Hoje fariam três ano que Will e Nico haviam se casado e quatro que estavam juntos.
Nico planejava dar um presente a Will em comemoração a essa data, Will nem imaginava o que era, só sabia que estava cansado de ter que ficar com aquela venda chata nos olhos.
Ao chegar ao local onde estava o presente de Will, Nico estaciona e desliga o carro, se vira para o marido, a aliança de casamento na mão do loiro era algo que sempre o faria sorrir, ele se lembrava dos meses em que ficou sem Will e no medo que tinha de ele não conseguir voltar, e os cacos que haviam sobrado no moreno nunca serem completamente restaurados a sua verdadeira forma.
Hoje Nico era uma pessoa cheia de remendas, mas nenhuma falha, Will havia costurado e colado tudo que não estava no lugar e os espaços que sobravam era logo preenchidos por memórias boas dos dois.
Nico sabia que foi difícil para Will perder a única pessoa que podia ser considerada a família dele, mas assim como o loiro, Nico havia cuidado de suas feridas e hoje Will sorria novamente.
- Chegamos amor - Diz Nico beijando devagar o pescoço do bronzeado
- O presente é sexo no carro comigo vendado? Olha se for isso eu acho que gosto da ideia um pouquinho de mais - Nico ri e tira o sinto de seu marido
- Um adulto com mentalidade e hormônios de adolescente. Mas não, esse não é seu presente. Fique aqui e não tire a venda - Will assente sorrindo, o que fez Nico o comparar a uma criança ansiosa. Nico saiu do carro deu a volta no mesmo e abriu a porta do passageiro pegando uma das mão do loiro para o conduzir até onde ele queria.
Will tentava ouvir tudo a sua volta para tentar adivinhar o seu presente, Hazel que estava noiva de Frank, havia dito a ele que o mesmo ia amar já que era uma coisa que ele já havia mencionado a Nico desde que começaram um relacionamento estável de casados
Mas havia tanta coisa, pensava o de olhos azuis, ele havia mencionado que queria um cachorro, um carro, uma nova cama, um tênis novo, uma viagem a algum lugar romântico, enfim vários lugares e coisas, mas nenhum ele associava aos sons que ouvia, era algum lugar cheio de vozes, risadas e ... musica
- Feliz três anos de casado meu marido - Diz Nico no ouvido de Will que não demora em tirar a venda. E ao ver onde estava ele perde o folego e os compassos de seu coração falham algumas batidas, ele olha incrédulo para o marido e o mesmo apenas sorri e o abraça por traz - Uma vez você mencionou que queria aumentar a família assim que tivéssemos um bom tempo juntos e uma boa casa e condição para cuidar da criança, bom eu pensei '' três anos é um bom tempo, e temos ótimas condições já que nós dois somos médicos, então, porque não?''
Nico sente o loiro tremer e logo depois ouve uma fungada, ele abraça ainda mais o corpo forte de Will
- Obrigado, você realmente é a melhor coisa que eu podia querer na vida, eu te amo - Diz Will se virando e dando um selinho no marido que sorria com a alegria que esbordava do loiro - Quantos eu posso levar para casa? Eu odiava quando chegava pessoas para adotar, porque além de eles escolherem sempre os bebês eles levavam apenas um, então quantos podemos adotar? - Pergunta Will olhando em volta e vendo as crianças brincarem sem se importar, mas o surpreendeu ver apenas crianças de facha etária de três e quatro anos
POV Will
- Amor, aqui nesse orfanato a apenas crianças com menos de três anos, todo dia aparece pais para adotar, então as crianças não demoram muito tempo aqui, e respondendo sua outra pergunta, só uma
- Ok, eu escolho sozinho?
- Pode ser, mas se quiser me agradar saiba que adoro olhos azuis ou verdes, e cabelos loiros ou pretos - Diz Nico, sorrio e começo a andar em meio as crianças, eu via rostinhos me olhando curiosos e outros nem dando bola.
Eu olhava atentamente cada rostinho, para ver se algum me chamava a atenção, ou se encaixava nos gostos de Nico.
Sinto algo agarrar minha perna e olho para baixo, dando de cara com olhos verdes moldados por cílios ruivos e sardinhas nas bochechas, ela usava uma toca que escondia completamente seus cabelos e um sorriso de dentinhos tortos enfeitavam sua delicada e pequena boquinha
- Oi, você é o príncipe que veio me buscar no cavalo branco - Pergunta a menininha errando algumas palavras
- Não sei, eu preciso saber o seu nome pra eu saber se é a princesa que eu estou procurando - Digo me abaixando na altura dela, ela sorri . Algo nela fazia eu me sentir bem.
- Rachel - Eu paraliso, minha respiração para, e eu não consigo pensar direito - Está tudo bem príncipe? - Diz ela botando a mão na minha bochecha, meus olhos lacrimejam
- Está sim, a princesa podia tirar a touca para eu poder ver seus lindos cabelos? - Ela sorri de novo e tira a toca, eu sento no chão não confiando mais em minhas pernas para me estabilizar, os cabelos da pequena era ruivos, vermelhos feito fogo, e cacheados e volumosos assim como eram os dela, mas não podia ser , não...
'' O seu segundo presente demorará um pouco ''
'' Isso não é um adeus Will, nós nos veremos em outra vida''
Sorrio em meio as lágrimas, e pego a mãozinha dela
- A princesa, gostaria de vir morar com esse príncipe e se tornar a minha filhinha princesa? - Ela sorri de ponta a ponta e se joga em mim, abraçando com seus pequenos braços o meu pescoço, a abraço forte. Sinto alguém me observando e olho para cima, meio distante e escondida, estava ela, sorrindo para mim, Pipper estava a alguns metros de distancia de mim pisco os olhos e ela some
- Eu vou poder te chamar de papai? - Sorrio sem poder conter as lagrimas, ela estava aqui o que significa que é verdade, essa é a minha Rachel, minha pequena e preciosa Rachel
- Pode, pode me chamar de papai o quanto quiser meu amor, porque você é minha filha agora, você faz parte da minha pequena família de agora em diante - Falo em meio as lagrimas que queriam se derramar cada vez mais, ajeito alguns fios que estavam na frente do rosto dela, ela sorri com isso
- Devo sentir ciúme dessa ruivinha ai? - Escuto a voz de Nico falar - Oi pequena, é você que vai para nossa casa hoje?
- Depende, quem é você? - Pergunta Rachel fazendo dos meus braços sua proteção contra Nico
- Esse Rachel, é o seu outro papai - Nico regala os olhos quando eu falo o nome da pequena - Você tem dois papais, eu e Nico
- Dois papais? - Pergunta ela e fico com medo de ela não achar normal e não querer ir com a gente, eu não podia perder ela, eu havia ganhado ela novamente em minha vida, e nada a tiraria de mim novamente - Eu tenho dois príncipes? - Diz ela olhando para mim
- Sim você tem dois príncipes minha princesa - Digo rindo e vendo um brilho conhecido nos olhos dela. O mesmo brilho que eu via em Rachel quando me via sorrir ou apenas feliz
-Você tem o sorriso bonito papai
[...]
Após arrumarmos a papelada, que já era bem menor por Nico ter feito isso a meses, eu e Nico fomos embora, qual foi minha surpresa ao ter uma cadeirinha no banco de trás, boto com todo cuidado Rachel na cadeirinha e lhe dou um beijo na testa, ela parece gostar do carinho pois sorri e vira para o Nico também pedindo um beijo no mesmo lugar, Nico sorri e faz o desejo da pequena.
Quando todos estamos no carro, Nico da a partida e começamos a ir em direção a nossa casa. Segurei a mão de Nico e o mesmo entrelaça nossos dedos, e pelo espelho retrovisor vejo a ruiva olhando fascinada cada detalhe do carro e a paisagem lá fora.
Respiro fundo, depois de tudo eu posso finalmente sorrir e saber que esse sorriso é completo, tenho um marido que é minha alma gêmea, minha complementação, a pessoa que eu mais amo nesse mundo, e tenho minha amiga de volta, que agora é minha filha, minha pequena Rachel D'Angelo Solace.
O seu amor verdadeiro, ou simplesmente o seu amor, é aquela pessoa que te
complementa, te torna completo, te preenche nos locais que faltam.
E quem melhor para fazer isso do que seu oposto ?
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