1. Spirit Fanfics >
  2. Wait >
  3. Lucky

História Wait - Lucky


Escrita por: myungg

Notas do Autor


Oiii, xuxus. Tudo bem?

Primeiramente, me desculpem por não postar o capítulo ontem. Eu sei que falei que postaria, mas tive problemas em quase todas minhas fanfics, então atrasei muito, mas aqui está.

Obrigada por ler e leiam as notas finais, quero contar algumas novidades.

Boa leitura!

Capítulo 7 - Lucky


Sortudo, pois estou apaixonada pelo meu melhor amigo. Sortudo por ter estado onde estive. Sortudo por estar voltando pra casa novamente. Sortudo que estamos apaixonados de todas as formas. Sortudo por termos ficado onde ficamos. Sortudo por estar voltando pra casa novamente.

JUNGKOOK

Fui acordado pelo maravilhoso cheiro de panquecas, eu meio que já desconfiava o que era. Tomei meu rotineiro banho matinal, até o banheiro estava perfumado pelo aroma de baunilha, mas desta vez misturado com o perfume doce de mulher. Amber começou a passar mais dias comigo do que o normal, ela não havia aceito meu pedido de morarmos juntos, todavia continuava a passar mais noites cá do que lá.

Minha vida já estava mais relaxada, como uma marola. Amber e eu finalmente juntos, consegui convencer aquela cabeça dura de ficar comigo. Entretanto, pude concordar comigo mesmo que seria de ótimo costume fazê-la se apaixonar por mim todos os dias, e assim tentava. A cada sorriso tirado da minha coisinha, eu considerava, mesmo que artificialmente, que minha meta diária está cumprida.

Desci as escadas ainda atordoado pelas panquecas - eu esperava que fossem panquecas. Fazia tanto tempo desde a última vez que acordara com um café-da-manhã fresco e decente. No braço carregava meu terno e a gravata, era um dia de reunião, boa aparência também conta para um bom fechamento de acordo.

Eu costumava usar gravatas que já vinham enlaçadas, ou seja, só necessitavam de ajustes na hora de vestir. Mas nesse dia decidi usar uma gravata diferente, a pedido de Amber. Ela achava que deveria me acostumar com mais responsabilidades agora que teremos um filho, então minha primeira missão era saber dar um nó em gravatas.

Amber toda arrumada, mas ainda de chinelos e meias andava de um lado para o outro na cozinha segurando uma tigela de massa de panqueca. Volta e meia ela dava uma dançadinha - eram apenas sete horas da manhã. Eu a observava encostado no batente da porta, ela nem vazia ideia que eu estava ali.

- Chegou bem na hora. - Ela sabia que eu estava ali. Amber, ainda de costas, comenta tirando a última panqueca da frigideira. - Bom dia, Senhor Jeon. - Ela me selou rapidamente antes de colocar um prato na mesa.

- Bom dia, amor. - Beijei sua cabeça e fui para a mesa. - Dormiu bem? - Amber acena positivamente.

Como o primeiro pedaço da panqueca com calda de morango, era o paraíso, ainda mais para uma pessoa que não comia direito fazia tempo. Amber me encarava com um olhar estranho, me senti pressionado por um momento. Tento ignorar, mas acabo olhando de volta, um pouco apreensivo sorrio tímido. No que ela está pensando?

- Está boa...a panqueca? - Ela pergunta baixo, seu corpo encolhido deixa Amber cada vez mais fofa.

- Está tudo muito gostoso. - respondo continuando a comer. - Mesmo se estivesse ruim eu comeria. Não se preocupa.

- Ah, eu me preocupo sim. Eu não lembrava da receita da minha mãe, então eu fiz de cabeça com o que lembrava. - Amber faz uma careta ao lembrar da receita.

- Não vai comer? - praticamente o tempo todo Amber passa mexendo no notebook e me olhando. - Você precisa comer.

- Estou um pouco enjoada, mas bem. Mais tarde eu como alguma coisa.

- Quer ir ao médico? - seguro sua mão obrigando-a a me voltar sua atenção a mim. Mesmo parecendo bem, Amber sempre faz um teatrinho para não preocupar as pessoas. Então eu irei desconfiar até ela mudar.

Amber nega em um aceno de cabeça e se levanta para arrumar minha gravata. Continuo comendo enquanto ela o faz. É como se nós já estivéssemos casados, mas sem ela aceitar morar comigo por definitivo. As vezes eu sinto que Amber não confia em mim, ou talvez eu esteja exigindo muito dela e muito rápido. Eu queria que ela estivesse totalmente aqui, assim como eu, assim como sempre estive, entretanto a Amber se mantem distante em determinados momentos, fazendo eu me auto questionar se tudo está realmente como ela diz estar: tudo perfeito.

A barriga de Amber cresceu só um pouquinho, mas para mim é como se estivesse prestes a explodir, é inexplicável o que eu sinto. Parando para pensar, eu não fiz muito para reconquistar a Amber, talvez eu não tenha feito nada e essa gravidez que nos uniu. Por obrigação ou rendição pelos sentimentos.

- Hoje, quando você chegar, pode me levar até meu apartamento? - Amber pergunta me fitando. Ajudo ela a guardar tudo da mesa e por as louças sujas na pia.

- Levo. - respondo passando por ela. - Vai me abandonar hoje? - agarro sua cintura por trás fazendo um bico em seu ombro.

- Não - ela tira minhas mãos de sua cintura e calça os tênis. - Eu vou pegar o restante das minhas coisas.

- Como assim...Você...Ah. - gaguejo. Amber vem em minha direção e me abraça forte. Posicionando o queixo em meu peito, ela sorri.

- Você não queria que eu morasse aqui? Então, eu vou morar de hoje em diante. - Amber me solta ainda sorrindo e abre a porta saindo de casa.

A puxo pelo braço e abraço sua cintura.

- Casa comigo? - pergunto simplista. Amber fica visivelmente envergonhada, quando percebe afunda o rosto em meu peito.

- Muito cedo, não acha? - se eu pedi é porque não acho, mas escolhi o silêncio.

Levei Amber até o mercado, ela queria que eu começasse a comer direito, assim como ela comeria de maneira mais saudável por conta do mercado. Eu não poderia fazer as compras com ela ou esperar para levá-la até em casa, então ela chamou Lauren.

Eu fico pensando agora e chego a conclusão que poucas pessoas sabem que Amber está grávida, não que isso seja algo a ser explicado. Todavia, carrego em mim um orgulho gigante por poder falar que vou ser pai - acredito que seja apenas pela Amber. Ela diz que quando nosso filho vier ao mundo, eu provavelmente não terei tanta energia e alegria assim para falar que sou pai.

Não é uma visão pessimista, mas realista. Entretanto, enquanto houver orgulho e felicidade aqui, eu terei o prazer de espalhar - quando a Amber deixar, claro.

AMBER

Iniciei as compras enquanto Lauren não chegava, ela estava com o dia livre. Mesmo amando minha profissão, a qual escolhi por vontade própria, as vezes invejava a liberdade da Lauren. Ela não trabalhava em todos os eventos da M&J e estava longe de ficar o dia inteiro presa no evento passado. Entretanto, sempre admirei o modo como Lauren realiza cada passo para uma festa perfeita.

Peguei alguns legumes e verduras, mas passei longe das frutas. Não sei se é assim em todo lugar, mas neste mercado em específico as frutas custam uma fortuna, já as verduras e legumes sempre foram mais baratas. Decidi comprar frutas na feira perto da casa dos meus pais.

Eu tinha a missão de cozinhar coisas normais e saudáveis tanto para mim quanto para Jungkook. Como nosso bebê a bordo tudo devia ser cuidado e observado, então porquê não começar pela alimentação!? Eu já sabia e convivi com o péssimo hábito alimentar do Jungkook, eu nunca reclamei demais para não criar intriga desnecessária, mas era lamentável o tanto de comidas congeladas que ele comprava.

Era um dia importante, eu não havia contado para Lauren sobre minha gravidez - os únicos que sabiam eram Hoseok e Jackson. E senti, de verdade, que estava traindo minha amiga, afinal ela é minha melhor amiga desde os cinco anos. Pensei em todos os jeitos possíveis para contar tudo, eu queria que ela fosse madrinha com o Jackson, assim como queria que Hoseok também fosse. Era para ser uma super surpresa. Eu estava uma pilha de nervos.

Lauren avisou que havia chegado, respirei fundo e convenci a mim mesma que tudo sairia como planejado e ela não ia ficar brava por saber depois do Jackson.

[...]

- Eu não acredito...Amber...Você...Tá grávida... - Lauren da uma volta e passa a mão nos cabelos - E o Jackson soube antes de mim?

- Lau, eu...

- Você quebrou nosso código da amizade. - ela se aproximou do meu rosto e depois saiu rápido.

- Nós temos um código da amizade? - pergunto e ela bufa.

- Sim...Na minha cabeça...Temos. Sim, nós temos, queridinha. Não desconversa.

- Lau, agora você sabe. Não precisa ficar mais brava. - Lauren fez bico. - Quer um sorvete?

- Você não me compra com sorvete, Wright. - Lauren cruza os braços.

- De limão? - pergunto.

- Claro, é o meu favorito. - ela responde rindo. - Você me conhece tão bem, gatinha.

- Já disse que odeio sua bipolaridade? - pergunto colocando a última sacola no porta-malas do carro dela.

- Já. Um milhão de vezes, mas eu sou um amorzinho, e ninguém resiste. - Lauren faz uma cara fofa e aperta minhas bochechas.

- Você é uma nojenta, isso sim!

- Também amo você, Amber!

[...]

O fim de tarde estava bem agradável. O pier lotado de crianças não nos desanimava, na verdade, paramos para pensar em como o bebê seria. Bagunceiro, calminho, choroso. Concordamos que será um misto de todos já que eu e Jungkook somos o extremo em todos os aspectos.

Com nossos sorvetes em mãos, partimos para o único banco disponível, em frente a sorveteria - Lauren com seu sorvete de limão e eu com um de morango. Trocamos algumas novidades e acabei sabendo que Ethan voltou a trabalhar depois do tempo fora que pedi aos pais.

Até hoje ninguém entende porque não quis levar aquela noite à Polícia. Ethan é o orgulho dos pais, o garoto dos olhos deles, eu poderia denuncia-lo mas antes eu teria que falar com meus chefes. E quando no mundo os pais acreditam em outra pessoa a não ser no próprio filhinho? Sim, eu podia ter acabado com a vida de Ethan, mas teria que lidar com ele por muito tempo, mais tempo que levaria para acabar com ele.

Briguei muito com Jungkook, com meus pais e até mesmo com a Lauren. Eu que fui estuprada e eu que escolho o que devo fazer, a dor é minha, a decisão também.

De longe avisto um sorriso acompanhado de olhos puxados. Eu sabia que era aquela garota, a Minah, puta do Jungkook. Ela carregava um balde e vinha em nossa direção, Lauren me olhou preocupada enquanto eu me mantinha atenta na loira.

- Olá! - seu sotaque irritante passa por meus ouvidos. Me mantenho quieta enquanto ela sorri petulante. - Ouvi que como uma boa americana nascida no litoral, você gosta de peixe. Estou certa?

- Óbvio. - Lauren responde por mim. Me recuso a trocar sequer uma palavra com essa garota, ainda mais depois de tudo que ouvi sobre ela e Jungkook transando.

- Ótimo. Isso é pra você. - ela rapidamente levanta o balde o joga o conteúdo lá contido em mim.

Peixe podre. Peixe podre do porto. Ela jogou aquela merda toda em mim, em frete a mais de cem pessoas. Me levantei incrédula querendo matá-la. Seu riso alto e forçado deixava claro seu ódio maldade. Não fui capaz de dizer ou fazer mais nada. Apenas saí em meio a multidão que abria caminho quando percebiam meu estado.

Lauren comprou cinco toalhas das mais vagabundas e me ajudou a tirar o excesso de peixe e qualquer outra porcaria que havia em meu corpo. Antes de deixarmos o local, Lauren voltou e jogou o balde em Minah, junto com um tapa muito bem dado em seu rosto. Eu agradeci tanto por aquilo.

[...]

Nossa chegada em casa coincidiu com a de Jungkook, que assustado veio quase correndo em minha direção.

- Aquela vagabunda da Minah jogou um balde cheio de peixe podre em mim. - Jungkook tentou fazer algo perto de mim, mas tudo que conseguiu foi cobrir o nariz pelo cheiro forte que eu exalava. Não liguei, sabia que estava uma merda mesmo.

Lauren e Jungkook começam a disputar xingamentos contra Minah, esquecendo de mim ali. Depois de longos dez minutos reclamando um para o outro, chego perto e eles se viram para mim com cara de nojo. Sério? Lauren sobe para o banheiro e enche a banheira enquanto espero pacientemente na calçada junto com Jungkook.

Jungkook liga para Minah, mas não é preciso a garota atender, ela aparece do outro lado da rua. Ela é uma assombração ou algo assim? Que garota estranha. Ele apenas cruza os braços e pede para a garota explicar.

- Eu só dei algo podre para uma pessoa podre. - Minah grita. Jungkook respira fundo e posiciona as mãos na cintura a olhando impaciente. - Peixe podre, garota podre e um bebê podre. - ela aponta para minha barriga com cara de nojo.

- Sua puta. - Jungkook avança no rosto de Minah e a segura apertando as bochechas bem forte.

- Jungkook... - tento para-lo, sendo ignorada.

- É a minha mulher e o meu filho, você não vai falar assim. Você que é a podre aqui, você é ridícula, asquerosa. Passou dois anos aceitando ser a bonequinha de alguém, aceitando transar com um cara que pensava em outra em seu lugar. Eu te dei tudo e você sabia porque de eu ser tão legal. Eu sempre deixei claro. Você é nojenta. Nunca vai chegar perto do que ela é. Eu acabo com a sua vida se você chegar perto ela de novo. Acha que tenho dó de te levar pra Polícia?

- Jungkook, solta ela. - mais uma vez ignorada. - Jungkook, solta! - puxei a garota com toda minha força e finalmente ela saiu das mãos dele. - Jungkook, ela mal sabe falar inglês. Deixa ela ir embora pra Coréia em paz.

Jungkook me encarou ofegante e acenou positivamente com a cabeça.

- Some da minha frente. - Jungkook dita sem olhar para Minah.

Lanço um olhar autoritário e a garota sai chorando. Lauren aparece falando que a banheira estava cheia. Entra e cuida dela. Ouço Lauren sussurrando e sorrio com seu tom fofo de sempre.

Subo para o banheiro e jogo as roupas que usava diretamente no lixo, eu não perderia meu tempo lavando toda essa porcaria suja. Pego uma esponja nova e quase uso o frasco todo de sabonete líquido, esfrego meu corpo como se não houvesse um amanhã. Fiz isso por quinze minutos, depois lavei meu cabelo umas três vezes fui para a banheira e descansei meu corpo, e meu bebê.

Eu não estava chateada ou com vontade de chorar, eu estava brava, revoltada. Queria matar alguém. Entretanto, aquela água quase totalmente gelada fez meu corpo relaxar de maneira curiosa. Eu precisava daquilo, eu precisava de um descanso verdadeiro.

Deitei minha nuca na borda da banheira e fechei os olhos, e mesmo que aquela região adoece mais tarde, aquilo estava tão bom. Permiti um sorriso escapar em meus lábios, minha lembrança era doce e tão agitada. O modo como Jungkook disse "minha mulher e meu filho", eu me senti tão bem, tão protegida. Tão mulher dele.

Era incrível como, independente da situação, Jungkook conseguia me fazer sentir tão sortuda, tão dele, tão eu. Eu não pensei que minha família seria formada com ele, não pensei que um dia o veria novamente e então tudo isso aconteceu. Finalmente me sinto feliz, pelo menos um pouco.

- Jungkook! Essa água deve estar um nojo, eu estou um nojo. Sai! - falei desesperada ao ver ele entrando na banheira e sentando do lado oposto. Ele me puxou, me colocando entre suas pernas. - Jung...Kook.

- Então vamos ficar nojentos juntos. - Jungkooo beija meu ombro. - Ok?

Ficamos um em silêncio durante uns minutos. Era a primeira vez que Jungkook massageava minha barriga, minha pequenina barriga. Ele fazia movimentos circulares com as palmas das mãos, me relaxando ainda mais. Deitei minha cabeça em ombro, respirei fundo sentindo seu sorriso em minha pele.

- Você vai ser um ótimo pai. - comentei com olhos fechados.

- Por que acha isso? - sinto seu olhar em mim, retribuo abrindo os meus.

- Por que você é um ótimo homem. - ele sorri pequeno e me da um beija na bochecha. - Meu homem.

- Seu homem? - ele ri fraco e me aperta.

- Você disse que eu sou sua mulher, então você é o meu homem. - falo tímida entrelaçando nossos dedos.

- É, eu sou seu homem mesmo.

- Eu tenho sorte, então. - sorri. - Eu gostei de como você protegeu nosso filho.

- Nosso filho. - Jungkook abriu um sorrisinho bobo Eu sempre irei proteger ele ou ela, e você também

- Eu nunca pensei que engravidaria tão cedo. Quer dizer, eu acabei de virar realmente maior de idade, nem acabei de pagar meu apartamento e estou desempregada. Foi tudo muito rápido. - brinquei com a espuma inventando desenhos aleatórios. - Não que eu esteja triste, muito pelo contrário, estou mais feliz que tudo. Só que eu tenho um pouco de medo.

- Medo de que? 

- Sei lá. De não aguentar, não ser responsável suficiente, não ser uma boa mãe ou uma boa esposa. Eu não sei, Jungkook. Eu só tenho medo de não dar certo.

- Vamos por partes, certo? - Jungkook me arrumou para que eu pudesse olhar para ele. - Se você não aguentar eu vou te ajudar, eu estou aqui. E responsável nós dois somos e vamos aprender ser mais ainda com o tempo. Você vai ser uma ótima mãe, e eu vou fazer de tudo para te acompanhar, eu já te vi cuidando do Thomas, mesmo como irmã, você sempre foi boa nessa coisa de cuidar. É o nosso primeiro filho, não precisamos ser perfeitos só saber criar direitinho e dar uma boa educação. - ele parou e me olhou por um tempo - Se não der certo eu vou continuar aqui e vou te ajudar com tudo.

- Como você me aguenta? - Jungkook me olha confuso. - Sério. Você é sempre tão legal comigo, tão compreensivo e eu sei que sou um pé no saco na maioria das vezes. A pior parte é que eu sei que sou chata.

- Primeiro, eu não te acho chata. Eu já estou acostumado com seu jeito, eu te conheço a muito tempo, não vou reclamar agora. Eu não vou falar que te amo pra você não ficar se achando.

- Nossa, como você é...Você me conhece tão bem. Eu não fico me achando só para o senhor saber.

- Amber, você joga na minha cara que eu te amo, sendo que eu sei que eu te amo, afinal eu te amo.

[...]

Saímos do banho e usamos as últimas horas da noite para buscar minhas caixas que sobraram no meu apartamento. Eu havia esquecido desse combinado de mais cedo, então vesti o primeiro vestido que achei jogado naquela cadeira de bagunça que todos temos. Entretanto, me xinguei quando o vento gelado bateu em minhas pernas expostas, parei por alguns segundos e tentei achar sentido nas minhas escolhas.

Coloquei a playlist no aleatório e fomos até meu antigo apartamento. Eu não estava tão feliz por mudar para a casa do Jungkook, mas um tanto apreensiva. Eu passe três anos morando sozinha, e os outros dezoito passei com morando com meus pais. Tudo está acontecendo tão rápido. Eu jurei que não daria corda para o Jungkook, jurei que seria forte e que seguiria em frente sem me machucar, e na verdade fiquei no mesmo lugar e me machuquei mesmo assim.

Todavia, engravidei e não poderia pedir mais que isso, não poderia ganhar um presente tão maravilhoso quanto esse. Eu tinha planejado algumas coisas, coisas que agora serão pouco difíceis de acontecer. Começando com minha procura por local adequado para abrir um estúdio fotográfico ou quem sabe uma agência, eu também pensava em comprar uma casa quando acabasse de pagar por meu apartamento - odeio morar em lugares altos. E quem pagou meu apartamento foi o Jungkook, o dinheiro que havia guardado foi diretamente para comprar roupas novas quando eu engordar, isso é um tanto triste. 

Eu não achei que seria sustentada pelo meu namorado rico de vinte e três anos, pai do meu filho. Pensei que seria independente, com minhas coisinhas e meu cantinho. E longe de mim reclamar da minha atual situação, mas sabe aqueles momentos que você se vê tão diferente depois de tudo que sonhou um dia? É como se o tempo tivesse se perdido em menos de duas horas.

[...]

Jungkook foi levando as caixas já cheias para o carro, enquanto eu enchia outras. Eram as últimas caixas, finalmente. Senti o olhar de Jungkook sobre mim o tempo todo dentro do apartamento, como se estivesse me seguindo, desviei o olhar algumas vezes e ele sorria diferente. Levei a última caixa para o carro e me despedi do porteiro e do apartamento. No final me senti feliz, estava pronta para uma nova fase da minha vida, um pouco receosa? Com certeza, mas faz parte. 

Ainda com o carro parado na garagem, procurei por toda minha bolsa a chave da casa. Já estava nervosa por achar que perdi. Normalmente nós dois andamos com a chave, mas como eu já estava em casa, Jungkook deixou a dele e usamos a minha. Considerei ter deixado cair em uma das caixas com meus pertences, era muito mais provável.

Jungkook esperou dentro do carro, ele estava inquieto, o que começou a me deixar mais nervosa ainda. Mesmo não sendo necessário o stress todo, e mesmo assim comecei a suar e ter vontade de chorar - deve ser pela gravidez. Jungkook passou a mão no meu cabelo e me deu um beijo na mesma região. Pedi para ele me ajudar a procurar a chave, num aceno de cabeça Jungkook começa a revistar por baixo dos bancos.

- Amor, me ajuda aqui. - Jungkook fala com a voz mais rouca que o normal.

- Espera, acho que encontrei...

- Como você consegue? - Ele segura minha mão e dirijo meu olhar para ele.

- Consigo o que? - Jungkook leva minha mão até seu membro extremamente duro. - É uma arte desconhecida. - Sorrio maliciosa. Jungkook morde o lábio num sorriso mais malicioso ainda.

- Se você me ajudar com isso, eu te ajudo com a chave. - olhei de soslaio. Diferente da feição sacana que ele me lança quando quer transar, Jungkook me encarava sério passando os olhos por todo meu corpo.

Meu sorriso basta para o moreno entender minha aceitação.

- Vem cá. - Jungkook agarra minha nuca, guiando minha cabeça seu pau.

Jungkook abaixa mais a calça até a altura das coxas. Seu membro pula em meu rosto e antes que eu pudesse o segurar, Jungkook assume e passa a cabecinha em meus lábios.

O sorriso sacana de Jungkook finalmente aparece, ele se livra do pau duro e começo minha atividade favorita: deixar Jungkook louco. Dou leves chupadas na glande e em toda a extensão do membro. Ameaço abocanhar o pênis e me permito sorrir, malvada.

Meu último ato provocativo deixa Jungkook impaciente. Lambo seu pau enquanto movimento minha mão para cima e para baixo, ele geme baixo. Quando o olho, Jungkook tem os lábios vermelhos em resultado as mordidas. Sinto meu cabelo sendo puxado, afastando minha cabeça do pênis, Jungkook me olha sério.

- Me chupa logo, Amber.

Seu tom autoritário sai mais sexy que o esperado, aquilo me deixou excitada e com mais vontade de chupa-lo. Abocanho seu pau e o chupo rápido, brinco com a língua em sua cabecinha. Jungkook arfa e ergue o quadril, seu membro entra fundo em minha garganta e agradeço a mim mesma por sempre aguentar o pau indo fundo.

- Isso...Am - Ele geme com dificuldade.

Tento levar uma mão até minha intimidade molhada, mas ele me impede segurando meus dois pulsos juntos. Jungkook começa a estocar em minha boca, devagar e fundo, deixo a língua disponível junto aos movimentos que iam acelerando.

Meu nome saiu de sua boca uma última vez, então sinto o líquido quente sendo despejado em minha boca, engulo e volto a minha posição.

Não demora muito e Jungkook me puxa para seu colo, sento com uma perna de cada lado do seu corpo. Mais uma vez agradeço, mas desta vez pela preguiça de tirar o vestido mesmo estando frio. O tempo era gelado com ventos momentâneos, que deixavam as noites mais frias que o normal. Jungkook me ergue um pouco e me penetra.

Ele ataca minha boca num beijo que inicia rápido e cheio de desejo, mas que depois de uns minutos fica calmo e carinhoso. Jungkook aperta minha bunda e eu gemo em dor, me vingo puxando o cabelo dele pendendo sua cabeça para trás. Nós dois sorrimos pelas "violências" carinhosas, nos olhamos e paramos o beijo.

O moreno passa o polegar em meus lábios, chupando-os em seguida.

- Eu já vou gozar de novo. - sua voz rouca e respiração descompassada me fazem querer tortura-lo novamente.

Começo a rebolar em seu pau lentamente, ele me segura pela cintura. Os beijos voltam, mas agora em meu pescoço. Tiro me vestido tão rapidamente que Jungkook ri com aquilo. Os beijos descem para meus seios, sua língua em meu bico rijo fazem eu gemer baixo, querendo mais. Esqueço do que devia fazer, mas ele me lembra no mesmo instante.

- Rebola, amor. Rápido. - Atendo seu pedido e torno minhas reboladas ritmadas. De novo Jungkook ergue o quadril. Sinto quase atingindo meu ápice, uma vez que cavalgo e seu membro estoca fundo. - Quase...Amor...isso. - ele geme contra a minha pele.

- Jungkook...Eu vou... - estava perdendo as forças, mas continuava a me mover.

- Continua, Amber. Vai.

Jungkook da um tapa forte em cada nadega e as aperta logo depois. Gemo alto e caio com a cabeça em seu ombro, totalmente fraca e com o orgasmo se desfazendo em Jungkook.

Descansei por um tempo ali, levantei e Jungkook sorria ainda ofegante.

- Tenho uma coisa pra você. - ele diz e pega algo no compartimento da porta do carro. Jungkook me entrega as chaves da casa.

- Eu não acredito, Jungkook! - Dou um tapa em seu ombro. - Você escondeu só para transarmos?

- Não. - ele disse convencido - Eu escondi para transarmos no carro. - deu ênfase na última palavra e riu me beijando uma última vez.

Dei um último tapa em Jungkook e saí do carro. Levamos tudo para dentro e tranquei a porta. Respirei fundo e repeti para mim que meu sonho agora seria outro, o de fazer meu bebê e meu namorado felizes. Eu ainda era a Amber de sempre, mas agora com duas pessoas a mais na vida e eu me empenharei para isso, não que eu não tenha feito isso esse tempo todo. 

Jungkook me abraça por trás me dando um leve susto, estava observando uma foto minha e dele, aquela que eu deixava no fundo da estante. Eu havia comprado um porta-retrato para por ela, então na primeira oportunidade coloquei ela na sala da "minha" casa nova e sorri grande, gigante. Eu queria chorar de felicidade, mas me contive. 

- Finalmente essa foto na frente. - Jungkook comenta olhando para ela.

- Agora que eu não quero mais te esquecer ela pode aparecer. - Limpei o vidro empoeirado do porta-retrato. - Mas acho que deveríamos tirar uma foto nova, nós mudamos muito, acho justo.

- Cadê sua câmera? Vamos tirar uma agora.

- Não! Não! Eu to arrasada, olha o meu cabelo. - Jungkook riu.

- Você está ótima! Para de bobagem.

- Amanhã vou arrumar minhas coisas e quando achar minha polaroide nós tiramos uma foto. - ele fez uma careta. - Se eu tivesse medo de cara feia não me olhava no espelho. - respondo a sua careta e ele me imita fazendo uma voz fina.

- Já pensou no nome que vamos dar ao nosso bebê? - perguntou se jogando na cama. 

- Nós precisamos saber o sexo primeiro, depois vamos pensar nisso. 

- Amber, prometo que vou escolher um nome perfeito. 

- E quem disse que você vai escolher?

- Ué, eu sou o pai.

- Mas eu que vou parir. 

- E eu que coloquei ele aí dentro. 

Droga! Ele estava certo.

- Tá bom. Agora vamos dormir.

Nos deitamos e dormimos abraçados, na verdade, parecia que Jungkook dormia abraçado com o bebê, porque quase colocava a cabeça na minha barriga e dormia agarrado ali. Eu não me importei muito, afinal ele podia muito bem não ligar para essa gravidez e me mandar pastar, mas ele assumiu de muito bom grado e eu agradeço imensamente por isso.

É, Jungkook. Você final mente conseguiu o que queria. Esperou e conseguiu, e eu serei eternamente grata por não ter desistido de mim. 


Notas Finais


Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=acvIVA9-FMQ

Como disse lá em cima vou contar algumas novidade.

Bom, eu mudei o rumo de Wait. Vocês se lembram que eu comentei que o Jungkook seria bem babaca e que a Amber sofreria um pouco mais? Então eu tirei isso, eu mudei a fanfic inteira praticamente. Por que? Explicarei.

Eu acho que já fiz esses dois sofrerem muito e queria fazer eles felizes por mais tempo que em Nothing Like Us. Isso não quer dizer que não vai rolar briga entre os dois, crises de ciumes e etc...Coisas de um casal normal irão ocorrer. O que estou dizendo é que eu não vou por mais ninguém para atrapalhar a vida deles e que os momentos felizes finalmente chegaram.

Outra coisa que queria deixar aqui é que estou achando que essa temporada não passará dos 25 capítulos, eu planejei ela toda, literalmente. Eu tenho tudo escrito, ideias, algumas falas, e numa esquematizada rápida pude perceber essa escassez de capítulos. Mas isso é só uma suposição, outras ideias podem surgir para enriquecer a história.

Então vou fazer um pedido bem simples para todos (todos mesmo) meus leitores.
Depois de lerem cada capítulo que está por vir - incluindo esse - gostaria que comentassem o que estão achando da história, e também me contem o que acham seria legal que acontecesse. Vocês tem alguma teoria ou desejo para a fanfic? Vamos conversar, tudo bem?

Mesmo sendo uma fanfic escrita por mim apenas, é muito importante saber o que passa na cabecinha de vocês. E também existem assuntos que nem todos gostam de ler e eu não sei quais, já que não sou um robozinho.

Ficarei muito grata pela ajuda de vocês.

Obrigada a todos. Amo vocês, meus amores <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...