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História Wait, What!? - EXTRA- Wait, Titans Attack


Escrita por: cosmichanbaek

Notas do Autor


Oiiiiiiiiiiii, é aquele ditado, quem é vivo sempre aparece kkkkk

E ANTES DE TUDO MTO OBRIGADA AOS 300+ FAVORITOS, VCS SÃO DE MAIS </3 10 de 10, amo mttt

Ahhhh que saudades de vcs meu deus, como vcs estão?
Eu finalmente to com tempo livre, ufa. Meu periodo da faculdade finalmente acabou e eu só estou aparecendo agr pq ele acabou dois dias antes de natal, então alem de tudo ainda fiquei ocupada com as festa de fim de ano.

Mass enfm.... finamente to de volta com o EXTRA \O/ e ele vai mostrar um pouco os amigos do nosso gigante e como o baek vai finalmente conhecer eles ^^ bomm... espero que n tenham desistido de mim.

Antes de tudo, esse cap ta tão fluffy q até eu tive diabetes com ele kkkkkkkk mas eu gosto assim e quis mostrar como foi o comecinho do namoro dos dois, q geralmente é a fase mais arco-íris de um relacionamento

É isso gente EU TENHO MAIS COISA PRA FALAR ENTÃO LEIAM AS NOTAS FINAIS :*

Capítulo 10 - EXTRA- Wait, Titans Attack


Fanfic / Fanfiction Wait, What!? - EXTRA- Wait, Titans Attack

Estava calor, muito calor. Lá fora provavelmente os termômetros marcavam poucos graus, mas naquele quarto, debaixo daquelas cobertas, o calor era tão intenso que eu podia sentir as gotas de suor descendo calmamente pelas minhas costas. Minhas pernas estavam doloridas e gelatinosas, anulando as condições que eu tinha de mexer mais elas, e os dedos das minhas mãos e dos meus pés estavam brancos de tanto que eu contraía ambos.

 

Em compensação, podia sentir com clareza o contorno dos dedos de Chanyeol na minha bunda, enquanto apertava com uma força desmedida aquele local, tentando me ajudar nos movimentos ritmados que meu quadril fazia sobre o dele.

 

O prazer parecia queimar todos os meus ossos, e eu automaticamente revirava os olhos a cada vez que minha próstata era pressionada. Aquilo era muito bom. Tão bom que eu demorei alguns minutos para começar a me preocupar com os gemidos cada vez mais altos do Chanyeol.

 

“C-chan... Assim você vai acordar seus pais, hmm...” Mordi meu lábio inferior com força, tentando conter o gemido que queria sair da minha garganta.

 

“E-eu não consigo, eu vou g-gozar”, disse desesperado, e eu me permiti admirar a bagunça que era seus cabelos molhados espalhados pelo lençol branco. Droga, eu estava tão perto também.

 

Concordei com a cabeça, incapaz de dizer qualquer coisa, e apenas intensifiquei as reboladas, gostando de ver suas reações pré orgasmo, enquanto seu membro ia cada vez mais fundo em mim. E não demorou nem dois minutos para eu sentir o líquido quente ser jorrado dentro de mim, e só precisei de, literalmente, uma mãozinha para vir logo em seguida, sujando seu abdômen com meu líquido seminal.

 

Cai exausto em cima dele, depois de prolongar o máximo o nosso prazer, compartilhando as respirações irregulares e o calor dos corpos. Levantei um pouco meu quadril, apenas para tirá-lo de dentro de mim, e logo senti seu gozo escorrer para fora, o que me fez gemer dengoso em seu ouvido.

 

Já tinha se passado três meses desde que eu comecei a namorar o Chanyeol. Nós estamos no comecinho de março, caminhando para o fim do inverno, e fazia quase uma semana desde que a gente começou a transar sem camisinha. E isso foi uma iniciativa do grandão, porque eu particularmente não me importava muito de transar com ela. Só que Chanyeol como bom chato, leu em algum lugar que era mil vezes melhor enfiar aquela coisa que ele chama de pinto na minha bunda, sem a droga da proteção, e começou a me encher desde então.

 

Não era como se eu não quisesse experimentar, ou que eu não confiasse nele quando ele dizia não ter nenhuma doença. Muito pelo contrário, eu sou uma pessoa muito curiosa e  confio no grandão de olhos fechados, mas com essas coisas não se brinca, e mesmo ele jurando que não tinha nada, ele podia ter e não saber, entende? E eu só aceitei aquela ideia depois de nos submetermos a alguns exames, não custa nada se prevenir. E mesmo que todos os resultados só confirmaram o que nós já sabíamos, eu me senti muito mais confiante e tranquilo para fazer aquilo, e nossa... valeu muito a pena.

 

E aqui estamos nós, era o segundo dia que transávamos sem camisinha, e mesmo que seja um pouco mais trabalhoso de limpar no final, eu já não queria saber de outra vida.

 

“Baekhyun...” Chanyeol me chamou, passando seus braços em volta da minha cintura, quando nossas respirações já estavam mais tranquilas.

 

“Hmm?” Me limitei a dizer, olhando para o pescoço suado dele que continha algumas marcas roxas feitas por mim.

 

“Por que você só me chama de Chan quando estamos transando?”

 

“Me poupe Chanyeol”, rolei os olhos, me acomodando mais em cima dele, sentindo seus braços me abraçarem e me acomodarem de um jeito que meu peso não o incomodasse.

 

“Eu estou falando sério”, sua voz soou alarmada, mostrando para mim que ele realmente queria uma resposta. “Você nunca notou?”

 

“Sei lá, não faço isso de propósito”, não aguentei e acabei rindo no final. Ele sempre puxava conversas esquisitas depois do sexo.

 

“Eu gosto quando você me chama assim, você podia me chamar desse jeito mais vezes.” Vi o canto de seus lábios se alargarem em um sorriso sincero, e eu acabei sorrindo também.

 

“Vou pensar no seu caso”, disse divertido, e ele apertou minhas gordurinhas localizadas de volta. “Qual é o seu problema com as minhas gorduras?”, reclamei divertido, me remexendo mais uma vez para fugir de seu aperto.

 

“Não sei, eu amo elas”, disse sincero rindo comigo logo em seguida, porque aquilo era verdade, ele vivia apertando ou mordendo meus pneuzinhos.

 

“Você é estranho.”

 

“O estranho que você ama.”

 

“Talvez...” Ri de novo, sendo acompanhado por ele. Eu admito que fiquei um pouco mais bobo depois que começamos a namorar, mas a culpa é totalmente dele e não minha, só para deixar claro.

 

“Você vai mesmo amanhã, né?” Chaneyol quebrou o pequeno silêncio que tinha se instalado.

 

“Eu já disse mil vezes que vou.”

 

“É que eu ainda não acredito, perdi muito tempo tentando te convencer disso”, um traço de orgulho deixou sua voz.

 

“E mesmo assim eu estou indo obrigado”, disse birrento, e mordi de leve seu pescoço, fazendo ele rir.

 

“Para de pagar de antissocial.”

 

“Eu não pago de antissocial, Chanyeol. Eu sou antissocial”, disse, finalmente sentindo forças o suficiente nos meus braços para me apoiar na cama e olhar diretamente para ele. “Existe uma clara diferença entre as duas coisas”, completei, deixando um selinho em seus lábios cheinhos.

 

Mas o grandão não se contentou com um simples selar, e foi logo mordendo os meus lábios para em seguida buscar minha língua dentro da boca, chupando ela e brincando com o meu piercing geladinho, o que me fez gemer, enquanto minha mão buscava apoio em seus ombros.

 

As mãos dele também não ficaram quietas, e logo elas estavam passando pelo meu corpo quente e parando na minha bunda, apertando a mesma e deslizando seu dedo médio no meio dela, só para em seguida esfregá-lo na minha entrada, aproveitando seu último orgasmo que ainda estava ali para ajudar ele a deslizar com facilidade para dentro.

 

“Chan, não”, disse quebrando o beijo, e olhando diretamente para ele, ou quase isso, já que ele inseriu mais um dedo e eu fechei os olhos deleitosamente. “A-a gente já fez duas vezes...”

 

“Então porque você tá rebolando?” O tom sarcástico invadiu sua voz, e droga... Ele tinha razão, eu queria mais porque aquilo era muito gostoso.

 

“Só mais uma vez, eu estou cansado”, e era verdade, na primeira vez eu estava de quatro e na segunda por cima, ou seja, quase não sentia mais minhas pernas, que estavam mais bambas que o normal.

 

“Tudo bem, eu cuido de você agora”, disse suave, e num piscar de olhos eu estava deitado confortavelmente em sua cama macia.

 

Ele pegou minhas pernas e colocou em cima de seu ombro, e logo voltou com seus dedos para dentro de mim, conseguindo calar um gemido meu com sua boca, que procurou a minha para mais um beijo apaixonado.

 

“Eu vou fazer você gozar bem gostoso de novo, Baekhyun.”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Bom dia”, desejei entrando na cozinha que estava com um cheiro maravilhoso de comida e café fresquinho.

 

“Bom dia queridos”, Senhora Park desejou do fogão, enquanto mexia alguma coisa na panela.

 

Apenas sorri para ela e para o Senhor Park que estava sentado na mesa, e fui até a geladeira pegar o meu purê de frutas que eu tanto gostava. Eu passava tanto tempo na casa dos Park que algumas intimidades foram sendo construídas, como abrir a geladeira e andar de short por aí. A verdade era que eu resisti muito a isso, mas a Senhora Park era uma mulher que gostava muito de agradar, principalmente depois que comecei a namorar seu filho, e com isso eu acabei ganhando umas regalias, como o purê de frutas que ninguém da casa gostava, mas ela fazia questão de comprar apenas para mim, mesmo que eu tenha dito milhões de vezes que não precisava.

 

Voltei para a mesa e me sentei entre o Senhor Park e Chanyeol, este último que deixou um beijo em minha bochecha, antes de sua mão descansar em minha coxa desnuda. Me remexi desconfortável na cadeira, não pelo ato do grandão, mas sim por uma dor chata que eu estava sentindo lá em baixo... Bom, não deixa de ser pelos atos dele, já que só estou assim porque transamos um bocado de vezes ontem.

 

“Dormiram bem, meninos?” Senhora Park perguntou gentil, virando para mesa e depositando as vasilhas de sopa quentinhas para nós.

 

“Você quis dizer perderam o sono bem, meninos?” Senhor Park se intrometeu debochando, fazendo aquela típica cara de quem sabe tudo.

 

E definitivamente Chanyeol puxou toda a safadeza dele. Senhor Park sempre foi o causador da nossa vergonha, sempre soltado piadinhas aqui ou ali para nos deixar constrangidos, e no começo eu e Chanyeol até ficávamos, mas com o tempo aprendemos a deixar para lá. E eu apenas dei de ombros para seu comentário, assim como o resto de nós.

 

“Ainda não acredito que o Chanyeol vai te levar para conhecer os amigos crápulas dele”, Senhora Park comentou, finalmente se juntando a nós na mesa. “Tome cuidado com eles, Baek.”

 

“Mãe”, Chanyeol reclamou. “Eles nem são tão ruins assim, para de fazer a caveira deles para o Baekhyun.”

 

“Humpf, eu só estou dizendo o que eu acho.”

 

“Afinal eles vão vir aqui depois do jogo.”

 

“Como assim, Park Chanyeol?” Ela disse irritada, e eu acabei rindo da cara desesperada que o grandão fez.

 

“Eu não te avisei antes?”

 

“Óbvio que não, você só disse que iria jogar com eles como sempre, só que dessa vez iria levar o Baek.”

 

“Ah”, coçou a nuca nervoso. “Então... Eu chamei eles para comerem aqui depois. Quero que o Baek conheça mais um pouco eles, além de só os ver jogar, e achei que ele ficaria mais confortável aqui em casa do que em um bar qualquer.”

 

“Eu vou te matar Chanyeol, como você me avisa isso assim em cima da hora? Vou deixar você de castigo”, disse com raiva, e Chanyeol a olhou desesperado abrindo a boca pronto para retrucar, mas a voz doce do Myung o cortou.

 

“Bom dia”, disse com sua voz rouquinha pelo sono, mas não menos animada, e todos respondemos do mesmo jeito, enquanto ele vinha animado para se sentar no meu colo. O acomodei em cima das minhas coxas, e deixei um beijo em seus cabelos com cheirinho de shampoo infantil. “Vai dormir aqui de novo, Baek?”

 

“Acho que não”, fui sincero, porque eu realmente achava que não iria dormir lá, já que tinha ‘dormido’ noite passada, e precisava voltar para a vovó.

 

“Por que não?” Dessa vez foi Chanyeol que perguntou, me olhando triste.

 

“Mesmo se ele for dormir aqui, ele vai dormir com o Myung”, Senhora Park interveio, fazendo cara feia para o grandão. “Você está de castigo, lembra?”

 

“Ah, como assim? Você pretende me deixar de castigo do meu próprio namorado?”

 

“Sim”, disse firme, e eu não aguentei e acabei rindo de toda aquela cena.

 

“Dormir com o Myung”, o caçula disse animado, piorando a carranca que Chanyeol fazia.

 

“Você não vai me defender, Baekhyun?”, disse com aquela carinha de coitado, mas não tinha nada que eu pudesse fazer por ele naquela situação.

 

“Bom... Você devia ter avisado antes para sua mãe, Chanyeol.”

 

E apenas essas palavras foram necessárias para iniciar mais uma manhã barulhenta entre aquela família, que ora discutia, ora se amava, ora falavam todos juntos e ora todos se juntavam a mim e riam um dos outros.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“Você acha que fica muito ruim se eu for com o seu casaco?” Perguntei me virando um pouco de costas para o espelho do banheiro, tentando ver se ele tinha caído bem com a minha calça jeans escura, e com minha blusa de gola alta de lã cinza. Afinal, o casaco que o Chanyeol tinha me dado, do antigo time de basquete dele, ficava bem em mim. Ele era um pouco grande demais, mas me deixava mais fofo, e dava uma cor a mais no meio de tantas cores básicas.

 

“Está incrível em você”, o grandão respondeu, me abraçando por trás e deixando um beijo na minha bochecha. “Já está pronto?” Sussurrou, olhando a gente pelo espelho grande e eu sorri e concordei em resposta. “Então vamos”, ele me apertou uma última vez em seus braços e se afastou de mim, saindo pela porta do banheiro e indo provavelmente para seu quarto pegar sua grande bolsa que tínhamos arrumando antes, que não tinha nada mais que garrafinha de água, bola de basquete, uma toalha pequena, e luvas caso estivesse mais frio do que achávamos que estaria fazendo lá fora.

 

Me olhei uma última vez no espelho, e jorrei um pouco mais de perfume na minha pele, para logo em seguida guardá-lo na minha bolsinha que eu sempre levava quando dormia na casa do grandão. Sai daquele cômodo e encontrei Chanyeol na base das escadas me esperando, e ele apenas sorriu e estendeu a mão que não estava ocupada com a bolsa para mim. A peguei sem pensar duas vezes, e fiquei nas pontas dos pés para depositar um selinho no seu nariz.

 

“Você parece o patrocinador da Adidas assim”, ri divertido, zoando suas roupas, que consistiam em uma calça preta de moletom da Adidas, uma blusa de manga comprida do seu antigo time de basquete da escola, que tinha o mesmo tom de vinho do casaco que ele tinha me dado, que era quase toda coberta por um casaco igualmente preto da Adidas. E para fechar o pacote Adidas, ele ainda usava um tênis e a bolsa da mesma marca.

 

“Aish, eu falo que você tá lindo e você fala que eu pareço o patrocinador da Adidas”, resmungou, fazendo seu tão costumeiro drama.

 

“Não disse que você não estava bonito”, joguei no ar e o puxei pela mão para descermos logo as escadas.

 

“Eu sou muito bonito mesmo”, sorriu radiante apertando mais minha mão. “Mãe, estamos indo”, gritou quando chegamos na porta da sala, para que a Senhora Park que estava na cozinha escutasse, essa que apenas gritou um ‘boa sorte Baek’ em resposta.

 

Assim que saímos de casa sentimos o vento frio maltratar nossas peles, o que fez com que Chanyeol se aproximasse mais de mim, e me abraçasse pelo ombro, e eu acabei correspondendo, rodeando sua cintura com meu braço. Eram mais ou menos três da tarde, e naquela hora não tinha muitas pessoas na rua, ainda mais por causa do frio, por isso não liguei muito de ter me aproximado dele.

 

“Você acha que eu vou gostar deles?” Perguntei sentindo um nervosismo se apossar de mim a cada passo que eu dava. O grandão me disse que treinava numa quadra perto da casa dele, e eu sabia muito bem onde ela ficava porque passava por ela quando ia para a  faculdade, e sabia que não era tão longe assim da casa dos Park, ou seja, pouco tempo para eu me preparar para socializar com pessoas desconhecidas.

 

E a verdade era que eu não queria desgostar dos amigos do Chanyeol, eu sabia que eles eram importantes para o grandão, e não queria que ele se afastasse deles por minha causa.

 

“Bom... você eu não sei, mas se eles não gostarem de você eu bato neles”, disse relaxado, como se fosse muito simples.

 

“Você não está me ajudando, Chanyeol”, reclamei e ele acabou rindo do meu nervosismo.

 

“Relaxa Baek, eles são tranquilos. Minha mãe pinta a caveira deles, mas é por causa daquilo que aconteceu no passado, e só foi com o Kris. Aquilo já passou há muito tempo, e você vai ver como eles são bobões que nem eu.”

 

“Bom, se forem que nem você, provavelmente não vou gostar deles, droga”, disse divertido.

 

“Hey”, estalou a língua no céu da boca indignado, e eu apenas ri mais, me sentindo um pouco mais relaxado.

 

Andamos mais um pouco até chegarmos na praça onde havia uma enorme quadra, que podia ser usada tanto para jogar futebol, quanto para jogar basquete. E por incrível que pareça, nenhum amigo do Chanyeol tinha chegado ainda, só uma meia dúzia de crianças que brincavam de pique dentro da quadra.

 

“Hey pirralhos, vamos circulando”, o grandão gritou assim que se afastou de mim e entrou naquele espaço, tentando tirar as crianças de lá. “Vocês não vão querer esperar o Kris chegar, não é mesmo?” Disse intimidador, e todas as crianças concordaram com medo, saindo correndo dali para brincarem do lado de fora.

 

“Vocês são maus”, esperei a última criança sair dali para entrar na quadra e me juntar ao orelhudo que estava no canto dela, jogando sua bolsa no chão e abrindo a mesma para pegar a grande bola laranja.

 

“Elas podem brincar de pique lá fora, já a gente não pode jogar basquete se não for dentro de uma quadra”, explicou dando de ombros, e se virando para mim com aquele sorriso de coringa na cara.

 

“O que foi? Você vai se aquecer?” Perguntei olhando para a bola que antes estava na sua mão, e agora estava quicando no chão. “Seus amigos não chegaram ainda”, constatei o óbvio.

 

“Na verdade a gente que chegou cedo”, sorriu vindo atá mim, “para eu ter um tempo para jogar com você.”

 

“Então... Não sei se você sabe, mas, oh que novidade, eu não sei jogar!” Debochei, e ele deu um sorrisinho de lado em resposta.

 

“Por isso que eu estou aqui.” Bufei com sua resposta, vendo o ar quente se dispersar no frio e olhei para ele.

 

“Você é chato.” Ele sorriu mais uma vez, e jogou a bola para mim, a fazendo quicar no chão uma vez até chegar nas minhas mãos.

 

“Você não pode andar com a bola na mão, você tem que quicar ela para se locomover, se você parar você obrigatoriamente tem que passar ela para alguém do seu time... De preferência”. Quiquei no chão aquela bola pesada e leve ao mesmo tempo, e fui andando em direção ao grandão que estava mais perto da cesta agora. “Uau, você é bom quicando a bola”, riu em divertimento, e eu apenas ignorei aquele idiota orelhudo.

 

“Agora é a hora que eu tento acertar a cesta, professor?” Disse debochado assim que entrei no garrafão.

 

“Na verdade você pode acertar a bola na cesta de qualquer lugar da quadra, quanto mais perto menos pontos. Para ser mais específico, fora do garrafão...” Ele apontou para linha no chão que eu tinha acabado de cruzar, “vale três pontos, dentro do garrafão dois, isso também vale para enterrada.”

 

“Humm”, parei de quicar a bola para olhar a cesta, que parecia muito incansável para minha pouca altura e meus braços curtos. “Qual é o problema dessas pessoas gigantes?”

 

“Hey, você está ofendendo minha espécie”, disse falsamente ofendido, e riu logo em seguida. “Vamos, tente.”

 

Olhei para ele uma última vez, antes de olhar para a bola em minhas mãos e atirá-la para o mais alto e mais longe possível, perto da cesta. Não preciso nem contar que ela não atingiu nem a metade da altura necessária para atingir a cesta, não é mesmo? O que acarretou uma explosão de risadas da parte de Chanyeol, que estava se divertindo muito com o meu fracasso.

 

“Odeio esse jogo estúpido”, cruzei os braços e bufei inconformado, enquanto um gigante ainda rindo pegava a bola e se aproximava de mim.

 

“Claro, você nunca vai atingir a cesta com essa postura que você jogou, ou melhor dizendo, atirou a bola.” Riu mais um pouco e depositou a bola nas minhas mãos, vindo para trás de mim logo em seguida. Seu peito se colou em minhas costas, e sua mão repousou delicadamente na minha cintura, me segurando enquanto ele colocava a perna entre as minhas, e empurrava meu pé para o lado, me obrigando a abrir um pouco mais minhas pernas. “Quando você for jogar, você tem que estar com sua base firme, mas flexível, você consegue isso abrindo suas pernas e flexionando seus joelhos quando for jogar.” Ele flexionou seus próprios joelhos para baixo, me obrigando a fazer o mesmo, já que estávamos próximos. “Isso, assim mesmo”, disse contente.

 

“E agora?” Perguntei ansioso, gostando de sentir sua respiração quentinha batendo na minha nuca.

 

“Agora você segura a bola”, ele envolveu seus dois braços nos meus, colocando suas mãos em cima das minhas sobre aquela coisa laranja, “e você arremessa ela para cima, com cuidado, não precisa daquela raiva toda”, comentou, arrastando nossas mãos, uma para trás da bola e outra para baixo dela. Flexionou seus joelhos mais uma vez, e eu o imitei, para logo em seguida ele pegar impulso com as mãos e jogar a bola. Esta que fez um arco invisível perfeito no ar, para logo em seguida cair bem no meio da cesta, me fazendo ficar admirado de como eu consegui fazer aquela cesta tão perfeitinha.

 

“Ah”, bati minhas mãos, contente enquanto a bola quicava no chão depois de cair da cesta. “Sou muito bom”, me virei dando pulinhos contentes para Chanyeol, que tinha um sorriso grande no rosto.

 

“Humhum... Você, né?” Pegou uma mecha da minha franja que tinha caído nos meus olhos enquanto eu pulava, colocando atrás da minha orelha, fazendo eu olhar contente para ele.

 

“Você pode ficar com 50% dos créditos, mas os outros 50% são meus.”

 

“E você está tão feliz por causa de 50% de acerto?” Perguntou rindo, enquanto sua mão desceu da minha orelha para minha nuca, me puxando para perto o suficiente para ficarmos com as testas coladas uma na outra.

 

“Aff Chanyeol, você está estragando minha felicidade”, resmunguei olhando de seus olhos para seus lábios, vendo a hora exata que eles se abriram para sussurrar um ‘desculpa’ e se colar nos meus logo em seguida.

 

Fechei meus olhos aproveitando aquele contato, e abracei ele pela cintura, juntando um pouco mais os nossos corpos.

 

“Nós vamos traumatizar as criancinhas assim”, disse me afastando brevemente dele.

 

“Não ligo”, respondeu juntando nossas bocas de novo, mas dessa vez aprofundando o beijo, deixando que nossas línguas se encontrassem dentro delas, ritmadas e calmas.

 

Aquele não era o beijo afoito que trocávamos na hora do sexo, e sim o apaixonado e calmo, que demonstrava todos nossos sentimentos, tirando eles dos nossos corações e extravasando-os em toques carinhosos. E eu particularmente apreciava muito aqueles momentos, aquele em que não precisávamos dizer uma sequer palavra para adivinhar o que o outro estava pensando. Porque com o simples gosto dele sobre o meu eu podia sentir com clareza os ‘você é fofo’, ‘adoro te fazer feliz’, ‘seu sorriso é incrível’ e o ‘eu te amo’ que o beijo dele e o carinho singelo nos meus cabelos da nuca passavam para mim.

 

“Ops, parece que estamos atrapalhando o casalzinho”, uma voz desconhecida soou, fazendo nós nos separarmos e meus olhos varrerem a quadra, parando na porta por onde tínhamos entrado, onde agora tinha três garotos, que eu pude reconhecer pelas fotos que o Chanyeol tinha me mostrado deles. Dois sendo extremamente altos ou até maiores que o grandão, e um sendo só um pouco mais alto que eu.

 

“E aí gente”, Chanyeol disse animado. “Chegaram juntos?”

 

“Na verdade Tao estava na minha casa e encontramos o Chen ali na esquina”, o mais alto de todos e também loiro, que eu sabia que era o Kris disse, sorrindo se aproximando da gente, e cumprimentando amigavelmente o grandão. Ele foi seguido pelos outros dois que fizeram o mesmo. “E então... Não vai nos apresentar ao seu namorado, não?” Kris perguntou sorrindo, e logo os quatro olhares caíram sobre mim, que estava um pouco mais atrás de Chanyeol, e senti minhas bochechas esquentarem na hora. Droga, eu não estava acostumado com isso.

 

O orelhudo apenas estendeu a mão para mim, entrelaçando nossos dedos provavelmente me dando um pouco de suporte, e me trouxe para seu lado, e consequentemente para mais perto dos outros três gigantes.

 

“Então gente...” Começou a falar, mas foi interrompido por um garoto igualmente alto, só que com expressões mais delicadas entrando na quadra também.

 

“Parece que cheguei na hora certa”, o mais novo integrante disse, ganhando a atenção dos outros que sorriram e o cumprimentaram também.

 

“Como eu ia dizendo antes do Lay interromper... Esse é o Baekhyun, meu namorado, e Baekhyun, esses são Kris, Tao, Chen e Lay, meus amigos do time de basquete da escola.”

 

“Prazer em conhecê-los”, me curvei educadamente.

 

“Ahhhh, mas ele é tão fofo”, o garoto que me foi apresentado como Tao soltou sorrindo. Ele tinha expressões fortes e muito bonitas, seus olhos eram bem rasgados e ele tinha bolsas negras embaixo deles. Chanyeol já tinha me dito que ele era chinês, por isso o sotaque carregado. Eu também sabia que ele era o garoto que Kris era apaixonado, e por isso tentava esconder seus sentimentos sendo preconceituoso, e assim como o Chan tinha dito eles ficaram juntos no final, isso sendo visível no anel de prata que ambos carregavam nos dedos.

 

Falando em Kris, ele era o mais alto de todos ali, seus cabelos eram tingidos de loiro e estranhamente combinavam muito com ele, ele tinha um ar todo bad ass, mas que era totalmente quebrado quando ele mostrava aquele sorriso gengival dele.

 

“Agora eu sou oficialmente o único hétero do time”, Chen, o mais baixo deles, depois de mim, é claro, suspirou penoso, numa falsa lamúria. Ele tinha cabelos castanhos e um maxilar rígido, sua voz era bem alta, e ele parecia um pouco com um dinossauro.

 

“Você é o único hétero do time faz tempo, retardado”, Tao ralhou. “E o Lay é bi, você pode falar de peitos com ele.”

 

“Falo mesmo, seu panda de quinta”, deu língua para o Tao e os dois começaram a discutir, tendo um Kris e um Chanyeol entrando no meio, atiçando os dois enquanto riam contido.

 

“Eles são sempre assim, não se assuste”, uma voz me chamou a atenção e olhei para o lado vendo que Lay estava agora parado ali. Ele com certeza era o mais bonito dos quatro, seus traços eram suaves e ele tinha covinhas muito fofas nas bochechas, que apareciam quando ele sorria. Seu cabelo era preto e estava jogado desleixadamente em um topete. Ele também era chinês, mas seu sotaque era menos forte que o do Tao.

 

“Ah...” Olhei para o chão e logo depois para os quatro que ainda discutiam e riam. “Eu já estou acostumado por causa do Chanyeol.”

 

Ele até chegou a abrir a boca para falar mais alguma coisa, mas a voz alta e animada do Chanyeol interrompeu.

 

“Vamos jogar logo.” Todos concordaram e começaram a tirar seus casacos, ficando apenas com a blusa do time, jogando os mesmos em cima da bolsa que Chanyeol tinha trazido. Segui eles até o canto da quadra, onde estava a bolsa e agora eles, que faziam um breve alongamento. “Você pode sentar aqui, Baek, nós só devemos jogar duas partidas, não vamos demorar muito.” O orelhudo disse sorrindo, e eu apenas concordei me sentando do lado da bolsa, enquanto via eles correndo para o meio da quadra, prontos para começar a jogar.

 

 

 

Assim como Chanyeol tinha dito, eles não demoraram muito jogando, devo ter ficado ali com eles no máximo uma hora e meia, e eu sabia que aquilo era bem pouco para eles, já que nas outras vezes que o grandão ia jogar ele ficava até três horas fora. E eu sabia que eles tinham concordado em jogarem menos por minha causa, e mesmo não querendo atrapalhar, eu meio que fiquei feliz pela consideração deles.

 

Em relação ao jogo em si, até que não foi ruim, considerando o fato que eu era zero fã de esportes, tanto de praticá-los, quanto de assisti-los. Mas esse em especial até que foi divertido, porque era um jogo entre amigos, onde eles sempre se zoavam e faziam disputa entre si, o que me acarretou boas risadas, principalmente quando o Chanyeol fazia uma cesta e começava a se achar, enquanto os outros zoavam falando que ele só fazia aquilo porque eu estava ali. Foi divertido ver a cara constrangida do grandão de novo, e de como ele se dava bem com os outros meninos.

 

No final o time do Chanyeol, que consistia nele e no Lay, acabou ganhando e como sempre, ele ficou cantando vitória por estar em desvantagem e mesmo assim ter ganhado. Todos eles vieram até mim assim que o jogo acabou para beberem suas águas e colocarem o casaco de novo, antes que a sensação de calor acabasse, e o frio finalmente começasse a voltar.

 

“Vamos contar histórias constrangedoras do Chanyeol para o Baekhyun?” Kris deu a ideia, olhando para os outros esperando a aprovação deles.

 

“Simm, eu sempre quis fazer isso.” Tao disse animado. “Ahh, vamos contar daquela vez que ele perdeu a calça dele depois do jogo, e foi obrigado a andar por aí com uma emprestada nos achados e perdidos que era verde e tinha boca de sino.”

 

“Aff parem com isso”, Chanyeol reclamou. “Isso é tudo mentira, Baek, não acredita neles.”

 

“Eu lembro”, Chen disse ignorando o que o outro disse. “Ele certamente fez o estilo da nossa professora, ela até contou ele nesse dia.”

 

“Ela tinha 70 anos”, Lay lembrou, e todos caíram na gargalhada em seguida, até o grandão se rendeu e riu lembrando Do acontecimento.

 

“Chanyeol é o rei dos micos, vamos ficar cinco anos para contar tudo”, Tao ponderou enquanto saíamos da quadra e seguíamos o caminho para a casa dos Park.

 

 “Verdade, Chanyeol é muito desligado e acaba pagando muito mico. Lembra quando ele perguntou pro nosso professor de geografia de quantos meses ele tava grávido? Pior que ele nem faz por mal, só é burro mesmo.” Eles riram de novo, e o grandão resmungou do meu lado, segurando minha mão.

 

“Vocês são monstros”, disse com aquela cara de cachorrinho dele, no seu típico drama, e eu sabia que ia sobrar para mim. “Você vai deixar eles fazerem isso comigo, hyung?” Ah, droga, muito fofo.

 

“Não fica assim, Chan”, sorri para ele que ficou todo felizinho. “Não tem problema você ser lerdinho, é seu charme.”

 

Os meninos caíram na risada, enquanto Chanyeol me apertava desastradamente em seus braços. Tenho que dizer que a mania por contato dele piorou muito desde que começamos a namorar. Bom... até que eu não achava ruim agora.

 

“Quanto ele te pagou para você dizer isso?” Chen perguntou.

 

E eu até ia fazer uma piadinha envolvendo a noite anterior, bem like a Oh Sehun mesmo, mas eu não tinha muita intimidades com eles a esse nível, então apenas sorri e abri a boca pronto para falar dos mousses de morango que ele e a Senhora Park faziam para mim. Mas parece que meu sorriso não foi um dos mais inocentes, culpa totalmente das lembranças da noite passada, e Kris acabou sendo mais rápido que eu.

 

“Pela cara dele é melhor você nem querer saber como o Chanyeol paga.”

 

Todos caíram na gargalhada mais uma vez, e voltaram a zoar o Park, que estava se divertindo com as piadinhas dos amigos, como se ele já estivesse acostumado com todas elas. E isso se seguiu até chegarmos na casa do grandão.

 

 

 

 

 

 

 

 

“E aí pirralho”, Kris disse animado assim que entrou em casa e viu o Myung no sofá, que logo se levantou e veio até nós, tendo seus cabelinhos todos bagunçados pelas mãos grandes do Kris.

 

“Oi gente”, disse fofo “vamos jogar?” Perguntou todo animado, indo para o seu console, colocando um jogo legal.

 

“Oi rapazes”, Senhora Park apareceu descendo as escadas, e cumprimentou educadamente cada um dos meninos, que logo que falaram com ela foram se jogando no sofá para jogarem. “Eu pedi pizza, daqui a pouco deve estar chegando.”

 

“Obrigado mãe”, Chanyeol agradeceu enquanto brigava pelo controle para ver quem iria jogar primeiro.

 

“E aí?” Senhora Park sussurrou para mim, que continuava em pé perto da porta, “Vem comigo”, chamou indo para a cozinha e eu apenas a segui. “Eles não te maltrataram, não né?” Perguntou entrando no cômodo, e tirando a garrafa de refrigerante do freezer, enquanto eu fui em direção do armário pegar copos para todos.

 

“Ah... Eles não são tão ruins, são engraçados”, comentei sorrindo, levando os copos até ela, que estava com uma bandeja nas mãos.

 

“Aish, era o Chan que deveria me ajudar nisso, mas ele tá todo todo com os amigos e te deixou aqui comigo”, reclamou estalando a língua no céu da boca, mostrando toda sua indignação.

 

“Não se preocupe”, ri de suas atitudes que me lembravam o próprio Chanyeol fazendo drama. “Deixa ele se divertir um pouco com os amigos também, deve ser meio chato ficar comigo sempre.”

 

“Eu prefiro você a qualquer outro garoto naquela sala”, Senhora Park reclamou de novo, murmurando qualquer coisa que eu não pude compreender.

 

“Ah Baek, você tá aqui”, a voz do grandão me atrapalhou enquanto eu colocava os copos sobre a bandeja. “Que susto, pensei que você tinha ido embora ou sei lá”, sua voz soou alarmada e preocupada, tornando verídica sua preocupação, assim como seus olhos de cachorrinho. “Você sempre some de mim quando estamos aqui em casa”, reclamou.

 

“Você que devia cuidar mais do seu namorado, Park Chanyeol”, Senhora Park ralhou. “Toma, leva isso pra lá”, estendeu a bandeja e o refrigerante para o filho, que pegou de prontidão a bandeja, mas ficou meio atrapalhado para pegar o refrigerante, então eu apenas peguei por ele para ajudar.

 

Saímos da cozinha nos despedindo da Senhora Park, que subiu novamente para o quarto dela e fomos para sala encontrar os outros meninos.

 

“Eu cuido bem de você, né?”, perguntou olhando para mim pelo canto de olho, enquanto andávamos.

 

“Se cuidasse mais eu iria te bater”, ri, e ele acabou sorrindo.

 

Finalmente chegamos na sala, e todos os garotos atacaram o refrigerante, bebendo e jogando ao mesmo tempo. Na partida estavam Myung e Chen agora, enquanto os outros opinavam no jogo e batiam papo entre si. Me sentei ao lado do Chanyeol, e logo entramos na conversa também. Bom... na verdade o orelhudo entrou na conversa, porque eu só opinava de vez em quando. Os amigos deles eram tão barulhentos quanto o próprio Chanyeol, e mesmo preservando meu silêncio, eu pude ver ali que eles realmente se gostavam e se divertiam um com o outro, e eu não me importei nem um pouco de ficar observando eles naquele mundinho tão diferente do meu.

 

A pizza não demorou muito pra chegar, e tão rápido ela veio, ela se foi. Isso que dá deixar três pizzas gigantes perto de seis meninos morrendo de fome, e devo admitir que eu contribui bastante para ela acabar mais rápido.

 

A tarde passou realmente voando, eu cheguei a jogar algumas vezes, e ganhar dos amigos do Chanyeol me deixou muito melhor, sabendo que pelo menos no videogame eu sou melhor que eles. Pois é gente, altura não serve de nada quando o lance é matar zumbis, experiência comprovada. No final das contas eu me diverti bastante, com o tempo fui me sentindo mais à vontade com os meninos, e até que não foi de todo ruim. Até descobri o que o grandão andava falando de mim para eles, quando o Lay se esgueirou até meu lado e começou a conversar comigo, enquanto os outros estavam muitos ocupados com quem matava mais.

 

“Ele gosta muito de você”, ele disse tão calmo e tão sereno que eu pude perceber ali, que de todos os outros, ele era o que eu provavelmente mais me daria bem. “Todos sabemos que ele é bobão, mas ele fica cem vezes pior quando tá contando alguma coisa sobre você para a gente. Todos nós já sabíamos que ele gostava de você muito antes dele saber, você tinha que ver a aporrinhação que ele era no grupo do TaoTaotalk”, ele riu divertido. “No final todos ficamos felizes por ele ter encontrado alguém que ature o seu drama todo.”

 

No final das contas, eu gostei de ter conversado com o Lay, a nossa conversa até se estendeu mais um pouco, e eu descobri que ele tinha uma pequena biblioteca no centro, que era do seu falecido irmão, e acabei prometendo que passaria lá um dia desses. Eu levaria Kyungsoo, que era apaixonado por livros, e tenho certeza que eles se dariam bem.

 

Assim que ficou tarde o suficiente para o Senhor Park já estar em casa, os meninos se levantaram para se despedir de todos, e eu também já ia começar a arrumar minhas coisas para ir embora. Mas assim que liguei para a vovó falando que ia voltar para casa, descobri que ela estava na casa de uma das amigas dela, e que se eu quisesse poderia dormir mais um dia na residência dos Park. E nem preciso dizer que eles ficaram mega felizes com a notícia, né? Só quem não ficou muito contente foi o Chanyeol, já que assim que todos foram embora, ele recebeu a notícia da Senhora Park que o castigo por ele não ter avisado nada ainda estava de pé, e que eu iria dormir com o Myung naquela noite. E todo e qualquer drama que ele fez para mudar essa situação foi completamente inútil.

 

Então eu apenas subi com um Myung contente demais apesar do sono aparente, e com um grandão com um bico maior que a cara, completamente chateado. Deixei um beijo em sua bochecha antes de entrar no banheiro com o Myung, já que ficou decidido que eu iria tomar banho com ele, e depois o Chanyeol tomaria o seu, para finalmente irmos dormir.

 

E eu até que me diverti no banho, eu gostava muito do caçula da família e adorava mais ainda as brincadeiras bobinhas dele, como fingir que tinha barba de espuma e simular uma cena qualquer do dia-a-dia. E depois daquela bagunça toda, nós fomos para seu quarto nos prepararmos para dormir. Só se preparar mesmo, porque ele ainda me fez montar um quebra-cabeça com ele, e contar uma história para ele dormir quando já estávamos na cama, o que ajudou bastante para ele cair no sono.

 

Já eu, ainda fiquei acordado, passando todas as cenas do dia de hoje na minha cabeça, rindo uma hora ou outra quando lembrava de alguma coisa mais engraçada, e foi ali, no quarto escuro envolto nos meus próprios pensamentos que me bateu uma vontade enorme de ficar perto do Chanyeol. Não era a primeira vez que aquilo acontecia, vira e mexe quando eu estava pensando nele me vinha a vontade de ficar perto dele, o abraçar e nunca mais soltar. Apesar de eu achar isso bem estúpido, eu não podia negar o que o meu coração implorava, e quando acontecia, eu geralmente me batia internamente e mandava uma mensagem dizendo que sentia a falta dele, mesmo que tenhamos nos visto no dia anterior, e então passávamos o resto da madrugada conversando.

 

Mas dessa vez ele só estava uma parede longe de mim, tão alcançável e ao mesmo tempo tão distante, e a Senhora Park que me perdoe, mas eu ia quebrar uma regra dela e iria dar uma escapadinha. Afinal, o que os olhos não veem o coração não sente, não é mesmo?

 

E foi tendo isso em mente que saí da cama do menor com o maior cuidado possível, e andei cuidadosamente até a porta do quarto para não fazer muito barulho. E para minha total surpresa, assim que eu abri ela, dei de cara com o Chanyeol, que também estava prestes a abri-la, me fazendo tomar um sustos daqueles.

 

“Meu Deus, Chanyeol, você quer me matar do coração?” Perguntei, colocando a mão sobre o peito, ouvindo meu coração acelerado pelo susto. Por um momento eu pensei que era um espírito ou algo do tipo, bom... Felizmente, era só um garoto de pijama e orelhas grandes, senão, eu não estaria aqui para contar a história.

 

“Parece que alguém estava tentando fugir”, sussurrou sorrindo.

 

“Só estava indo beber água, ok?” Menti, mas acabei sorrindo no final. “É melhor você entrar logo”. O puxei delicadamente pelas mãos, o fazendo entrar no quarto, e fechar a porta atrás de si.

 

Deitei com ele na cama, ficando no meio, entre ele e o Myung, que a essa hora já estava no décimo sono.

 

“Pensei que você ia beber água”, sussurrou me abraçando por trás, soltando a respiração quente no meu pescoço, me fazendo suspirar.

 

“Perdi a vontade”, respondi no mesmo tom que ele, que apenas riu baixinho.

 

“O que você achou dos garotos?”

 

“Eles são legais.”

 

“E de quem você gostou mais?”

 

“Hmm... Acho que do Lay, ele foi o que mais conversou comigo também.” Me remexi, apenas para me aconchegar mais em seus braços, e juntar mais seu peito em minhas costas, procurando calor.

 

“Eu sabia que você ia gostar mais dele, ele é o mais quieto de nós”, comentou. “Só não pode gostar mais dele do que de mim”, me apertou em seus braços, possessivo.

 

“Você é tão ciumento”, ralhei, levando minha mão para seu rosto, fazendo um carinho ali e por vezes descendo até sua nuca, acariciando seu cabelo, indo até onde meu braço conseguia chegar pela posição que não me ajudava muito.

 

“É porque você é muito incrível, e eu tenho medo de que você ache alguém melhor que eu.” Botou seus medos para fora, e eu apenas ri pelo nariz, porque aqueles eram exatamente os meus medos, mesmo que eu não fique demonstrando isso toda hora que nem o grandão faz.

 

“Bom, com isso você não precisa se preocupar, duvido que eu ache mais alguém por aí que me ature”, brinquei.

 

“É que você foi feito especialmente para mim”, tirou minha mão de sua bochecha e beijou a mesma, para logo em seguida entrelaçar nossos dedos e apoiá-los na cama macia.

 

“Você é tão meloso, Chanyeol”, ri contido, podendo jurar que ele fazia sua carinha de cachorro agora.

 

“Você também é.”

 

“Sou nada, sou uma pessoa 100% racional.”

 

“Se você fosse racional você não teria se apaixonado por mim.”

 

“É porque você tem o controle sobre mim, mesmo sem saber”, murmurei.

 

“O que você disse?”

 

“Nada não”, desconversei, eu não era muito bom nesses assuntos de coração, então apenas deixava essa parte para o grandão mesmo. “Vamos dormir agora”, disse por fim, e ele apenas concordou puxando a coberta até nossos pescoços, e se acomodando mais uma vez em mim, tentando ficar confortável na cama de casal, que tinha uma pessoa a mais.

 

Fechei meus olhos me sentindo muito mais relaxado e confortável nos braços do grandão, sentindo o calor do seu corpo, sua mão na minha cintura, outra entrelaçada a minha, e sua respiração ritmada no meu pescoço. E estava quase caindo no mundo dos sonos, quando sua voz rouca soou pela última vez naquela noite:

 

“Baekhyun, você também tem o total controle sobre mim.”

 

 

 


Notas Finais


aHHH SOCORRO, como eu disse la em cima bem amorzinho esse cap né?! ahhh amo mt esses dois </3

Finalmente o Kris deu o ar de sua graça, assim como todos os outros amigos do time de basquete, e como vcs podem ver, mas um bias meu foi introduzido na fanfic kkkk pq n consigo escrever alguma coisa que ele não apareça, estou falando do nosso chines estrelinha, ele mesmo xing </3

Ahhhh ante de ir embora, só queria dizer que ainda tem o epilogo, que eu vou começar a escrever hoje se tudo der certo kkkkkk só avisando de antemão que ele não vai ser super fluffy q nem esse cap kkkkkk diria q ele é bem depre kkkkkk mas ele termina bem então não se preocupem ~spoliers a parte~

Outra coisa q eu quia avisar para vocês é que como mt gente pediu, vai ter side hunhan de Wait, what kkkkkkkkk nosso sehun ainda vai dar mt as caras no futuro </3 e essa side eu ja comecei a escrever ^^ mas ainda não sei qnts caps ela vai ter, então..... falo um pouco mais dela no próximo

Então amores e amoras do meu coração foi isso ^3^ espero que tenham gostado e até o próximo e último cap ~chora

~XOXO


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