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História Waiting For Love - Don't let me down


Escrita por: Soumasonhadora

Notas do Autor


Gente, desculpa a demora, mas eu to na reta final do terceiro ano, agora as provas de vestibulares vão começar a vir em massa e vai ficar ainda mais complicado de postar... Peço a paciência de vocês, eu juro que eu to tentando escrever mais rápido, mas eu quase nem fico em casa, uso ela só pra dormir e ai fica foda.
Enfim, muito obrigada pelos favoritos tanto nessa quanto na outra fic, vcs são demais.
Beijosss e comentem :)

Capítulo 46 - Don't let me down


I need you, I need you, I need you right now
Yeah, I need you right now
So don't let me, don't let me, don't let me down
I think I'm losing my mind now
It's in my head, darling I hope
That you'd be here
when I need you the most
So don't let me, don't let me, don't let me down
Don't let me down

Sábado, 30 de maio

- Isabela

Sorrio com a pergunta da Paula. Só de olhar pra ela você já percebe que ela tem uns parafusos a mais ou menos. Adoro pessoas assim

- Deixa eu te ajudar com essas garrafas – Pego alguns vidros de bebidas que estavam nos braços dela. Eram muitas mesmo – Você não comprou isso tudo não né?!

- Não. Isso é tudo sobra das outras resenhas. Tem problema ser sobra?

- Bebida é bebida né. Não importa se é sobra, se não é de marca... O importante é ficar bêbado

- Essa é das minhas – Ela disse com um sorriso no rosto.

Pedro, Paula e eu colocamos todas as bebidas em cima de um balcão na cozinha

- Tem muita garrafa a mostra. É bom você guardar algumas porque se não o povo vai achar que é pra ficar ruim logo de cara. Além do mais é uma resenha do tipo cada um leva sua bebida não é?! – Paula perguntou

- Sim – Respondo

- Então, deixa o povo acabar com as deles primeiro e depois a gente tira as nossas. Deixa só umas três vodkas do lado de fora

Reparando bem na Paula, além da experiência para as festas, da pra perceber que ela tem uns traços bem parecidos com os do Pedro. A cor do cabelo é a mesma, os dois tem um tom de castanho mais escuro, o sorrindo também é bem parecido e os dois têm uma pinta na bochecha, praticamente no mesmo lugar. Só a cor do olho que difere um pouco, os do Pedro são mais escuros. Então já que eles são parecidos, se ele é bonito ela também é bonita.

Vamos para a sala, onde esta a Camila com a Iara em um sofá e a Cat e o Pedro no outro.

- Gente essa daqui é a Paula, irmã do Pedro – Digo apontando para ela, depois apresento todo mundo que estava ali pra minha cunhada.

Eu me sentei no colo do Pedro e ficou um silêncio constrangedor por alguns segundos, até a Paula virar na direção da Cams

- Vocês duas... É ... São...

- Lésbicas? Sim – Iara quem respondeu

- Ela também – Digo apontando para a Catarina

- Ah sim, que legal. Eu tive uma experiência lésbica uma vez – Paula falou olhando pro nada, como se estivesse se lembrando da cena – Na verdade foi bem nojento... Não porque era uma mulher – Ela logo se explica – O beijo foi nojento, ela não sabia beijar. Foi constrangedor, eu acho que ela era BV ou só ruim de beijo mesmo

- Porque você beijou uma mulher? Você é totalmente hetero – Pedro perguntou

- Ué, vai saber se eu realmente era hetero. Vai que eu acabava gostando. Eu acho que todo mundo deveria experimentar os dois lados da vida, pra saber o que realmente gosta. No meu caso não teve jeito, meu negócio é rola mesmo.

Eu ri da fala dela e senti o Pedro encostando a cabeça no meu ombro. Tadinho, deve ta todo sem graça, mas eu realmente gosto de pessoas espontâneas e abertas como a irmã dele. Talvez seja porque muitas vezes eu sou assim também.

Escutamos uma batida na porta. A Camila se levanta pra atender.

- Essa festa vai começar ou não?! – Mariana passa pela porta toda sorridente e com um engradado de Skol beats em cada mão.

- Agora o vale dos homossexuais está completo – Paula fala

- Olha elaaaa. Você ta sumida mulher! – A Mari coloca os engradados em cima da mesa e da um abraço em Paula

- To tomando jeito agora. Uma hora na vida a gente tem que ser responsável

- Concordo, mas hoje a gente vai tocar o terror nessa festa – Mariana fala e Paula da um sorriso em concordância

Depois a loira some na cozinha e volta dando um beijo na bochecha na Cat

- Quanto tempo...

-É, tipo quase três horas – Catarina falou

- Tempo demais 

Dou um sorriso com a interação das duas, meu olhar acaba caindo na Camila. Percebo que ela também estava olhando as duas, mas com uma cara muito fechada. Não entendi nada. A Iara começou a conversar com ela e sua feição voltou ao normal.

Ficamos conversando por mais alguns minutos até escutarmos batidas na porta. Os convidados começaram a chegar. O povo vai me cumprimentando e eu vou sempre falando a mesma coisa: “fica a vontade, coloca a bebida na cozinha...”. Enfim, o som já estava ligado, o pessoal já estava bebendo e eu estava vendo um tanto de mulher chegar perto do meu macho, mas tentei ignorar.

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Já são quase meia noite, quem chegou, chegou e quem não chegou não chega mais. Pelo menos é isso que eu acho né. O apartamento não ta muito cheio não, é uma resenha mesmo, nada de festa muito grande, talvez tenha umas 20 pessoas ou um pouco mais, mas ta todo mundo se divertindo.

Danço um pouco com uma galera, converso com outra galera, viro uns copos, fico feliz do nada, coisas de festa né.

Sinto uma vontade enorme de fazer xixi, aposto que é a cerveja fazendo efeito. Vou em direção ao banheiro, mas quando chego ao corredor eu vejo que a porta esta fechada e têm umas duas pessoas na fila.  Droga. Isso que dar morar em um lugar que só tem um banheiro.

Vejo a Camila e a Mariana encostadas na parede um pouco longe da fila.

- Vocês tão esperando na fila? – Pergunto a elas

- Nop. A Iara ta lá. – Cams responde

- E eu só to aqui batendo um papo e tals. Na verdade meu copo ta vazio, isso não pode acontecer. Vou enche-lo

A loira sai de perto da gente e eu me aproximo da Camila

- O que foi aquela cara que você fez quando a Mariana chegou? – Pergunto

- Que cara?

- Não finge de boba que você sabe do que eu to falando – Ela me olha com as sobrancelhas franzidas – Quando ela deu um beijo na bochecha da Cat...

- Ah sim... Não fiz cara nenhuma

- Não, que isso. Você só jogou um olhar mortal pra Mariana – Digo e ela revira os olhos

- Eu só... Ah, eu não to conseguindo aguentar isso. Esse lance da Mariana, uma hora ela ta beijando e falando que ta com saudade e na outra ela não ta nem ai. E nem vem me falar que é coisa da minha cabeça porque você também já reparou isso.

Eu realmente já reparei nisso. A Mariana vai, faz uma caricia e depois ela simplesmente fica retraída, como se tivesse com medo de falar qualquer coisa. Mas eu sempre ignoro esses atos dela. Além do mais ela sempre foi assim.

- É, mas você conhece a Mari, ela é casca grossa. E sei lá, às vezes ela não quer se envolver...

A Camila me jogou um olhar que foi equivalente a um tapa na cara.

- Não quer se envolver, mas também não larga a mão... Conta outra.

- Por que você se importa tanto com isso? Deixa as duas resolverem o rolo delas pra lá.

- Eu me importo porque a Cat é minha amiga. Ela realmente me ajudou quando eu tava no fossa e eu to cansada de ver ela pra baixo o dia inteiro porque a Mariana nem ao menos chama ela pra sair.

- Você ta bolada! Por quê? – A Iara chegou de mansinho e encostou na parede ao lado da Cams

- Não é nada – Camila falou. Duvido muito que ela vai contar algo pra índia. A Cams fala da Mariana, mas ela também é osso duro, custa a se abrir com alguém.

- Não parece ser “nada”. O que aconteceu?

- É que... Às vezes o amor me deixa puta

Ok, isso é o máximo que ela vai falar

- Continue – Iara insiste

Camila fica olhando pro chão por alguns instantes, mas logo sobe seu olhar. Vejo que ela ta desconfortável.

- A parada é que a Cams tem uma mania de tomar conta das pessoas que são importantes pra ela, como se elas fossem indefesas. Eu tenho quase certeza que ela chega no meu quarto no meio da noite pra ver se eu to respirando... Fica a dica – Digo e dou uma piscada pra índia

Depois eu saio de lá. Ninguém merece ficar de vela né, e eu também preciso fazer o meu xixi.

.

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Dancei, bebi, dancei de novo, conversei, bebi, bebi e conversei, vi mais umas duas se aproximando do meu boy. Isso deve ser natural pra ele, sempre foi o pegador, conhece muitas pessoas, mas porra, eu não aguento ficar vendo isso. E o pior é que parece que ele da mole, sempre sorri de volta pra elas, conversa, eu vi até ele mexendo no cabelo de uma. Filho da puta.

Isso ta me subindo a cabeça. Que droga, bem hoje ele tem que agir assim, não da pra pelo menos fingir que não é cafajeste só hoje?!

Fui encher meu copo de novo, passei por onde o Pedro tava, mas não ousei nem olhar nos seus olhos.

Peguei uma garrafa de Skol beats e virei no meu copo. Essa bebidinha do capiroto vai me deixar tonta rápido. Amém

- Ta gostando? – Reconheceria essa voz grossa e esse perfume barato em qualquer lugar

- Muito – Respondo sem olhar pra ele.

- Então por que você ta com essa cara?

- Porque é a única que eu tenho.

Virei pra poder sair dali, mas o babaca entrou no minha frente, abaixou sua cabeça e me olhou de uma maneira tão profunda que, se eu não tivesse muito puta, eu tiraria minha roupa e daria pra ele ali mesmo.

- O que aconteceu? – Pedro me perguntou com uma voz suave

- Nada

- O que eu fiz?

- Você não fez nada. Da licença que eu quero passar – Digo de maneira ríspida

Ele pega na minha mão e sai me guiando até o meu quarto. 

- Pode falar agora

- Falar o que? – Pergunto

- O que ta pegando. Por que você ta assim?

- Assim como?

- Você sabe como. Da pra parar de fazer cú doce e me responder, porque eu não to afim de perder a festa. E eu não quero que você perca também porque tem alguma coisa te incomodando

- Você! Você ta me incomodando.

Eu vi o Pedro apertando a mandíbula e já soube que ele tava começando a ficar puto também. Ele sabia que viria uma crise de ciúmes

- Por quê?

- Porque você não consegue parar de ser galinha nem na porra do meu aniversário. Da pra você parar de agir como um macho alfa perto das outras meninas?

- Macho alfa?

- Todo sorridente, passando a mão no cabelo delas, dando mó moral...

- Dando moral? Pelo amor de Deus Isabela. Você quer que faça o que? Trate todo mundo como lixo? Eu não sou assim, eu trato as pessoas da melhor maneira possível, porque eu também gosto que elas me tratem bem.

- E desde quando ficar dando em cima dos outros e tratar alguém bem?

- Dando em ci... – Eu o interrompi. Modo anã furiosa ativado

- Talvez eu comece a passar a mão no cabelo dos meninos da festa, quem sabe eu não comece a trata-los “bem”, quem sabe se eu não der o meu melhor sorriso eu não vou acabar conquistando um deles – Digo com toda  suavidade do mundo. Ele ficou parado com as mãos na cintura – Não. Eu tenho um plano melhor: Fingir que eu tenho um namorado e começar a tratar as pessoas de maneira educada e não trata-las “bem”. – Beijinho no ombro

Eu ia me retirar do quarto, passei por ele e abri a porta, mas ele logo fechou de novo. Não me virei para olha-lo, continuei virada na direção da porta. Consegui sentir o Pedro bem próximo de mim.

- Me desculpa, não era a minha intenção agir dessa maneira

- Eu aposto que não

Senti sua mão no meu braço e de maneira rápida ele me virou na direção oposta que eu estava. Não foi nada grosseiro, ele nunca foi do tipo ogro comigo, sempre me respeitou bastante, sobre isso eu não posso reclamar

- O que você quer dizer com isso?

- Nada. Uma vez cafajeste, sempre cafajeste né?!

Eu estava encostada na porta e ele estava a centímetros de mim, mas após a minha fala ele se afastou e me olhou bem no fundo dos meus olhos. Não foi como o olhar que ele havia me dado na cozinha, foi diferente. Foi um olhar frágil.

- Você realmente acha que eu te machucaria assim de propósito? Eu sempre fui assim, sempre conversei com as pessoas da maneira que eu conversei hoje,mas se eu soubesse que eu tava agindo do jeito que você falou eu nunca teria feito.

Dei uma risada sarcástica

- Me poupe das desculpas – Disse a ele

- Não to te dando nenhuma desculpa. Tudo bem, eu admito que eu agi de maneira errada, mas vou dar o meu máximo pra não fazer de novo. – Revirei meus olhos – Não duvida de mim Isabela, não duvida do que eu sinto ou o que eu posso fazer por você.

Engoli a seco. Que frase de psicopata

- Tudo bem – Digo só pra finalizar a conversa mesmo. Não ta nada bem.

- Quer saber? Você não percebe isso, mas eu realmente to mudando por você. Eu me pego fazendo coisas que eu nunca pensei que iria fazer

- Tipo dar em cima das outras?

- Tipo comprar isso – Ele tirou uma caixinha preta do bolso. Se tivesse como recuar, eu recuava, mas a porta atrás de mim não me deixou fazer isso.

Um fato sobre mim: caixas pretas pequenas me assustam, muito.

- O que você ta fazendo?

- Eu sei lá. Eu não faço a menor ideia do que eu to fazendo, eu nunca fiz isso. Só sei que eu tava andando no shopping procurando um presente pra você e quando eu percebi tava parado enfrente a uma joalheria. Então eu comprei isso, que é mais pra nós do que pra você.

Ele abriu a caixinha de maneira atrapalhada e tirou duas alianças pratas lá de dentro. Segurou-as nas pontas dos dedos e se aproximou de mim.

- Ta vendo isso? São alianças de compromisso. Eu costumava chamar isso de bambolê de otário e adivinha quem vai usar uma agora? O feitiço volta contra o feiticeiro. – Ele mudou seu olhar dos anéis para mim – Você realmente ta me mudando Bela, não duvida disso. E eu realmente gosto muito de você, também não duvide disso. Eu comprei alianças, você tem noção do que aconteceu? Eu comprei um bambolê de otário pra eu mesmo usar, agora eu vou ser o mais otário de todos os otários. Mas pelo menos vou ser seu otário confirmado.

Não consegui segurar e acabei soltando uma risada

- Fica rindo mesmo boba, você quem ta namorando com um otário. Eu até mandei gravar nossos nomes nesse negocio. Que tipo de pessoa faz isso? O que ta acontecendo comigo?

Comecei a gargalhar. Ele é a melhor pessoa e nem consegue perceber isso.

Peguei as duas alianças da mão dele e as analisei. Era um prata muito brilhante, tinha uma tira de ouro branco no meio e na minha ainda tinha uma pedrinha que brilhava muito. Olhei por dentro, na minha aliança estava escrito Pedro Laguna e a data de hoje.

- Por que dia 30?

- Porque eu não consegui me lembrar o dia certo que eu te pedi em namoro.

Eu já ia dar um tapa nele, mas me lembrei que eu também não faço a menor ideia do dia desse acontecimento.

- Obrigada! Elas são muito bonitas.

Coloquei a minha no meu dedo e ele colocou no dedo dele.

- Nós somos super românticos né?! – Diz ele irônico

- Muito

Peguei no rosto dele com as duas mãos e fiquei na pontinha dos pés pra conseguir beija-lo.  Foi um beijo bem suave, só com carinho mesmo.

Ouvimos uma batida na porta

- Da pra vocês dois gozarem logo? Ta na hora do parabéns – Escuto a voz da Camila

Dou uma gemida falsa e digo que já estou indo.

O Pedro me puxa para mais um beijo. Ai como eu amo os lábios desse menino. Passei minhas mãos pelo seu abdome. Como eu amo o tanquinho desse menino. Ele parou o beijo com alguns selinhos e depois pegou minha mão com delicadeza e deu um beijo no dedo com a aliança. Eu também amo muito quando ele faz essa linha cafajeste apaixonado.

Ah quer saber. Eu amo tudo nele, não tem como escapar

 



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