A morte é uma velha amiga... nem sempre vem como esperado, as vezes pega as pessoas de surpresa... mas uma coisa que ela sempre faz é trazer sofrimento para os humanos...
Não estava sendo diferente, mais uma pessoa havia falecido e seus familiares choravam entorno de sua cama num quarto de hospital. A maquina que mede a pulsação cardíaca fazia o som característico de que o coração parara de bater. O filho chorava pedindo que o senhor falecido voltasse, chacoalhava sua mão em tentativa de fazer o pai reagir e voltar a vida... mas tudo em vão. A morte tinha chegado para ele.
Logo um rapaz alto e magro de cabelos platinados vestido com um terno preto apareceu no quarto, nenhum dos humanos o viu, afinal ele era um anjo, um anjo que pode-se chamar de ceifador. O trabalho dele era simples, levar o espírito das pessoas mortas para o descanso eterno.
Ele olhava a cena impaciente, ele nunca entendeu os sentimentos humanos e nunca os entenderia, nunca sentiu tristeza, alegria ou o amor...
O sentimento que ele mais estava familiarizado, apesar de não o sentir ou entender, era a tristeza e o sofrimento, sempre via a mesma cena, quando buscava uma alma, sempre havia alguém chorando pelo falecido, pra ele chegava a ser algo tedioso...
Como em um filme o espírito do senhor de 66 anos saiu de seu corpo, olhou envolta com tristeza em seu olhar e logo voltou sua atencão para o rapaz que estava com um grande livro preto nas mãos, na página que ele olhava havia uma foto dele, o senhor se levantou da cama e foi para junto do rapaz.
- Eles sentiram a minha falta... - o senhor disse olhando para o filho e a mulher que choravam em seu leito. - Também sentirei falta deles.
- Vai vê-los novamente um dia. - o anjo disse normalmente fechando o livro como se aquilo tudo nao fosse triste.
- Só não quero que seja logo. - o senhor disse por fim.
- Vamos? - ele estendeu a mão para o senhor.
Ele segurou em sua mão e ambos sumiram em um piscar de olhos.
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