História Wait the True Love - Wait The True Love: Especial

POV Will  

- Rachel Elizabeth Solace D'Ângelo como assim você vai fazer um trabalho fora? - Digo olhando dela para a pessoa na porta, que esperava minha pequena ruiva, que agora não era tão pequena, estava com dezessete anos 

- Mas eu avisei e pedi permissão - Ela fala cruzando os braços e me olhando diretamente nos olhos, sorri inconscientemente, a ruiva a minha frente não tinha nem o que pôr ou tirar, ela era a minha antiga Rachel dos fios do cabelo até a ponta dos dedos do pé. 

- Mas você não disse que era com um menino - Digo quase matando o maldito rapaz ,que esperava na porta. 

- Papà me ajuda aqui por favor - Diz ela falando um pouco mais alto para que Nico ouvisse de onde ele estivesse 

- Olha aqui, não é justo botar o seu papà no meio, é sempre assim, eu te dou alguma bronca você chama seu papà, seu pai vem com aquela conversa mole e eu acabo esquecendo porque estava brigando contigo, mas não dessa vez mocinha, aliás porque ainda está ai garoto? 

- Willian. - Ouço a voz de Nico soar repreendedora atrás de mim, olho por cima do ombro e um arrepio bom passa pela minha barriga. Poderia ter se passado anos, mas Nico continuava lindo aos seus quarenta e dois anos, realmente não parecia que ele tinha essa idade, parecia, para mim pelo menos, que ele  tinha seus vinte e cinco ainda. - Pare de chilique e deixa nossa filha ir fazer o trabalho logo 

- Ah não, nem vem Nicholas , é sempre assim, mas não dessa vez. Você viu com quem nossa menina vai fazer o trabalho? Com esse rapazote, que de novo, o que ainda faz aqui? - Digo olhando furiosamente para o rapaz que eu chutava ter a mesma idade que Rachel, tinha os cabelos pretos com mechas naturalmente loiras, os olhos eram uma mistura de cinza e verde, tinha o rosto fino e porte um pouco além de um adolescente normal, com certeza malha ou faz natação, tem ombros bem largos, é com certeza era nadador ou algo do tipo. 

- Will meu amor presta atenção em mim - Ele fala carinhoso com sua voz grossa, causando arrepios onde eu não devia ter na frente de crianças. A não! Não! Esse tom não! Ele segura meu rosto entre as mãos e me força a olhar para ele. Segundos, que para mim foram horas, eu me perdi no Ônix de seus olhos, aquele preto tão escuro que poderiam assustar qualquer um mas a mim apenas me fazia querer me aproximar mais, e no fundo um brilho incandescente, como a lua em uma noite escura. - Nossa filha já tem dezessete anos, tem uma ótima cabeça, fez por quatro anos defesa pessoal, que se me lembro bem foi você que pediu, é apenas um trabalho, o rapaz é filho do Percy e da Annie , então nós sabemos onde ele mora, e nossa filha tem dois homens, - Disse olhando para o rapaz, o seu olhar eu podia jurar que atraia as sombras ao nosso redor - Cirurgiões , como pais, ele não seria nem louco de tentar algo não é mesmo rapaz? - O garoto estava com os olhos regalados e balançava freneticamente a cabeça concordando 

- Si...Sim... Nun...Nunca pensaria em fazer algo á Rachel sem o consentimento dela 

- Perfeito... ESPERA AI, COMO É RAPAZ? - Digo talvez um pouquinho alto, Nico me põe atrás de suas costas, impedindo, talvez , que eu faça alguma coisa  

- Vão logo, Rachel meu amor, quatros horas no máximo, se não der de terminar hoje eu deixo você ir amanhã, ok? Mande um beijo ao seu pai rapaz, e não esquece do que eu falei, eu e Will somos ótimos com bisturis - Olhei incrédulo para Nico  

- Tudo bem, tchau papà - Diz ela dando um beijo rápido na bochecha de Nico - Tchau pai - Ela fala sorrindo e me dando um beijo na bochecha também, não consegui deixar de retribuir o sorriso carinhoso dela, o rapaz fez um movimento com a cabeça em despedida e abriu a porta para que minha ruivinha passasse e logo os dois não estavam mais na sala  

- Nico, porque deixou? Ela é um bebê ainda, ela é minha pequena bolinha de fogo ainda - Digo em um tom choroso, sim, por mais que eu tenha a mesma idade que Nico, eu era muito mais infantil, não culpem a mim, Nico que me mimou demais, no fundo ainda sei que ele tem medo que eu acabe indo ''embora'' outra vez. 

- Willian ela infelizmente cresceu meu amor, e devemos deixar que ela se desenvolva mais ainda, temos que deixar ela aproveitar a vida como nós, quando tínhamos a idade dela. Se bem que quando eu tinha a idade dela eu ficava só em casa com medo de sofrer com piadinhas 

- E eu vivia em um orfanato, onde meus amigos eram todos adultos - Digo me lembrando dos anos não tão horríveis mas também não tão bons, em que eu tive que ficar no orfanato  

- Tá mas esse não é o ponto, o ponto é, ela cresceu, aproveitamos cada segunda da infância dela, fizemos nosso melhor na sua criação, agora está na hora de fazermos nosso melhor outra vez, mas de um jeito diferente, ela tem que começar a fazer suas próprias decisões , seguir seus sonhos, e nós temos que estar aqui para o que ela precisar, vamos a apoiar quando for preciso, iremos a proibir quando acharmos errado tal coisa, iremos a aconselhar e por ai vai, então não precisa ficar tão assim quando ela aparecer novamente com algum rapaz diferente ou com o mesmo rapaz, só que com a notícia de que estão namorando - Regalo os olhos - É um exemplo Will - Suspiro derrotado, olho para ele a minha frente, seus cabelos estavam grandes, como antigamente, o deixando com um ar ainda mais jovem se não fosse por um ou dois fios brancos; com delicadeza tiro uma mecha que caía sobre seus olhos e com a mesma mão deixo um singelo carinho em sua bochecha 

- Desde quando ficou tão maduro? Ein senhor Nicholas ?  

- Desde que eu percebi que amo mimar meu marido, fazendo dele meu eterno bebezão  

- Vou te dar o bebezão, fica sem sexo para ver quem chora primeiro - Ele revira os olhos e me puxa para um beijo, sorrio entre o osculo calmo e carinhoso que trocavamos, pois essa cena me fez lembrar de uma coisa a anos atrás 

* Rachel 5 anos * 

- O que é isso que estão fazendo? - Ouço uma voz infantil falar, em um tom curioso, ao nosso lado. Paro o beijo e olho para Nico, que estava em cima do balcão comigo entre suas pernas, seus olhos também estavam regalados. 

 Resumindo o que estava acontecendo: Rachel havia nos pego aos beijos. Ok não completamente aos beijos, já que eu estava sem camisa e a de Nico estava a meio caminho de ser jogada no chão. 

- '' Ela não estava dormindo?'' - Sussurra Nico  

- '' É, estava'' - Digo olhando para a pequena ruiva - Não estamos fazendo nada meu amor, é que o papá Nico estava meio quente e cansado, ai o papai Will o sentou aqui em cima e estava checando, agora a pouco, a temperatura dele, ai como ele está bem eu o recompensei com um beijinho - Falo sorrindo para a pequena e vejo Nico concordar. Rachel balança a cabeça em concordância e logo um semblante triste preenche suas feições infantis. Olhei para Nico e ele levantou os ombros, como quem diz '' Eu não sei porque''. Saio do meio das pernas dele e me abaixo na frente de Rachel, ficando quase na mesma altura que ela - Que foi minha bolinha flamejante de fogo - Ouço Nico rir do meu ''pequeno'' apelido 

- É que.... Eu também quero beijinho, mas não estou doente - Ela olha para o chão, Nico desse do balcão e fica ao meu lado , agachado comigo. Olho para ele e ele concorda com a cabeça, e ao mesmo tempo damos um beijo em cada bochecha  cheia de sardinhas dela, ela nos olha confusa mas um sorriso estava em sua pequena boquinha. 

- Mas eu não estou doentes papais  

- Bebê, não precisa ficar doente para receber nossos beijos, sempre que quiser é só pedir, beijos são formas de demonstrar carinho e amor, e o que mais temos por você é isso, se pudéssemos passaríamos o dia enchendo sua carinha fofa de beijos assim ó - Nico fala carinhoso e nos aproximamos dela de novo a enchendo de beijo em todo seu rosto, ela começou a rir mas não nos impediu.  

- Também amo vocês meus príncipes e papais - Ela fala assim que terminamos nosso ''serviço'' , logo depois ela se joga na gente abraçando ambos os pescoços, olho para a cabeça de Nico do outro lado de Rachel e sorriu e mais do que disposto ele retribui, é eu me daria bem sendo pai. 

*Rachel 7 anos* 

- Papai olha só - Escuto Rachel me chamar do seu quarto, vou até lá e encontro olhos verdes brilhando em alegria - Meu dente caiu - Ela diz meio desengonçada pois ela tentava me mostrar ao mesmo tempo que tentava falar. Riu da sua empolgação 

- Que bom meu bebê, agora é só botar embaixo do travesseiro para a fada do dente trocar por dinheiro - Ela perde o sorriso na hora - Que foi meu amor? 

- Eu perdi meu dente? Eu só sei que ele caiu, mas não lembro aonde, só sei que bati a cabeça na porta e ele caiu - Por que diabos você foi bater a cabeça na porta? Balanço a cabeça, crianças, essa era a única resposta coerente que eu acharia - Mas o que é mesmo uma fada do dente? - Diz ela bocejando de sono  

- Primeiro você deita na sua cama, e depois eu te conto - Ela ri empolgada e pula na cama quase caindo no mesmo instante, se eu não tivesse sido rápido o suficiente para pega-la antes. Ela deita e me deixa tapa-la até o pescoço, para ela logo em seguida o botar mais para baixo - Fada do dente é um ser mágico, ninguém sabe se é menina ou menino, mas sabem que esse ser tem lindas asas capazes de voar todos os dias, a noite, para recolher os dentes das crianças e em troca esse ser místico deixa dinheiro em baixo do travesseiro. 

- Mas porque ele pegaria dentes? - Pergunta ela confusa 

- Porque é nesses dentes que contém as lembranças de infância de cada criança, se eu por exemplo esquecer alguma coisa da minha infância basta eu achar a fada do dente e pedir que ela me mostre, pois os dentes de leite que ela recolheu de mim quando criança, guardam todas as minhas memórias - Ouço uma voz calma dizer e logo mãos quentes posam com carinho em meu ombro  

- Mas eu nunca vi uma fada do dente, porque deveria acreditar nela? 

- Porque se você não acreditar, ela vai ficar fraca e doente, seres mágicos precisam que acreditemos nele para que continuem vivos - Responde Nico com carinho  

- Você acredita em algum ser magico papá? 

- Sim, eu acredito, o nome desse ser magico é Pipper - Sorrio involuntariamente e aperto gentilmente as mãos que descansavam em meus ombros 

- Quem é Pipper? 

- É o cupido. Se não fosse por ela, eu nunca teria conhecido seu pai, nunca teria tido você na minha vida, e não teria sido feliz como sou hoje. Rachel não faz mal acreditar em algo que a maioria diz não ser verdadeira, é a sua crença, é a sua vida, sua opinião, então meu pequeno raio de sol, acredite no que quiser ok? 

- Ok, então eu vou acreditar na Pipper, pois se ela fez meus papais ficarem juntos, ela merece minha crença nela  

 Uma lagrima boba caiu dos meus olhos enquanto eu abraçava Nico pela cintura. Realmente Pipper merecia a crença de todo e qualquer mundo existente nesse Universo. 

* Rachel 8 anos*  

- Papá , papai ! 

 Nico que estava deitado entre as minhas pernas mexendo no notebook e eu que estava vendo um programa de música na tevê, levantamos o olhar para a ruiva que estava no nosso lado de frente para o nosso sofá  

- Que foi meu amor? - Diz Nico fechando o notebook e dando cem por cento da sua atenção a ela, era sempre assim, poderíamos estar mais ocupados que Nova York na hora do rush, mas quando o assunto era Rachel largávamos tudo no mesmo instante 

- É errado eu responder alguém? - Nico olha confuso para ela e depois para mim, me arrumo no sofá fazendo Nico se sentar ao meu lado 

- Depende meu amor, o que foi que você respondeu para esse alguém? 

- Respondi a um colega, que era para ele ir a merda - Eu e Nico regalemos os olhos  

- Rachel, porque você falou isso? - Eu falo preocupado. Rachel nunca, nunca se zangava ou xingava por algo, a não ser que sua paciência se esgotasse ao máximo, pelo menos isso é o que minha antiga Rachel fazia 

- Bem... É que, esse colega que eu respondi, ele estava falando mal de um outro colega meu, apenas porque ele não conseguia responder a professora sem gaguejar, ai eu mandei ele ficar quieto e cuidar dos próprios defeitos, ele me mandou não me meter onde não devo, então eu respondi que então ele parasse de falar dos outros, ele começou a zua minhas sardinhas então eu respondi '' olha porque não vai a merda, bosta e merda são a mesma coisa, não sei nem o que faz aqui, se o seu lugar é no vaso junto com a sua espécie''  

 Minha boca estava fechada tentando prender a risada e a de Nico estava aberta em surpresa. Minha filha acaba de dar sua primeira patada, e com direito e razão. Tantas lembranças da minha antiga Rachel me invadiram a mente, todas as vezes que ela se invocava e acabava respondendo alguém de uma maneira que a outra pessoa não conseguia nem formular uma resposta, era realmente incrível. 

- Bom... ahn... Meu amor responder alguém desse jeito é feio e errado - Ela abaixa a cabeça culpada - Mas como você tinha um motivo muito bom, que era defender você e seu colega , está tudo bem, até mesmo eu responderia desse jeito - Diz Nico e ela nos olha com um sorriso de canto - Mas o certo mesmo é falar para algum adulto, por exemplo, se de novo, alguém falar mal de um coleguinha ou até mesmo de você, você deve falar para a professora, que daí ela irá ligar para os pais dessa criança, e os pais dessa criança irão conversar com ele e o dizer que é errado rir do outro, por ele ser '' diferente'', está bem meu amor? 

 Ela concorda com a cabeça sorrindo, se aproxima de nós dois e se senta entre nós para ver tevê, Nico sorri e lhe dá um beijo na cabeça voltando a mexer em seu notebook, olho para Rachel e lhe dou o controle e baixinho, para que Nico não ouvisse, eu sussurrei em seu ouvido 

- '' Papai está muito orgulhoso de você minha ruivinha'' - Ela ri e se aconchega mais em meu abraço de lado, Nico me olha torto e eu disfarço olhando para a tv que agora passava um programa infantil. 

* Rachel 13 anos * 

 Estávamos eu e Nico deitados na cama, hoje eram um dos raros dias que eu e ele tínhamos folgas juntos. Após Rachel estar com uma boa idade resolvi que era hora de eu voltar a trabalhar no que gostava, e como eu já tinha todos os documento com os carimbos e confirmações desse mundo aqui, foi bem fácil entrar como medico em um hospital da região. Fiquei muito feliz, quando um dia qualquer ,eu fui atender uma paciente chamada Thalia Grace Castellan, que estava gravida de seis meses, e quando eu entrei na sala eu encontrei se eu me lembrava bem do nome, Luke, ele quando me viu sorriu feito um louco e me abraçou, me desejando parabéns e obrigada, foi ai que lembrei do meu pedido a Pipper  

 - Luccian Castellan e Thalia Grace, ele aprendeu com o erro dele, merece uma segunda chance   

- Você acha? -Diz ela parecendo em dúvida, faço que sim com a cabeça - Ok, Willian vou ver o que posso fazer [...] 

E parece que ela viu mesmo. 

- Onde será que está meu marido? - Ouço uma voz suave mas grossa sussurrar no meu ouvido 

- Aqui ué, onde mais eu poderia estar? - Digo saindo das minhas lembranças e ficando por cima dele, mas não durei muito pois ele trocou de posição me olhando desafiadoramente - Meu lindo marido, eu realmente não me importo se é por cima ou por baixo, ambos eu faço com a pessoa que eu amo e ambas as posições me dão muito prazer - Vejo Nico ficar vermelho e esconder o rosto em meu peito, e fazendo de mim um travesseiro e colchão ao mesmo tempo 

- Por que você tem sempre um ótima resposta na ponta da língua! - Ouço a voz abafada dele perguntar retoricamente - Mas enfim, o que a Rachel queria falar ontem com você? 

- Ela queria falar sobre sexualidade, como eu sou médico, e o mais '' feminino'' ,nas palavras dela, de nós dois  - Nico ri e concorda, apenas reviro os olhos - Ela decidiu que queria conversar comigo sobre o corpo dela, as coisas novas que estão aparecendo e as que já tinha e estão diferente, enfim sobre a puberdade dela  

- E o que você fez? - Pergunta ele me olhando curioso 

- A inscrevi em uma academia que ensina defesa pessoal. 

* Rachel 15 anos*  

- Pai, porque todo início de ano você me leva para fazer uma bateria de exames? Sei que você e o papá são médicos mas, eu não entendo porque, sempre mostra que eu sou completamente saudável - Ela diz no banco do passageiro ao meu lado, Nico havia ido ver Hazel que estava gravida de três meses de Frank, e eu como todo primeiro dia do ano, estou levando Rachel ao hospital fazer exames 

 Suspiro. Eu não podia dizer o real motivo de eu fazer isso, seria muito estranho e ela não acreditaria, quem acreditaria se eu dissesse '' Bom filha, você é a reencarnação de uma amiga minha, que morreu com um grave problema de saúde, e como não quero arriscar perder você de novo, caso essa doença apareça, nós saberemos de ante mão e poderemos trata-la antes que se alastre'' Não ninguém acreditaria, a não ser Nico, que acreditou de primeira, quando eu disse que Rachel era a minha antiga Rachel, a que morreu. 

- Bom filha, é que cuidar da saúde é sempre bom, mas confesso que esse não é o único motivo, é que uma amiga minha, amiga não, minha única família, antes de você e o seu papá é claro, morreu com uma séria doença, mas isso porque quando ela descobriu, já era tarde demais para tratar. Se não fosse com a ajuda do seu papá eu não teria superado essa perda e.......... - Freio no sinal vermelho e olho para cima tentando mascarar as lagrimas que sempre vinham ao lembrar do rosto fraco e pálido dela no caixão, e pensar que isso poderia acontecer de novo, era algo que eu não poderia deixar se quer existir uma hipótese - E pensar que poderia acontecer com você também meu amor, é algo que me mata por dentro, seria algo que dificilmente seu papá iria conseguir concertar pois ele também estaria quebrado e morto por dentro, igual a mim - Digo escondendo meu rosto no volante, ouço a fivela do cinto ser solta e logo braços finos rodearem desajeitadamente meus ombros  

- Tudo bem papai, de agora em diante, prometo fazer esses exames sempre até mesmo quando o senhor não puder me levar, agora por favor levante esse rosto - Sorrio limpando as lagrimas e fazendo o que foi pedido - Agora sorria papai, você fica lindo sorrindo 

'' Sorria Will você.... Fica lindo....Sorrindo''  

 Sorri e deixei as lagrimas caírem novamente enquanto a abraçava forte e ela retribuía 

* Dias atuais* 

- Posso entrar? - Digo batendo na porta. Rachel estava de costas para mim, ela pintava em uma tela, parecia uma paisagem, quando recebo uma resposta positiva eu chego mais perto do local onde ela estava, e quase engasgo ao ver qual era a paisagem. Era uma arvore de cerejeira, com um lago ao lado, o mesmo local que eu sempre leva-la a antiga Rachel em seus aniversários - Beb... Rachel filha, onde você viu essa paisagem? 

- Em um sonho, não sei porque ela me remete sempre a alegria, risos e paz, então decidi pinta-la - Seria possível ela ter lapsos da vida passada? - Mas o que você queria pai? 

- Ah é..... Bom eu queria perguntar uma coisa, mas antes de eu fazer essa pergunta, eu quero pedir desculpas pelo meu comportamento mais cedo, com o seu amigo 

- Não precisa de desculpar, você  não seria meu pai Will se não fosse super protetor e ciumento - Sorrio e lhe dou um beijo na testa, pego um outro banco que tinha no quarto e me sento do lado dela, que larga os pinceis e se vira de frente para mim 

- Mas enfim, eu sei que eu deveria pensar e saber, que você já tem dezessete anos, mas é difícil para mim, pois quando eu olho para você eu penso em uma Rachel de quatro anos ainda, mais madura é obvio, mas mesmo assim, ainda meu bebê - Ela sorri de lado - Mas eu vou tentar mudar, e tentar pôr na minha cabeça de pai coruja, que você cresceu e que deve viver a vida como se deve 

- Uau pai, obrigada isso mostra sua confiança em mim, obrigada. 

- Não por isso filha, mas me diga, e seja sincera, você gosta daquele rapaz que estava aqui? 

- Rick, o filho do Percy e da Annie? - Confirmo com a cabeça - Bem... Ta..Ta...Talvez, quer dizer sim, ma..mas será que ele retribui? - Sorrio com o nervosismo dela 

- Olha o que vou dizer é muito difícil para mim, mas... Convide ele para jantar aqui, e eu te direi se ele gosta ou não de você, o que eu acho muito difícil a resposta ser negativa, então você sabe como é difícil para mim falar para você fazer esses tipos de coisa - Ela ri e me abraça, provavelmente me sujando de tinta, mas não me importei apenas retribui o abraço 

- Obrigada pai, muito obrigada. Mas eu quero te dizer uma coisa, por mais que isso der em algo, os dois únicos príncipes que eu sempre terei, serão você e o papá, os dois únicos heróis que me ''salvaram'' de uma vida sozinha, os dois homens que me deram mais amor e carinho do que muita família ''tradicional'' ninguém poderá substituir esse lugar que vocês tem no meu coração, nunca. 

 Sorrio e a abraço, vendo atrás de Rachel um Nico emocionado. Era oficial minha menina, minha antiga amiga, minha atual filha, estava uma adulta. E eu não poderia estar mais feliz por isso.