concluiu ela, rubra. Aquela timidez acendeu ainda mais os meus desejos. Toquei sua cintura.

— Para que trocar de roupa, meu amor? Pois se eu vou deixá-la nua e percorrer cada parte do seu corpo saboroso com meus lábios famintos... Arrancar suspiros de desespero de sua boca, enquanto estiver deslizando meu aríete rijo e quente com luxúria para dentro da sua...

— Sesshoumaru, por Buda, pare com essas brincadeiras!

— Este Sesshoumaru não está brincando. Ele está tão endurecido aqui debaixo de minhas roupas... Quer ver?

— Não dá para falar mais baixo?! As pessoas estão ouvindo — replicou ela, entredentes. Havia duas ou três humanas velhas perto de nós, com os olhos arregalados em nossa direção. Dei de ombros:

— E qual é o problema? Machos e fêmeas praticam isso desde que o mundo é mundo, não estou contando nenhuma mentira.

Ela fechou os olhos com força, como se estivesse nervosíssima, e soltou todo o ar dos pulmões.

— Certo... Certo. Você pode me esperar aqui enquanto vou...

— Não, de maneira alguma. Você não vai a lugar algum sem mim – interrompi-a, constatando o óbvio. Ela arregalou os olhos. — Estaremos juntos para sempre de agora em diante.

— Mas eu preciso...

— Você precisa de mim, somente.

— Não... Eu preciso ir a um banheiro, urgente! AGORA! – sibilou minha Rin, bastante incomodada. Custei um pouco a entender o que ela queria dizer, até que deduzi o significado de seus queixumes.

A pobrezinha queria fazer suas necessidades. Soltei-a.

— Não demore, minha doce Rin — pedi, enquanto levava uma de suas mãos à minha boca e a beijava. Ela deu um sorriso meio sem jeito e se afastou devagar, sob aquela veste nupcial pesada, e foi até Kagome, que se desvencilhou de Inuyasha com certa dificuldade. As duas se foram do local, ocasionalmente olhando para trás, e meu irmão se aproximou de mim, cabisbaixo. A roda humana em volta de Miroku e Sango aplaudia e se rejubilava enquanto eles encerravam uma dança chamada salsa.

— Qual é o problema, Inuyasha? Você parece tristonho.

— Você também parece tristonho, Sesshoumaru — comentou ele. — Por que seus olhos estão vermelhos?

— Não sei. Os seus também estão.

— É?

— É.

— Eu quero transar... Mas Kagome parece que está com raiva de mim.

— Felizmente, não é o meu caso. Mas você não disse que precisava almoçar primeiro?

— Eu disse isso?

— É claro que disse. Não se lembra?

— Ah... Não... — fez meu irmão, agitando suas orelhas, parecendo confuso.

Ouvimos Miroku ditando algumas instruções aos aldeões:

— Agora é com vocês... Direita, esquerda, cha cha cha! — e as pessoas, desajeitadamente, começaram a imitar seus passos. Logo, todos dançavam, alguns em dupla, outros sozinhos. A música alta não era do meu agrado, mas o movimento era atrativo. E, diabos, eu estava feliz, feliz, feliz... E a exterminadora girava, só, no meio da turba, e logo se encontrava segurando ombro e cintura do monge. Eles realmente tinham talento; os passos eram rápidos e velozes. Queria aprender a dançar assim, e aquela humana iria me ensinar.

O monge também era bom naquilo, mas macho nenhum colocaria a mão na minha cintura.

Rin não se importaria se eu dançasse com Sango. E, ignorando a voz de Inuyasha que me chamava com irritante insistência, adentrei a roda e, com um rápido movimento, atraí o corpo de Sango para meus braços e a joguei para o alto.

— Também quero aprender a dançar assim, taijiya! — anunciei.

Foi uma gritaria geral e despropositada, afinal, eu jamais deixaria uma mulher tão leve como aquela cair no chão. Com a agilidade que sempre tive, estendi o braço e a paralisei no ar; seu rosto estava petrificado. Seu marido estacou ali, parado, com a boca aberta e a face pálida. Não entendo esses humanos... Pois eu os vi fazendo exatamente o mesmo movimento há menos de cinco minutos! Só incrementei a atuação, jogando a exterminadora para cima. Isso não era nada de mais.

— Se-Se-Se-Sesshoumaru... — gaguejou a mulher, tremendo. — Da próxima vez, m-me avise quando quiser d-dançar, certo?!

— O que há, Sango? Você parece estar com medo. E vocês, humanos? — questionei à turba que me olhava com intensidade, ignorando a música. Acho que eles devem ter gostado de me ver participar. — Vão dançar!

— Por Buda, Sesshoumaru... — balbuciou o monge, olhando para mim com aqueles olhos azuis que estavam enormes em seu rosto. — Coloque Sango no chão, por favor... Garanto que ela ensinará a você todos os passos que quiser...

— Qual é o seu problema, monge? Parece estar quase chorando.

— Você está segurando Sango a meio metro de distância do teto do quiosque, Sesshoumaru — comentou meu irmão, que observava a tudo com expressão serena e despreocupada. — Ele deve estar com medo de você deixá-la cair.

Dei uma gargalhada, que fez a multidão soltar exclamações assustadas. Aquilo era hilário! Sesshoumaru não é um humano falível que deixa coisas ou seres vivos caírem no chão. Vendo que o povo não parava de olhar para mim com expressões de pavor, acabei baixando a mão e direcionando o corpo da exterminadora para os braços de Miroku, que a agarrou com desespero. Que bobagem.

— Nada mal, taijiya — disse a ela, que tremia incontrolavelmente. — Vou esperar você se recuperar, aí mais tarde quero que dance comigo mais uma vez. E vocês, humanos — ordenei — exijo que voltem a dançar! Isto aqui não é uma cerimônia fúnebre!

Meio vacilante sobre suas pernas, Miroku disse para os aldeões:

— E-está tudo bem, pessoal... O noivo quis apenas... Extravasar sua alegria. Geralmente, ele não age assim, m-mas hoje é um dia feliz para todos nós... N-não é, Sesshoumaru?

Sorri em concordância para o monge, enquanto ouvia o bater descompensado dos corações de ambos. Rin finalmente voltou para a roda; estranhei não ver nenhum sorriso no rosto perfeito. Ela havia trocado o traje nupcial por um hikifurisode estampado de flores e bordas verdes e estava sem chapéu. Corri até ela; ambos nos afastamos um pouco do povo que, vendo Sango mais tranquila, voltaram a dançar.

— Rin... Pensei que não me surpreenderia ao vê-la com esse traje, mas... Você está perfeita, bela como as estrelícias da África.

— Sesshoumaru, o que aconteceu aqui? As pessoas estão falando o seu nome e estão amedrontadas! — indagou ela, fazendo um biquinho adorável. Hipnotizou-me com sua beleza, aquela humana pequenina. Não me importei com os que estavam ao nosso redor e a tomei em meus braços, beijando-a com lassidão.

Percebi que, a princípio, Rin tentou resistir a mim; contudo ninguém é capaz de resistir ao youkai mais poderoso e viril do mundo, que sou eu. Meus lábios deslizaram pelos dela e minha língua contornou-os devagar. Ela manteve a boca fechada por alguns poucos segundos, até que consegui vencer sua resistência e invadi aquela boca doce. Correntes de energia circulavam por minha coluna, minha cabeça revirou, o ar pareceu sumir e meu falo doeu, latejante e cheio de urgência pelo corpo da minha mulher, que começou a exalar o aroma inconfundível de desejo.

Ouvi ao longe a voz de meu irmão dizendo à miko:

— Kah, não seja chata, vamos dar uma rapidinha na oficina, por favor! Olhe lá... A Rin já aceitou, por que você também não aceita?

— Inuyasha, eu só não te digo aquela palavra porque prometi a mim mesma não fazer isso hoje! — retrucou ela, indignada não sei com o quê.

Dar uma rapidinha? O que seria dar uma rapidinha?

Apartei o rosto do de Rin, que estava vermelhíssima e ofegante. Seu cheiro não me enganava e agora eu sabia que ela estava interessada em ser preenchida por mim.

— Rin — murmurei. — Você sabe o que significa dar uma rapidinha?

— Err... Hein?! — indagou minha querida, confusa. — De... De onde você tirou isso?

— Espere aqui enquanto eu vou perguntar a Inuyasha... — e eu ia me afastando, quando ela segurou a manga do meu quimono. — Espere, querida, eu já volto para continuarmos de onde paramos...

— N-não, não é isso, Sesshoumaru — fez Rin, constrangida. Ela fica maravilhosa quando sem jeito. — Eu... Só imaginei que você quisesse almoçar...

— Oh, sim, eu...

— Inuyasha! — gritou Kagome. — Já disse que NÃO!

Ora, não pude crer no que meus olhos viam. Ela estava brava com o meu irmão hanyou, que disparate. Peguei Rin no colo; ela protestou com veemência, não sei o porquê, e fui até lá. A cada passo que eu dava, os olhos da sacerdotisa cresciam nas órbitas e as orelhas caninas de Inuyasha se agitavam.

— Vocês não deveriam brigar — afirmei. — Hoje é o nosso dia. Vocês deveriam estar felizes.

— Eu não estou brigando com ninguém, Sesshoumaru... É ela que está zangada — apontou meu irmão, magoado. — A única coisa que quero é fod-

Onii-san — interrompeu-o Kagome, franzindo o cenho para mim. — Algo errado demais está acontecendo com vocês dois, e eu exijo saber o que é. Parecem dois drogados! Por que esses olhos avermelhados? Vocês andaram... Fumando... Alguma coisa?

— Não sei. Você fumou alguma coisa, Inuyasha?

— Eu não fumo. E você, Sesshoumaru, fumou alguma coisa?

— Não me lembro. E você, Kagome, fumou alguma coisa?

— Parem! — exclamou Rin, que estava no chão (a bem da verdade, eu nem havia notado que ela não estava em meus braços mais. Essa humana é brilhante, deve ter algum poder desconhecido consigo). — Kagome-chan, acho que não vai adiantar muito a gente perguntar a eles. Melhor levá-los para Kaede-sama. Aí, aproveitamos e comemos.

Comida? Aquilo me interessou.

— Prepararam galinha, minha Rin? — indaguei, já muito feliz novamente. Meu irmão também abriu um largo e radiante sorriso.

— Sim, querido... Galinha com mandioca, como você pediu. E bife de fígado de javali, que Inuyasha-sama pediu...

— Urgh. Você come javali, meu irmão?

— Quando estou com fome como qualquer coisa... Javali, guepardo, leão, fugu, texugo... — e, sem mais nem menos, Inuyasha se pôs a correr, nos deixando para trás. Não pensei duas vezes: agarrei minha Rin com um braço e Kagome com o outro, voando velozmente para o casebre da velha miko.

 

ѼѼѼ

 

A festa continuava. Agora, os humanos comiam e uma parte deles, cansada, se retirou para suas moradias, enquanto o aparelho musical da era de Kagome prosseguia tocando uma infinidade de canções de diversos idiomas, em sua quase totalidade desconhecidos para meus ouvidos.

No entanto, depois de me servir por três vezes de galinha com mandioca, tomar uma garrafa inteira de amazake e dividir um cacho de bananas inteiro com meu irmão, eu continuava inquieto. Minha Rin não sorria para mim de jeito nenhum e me olhava com uma fisionomia que beirava a decepção. O hanyou havia dormido e estava largado de bruços no chão; sua humana, como era de se esperar, ajeitou seus braços e pernas e pôs uma almofada sob sua cabeça.

Kagome também permaneceu séria durante todo o tempo, mas olhava com ternura para Inuyasha, tocando os cabelos dele. Minha Rin, do outro lado do cômodo, lia um volume chamado “Cem Anos de Solidão”. Que garota fascinante! Seu rosto sério, seus cabelos perfumados e seus olhos castanhos fixos naquele livro me fizeram lembrar de que, antes de comer, eu queria possui-la. A intensidade de meu olhar sobre ela a fez erguer os olhos e me encarar — pouco a pouco, sua face ficou rubra e, vendo meu sorriso, Rin estremeceu ligeiramente. Mordi o lábio e não escondi minha intenção de fazê-la minha. Creio que foi algo bem explícito, pois Kagome me chamou.

Onii-san?

—...

— Sesshoumaru, estou te chamando!

— ...

— Sesshoumaru, acorde!

— Estou acordado, miko. Não grite.

— Te chamei três vezes! — replicou ela. — Enfim... — olhou para Rin, com ar de cumplicidade. — Rin-chan deve estar cansada, onii-san. Por que não a leva para cochilar na oficina?

— Mas quem consegue dormir com um barulho desses?! — indaguei. A resposta foi um olhar significativo dela para meu irmão, que dormia a sono solto e de boca aberta, abandonando toda a elegância de algumas horas atrás.

— Ele tem motivos para dormir. Passou a noite em claro comigo andando a cavalo pela fazenda.

— Sério?!

— É claro, por que eu mentiria?

— Não é isso — riu ela, surpreendida, me encarando profundamente. — Você está defendendo o Inu!

— Qual é o problema? Ele é meu irmão. E, se quer saber, aceito seu convite. Vamos, minha Rin?

— Eu... Eu queria continuar lendo — respondeu ela, meio insegura. Não entendi nada. Rin está estranha hoje. A sacerdotisa, contudo, sorriu para ela.

— Leve o livro, Rin-chan. Não precisa se preocupar com a festa. Vá descansar, depois volte.

— Err...

— Vamos, Rin — chamei-a, ansioso. — Vamos logo. Eu quero muito ir — concluí, sorrindo para ela de novo. Kagome virou o rosto para o outro lado, crendo que conseguiria ocultar um riso. Mas não me importei.

Para ser sincero, nada mais estava me importando. Fui até minha humana, estendendo a mão para ela se erguer. Logo estávamos fora do casebre, voando, ela sobre meus braços. Passamos pelo pinheiro negro da oficina; Rin olhou para baixo, confusa, ao ver que eu não havia descido para lá.

— Sesshoumaru, a oficina...

— Sim, aquela é a oficina.

— Mas Kagome disse que...

Deslizei os lábios pelo pescoço dela e minha mão tocou seu seio. Ela protestou:

— Ei! Não faça isso aqui, podemos ser vistos!

— É mesmo? Por quem? — brinquei, já que estávamos a muitos metros do solo. Aumentei a velocidade do voo, sem parar de afagar sua mama e mal notamos que nossa fazenda estava praticamente debaixo de nosso nariz.

— Mas por que voltamos para casa? E a festa? — indagou minha Rin, enquanto eu descia com ela para nosso lar. Apurei os sentidos; todos os nossos funcionários haviam ido para a cerimônia.

Tanto melhor. Hoje vou me divertir! Ri de novo, entrando apressado casa adentro. Mal fechei a porta do quarto dela e comecei a despi-la, apesar de seus protestos. Rin é uma humana divertida, não sabe mentir. O cheiro do desejo dela era fortíssimo.

— Espere, espere! ESPERE! — exclamou ela, com uma expressão interessante no rosto. — Deixe que eu mesma tire a roupa, senão você vai danificá-la com essas garras e... SESSHOUMARU!

Despedacei o hikifurisode, que caiu, em tiras, deslizando pelo corpo esguio. Tive uma surpresa ímpar e singular ao ver uma peça de roupa minúscula que rodeada os quadris e ocultava o sexo da minha exasperada esposa. O meu, nesse ínterim, parecia querer explodir sob minha armadura.

— Você estragou meu quimono novo! — choramingou ela.

— Mandei fazer dois iguais. O outro está no meu quarto.

Agarrei Rin e lancei seu corpo sobre o futon com meu poder. Era estranho, ela tremia e estarrecida ficou quando eu, encantado com sua seminudez, fui me desfazendo da armadura sem um mínimo movimento de mãos; enquanto aqueles componentes caíram e rolavam pelo solo, livrei-me do quimono novo. Despido, ajoelhei-me diante dela, cujos olhos estavam enormes.

— S-Sesshoumaru, como você conseguiu...

— Ah, eu consigo mover coisas com meus pensamentos, só não tenho o costume de praticar tal habilidade. Mas me diga... — abaixei-me e aproximei o rosto daquele pedaço de tecido que ocultava sua intimidade dos meus olhos. O coração de Rin disparou. — O que é essa roupa minúscula?

— Ah... Isso... Foi um presente de Kagome-chan para mim... E... — ela não resistiu e gemeu alto, quando toquei sua intimidade por cima daquele pano. Aquele cheiro de Rin era absolutamente perfeito; afundei o nariz em sua virilha. Não satisfeito, passei a distribuir suaves mordidas naqueles músculos.

— Se é um presente dela, não vou saber onde conseguir outro igual. É melhor que o tire você mesma, antes que eu o rasgue com os dentes, minha querida.

As pequenas mãos de Rin principiaram por se livrar daquela coisa que, depois, ela explicou que se chamava calcinha. Foi interessante ver que os pelos dela haviam sumido. Minha Rin estava constrangida e eu ri de novo. Ela ficou brava.

— Por que está rindo?

— Eu gostava da panterinha negra que você escondia aqui, mas ela sumiu...

Rin bem que tentou se conter, mas logo explodiu em gargalhadas. Arfante em sua hilaridade, ela comentou:

— Bem Kagome-chan me disse que você e Inuyasha-sama estavam drogados. Sério... Amor, você não está normal...

Drogados? Não, não é verdade. Estamos felizes. Há uma grande diferença. E, como você bem sabe, este Sesshoumaru não utiliza nada que lhe deixe entorpecido.

— Mas esses olhos... Esse sorriso... Você parece que está louco!

— Louco? Ah, sim... — abaixei o rosto mais uma vez, resvalando a língua pela parte interna de sua coxa, e ela parou de rir instantaneamente. — Estou prestes a te chupar, como quer que eu permaneça normal, hum?

Logo eu beijava aquela cavidade rósea e úmida, fazendo com que minha doce Rin estremecesse e fechasse os olhos com força. Toda aquela estrutura de seu sexo tinha uma textura tenra e era totalmente excitante descobri-la com a língua. Era perfeita, minha esposa humana. Eu nunca havia estado tão devastado de desejo antes, em toda a minha vida. Nem em nossa primeira vez, no dia anterior. Atento a todas as suas reações, notei que, apesar da suavidade dos seus gemidos, Rin estava imersa em prazer. Melhor ainda; não sou dado a arrufos exagerados nessas horas. Cada gemido dela fazia com que setas de deleite trespassassem meu corpo e, percebendo as contrações espasmódicas em seu sexo e vendo sua pequena mão apertando o futon com desespero, me senti completamente feliz e ainda mais excitado.

Foi a melhor hora do meu mais alegre dia.

— Ah, eu... Eu estou acabada — murmurou ela, virando a cabeça para o lado, exausta. — E ainda temos que voltar para a festa...

— A festa pode esperar — respondi, me deitando sobre ela e a beijando. — Eu, não.

Empurrei o membro devagar para dentro de Rin. Seu rosto se contraiu.

— Perdoe-me, Rin... Não quis machucá-la.

— T-tudo bem, eu... Só não estou muito acostumada a isso.

Arremeti mais uma vez. Continha meus ímpetos para não ferir seu corpo.

— Se doer, prometo compensá-la mais tarde — murmurei, beijando seu mamilo, e sentindo que Rin se contorcia sob meu corpo. Logo ela se movia em direção a mim. A tensão não havia abandonado o seu rosto; imaginei que estivesse ainda desconfortável para ela. Procurando não ser brusco, convidei-a a se erguer e a ficar sentada sobre minhas pernas.

Alguns “ais” depois e ela, finalmente, havia relaxado; com alguma ajuda de minha parte, subia e descia, me estrangulando o membro com seus músculos íntimos. Eu estava a satisfazer minha querida. Isso era fabulosamente fantástico. Rin, com seus olhos fechados e uma fisionomia entregue na face afogueada, era a mais bela figura do mundo. Prossegui me perdendo no deleite de sugar seus seios e brincar com o dedo sobre seu ponto sensível.

— Ainda dói, meu amor?

— N-Não muito... Quase nada. Parece... — ela hesitou. Encarei-a; Rin ficou envergonhada.

— Diga-me, doce Rin.

— P-parece que nosso encaixe é perfeito...

— Claro... Fomos feitos um para o outro — e beijei-a, sem parar de entrar no corpo que tanto amava. Não demorou muito para que eu, enfim, me perdesse em gozo dentro dela. E, mais uma vez, ela alcançou seu ápice, surpreendendo-me ao morder com força o meu lábio. Ao se recuperar, ainda lânguida e ofegante, Rin tocou meu lábio avermelhado por sua mordida, se lamentando:

— Pobrezinho...! Quase sangrou! Não quis fazer isso, te machucar... Me perdoe, amor.

Encostou sua testa à minha, ainda ondulando lentamente o quadril contra o meu.

— Não vou negar que sua mordida em minha boca me pegou de surpresa, doce Rin. Parece que você confundiu as coisas entre nós.

— Confundi...?

— Sim, confundiu — respondi, solenemente. — O cachorro aqui sou EU.

— ... — minha morena arregalou seus olhos radiosos e belos.

Comecei a rir de novo.

Ria, gargalhava, a ponto de deixar meu corpo tombar sobre o futon e carregar Rin comigo. Ela, estupefata, me olhava com absoluta estranheza, se levantando devagar e se sentando ao meu lado. O som de minha voz, naturalmente grave, reverberava por todo o cômodo.

Foi interessante notar que o som de minha própria hilaridade pareceu ganhar proporções maiores; Rin movia seus lábios, mas eu não prestava atenção a nada do que ela estava dizendo.

E, assim, entregue à exaustão, adormeci, não sem antes de reafirmar à minha amada que era eu o cachorro.

 

ѼѼѼ

 

 


Notas Finais


Gente...
Sério, bateu uma emoção aqui na hora de escrever as declarações de amor dos dois irmãos <3

Agora, vocês me perguntam: qual a necessidade de colocar os dois tontos de erva? Simples! Ambos são tímidos e JAMAIS conseguiriam fazer seus votos com tanta desenvoltura! Eu iria fazê-los bêbados, mas assim ficou mais divertido \o/

REITERANDO que eu sou #CONTRA o uso de qualquer tipo de #ENTORPECENTES, sejam lícitos ou ilícitos. #DigaNAOasDROGAS!

Poxa... Tadinha da Sango! kkkkkk! Sesshoumaru, seu mal educado, não se joga uma dama para o alto assim!

Rin e Kagome, passando vergonha alheia com esses noivos alegrinhos, #TodasMORRE

Por hoje é só! O próximo capítulo contém o restante da festa e as confusões que o Inuyasha arruma, além do momento 'Let's Dance' :)

Abraços! Boas férias!

~Okaasan


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