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História Wait - False Alarm


Escrita por: myungg

Notas do Autor


Olaaaaaaaaaaar, meus xuxus. Tudo bom?

Mais um capítulo dessa fic que é a minha morte. E mais uma vez cortei o capítulo ao meio para render mais um capítulo na história. (sim, estou sofrendo com a chegada do final e estou tentando de qualquer jeito estender esse prazo, rs)

Esse capítulo, particularmente, me fez chorar mais que os outros, mas não espero que chorem. Apesar de ser um capítulo bem forte, também é bem romântico e a antiga Amber está de volta no final do mesmo.

Não vou estender essa intro, então boa leitura! (não esqueçam que a música do capítulo sempre está nas notas finais)

Capítulo 15 - False Alarm


Eu nunca crio muitas expectativas para que elas nunca me decepcionem, mas você era algo especial. Eu não tinha percebido até agora. Eu ouvi sirenes na minha cabeça, desde a primeira vez que nos encontramos. Pensei que era um falso alarme. Sim, nós começamos como uma faísca, não achei que chegaríamos tão longe. Mas aqui estamos nós.

NARRADOR 

Era um momento calmo, até mesmo as cores ali presentes faziam o ambiente tornar-se calmo. O produto gelado entrou em contato com a pele quente e amena de Amber fazendo-a despertar. Em poucos segundos a revelação tão esperada seria feita, entretanto, ao olhar para o lado, Amber se deparou com seu maior pesadelo. A própria médica a quem acompanhou Amber e Jungkook durante toda a gestação soube que algo estava errado, entretanto assim como o casal em sua frente escolheu o silêncio para o momento.

Amber evitava olhar para o lado, mas olhar para a mão que a apertava tão brutalmente forte foi inevitável. Era um fato consumado: Ethan queria vingança e apenas estava começando a por em prática seus planos. Os dois saíram de lá tão rápidos quanto um carro de corrida, Amber ao menos pôde ficar animada com o sexo do bebê. Na verdade, ela teve que ser acordada de seus pensamentos por pelo menos duas vezes até realmente entender quem ela carregava em seu ventre. Ethan forçou Amber a destrancar cada cadeado da casa e ainda por cima, revelar a senha do alarme, mas mudar como o mesmo queria, a garota não conseguiu. Ethan colocou Amber sentada numa cadeira na cozinha e aos poucos quebrou cada copo, cada prato ali contido. Usou toda sua ira para destruir cada objeto frágil e até mesmo os impossíveis de quebrar ele conseguiu fazê-lo.

Dez minutos dali Jungkook acabava de acordar de um sono profundo. Faziam noites incontáveis que ele não dormia, tudo porque em sua cabeça era impossível tirar a ideia de que Ethan podia aparecer e tentar se vingar - e ele tinha de proteger Amber a qualquer custo. Quem poderia culpa-lo? Tem teria coragem para isso? Jungkook acordou assustado e mesmo perdido no tempo conseguiu achar consciência suficiente para apanhar o celular e ligar para Amber. Tentativa frustrada. E o garoto nem ao menos tentou ficar bravo pela ligação ignorada, na verdade, ele entendeu que Amber estava pê da vida por não irem juntos na consulta mais esperada de toda a gravidez. Jungkook já se preparava para ouvir mil e um palavrões da mais nova, abriu a porta do carro e antes de entrar foi atingido por uma dor no peito, aquelas que você está totalmente íntegro, mas uma sensação ruim toma conta do corpo. Ignorando as sensações fortes e o receio de chegar até Amber, o moreno foi para casa e lá encontrou o que ele lembrou de falar para a namorada fazer. Fechar a porta.

Aparentemente, Jungkook entrou em casa como um supersticioso qualquer, optando por pisar com o pé direito. Era a dor o atingindo mais uma vez, mas desta vez aquilo multiplicava-se por mil ao ver a sala destruída e o eco alto de seus pensamentos na casa silenciosa como um deserto. Jungkook gritou por Amber e ela, como uma garota obediente, seguiu o plano de Ethan. Correu como pôde, mesmo com a barriga a sua frente pesando mais que o normal, abraçou Jungkook num desespero descomunal, era o pior momento de sua vida. "Corre. Ele vai te matar" ela murmurou antes de soltar o namorado que a olhou confuso. Um barulho fez Jungkook puxar Amber para perto novamente, ele sabia que Ethan apareceu em suas costas, ao longe, só foi preciso ouvir a respiração raivosa do mais velho. E pela primeira vez Jungkook sentiu medo, mas não qualquer medo, um medo que ia além de seus perigos e consciência, um medo que fazia sentir o vazio do escuro. Ele sabia que Ethan não os perdoaria agora. Era Amber ou Jungkook. E Ethan escolheu muito bem.

Jungkook.

Por um momento o tempo parou para Amber e Jungkook, mas para o garoto foi diferente. Jungkook foi aos poucos perdendo as forças e Amber que mal conseguia se sustentar em pé, com dificuldades tentava segurar o corpo do namorado. Não havia mais som ali, não havia nada além dos dois. O ar estava finalmente sendo inspirado normalmente, depois de muito tempo eles encontraram paz no caos e era estranho. Eles sabiam que tudo estava errado, mas em meio a todos os problemas Amber e Jungkook sempre foram capazes de encontrar amor, mesmo se nenhum dos dois merecesse. Em um momento tudo passa pela mente de Jungkook, desde o primeiro encontro com Amber aos oito anos de idade até o dia que ela anunciou sua gravidez, até mesmo sua primeira discussão com o pai sobre o que era melhor para o futuro do garoto. Ele riu, mesmo sem força ele encontrou motivos suficientes para sorrir e mostrar o que realmente sentia.

AMBER
A realidade bateu em meus olhos e tudo em minha volta pareceu não existir mais. Fui até o chão, fraca em cada articulação, a mão que eu levei até o peito de Jungkook agora estava totalmente ensanguentada. Foi o barulho que eu ignorei que o atingiu, Ethan havia atirado em Jungkook. Jungkook apertava minha mão com toda a força que conseguia e não era tanta, mas o suficiente para fazer-se presente. Então eu senti pela primeira vez o que eu realmente senti todos esses anos, e talvez não fosse nada perto do que ele sempre sentiu por mim. Jungkook me olhou sorrindo e por um momento fui até minha insanidade e o xinguei por parecer feliz depois do que aconteceu.

Como ele podia estar sorrindo com uma bala fincada no peito?

Quer dizer, tudo era possível com ele.

Afinal, era ele. Jeon Jungkook.

Eu ignorava qualquer movimentação na casa, mesmo sabendo que Ethan gritava comigo eu não ouvia ou pelo menos tentava não ouvir, era difícil. Não pior do que ver Jungkook naquele estado. Aprendi naquele meio tempo que na verdade, eu que provoquei qualquer alarde e que deveria de algum jeito compensar qualquer mancada feita. Estava pronta, totalmente decidida a falar tudo que por muito tempo guardei para não magoar Ethan ou os pais dele. Tentei me levantar, mas recebi um aperto forte na mão. Olho para Jungkook e ele estava chorando, mas ainda sorria.

- A Polícia deve estar chegando, Am. - murmurou. Desvio o olhar para a porta e Ethan não estava mais ali, na verdade não parecia que tínhamos mais companhia. Éramos só nós dois, eu implorava por isso. Mais uma vez fui impedida de me levantar. - Fica aqui comigo.

Engatinhei até o sofá mais próximo e apanhei uma almofada, no minuto seguinte me sentei ao lado de Jungkook e posicionei sua cabeça sobre a mesma. Jungkook parecia bem, gemia em alguns momentos e dizia repetidas vezes que já havia chamado a Polícia. Eu chorava de ansiedade. Porque a merda da Polícia tinha que demorar tanto?

- Você...é a garota mais linda que eu já conheci. - Jungkook me fez abrir os olhos -  E eu seria louco de não me apaixonar por você, agora eu até entendo um pouco o lado do Ethan.

- Fica quieto, Jungkook. Você está machucado. - choraminguei e ele riu baixo.

- Mas não vou morrer. Aliás, eu tomei um tiro por você, lembra que disse que tomaria?

- Me desculpa - chorei fechando os olhos, eu queria tanto esquecer aquele dia. - Eu sou a pior pessoa do mundo. Sou irresponsável e egoísta, e-eu nem sei porque você ainda fica comigo...

- Não, você é a melhor pessoa que eu conheço e é o amor da minha vida. - ele suspirou, mas desta vez gemeu um pouco. - Eu não vejo a hora de ouvir essa criança me chamando de pai e poder dizer que você é minha mulher.

- Eu sou sua mulher.

- Mas eu quero tudo registrado. Você com meu nome, aliança e te ver de noiva. Só assim eu vou ter certeza de tudo. - meus olhos brilham em lágrimas e respectivamente limpo o rosto coberto pelas mesmas. - Eu te amo tanto - Jungkook começa a chorar feito uma criança.

- Não chora. Eu também te amo e ele também te ama. - ponho a mão na barriga e ganho um olhar confuso acompanhado de um sorriso. - É um menino.

- Pode não parecer, mas por dentro eu estou soltando um rojão. - ele riu fraco entrelaçando nossos dedos.

De um jeito totalmente desajeitado por conta da barriga e do ferimento - que já começava a me enjoar - me deitei ao seu lado. Ele me abraçou com o braço livre e ficamos ali. Eu não exatamente o que estávamos fazendo, mas nunca soubemos de nada mesmo. Jungkook fechou os olhos e seus braços caíram lentamente ao chão, então eu soube que ele havia desmaiado. Desde a primeira vez que tentamos algo, desde o primeiro beijo, a primeira transa, o primeiro eu te amo - ele tentou de todas as formas ficar ao meu lado mesmo que custasse dor e sofrimento. E mais uma vez foi assim, ele estava lá.

Entretanto, aquele dia foi diferente. Eu estive a cinco centímetros de perder não só meu namorado, mas também meu melhor amigo, meu companheiro, o pai do meu filho. O meu amor. Então percebi que apesar de tudo, eu ainda tinha medo de algo, mas não era do nosso amor ou dele e do nosso passado. Jungkook me jurava amor e tudo que eu pude oferecer foi um eu te amo meio torto, mas era verdadeiro. O medo que eu tinha era de mim, da Amber, medo de falhar não apenas como namorada, como amiga, como filha e como irmã. Eu não enxergava nada além da minha dor e de tudo que estava passando por me sentir sozinha e rejeitada. E no final das contas, eu era prepotente e imatura - duas coisas que sempre tive fama de não ser.

Fui chamada no lado de fora da casa quando devidamente fui cuidada pelos socorristas da segunda ambulância. Enquanto a Senhora Jeon acompanhou Jungkook até o hhospital fiquei com meu sogro Jiwon para resolver o caso "Ethan". Era estranho estar sozinha com Jiwon, mas eu me sentia bem e protegida, mas continuava estranho. O simples fato do filho dele levar um tiro por minha causa e ele continuar ao meu lado me dando tanto suporte era simplesmente coisa de outro mundo - considerando que eu demorei um bom tempo para conquistar o coração congelado de Jiwon.

[...]

Ainda chorando, tentei partir para cima de Ethan mais uma vez e de novo fui impedida pelo policial agarrando em minha cintura.

- Amber, você pode se complicar... - Jiwon me alerta

- E DAI SE EU ME COMPLICAR? - Gritei no meio da delegacia. Os pais de Ethan estavam perplexos pela ação dele, mas me culpavam de qualquer jeito. Já minha mãe chorava desesperada. - Eu passei sete longos meses me sentindo o ser humano mais nojento do mundo, eu tinha raiva de mim mesma. Vocês sabem como é isso?! Vocês sabem como é ser estuprada por alguém que vocês sempre confiaram, que dizia te amar apesar de tudo?! Não, não sabem! Aliás, você sabe, seu merda. SABE? - eu chorava, mas não demonstrava tristeza, o que tinha ali era pura raiva e frieza. Eu mal conseguia olhar para Ethan sem sentir repulsa. - Nesse momento, Ethan...Nesse momento eu to com tanta vontade de pegar a arma daquele senhor ali no canto e dar um tiro, mas não qualquer tiro, um puta tiro no meio dessa sua cara ridícula.

- Por que não faz, então? - Ethan se pronunciou irônico pela primeira vez.

- Por que eu não sou igual você, idiota. Eu não vou machucar alguém só porque a minha dor parece ser maior. - suspiro passando a mão nos cabelos, tentando de alguma forma fazer aquele momento desaparecer pelo menos na minha cabeça. - Sabe o que é engraçado? Que você, em nenhum momento, pensou em como eu me sentiria se eu perdesse meu filho ou se o Jungkook morresse. Na verdade, você achou que minha dor seria uma maravilhosa oportunidade para por essas garras escrotas em algo que nunca foi e nunca será seu. Você se achou no direito de machucar quem eu gostava só porque eu não pude corresponder aos seus sentimentos. Você...Você é um psicopata, eu tenho nojo de você.

- E você acha que foi fácil? - Ethan levanta num pulo, mas é contido quando tenta sair do perímetro permitido. - Acha que foi fácil ver você, a garota que eu soube desde o primeiro dia que era a mulher da minha vida sofrendo por um moleque que ao menos fez o papel de um cara apaixonado e deu notícias. Amber, eu passei todos os dias nos últimos três anos te aguentando com cara de cu, chorando por esse merdinha que chegou do nada e te roubou de todo mundo, principalmente de mim.

- Ele não chegou do nada, Ethan.  Ele estava aqui quando eu tinha dezesseis, dezesseis e então dezoito. O Jungkook pode ter ido pro outro lado do mundo, mas todo o tempo que esteve longe eu tinha ele em mim e agora ele voltou e não foi por acaso. - mais uma vez suspiro - Ethan, ele não roubou nada de você, porque não é roubo se a coisa não é sua. Eu nunca fui sua, nunca fui de ninguém além dele. Sempre foi ele e sempre vai ser ele, será que é tão difícil entender?

- E O QUE VOCÊ QUER QUE EU FAÇA? - Ele grita em meio ao choro.

- ME DEIXA SER FELIZ, CARALHO. - apoio as mãos na mesa onde ele estava sentado. - Por favor - dito num quase sussurro. - Eu não aguento mais ser infeliz, não aguento mais. Eu não aguento mais...nada. Eu entendo o que você está sentindo, mas por favor me deixa ser feliz com o homem que eu amo, eu preciso disso. Preciso muito. Por favor - choro apertando os olhos.

Antes de cair inconsciente a última coisa que pude lembrar foi do exato dia seis de Maio de dois mil e quinze, o dia que eu, pela educação dada por meu pai e minha mãe, fui me apresentar alguém que eu já conhecia, mas daquela vez como uma líder de torcida. Jungkook. Ele estava sentado no banco do campo de futebol, saltitante de tanta felicidade e depois de falar com quase todos os atletas da escola, o vi sozinho e decidi fazer o mesmo com os outros. Estendi a mão e me apresentei com a nova saltadora do time, Jungkook riu e apertou minha mão. Na verdade, ele ficou segurando minha mão por um longo tempo até se ligar e me dar boas vindas. Eu não lembro exatamente o que aconteceu, mas foi um momento bom que até o exato momento do meu desmaio, não havia recordado nem sentido nada demais. 

Seis de Maio é não apenas o dia do meu aniversário, mas também o dia que eu senti pela primeira vez um sentimento diferente por alguém que mais tarde seria o pai do meu primeiro filho. Não sei por mais quanto tempo fiquei pensando nisso, mas lembro que assim como minha última lembrança antes da inconsciência, minha última frase foi a mesma do dia seis de maio de dois mil e dezesseis - quando me declarei para ele - eu te amo, Jungkook. 


Notas Finais


Fiquei chorosa? Fiquei, mas estou bem agora.

Me digam o que acharam e vamos sofrer juntos. Estou disposta a soltar alguns segredinhos caso alguns de vocês tiverem perguntas, ok?

Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=kZhvZzUBG14

Espero que tenham gostado. AAAAAAAAAAAAAAAMO vocês <3


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