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História Walk On. - Revelando.


Escrita por: snowindelicada

Notas do Autor


Eeeeei, gente. Demorou, eu sei, mas consegui postar. #avemariamano
Eu não corrigi tudo com atenção pq to MORTA de sono. Ignorem os erros, tá? É noixx na fita.

Boa leitura e tals...
@snowindelicada, x.

Capítulo 36 - Revelando.


O estresse de Taylor corria em parceria com as perninhas de Violet que não parava um minuto sequer. Estavam em uma sala privada dentro da livraria Barnes & Noble, onde Laura finalizava a divulgação de seu livro. Sem a presença de Lali, Taylor precisava se virar com as crianças. Daman estava distraído com algumas apostilas de desenhos ao lado do primo Robbie, em uma mesinha para crianças, enquanto sua irmã brincava de correr para ambos os lados, levando Taylor e Marjorie a correrem atrás dela.

– Sente e relaxe, minha querida. Eu tomo conta dela. – Marjorie disse e levantou, procurando Viv com os olhos. Violet correu e parou diante de uma prateleira de medalhas. Ela analisou uma por uma e, num súbito, espalmou as mãozinhas nas portinhas de vidro.

– Jesus! – Taylor desocupou o sofá, pediu um minuto à Dani e foi atrás de Violet. No caminho, voltou-se à sogra: – Eu não consigo relaxar. – Explicou e olhou para baixo, puxando de leve os bracinhos da filha, afastando-a da prateleira e suas portinhas. Violet a olhou e buscou alguma explicação para a interrupção. – Odeio o fato de vê-los mexendo em coisas alheias, coisas que não são nossas. Podem quebrar, e mesmo que possamos pagar não se recompensa o valor sentimental de algumas coisas.

– Tem razão. Venha cá, minha doce e terrível Violet... – Marjorie bateu as duas mãos e sorriu, esperando Violet esticar os braços para cima. Assim que o fez, recebeu alguns beijos no rosto. O que sua mãe e avó não sabiam é que ela era um bebê inteligente. Bastava colocar as duas mãozinhas nos cabelos de Marjorie e bagunçá-los, para ser devolvida ao chão. – Não bagunce o cabelo da vovó. – A menina abriu um sorriso e tentou esconder os dedinhos nos fios vermelhos que eram os cabelos de Marjorie. Estrategicamente, Marjorie iniciou uma dancinha, enganando a pequena.

– Péssimo dia para Lali ficar de cama. – Taylor notou quando a filha moveu as mãos para a própria cabeça, arrancando dois elásticos que prendiam a sua franjinha. Viv jogou no chão e olhou o resultado. – Violet obedece aos comandos dela. Comigo e Laura é diversão... – Abaixou-se e apanhou os elásticos. Taylor estava terrivelmente cansada. No dia anterior ela havia gravado um comercial para uma campanha ambiental em Wichita, Kansas, voltando ao Brooklyn no mesmo dia. Ela sentia muita dor de cabeça, sono para por em dia, fome e impaciência.

– Depois que aprendem a andar, os bebês pensam que já são independentes, que podem explorar tudo, estão com o mundo ganho. – Garantiu a mais velha, ainda balançando Viv que parecia amar, visto que batia inúmeras palminhas, dando um incentivo à avó.

– Espero que Angel seja um pouquinho contido. Ou... – Segurou a barriga, tornando a sentar ao lado de Dani. – Enlouquecerei.

– Ele será ainda mais espoleta.

Taylor fez uma careta de pavor.

Maa-maa! – Violet a chamou, enjoada de tanto ser balançada.

– Falta muito tempo para Laura voltar? – Inquiriu enquanto aceitava a criança no colo. Ajeitou-a e sorriu quando ela exibiu os dentinhos em um sorriso de ”agora sim.”.

– Ela provavelmente dará mais algumas entrevistas, autógrafos... – Dani devolveu o celular de Taylor, e bocejou, se espreguiçando em seguida. Violet rolou para o seu colo, mirando a ponta vazia do sofá, sabendo que teria escapatória. Havia tantas coisas para ser explorada ali, mas não explicaria aos adultos. – Está tentando escapar sua diabinha?

’’Sem você... Meu mundo vira uma loucura, Lali. Sinceramente? Sinto saudades.’’ – Taylor enviou uma mensagem à babá, largou o celular de lado e pôs-se de pé, alongando as costas e a paciência. – Pode soltá-la, Dani, verei o que ela está planejando.

– Ela é tão elétrica. – Disse e dispensou Violet no chão. A garotinha saiu devagar com medo que Taylor a barrasse.

– Violet se parece com aqueles bebês pandas, sabem? – Sorriu de lado, apanhando a menina pelos ombros antes que ela saísse correndo. Estressada, a menina começou a se jogar para trás, fazendo uma birra aguda. – Violet... – Taylor conseguiu detê-la e aquietá-la nos braços. – Se você não parar quieta, eu juro, irei dar uns tapas em seu bumbum.

A garota a encarou.

– No!

– Oh, yes. – Prendeu a vontade de rir, levando a conversa a sério. O problema é que Violet se parecia muito com Laura em momentos de fúria. Ela queria tudo do jeito dela, senão o choro e as birras vinham com força. Entretanto, ela entendia que não podia abusar de Laura e Lali, com Taylor não era tão problemático. A mãe parecia sempre tão serena, calma; ela era muito diferente das demais. – Não adianta me olhar torto.

– Neném! – Ela apontou Daman, vendo-o levantar e correr atrás de Robbie.

Taylor esfregou o rosto. E Laura ainda queria ter mais crianças... Só se fosse com outra pessoa. Schilling pensava quase que louca das ideias. Queria ter aceitado o convite de Jenji para poder passar dois dias no México. Com o fim das gravações da Season 4, grande parte do cast aproveitava para viajar, explorar novos projetos e etc, enquanto ela e Laura se prenderam à família. Daman não podia viajar, pois estava em período de aulas, e Taylor não o deixaria sob os cuidados de Lali enquanto explorava viagens ao lado de Laura.

– Neném! – Violet insistiu.

– Daman... – Ela largou a menina e foi atrás do garotinho. – Venha aqui, filho.

– Eu estou correndo, não posso. – Ele o fazia em círculos, sorrindo e soltando uns gritinhos excitados por ter o primo correndo atrás dele da mesma maneira. Schilling estava se sentindo zonza. Queria se esconder dentro do próprio ventre com Happy. – Robbie é um moleeenga!

– Filho! – Taylor anelou com profundidade, correndo os olhos até a máquina de café, chá e suco. – Vamos tomar um pouco de chá, Daman.

– Nãaao! Ai! Você não me pega, Robbie. – Ele cansou de correr em circulo, decidindo percorrer por entre as poltronas, banquinhos, mesinhas. Em uma dessas, ele trombou-se com a irmã, derrubando-a no chão. Violet não chorou, gargalhou e se levantou e foi indo atrás da carreira dele.

– Eu vou ficar maluca...

– O que está acontecendo? – Laura chegou por trás de Taylor, dando um sustinho saudável nela.

No entanto, a loira não ligou, ela se virou e implorou com os olhos.

– Faça com que eles se aquietem! Eu estou... – Ela barrou um nome sujo, olhando o teto iluminado. – Cansada.

– Você aguenta mais meia hora? – Laura sorriu da alegria dos pequenos, esfregando os braços e a barriga de uma Taylor aflita.

– Você me perguntou isso quando estava na festinha do Sag Awards, semana passada. ‘’Querida. Você aguenta mais meia hora? Terasa e eu já estamos chegando aí. ’’ – Imitou-a.

Prepon deu um sorriso a ela e a mãe.

– Eu te avisei para ir embora com Stephanie... – Laura comentou e deu uns passos até Violet, aprisionando-a nos braços. A menina começou a choramingar, vendo o irmãozinho livre para correr a vontade.

– Mas eu quis ficar aqui. Só não tinha ideia de que seus filhos iriam bagunçar. – Taylor acabou insistindo, e Laura fez com que Daman a seguisse, interrompendo a correria infantil. Violet só teve sossego quando obteve o celular de Taylor em suas mãozinhas. Ela adorava ver vídeos de bandas de rock, e mostrava impaciência quando colocavam desenhos estúpidos para ela assistir.  

 

 

– É por isso que ela é elétrica. – Apontou Taylor Schilling de olhos em Violet sentada no cadeirão, concentrada e mergulhada em seu iPad, escutando músicas um tanto significativas que Laura colocava para ela.

Finished with my woman 'cause she couldn't help me with my mind... People think I'm insane because I am frowning all the time... Laura retirou o prato de ervilhas de cima da mesa, sorriu e beijou os cabelos de Taylor, aguardando uma bronca.

– Que belo exemplo de música, Laura. Black Sabbath não é um pouco demais? – Tay passou o braço por cima do encosto da cadeira, flagrando um sorriso arteiro nos lábios dela, enquanto ela se livrava das ervilhas dentro do lixo.

– Paranoid? Você acha Paranoid demais? – Ela colocou o último prato dentro da lavadora e sorriu antes de se voltar para a loira. Ao lado de Taylor, Marjorie também exibiu um sorriso. – Eu observei que você vive cantando Beat on the Brat dos Ramones, querida.

Ela corou de leve, desviando os olhos de Laura. Ao fitar Daman, ele deu um sorriso grande, ficando de joelhos na cadeira.

Beat on the brat, beat on the brat... Beat on the brat with a baseball bat!

–Ei, garotinho! – Schilling esticou a mão e segurou a dele por cima da mesa, indicando pelas expressões de seu rosto, que não estava achando graça. Violet, escutando o trechinho tão conhecido, se resumiu em um gritinho, capturando os olhinhos do irmão. – Chega de músicas!

– Oh, T, vamos lá... – Laura retirou Violet do cadeirão. – São apenas músicas.

– Ramones é radical! – Marjorie deu à mão à Daman, o ajudando a descer de cima da cadeira. Na sequência, ela ajudou Robbie.

– Eu vivo cantando Beat on the brat? – Questionou, tentando não sorrir quando viu Laura se aproximando.

– Sim. Tanto é que Daman e Viv se familiarizaram. – Prepon não se aguentou e deu um leve beijo nos lábios chateados. Taylor estava um porre. Irritava-se com besteirinhas. Malditos hormônios e suas consequências.

– Que coisa, não? – Finalmente ela exibiu um sorriso adocicado, dando um leve empurrãozinho em Laura.

– Estou louca para ensiná-los a cantar Bad Moon Rising, para quando você os levar para ver Carrie.

Marjorie deu risada e soergueu Violet nos braços. Taylor balançou os ombros, ignorando Prepon.

– Ei! É meu! – A discussão dos garotinhos virou a atração principal da cozinha. Até mesmo os cachorros olhavam o puxa-puxa que Daman e Robbie davam no pobre boneco do homem aranha.

– Eu estava brincando, Daman! – Robbie disse e colocou mais força em sua única mãozinha. Embravecido, Daman deu a última puxada no boneco e empurrou o primo para trás, fazendo-o cair sentado. O loirinho prendeu as lágrimas nos olhos, sem deixá-las desmoronar. Ele então olhou para Marjorie, esperando que ela desse uma bronca em Daman.

– Por que é que estão brigando? Vocês não são amigos? – Taylor se curvou diante do menino, o levantando. – Machucou-se? – Ele negou, envergonhado.

– Robbie pegou o meu Homem Aranha!

– Você o permitiu de brincar, filhinho. – Laura passou a mão nos cabelos úmidos do garoto, o fazendo se virar para si, anelar e consentir. – Não quero mais vê-los brigando. Vocês são primos e amigos. Amigos não brigam. Okay?

– Muito bem. – Marjorie concordava com a filha.

Daman olhou para Robbie ainda cismado. Taylor o entregou o boneco, ajeitando a calça de pijama dele, no lugar.

– Vamos, meu bem... – a avó dele arrumou Violet no colo e o tocou no queixinho endurecido. – Peça desculpas ao seu primo.

– Ele quem começou a puxar. – Diferente do primo, Daman não conseguia segurar o choro.

Laura revirou os olhos. Sinceramente, ela não tinha tanta paciência para briguinhas infantis. Taylor sorriu escondida. Respirando fundo, ela deu um passo à frente, fazendo um esforço para colocar Daman sentado em uma ponta da mesa. Obtendo sucesso, ela limpou as lágrimas fujonas do rostinho delicado.

– Os dois foram garotinhos muito brigões. – Os olhos do menino brilharam, e ela prosseguiu. – Mas você o empurrou, Daman. Não pode agredir os seus amigos só por perder o controle, filho. É errado. Robbie está magoado com você.

– O que é magoado?

– Triste. – Laura disse, mudando-se para uma cadeira ao lado. Ela sentou o sobrinho na perna, o fazendo dar um sorriso tímido.

– Mami, eu também estou magoado.

– Oh, lord. – Ela exclamou teatral. – Estamos todos magoados.

No! – Viv disse, fazendo-os rirem.

– Exceto Violet, estamos todos magoados. – Taylor concertou e segurou o rosto do filho. – Quando magoamos alguém, querido, é essencial pedir desculpas. Pessoas com caráter fazem isso. É algo muito incrível, pois mostra que você é um garoto muito legal e compreensível.

Desvinculando das mãos de Taylor, cheio de coragem, ele olhou para Robbie e, mesmo que amuado, disse:

– Me desculpe Robbie, eu não quis magoar você.

– Oh, sim, querido. Muito bom. Muito bom.

Laura olhou a mãe, reprovando-a pela interferência. Marjorie fez uma careta de quem não se importava.

– Você o desculpa?

– Sim, tia. – Respondeu o menino, mexendo no boneco, sem olhar para ninguém. Laura o tomou na mão.

– Levante e vá abraçar o seu primo. – O depositou no chão e Taylor fez o mesmo com Daman. Timidamente, os dois se abraçaram. As adultas sorriram. – Se brigarem novamente, os dois irão dormir com o traseiro quente. Fui bem clara, certo?

Embora ela estivesse brincando, a fala grossa e direta intimidou as duas crianças, levando-as a concordar.

– Ótimo. Tudo resolvido. – Tay disse com voz de dispensa. – Daman, encontre seu quarto. Cama. Amanhã você acordará cedo.

– Eu não quero, mamãe, eu odeio escola. – Ele já fazia aquela careta sofreada.

– Ora, ora, você queria tanto ir à escola, filhinho. O que há?

– Não gosto mais. – Daman comentou, como se fosse fazer Laura mudar de ideia em relação a isso.

– Mami também não gosta de fazer um monte de coisas, mas ela é obrigada a fazer. – O beijou no topo da testa, repetindo o mesmo com as duas outras crianças. Daman cruzou os braços, interrompendo uma birra. Não tinha jeito. Precisava dormir cedo. – Boa noite crianças impossíveis.

– Vá ajudar sua mãe com as crianças, Laura. – Taylor despedia-se dos pequenos.

– Não é preciso. Eu colocarei todo mundo para dormir. – Ela sorriu dos meninos emburrados.

– Façamos assim... – Laura retirou Viv do colo dela, passando a sentá-la no quadril. – Cuide para que os briguentos durmam, e deixe Violet por nossa conta.

– Troca justa! – Elas sorriram. Marjorie deixou-as para trás, rumando à via do quarto de Daman antes de dirigir-se ao quarto de hóspedes.

 

– Livre estou! – Laura rodopiou pela gigantesca sala, atrapalhando as cortinas. Do colo de Taylor, Violet amou! – Não era isso que você queria, hein, hein, hein?

– Confesso que sim, de primeiro. Você estava sem tempo, sempre mergulhada no que se dizia a respeito de seu livro. – Suspirou, mexendo nos cabelos da garotinha.

– Meu Deus... – Ela fez um ar engraçado, como se estivesse realmente ofendida. – Já que você não lamenta tanto assim, te confesso que estarei atuando em The Girl on the Train. – Sem perder de vista a surpresa no rosto de Tay, ela deu um pequeno beijo no nariz de Viv, fazendo-a piscar.

– Você tinha me dito. – Continuou escovando os cabelinhos ruivos. – Pensei que não era tão já. Afinal, estamos de férias...

– Sim. Entretanto, nós não gostamos de fazer pausas. – Aproveitou a aproximação e a beijou na bochecha. – Ai! – Exclamou ao sentar, pois se sentia bem exausta. – Eu recebi o roteiro por Erin. Ontem, se eu não me engano. – Tirou os cabelos do rosto, sendo analisada por Taylor.

– De volta ao trabalho, então...

– Ei, ei, ei. Pega leve garota, você está grávida.

– Não foi um empecilho para você quando grávida de Violet.

Laura a puxou, encostando-a próxima ao ombro direito. Seguidamente, ela a beijou nos cabelos, pensativa.

– Sim, mas...

– Sem ‘’mas’’, Lor. – Taylor virou e colocou Violet entre elas, de pé e apoiada no sofá. – Vamos ficar uma semana sem falar em trabalhos. Vamos... Vadiar com nossos amigos.

– Voilà! – Comemorou a morena. – Tudo bem, Schilling. – Olhando Violet, a dúvida: – Já é hora de dormir, pequena criatura ruiva.

– Ela dormirá conosco.

Prepon gargalhou.

– Não sei qual o motivo da graça, Laurita. Violet dormirá conosco.

– Você mobiliou um quarto inteiro para ela dormir conosco? Não... Sem chances.

– Ela chorará. – Defendia o lado da menina sorridente, que tentava enfiar o dedo dentro da boca de Laura, assim que ela a abria, fingindo mordiscar o dedinho mostrado.

– Hum...

– Violet está acostumada a dormir no mesmo quarto que Daman.

– Ela estaria dormindo se você não tivesse inventado de trazer Robbie para cá, meu amor.

– Ahhhhh! – Taylor respirou fundo. – Esqueça. Eu dormirei com ela no quartinho dela. – Decidiu. – Farei isso até Lali voltar. Espero que ela já esteja melhor da virose.

– Não seja boba. – Laura desviou da mão de Violet, indo até a mãe dela, pronta para beijá-la nos lábios. – Eu estava brincando.

– Não mesmo. – Tay sabia. Empurrou-a depois de aceitar o cumprimento. – Quero ler seu script.

– Sem pensar em trabalhos, querida, você quem disse.

Taylor lamentou.

– Depois eu mostrarei a você. – Bateu o dedo no nariz dela, como se ela fosse uma criancinha.

Sa! – Violet apontou Sasha que vinha se aproximando. – By-eee! – Acenou.

– Ela vai começar a falar? – Laura franziu as sobrancelhas. – Que saudade eu sinto daquele bebê pequenininho.

– Ela já começou a pronunciar algumas palavras. Daman entende 100%. No mais, estou orgulhosa. Ela é inteligente... Puxou a mim! – Sorriu compreendendo que deixaria Laura totalmente irônica.

– Oh, claro... Completamente. – Ela tossiu, enchendo de beijos a bochecha de Violet, agora, em pé em seu colo. – Mamãe disse que eu comecei a falar aos 11 meses.

– Que mentira!

– Pergunte a ela, meu docinho.

– Tanto faz. – Revirou os olhos, passando a encarar o ventre. – Quero que o tempo voe logo. Preciso tê-lo em meus braços.

– Está ansiosa?

– Demais! – Ela disse e Laura viu os olhos dela brilharem. – Há alguns receios, mas ele está me preparando para quebrar alguns restringes.

– De uma coisa eu sei... – Sentou Violet no colo e apontou o ventre de Taylor, certa de que ela pararia quieta. – Quando Angel nascer o meu mudo estará completo.

Taylor sorriu e puxou os dedinhos de Violet, levando-os até o alto de sua redonda barriga.

– Quem mora aqui?

Ela ficou a encarar a barriga da mãe, esperando que o bebê vibrasse como da última vez. Taylor suspendeu uma parte da blusa de algodão, permitindo o contato pele a pele com a mão de Viv.

– Neném! – A voz desengonçada e apressada fez com que as duas atrizes sorrissem. Violet tinha o timbre pesado e agudo. – Neném! – Ela tacou as duas mãos no abdômen de Tay, levando-a a ranger os dentes em agonia total.

– Chega de bater em seu irmão. – Laura livrou Taylor e sua gestação dos ataques de Violet. – Isso que dá cantar Ramones para ela, Taylor Jane. Ela leva a sério o ‘’Beat on the brat’’

– Violet é um Thetan diferente.

Prepon suspirou.

– Andou lendo os meus livros?

Ela puxou a blusa para baixo, escondeu o ventre, encolheu as pernas e levou os olhos até o rosto de Prepon.

– Sim. Eu estava um pouco aflita... Embora eu saiba que você não gosta de entrar nesse assunto comigo, a leitura me fez bem. Gostei do que andei lendo. – Laura sorriu. – Eu não vou me converter. Não acredito em extraterrestres.

– Certeza? Eu tenho um em meu colo. – Espalmou a mão na cabeça de Violet, fazendo-a jogar o pescoço para trás, curiosa.

– Você é cruel. – Taylor sorria até os olhos. – Falando sério... – Se recompôs. – Leitura agradável, no entanto, é muito complexa.

– Por que não me disse que estava aflita?

– Não quis preocupar você. – Bocejou e observou Sasha lamber as patas. Ela estava enorme de gorda. – Eu estou bem. – Apontou a cadelinha. – Ela está tão inchada.

Prepon desceu Violet do colo, semicerrou os olhos e analisou Sasha. Ela ocupava uma parte da nova caminha, distraída com as lambidas nas patas. Taylor tinha razão. A cadelinha parecia um leitão.

– Ela come a ração dela e a ração dos demais cachorros. Seria estranho se ela ainda estivesse desnutrida.

– Apollo também está gordo... Pum. – Taylor mordeu o dedo, pensativa. – O único fitness é Silvio. E, por falar nele, não sei por onde está.

– No quarto com os meninos.

– Hey, Vittie! Laura... – Schilling cutucou a morena com os pés. – Tire-a de cima de Sasha.

– Ela ama essa cachorra. – Prepon ficou a apreciar Violet abraçar e beijar o focinho de Sasha, que revidava com lambidas.

– Tire ela.

– Vem aqui, Bunny! Vamos dormir. – E, olhando Taylor, disse baixinho: – Ela, ok? Nós duas precisamos relaxar. – Tay a chutou na cintura. – Estou brincando.

– Não vamos fazer o que você está pensando.

– Não? – Laura se ergueu, contrariada. – Onde é que está a minha noiva tarada? A que estava afim de um threesome?

– Aqui! – Apontou-se. – Eu ainda estou. Conversaremos com Terasa? Já passou da hora. E eu estou virando uma bola. Não é sexy.

– Baby... – Tomou fôlego enquanto tirava Violet de cima de Sasha. – Eu não faço ideia de como contar a ela.

– Eu tive uma ideia...

– Oh... Lá vamos nós. – Laura, receosa, começou a balançar Violet, observando que ela coçava os olhinhos, morrendo de sono. – O que é que você está bolando?

– Podemos adiar. Até Happy nascer. Amadurecemos a ideia e comunicamos Terasa.

– Eu estava animada com a ideia. – Zombou, embora não mentisse. Com Taylor, gostava de ir além, explorar todos os lados sexuais. – Se você planeja assim, por mim está perfeito.

– Muito bem, Laura Helene... – Espreguiçou-se. – Little Monkey já dormiu?

– Mm... – Ela conferiu o rostinho atento, mesmo que sonolento. – Little Monkey ainda está acordado.

– Sugiro que todas nós dormiremos. – levemente, Taylor se levantou e calçou os pés na pantufa. – Amanhã nós duas iremos escolher a mobília do quarto do bebê.

– Tem certeza de que você quer dormir? – Laura começou a segui-la, brincando e fazendo Violet sorrir.

– Laura...

– Entendido, Schilling. – Ela havia entendido e notado o cansaço no timbre da loira. Nada aconteceria naquela noite... Nada além do bom e velho sono.

Xxx

Dias depois.

– Você gosta de quando eu escolho a cor da sua sombra, mãe?

Deitada no sofá, Taylor sorriu de olhos fechados. Ela passava o início da tarde na companhia dos filhos, Lali e Jenji, que fora visitá-los no novo apartamento.

– Gosto. – Depois de um tempinho, Tay o respondeu.

– Vou passar um pouco de brilho. – Daman disse e se direcionou até o colo de Jenji, apanhando a maletinha de maquiagem que ela segurava.

– Você será um brilhante maquiador, Daman. – A diretora brincou com o garoto, fazendo-o sorrir e negar.

– Nahin. – disse, passando uma camada de brilho nas pálpebras de Tay.

– Ele disse que será médico, Jenji.

– Ah, é? Escolha agradável, Daman.

– Médico de bebês. – Ele concluiu a arte no rosto da mãe. – Terminei.

– Ok, médico de bebês. – Schilling se sentou e abriu os olhos. Jenji que estava sentada à frente dela não se conteve e estendeu o celular, fotografando-a. Daman literalmente havia feito um ótimo trabalho de arte no rosto dela. – Pela risada, devo estar horrível.

– Você está à cara da Rainha de Copas.

Taylor sorriu e abraçou a própria barriga.

– Eu quero fazer em você... – Daman afundou a pontinha do dedo na bochecha de Jenji.

– Vai lá cobaia.

– Vamos deixar para outro dia, querido. – Ela o deixou de bico e rosto cerrado. – Não terei tempo para retirar a maquiagem. – Como se relembrasse algo, ela levantou da poltrona agradável. – Terei de passar no apartamento de Uzo.

– Você já vai? – Taylor a perguntou.

– Eu disse a você que era uma visita rápida. Mas daí eu me estendi a um almoço e depois chás e brownies. Esqueceu que viajo à Miami hoje à noite?

– Você nunca vem... – Taylor a abraçou depois de ficar em pé, deixando de protestar. – Tenha uma boa viagem.

– Obrigada. Cuide-se bem. – Soltando à loira, Jenji se virou para Daman, o beijando na bochecha. – Dê um beijo em Violet por mim.

– Mas ela está em horário de cochilo.

– Quando ela despertar, certo?

– Okay! – Ele deu de ombros e se sentou no tapete e passou a juntar os pincéis.

– Laura já começou a gravar?

– Sim. – Taylor respondeu à pergunta, cheia de saudade. – Uma semana longe do meu amor. Oh... – Afagou a barriga, encenando um pouco de drama.

– Tem um resquício de Piper em você, Schilling. – Jenji deu outro abraço nela... Apertado. – Eu te ligo?

– Por favor. Vou sentir sua falta.

– Quanta nostalgia. Na verdade, você quis dizer: Vou sentir falta da correria dos sets. Das garotas... – Conforme ia falando, Taylor ia sorrindo e confirmando o discurso dela. – Você só precisa repousar e cuidar do seu Angelo. – Fez cafuné na barriga de quase cinco meses. – Se você prometer se comportar, te envio as cinco folhas do novo script de Piper.

Os olhos de Taylor desenvolveram.

– Uma pena ser mentira. – Apertou os braços de Jenji. – Entretanto, irei me comportar. Pense com carinho quando os scripts da season 5 estiverem prontos.

– Já foi fácil te enganar. – Outras risadas. Abraços. Finalmente as duas se despediram e Taylor voltou para o sofá, ligando para Eloise. Sentia muito a falta de sua melhor amiga. As duas conversaram sobre gravidez, filhos e casamento. Taylor estava ficando agoniada. Ela queria voltar ao trabalho. Entretanto, suas agentes tiveram de seguir a ordem médica, mantendo-a afastada de alguns trabalhos pesados. Quando Laura estava presente, era diferente. Taylor se sentia calma, de férias, e com ela gravando em Los Angeles, tudo ficava parado demais. Parecia um silêncio sem fim. Se Daman não estivesse em período de aulas, a família teria acompanhado Prepon. O garotinho estudava de segunda a sábado em horário integral. Vez ou outra Schilling o apanhava mais cedo, como neste dia.

– Mãe? – Ele ouviu Taylor suspirando.

– Sim?

– Está com saudades de Mami?

– Muitas! E você?

– Eu também, . – Sentou na pontinha da mesa, colocando as mãos nos joelhos por cima da calça do uniforme. – Vai demorar muito para ela voltar?

– Um pouquinho só. – Taylor puxou uma almofada com os pés. – Ela está-

– Gravando! – Completou: – Vocês são atrizes!

A loira sorriu.

– Vi vocês em uma revista, na escola. – Explicou. – Mami estava de óculos.

– Mami vira quem quando está de óculos?

– Quem? – Ele coçou a cabeça, estreitando os olhinhos para o sorriso da mãe.

– Quem Mami Laura vira quando está de óculos, filho?

– Alex Vause?

– Alex Vause? – Taylor o imitou. – Sim, meu docinho. – Abriu os braços. – Vem aqui. Preciso de um abraço.

Daman preencheu os braços dela com seu corpinho. Taylor o apertava, falando coisas engraçadas em sua orelha.                       

– Eu quero pipoca! – Se recuperando de um sorriso, Daman disse.

– Parece bom. Muito bom. Podemos fazer pipoca juntos, Damie.

Ele pulou para fora dos braços dela.

– Podemos ver a Mami no celular. – Sugeriu a caminho da cozinha, de mãos dadas com Schilling.

 

– Os dois estão comendo pipoca? Parece bem divertido aí.

– Come pipoca, Mami! – O menino encheu as mãos de pipoca e mostrou à Laura. Atrás dele, Taylor sorria.

– Obrigada pela dica, garoto. – Laura acenou e sorriu para ele, se voltando a Tay. – Você está morrendo de tédio... Gostei da maquiagem, a propósito.

Ela deslizou a mão pelo rosto, escondendo meio sorriso. Laura sentiu uma pontada no ventre. Sentia saudades de casa... Mais conhecida como “Taylor Schilling”. Sua casa era ela... Em qualquer lugar do mundo.

– Não vamos falar de mim. – Schilling disse. – Jenji esteve aqui.

– Sério? – Prepon olhou para alguém. Ela estava em um trailer, trajando o figurino de sua personagem. Ela então chegou mais para o lado e capturou o ombro de Jodi. Ela deu um oi animado para Tay, depois passou a mexer no celular, focando-se nele e desfocando-se de Tay e Laura.

– Uh-hum.

– Querida... Você está bem?

– Sim. Disse a você. Só estou sentindo sua falta.

– Eu amo vocês. Sinto a falta de vocês o tempo todo, principalmente quando volto para casa à noite e não os vejo lá.

Tay prendeu a vontade de chorar. Não preocuparia Laura.

– Semana que vem nós estaremos aí.

– Que notícia boa. – aplaudiu. – Só não demorem. Eu posso trocar de família.

Schilling encarou os olhos verdes através do celular. Laura deu risada.

– Boa sorte, Prepon. – Com o polegar Taylor apertou o ombro de Daman. – Dê boa sorte à Mami.

– Boa sorte. – Ele disse com a boca cheia de pipoca.

– Você sabe que eu estou brincando. – A morena disse com a voz carinhosa. – Eu te ligo mais tarde, querida. Amo vocês.

– Nós a amamos.

– Bye, Mami.

– Até mais, meu amor. – Ela jogou beijos para os dois, antes de desligar.

 

Horas mais tarde, Taylor estacionou o notebook no cantinho do sofá, pois teria que levantar para atender à porta. Lali o faria, mas Taylor queria se esticar um pouco. Na porta, a surpresa. Uzo e Natasha estavam a olhando e sorrindo, prontas para serem convidadas a entrar. Lyonne carregava um ramalhete de flores para Taylor, e Uzo carregava duas sacolas grandes, nelas contendo brinquedos para Violet e Daman. Taylor havia ganhado uma animação notável. Natasha contara que visitava Uzo, quando Jenji havia chegado ao apartamento da também atriz. Após a saída da diretora, as duas resolveram checar Schilling e os filhos.

 

– Eu acho que consegui montá-lo. – Disse Taylor diante de um carrinho de bonecas que Uzo levara para Violet. Na sequência, a atriz assentou uma boneca no carrinho, o apontando para Violet.

– Você é boa nisso, Tay! – Uzo ecoou e entregou o controle remoto do carrinho à Daman. Ela havia ensinado a ele como controlar o brinquedo.

Taylor sorriu e assentou na beiradinha do sofá.

– Violet, vá brincar.

– Veja o seu carrinho, Violet. – A voz paciente de Uzo fez com que a pequena sorrisse de olhinhos no carrinho lilás, à sua altura.

– Aposto que ela vai querer se sentar nele. – Natasha deu risada, sentada no tapete, acarinhando Sasha e Apollo.

– Neném! – Violet largou a caixa do carrinho, caminhou até o mesmo e arrancou a pequena boneca de cima dele, a jogando para frente. – No!

– Você está jogando o seu bebê no chão, Violet?

Ela olhou para Lali e depois para a boneca que estava jogada de bruços.

– Neném! – Ela repetiu.

Um sorriso insinuou-se nos lábios de Taylor. Violet não era fã de bonecas. Ela gostava de bichinhos de pelúcia. Apenas. Caminhando até a boneca de vestidinho xadrez, Violet a pegou no colo, olhou, olhou e a jogou em cima da mesinha. Natasha se esticou até o brinquedo e o colocou no carrinho da menina. Intrigada, Viv a encarou, como se dissesse: Eu tirei e você a colocou de novo?

– Ela é fodidamente engraçada!

Schilling teria reprovado Natasha, mas ela chegava a concordar com a amiga.

Novamente, Violet puxou a bonequinha para fora do carrinho e começou a empurrá-lo pela sala. Ela estava sorrindo e calculando os passinhos, cuidadosa e observadora. Lali levantou-se para poder acompanhá-la.

– Eu acho que Violet não gostou do bebê dela, tia! – Daman garantiu com toda a certeza do mundo. Uzo o olhava e sorria.

– Eu sinto muito, Uz. – Taylor fechou o notebook e recostou as costas no sofá.

– Não seja boba, Taylor. – Ela respondeu e foi juntando as caixas vazias. – Violet não tem paciência para empurrar bebês em carrinhos.

Todas riram.                       

– É um ótimo ponto. Pelo menos não iremos nos preocupar em Violet ter bebês. – Zombou a mãe dela.

Natasha estando ali inventou de preparar espaguete e almôndegas. Daman a ajudou, mas depois ele fora substituído por Uzo, que finalizou o jantar. Após a refeição, as crianças foram para a cama e as demais se juntaram na sala.

 

– A coitadinha está até estufada. – Lyonne coçou a cabeça e indicou o estômago alto de Taylor, para Uzo.

– Ela repetiu três vezes, não foi?

– Três e meio. – Lali esclareceu e acendeu a luz do abajur à sua direita. Schilling sentiu que carregava Happy e o mundo, no ventre.

– Uau, Tay. Assim você não passará por aquela porta, hein? Laura vai precisar de ajuda... De um guincho.

Taylor procurou os olhos de Natasha, preocupada.

– Você acha que eu engordei?

– Não muito, mas se continuar a comer por seis, garota, você virará aquele emoji do sol.

Uzo deu uma risada que aliviava as preocupações de Taylor.

– Ela está fazendo hora com a sua cara, Tay. Você está ótima.

– Oh, não. Ela está certa. Eu não posso comer muito.

– Tayloface, você sabe que eu adoro pegar no seu pé. – Lyonne deixou de brincar com Apollo, e chegou até o lado de Tay, sentando-se.

– Sim, eu reconheço, mas eu sei que ando beliscando demais. – Espalmou a mão por cima do ventre. – Ele me deixou tão sedenta por alimentos.

– Ainda bem que é por alimentos, huh?!

A loira voltou-se para Uzo, sorrindo. A atriz corou.

– Se ela já era safada antes, imagine agora! O apetite sexual da mulher deve ter elevado, Uzo.

– Você acha? – Uzo indagou, aproximando um sorriso dos lábios. – Bem, Laura deve adorar.

– Ela aprova.

As três encararam Lali. A babá deu uma risadinha.

– Eu possuo orelhas, oras.

– Oh, Jesus, Lali. Não é para tanto. – Taylor estava com o olhar divertido e horrorizado. – Laura e eu demos uma pausa. Ela está longe e...

– Vocês se falam por ligações.

– Tay uiva como um lobo solitário? – Natasha queria muito saber.

Lali se acomodou melhor na poltrona e fez um gesto de mais ou menos.

– Lali está brincando. Eu sou bem retraída. – Schilling permitiu que Natasha a alisasse no ventre. Por coincidência, o bebê deu sinal de vida, deixando Natasha de sorriso grande.

– Aposto que a moça recatada aí – Uzo apontou Schilling – já andou estreando cada cantinho do novo apartamento.

Schilling negou.

– Os cachorros nos seguiram. Desistimos de alguns espaços. – Brincou. 

– Quando é que Laura volta? – Perguntou Natasha.

– Ela demorará um pouco mais. – Contou mudando sua expressão alegre. Suspirou e continuou. – Aproveitarei que Daman terá uma semana em casa, e voaremos para Los Angeles.

– Laura nos contou sobre as filmagens... – Uzo comentou. Natasha retirou a mão da barriga de Tay, e sorriu.

– Estamos todas ocupadas. – Lyonne expôs.

– Vocês estão atuando! – Taylor rolou os olhos. – E eu... Em casa, ainda de molho.

As outras riram.

– Minha agenda pessoal está transbordando, entretanto, Laura, minhas agentes e os meus médicos acham que eu estou incapaz. – Desabafou.

– É para o bem do meu afilhado.

– Angel está bem. Isso eu garanto. – Em um movimento gracioso, não desprovido de carinho, Taylor ilustrou o abdômen, como se tocasse diretamente nos bracinhos do filho. Ela sabia que ele estava se saindo muito bem. – Eu só não aguento me afastar da minha rotina.

– Você aguentará mais uma semana, Taylor.  – Lali sorriu para ela. – E, além do mais, você estará com Laura, nem perceberá que pausou a sua rotina agitada.

– Lali tem razão, T. – Lyonne a beijou no ombro, de brincadeira, causando nela, um sorriso. – Está tarde.

Uzo também conferiu o horário no celular. Já se passava das vinte e duas horas. Mesmo sob os protestos de Taylor, ela e Natasha tiveram de partir, pois gravariam no dia seguinte; ela filmava Tallulah, e Natasha, Yoga Hosers.

Xxx

Seis dias mais tarde...

Terasa deu o último gole de água em sua garrafinha, e a fechou, lançando um olhar divertido à Laura, que voltava de uma corrida matinal nas redondezas de sua casa. Tapando a vista do sol, Terasa esperou a amiga roubar-lhe a garrafa de água.

– Taylor ligou.

Prepon enxugou o suor do rosto e pescoço, sem deixar de olhar para a amiga, com felicidade e entusiasmo.

– Ela estará aqui hoje à noite?

– Sinto muito.

Laura pausou a borda garrafinha nos lábios, ansiosa.

– Taylor disse que só poderá embarcar amanhã, querida.

– Hm... – Ela finalmente matou a sede. – Por quê?

Terasa esticou as pernas para o chão, ainda escondendo os olhos do sol.

– Terasa! – Laura a forçou.

– Ela fez um ensaio fotográfico. – Sorriu. – Se vocês forem discutir por isso, já a deixa avisada que foi você quem me forçou a contar.

– É isso? – Prepon deixou a garrafinha perto dos pés, tornando a deslizar a toalhinha pelo rosto. Ele estava avermelhado. Terasa ficou sem entender, obviamente.

– Como assim? Você já sabia?

– Taylor é minha noiva. – Suspirou, mais tranquila. – É óbvio que eu fiquei sabendo do ensaio.

– Fico contente. Meu pescoço não estará nas mãos dela...

– Ainda não... – Prepon sorriu para o jardim e sua beleza californiana. Terasa nem fazia ideia de o que se passava em sua cabeça naquele momento.

– Boogie do meu coração, você quer parar de jogar com a minha cara? – Exausta do sol à beira da piscina, ela se libertou da espreguiçadeira e deu uns passos até o jogo de estofados da área de lazer. Laura a seguiu, entretanto. – Taylor planeja me matar?

– Antes fosse. – Riu e se acomodou entre umas almofadas gigantescas. Terasa lhe avaliava, esperando que suas respostas não fossem tão evasivas. – O quê?

– Você, Boogie! Quer me contar o que houve?

– Na hora certa, queridinha, você saberá. – Prepon deu um sorriso e irritou Terasa. Foi proposital, aliás. Como quem não visse a irritação da ruiva, Laura retirou os tênis e massageou os dedos por cima das meias.

– Olha que eu te deixo ir ao jantar da Netflix com a Rebecca e a Jenji, sim? Sozinhas!

Laura gargalhou. Terasa era a pessoa mais curiosa que ela já conhecera. A segunda era Violet.

– É uma ameaça? Por que se for, nossa, você já foi melhor.

Terasa arremessou uma almofada na direção dela, mas a mesma caiu à direita, adormecendo no gramado. Laura acompanhou a trajetória, entrando em transe.

– Lauraaaaa.

A voz chata a tirou dos seus pensamentos burlescos.

– O que estávamos conversando?

 – Você está drogada?

Ela negou incrédula.

– Eu estava pensando com qual vestido irei ao jantar hoje à noite.

– Foda-se. – Terasa sentou nos tornozelos. – O que Taylor está planejando fazer comigo? Eu não fiz nada de errado. – Desembestou a falar. – Me segurei e não contei nada da nossa bebedeira três noites atrás, no clube de pôquer.

Prepon apertou uma das almofadas.

– Se você contasse, quem a mataria seria eu, bestie!

– Bestie... Bestie... – Bufou. – Eu sou a melhor pessoa em guardar os teus segredos. Não se esqueça.

Laura rolou os olhos.

– Conte Prepon!                       

– Vamos tomar uma água gelada. – Levantou e apanhou os tênis. – Vamos. Vamos. Vamos... – E saiu à frente, rindo e pensando se contava a fantasia sexual de Taylor.

 

– Eu já tomei seis copos, Laura! Caralho, cara... Vocês mataram alguém?

– Se tivéssemos feito isso, você seria a última á saber! – Laura conferia as mensagens no celular, mordiscando umas cenouras fatiadas. Ela estava bem tranquila, só queria fazer hora com a curiosidade da amiga.

Terasa abocanhou algumas azeitonas pretas recém-cortadas.

– Perguntarei a ela. Cansei de enrolação.

Laura a olhou e bloqueou a tela do celular, o deixando em cima da pedra da ilha da cozinha.

– Continue sentada. – Pediu e Terasa acedeu, notando um olhar brincalhão. – Quer mesmo saber do que se trata?

– Oh, claro. Eu adoraria.

– Taylor teve a brilhante ideia de incluí-la no nosso sexo.

Os olhos claros de Terasa se esbugalharam.  Ela paralisou as mãos em cima da ilha. Olhar travado no rosto, agora neutro, de Laura. A morena seguia sorrindo.

– O que? – Terasa perguntou.

– Isso aí, nós três... Sexo lésbico.

– É brincadeira? Você está zombando da minha cara, não é? Sua cadela!

– Ligue para Taylor, tire suas dúvidas. – Tranquilamente, Laura virou-se e abriu a porta da geladeira, à procura de um suco natural. O silêncio se fez e Laura sabia que havia deixado Terasa sem fala... – Eu sei que você não toparia. – Apanhou uma jarra de suco de maçã verde. Antes de buscar por um copo, passou os olhos no rosto da amiga, que mais parecia um zumbi. – Diga alguma coisa.

– Você está rindo? – Ela estranhava a situação, sempre com sua melhor expressão. – Caramba... Uau. De onde Taylor tirou essa ideia?

– Eu nem te conto. – Laura voltou ao lugar anterior, notando traços de suavidade no rosto de Terasa. A ruiva até ria das circunstâncias. – O... Que... – estreitou os olhos. Terasa abriu um sorriso cheio de dentes. – Não!

– Estou aberta a novos experimentos. – Saltou da banqueta, indo até Prepon. Levou um segundo para se acomodar em cima da ilha e cutucar a morena no ombro. – E aí, me conte isso direito.

– OK... Eu estou perplexa agora... – Laura jogou às costas contra o armário, cruzou os braços e fez uma cara engraçada. – Você está concordando em trepar comigo e com Taylor?

– Sim! – A ruiva ria e balançava as pernas. Ela jamais pensou em ir para a cama com suas amigas. Aliás, com mulher alguma. Entretanto, Terasa não desconsiderava algumas possibilidades. Ela também não se via como uma mulher restringida. Adorava percorrer novas trilhas, amplitudes. Não via preconceito em certos tipos de relacionamentos, desde que este fosse conscientizado pelos envolvidos.                       

– Eu... Eu podia jurar que você estava blasfemando a descoberta, pronta para abominar a mim e a Taylor!

A ruiva ria ainda mais.

– Você já devia saber...

– Que você não bate bem dos pinos? Sim. Eu sabia, mas-

– Aposto que você concordou. – Cruzou os braços. Laura descruzou os dela. Ela havia se entregado. – Porra! Eu disse! – Outra gargalhada. – Usaremos vibradores, não é?

– Jesus! Eu estava certa de que você iria recusar.

– Vamos analisar pelo lado lascivo, carnal, amiga. – Gracejava o tempo todo. – Nada irá mudar. E eu não virarei lésbica, muito menos roubarei Taylor de você.

Laura tinha certeza disso.

– Não soa estranho?

– Imagina! Transar com Taylor e Laura, querida, é o sonho de todo ser vivo.

– Não fode. – Laura se dirigiu até o copo de suco, o virando sem pausas, na boca. Terasa deu dois tapinhas em seu ombro.

– Eu também não direi a ninguém. Estou dando a minha palavra.

– Não se anime, pois Taylor decidiu que contaria a você depois que Angel nascesse.

– Ah.. Mas assim não tem graça! – tomou o copo das mãos de Laura, o tornando a enchê-lo com mais suco. – Tome mais um pouco.

Ela aceitou.

– Será o sexo mais divertido de toda a minha vida.

– Porra... – Prepon dispensou um arroto. – Eu não estou em condições de dizer nada. – Ela riu. – Taylor ficará feliz, entretanto.

– Vamos todas transar.

– Fala isso com tanta naturalidade... – Mais suco.

Terasa enrugou o rosto.

– Transar não é pecado. Devemos sempre transar. Explorar. Sair da rotina. – ia dizendo. – Eu não vejo nada demais. Nossa amizade não mudará por conta de alguns orgasmos. Somos mais consistentes.

Laura deu uma risada gostosa.

– A amizade prevalece, minha querida Laura Prepon.

– E depois? Eu só penso no depois.

– Nós já nos beijamos, cacete. Não mudou nada.

– Beijo é beijo. E faz mais de nove anos.

– Não vejo diferença. – Retrucou.

– Quer saber, dane-se. – Largou o copo em cima da ilha. – Já que estamos de acordo, vamos trepar.

– Bate... – Estendeu à mão. – Isso.

– Eu imagino o espanto de Taylor ao saber que você concordou.

– Não vou mentir. .

Laura a ajudou pular de cima do balcão.

– Estou ansiosa.

– Não pensemos nisso agora. Quando for a hora, vamos nos divertir. – Laura sugeriu, convencendo a si mesma.

– Gostei! – As duas se abraçaram e caminharam até a sala. – Vá tomar um banho. Irei atrás de Rebecca.

– Jonathan virá às 15:30, se vocês se atrasarem, não esperarei ninguém se aprontar. – Liberou-a para o sofá. – O jantar está marcado para as 19h. O painel, às 20h30.

– Meu docinho lésbico, eu já sei de todos os horários. – Sorriu. – Vá tomar um banho. Chispa!

– Olha lá, huh... – Prepon semicerrou os olhos, andando de costas. Terasa a mostrou o dedo. As duas gargalharam.

 

 

Contando com o segredo de Terasa, Taylor e as crianças desembarcaram no aeroporto de Los Angeles por volta de quatro e meia da tarde. A atriz que carregava Violet no colo parou e cedeu alguns autógrafos, enquanto Lali seguia à frente, segurando na mão de um emburrado Daman. Taylor tinha conhecimento do aborrecimento das crianças em se tratando de voar de um canto para o outro. Violet odiava aviões. Ela chorava muito e tinha dificuldades para relaxar. Algumas pessoas que chegavam até Schilling tentavam brincar com a criança, mas ela não sorria, choramingava e buscava um jeito de ser posta no chão.

De dentro do Uber, Schilling distraiu as crianças, dando a elas, sacos de salgadinhos. Sentados em cadeirinhas apropriadas, os dois irmãos estavam mais tranquilos, com seus lanches gordurosos. Não era uma boa escolha, mas eles precisavam comer algumas porcarias de vez em quando. Depois que o motorista acomodou as malas no bagageiro, ele retornou ao volante e deu partida.

– Nós chegamos. E agora, mãe? – Escondendo as bolinhas do salgadinho no canto da bochecha, Daman inquiriu.

– Estamos indo para casa, ver a mamãe. – Taylor sacou o celular de dentro da bolsa, checando as últimas mensagens e ligações. Ela estava ciente de que Laura participaria do ‘’Netflix's Rebels and Rule Breakers Luncheon’’, junto de Jenji e outros nomes da Netflix.  Ela terminou o que fazia, tirou a jaqueta e olhou os pequenos. – Vocês estão bem?

Daman confirmou. Violet mantinha os olhinhos dentro do pacote de salgadinho, escolhendo as bolinhas.

– Dor nas costas? – Lali perguntou assim que viu a atriz tentar massagear a coluna.

– Meu dilema. – Fez uma careta, dobrando a jaqueta de qualquer jeito. Logo após ela tomou um gole de água, oferecendo aos filhos. Minutos depois, Taylor despedia-se do motorista com um aperto de mão carinhoso. Ela o agradeceu por ele ter carregado as malas até a garagem principal, coisa que ela e Lali não fariam sem o auxilio de outra pessoa. O plano da loira era entrar e fazer uma surpresa à Laura, que ainda permanecia na casa. Daman correu à frente, estragando os planos da mãe. Schilling torceu os lábios, encontrando um sorriso no rosto de Violet. Ela parecia saber que o irmão conseguiu escapar e correr, pois este era o seu maior desejo.

Não demorou muito e Laura apareceu, descendo os degraus até a garagem. Ela carregava Daman, que ia sorrindo e apontando as demais. Prepon o soltou e se apressou até Taylor. Ela estava morrendo de saudades, mal tendo tempo para avaliá-la da cabeça aos pés.

– Hey! – Ela a saudou, roubando-lhe um abraço apertado. – Eu não soube que vocês viriam hoje. – Depois que a soltou foi diretamente à procura dos lábios avermelhados, os beijando. – Eu senti saudades. – Taylor sorriu e acariciou os seus cabelos.

– Nós também. – Respondeu, preparando-se para analisar a morena. Violet se jogou para frente. Ágil, Laura a apanhou, enchendo-a de beijinhos. A morena distribuía alguns deles no rosto de Lali. Taylor, ainda parada, apreciava a veste da atriz. Laura usava um vestido preto, bem acima dos joelhos, com uma meia calça da mesma cor. Nos pés, pantufas. Ela estava bem maquiada, cabelos escovados, com leves cachos nas pontas. Divina. Tay molhou os lábios, sentindo um fogo florescer entre as pernas.

– Eu quero subir! – Daman tocou os dedos de Taylor, forçando-a a olhá-lo. – Quero brincar na minha piscina de bolinhas!

– Vá indo, meu amor. Devagar para não cair... – Ela o acompanhou com o olhar protetor.  Certa de que o menino já havia subido em segurança, Taylor procurou o olhar de Laura. – Vem aqui...

Laura dispensou Violet com um beijo na testa, em seguida, abraçou a mãe dela. O sol fraquinho iluminava os cabelos e o rosto de Taylor, fazendo-a fechar os olhos. Lali logo se retirou com Violet, deixando-as sozinhas.

– Estou me sentindo completa. – Prepon declarava, sem deixar de alisar as costas dela. Taylor parecia não querer se afastar do seu corpo. Depois de alguns minutos, as duas se esgueiraram até a sombra da garagem. Laura sorriu da beleza maternal da loira. Taylor usava uma jaqueta por cima de uma blusa com a estampa do rosto de Natasha. Cômica demais. Os cabelos estavam mal presos, bagunçados, no melhor estilo Taylor Schilling. Olhando a colisão, Prepon sorriu e cumprimentou o bebê. – Ele cresceu demais. – Deixou um beijo na pele aquecida do abdômen, Taylor prendeu o fôlego. – Você passou no médico? Antes de embarcar, eu digo.

– Sim. – Sorriu, aproveitando para buscar ar. – Está tudo em ordem. Angel está gordo e feliz. – Apanhou os dois ombros largos, fazendo com que Laura estacionasse o traseiro no capô do carro. – Você está linda.

– Nada se compara à tua beleza. – Sorriu vinculando os olhares, depois, os lábios. Taylor correspondia o beijo com tanta fome, que Laura quase perdera o lábio inferior. – Hm... – Taylor a fez sentar no capô do carro, e estava quase em cima dele também. – Tay...

– Eu não estou fazendo nada... – Ela já sabia que Laura iria contra as suas investidas. O que poderia fazer? A carne era fraca. Sua boca colou no pescoço de Laura. O cheiro dela era delirante. Taylor não empregava outra reflexão para definir a sensação de sentir e beijar aquela pele macia, quente e aromal. Sorriu quando sentiu a textura da meia-calça em seus dedos. Ela tinha a urgência de tocar Laura. Não conseguia se policiar. Era forte demais, como se dependesse daquele momento para viver.

– Baby, aqui não. Irei amarrotar o meu vestido. Desfiar a minha meia... – As palavras se converteram em um gemido assim que Taylor espalmou a mão em seu sexo. Mesmo por cima da meia-calça, Laura acabou ficando excitada. Oh, Jesus! Taylor era demais.                       

A loira do olhar descarado, sorriu, mordendo o lábio. Ela enfrentava Laura, motejada, sensual. Os traços de Prepon eram irresistíveis demais.

– Não consigo resistir. Você está passiva demais. – A outra sorriu, enchendo as bochechas de cores. Taylor a puxou para si, cuidando para que Laura não ficasse em cima de seu ventre. Mantendo-se de pé, ela passou a tocá-la. Laura correspondeu de corpo e alma. Ajudou a relaxá-la, além do mais. No entanto, Schilling semelhava querer mais, mais, mais. Ela não estava satisfeita com os dois orgasmos. Precisava de mais tempo para matar a saudade de sua Laura. A pobre morena sabia que precisava pausar aquela rapidinha, mas não resistia às novas estocadas. Taylor sentia prazer apenas pelo fato de penetrá-la, de vê-la assumir uma aparência feminina e gozar em seus dedos.

– Laura? Estão aí?

– Droga! – Taylor deu um passo para o lado, no mesmo instante em que Laura descia de cima do capô, arrumando o vestido no lugar.

– Laura?

– Estamos dentro da garagem, Terasa! – Ganhando tempo, ela abriu a porta do carona, fingindo procurar alguma coisa pelo banco.

– Olá... – Terasa já foi logo abrindo os braços para Taylor. – Que bom vê-la aqui! Como você está? – Fez carinho na colisão, depois de inquirir. Ela nem desconfiou de nada.

– Cansada. Minhas costas estão me matando. – Sorriu de coração. – Ah, eu também estou gigante. – As duas olharam para a colisão que estava escondida por baixo da blusa.

– Você está ótima! – Terasa ficou de lado e pendurou um braço no ombro dela, olhando na direção de Laura. – Laurita, nós precisamos nos apressar, filhinha.

– OK... – Laura suspirou com força, evitando olhar para Terasa. Seu rosto devia estar vermelho, pois sentia o sangue e a cabeça esquentando. – Passou a mão por entre os bancos. – Vá subindo. – Pediu em voz alta. – Diga à Becky que eu já estou indo.

– O que é que você está procurando?

Taylor mordeu o lábio. Queria muito rir.

– Ah... É...

– A chupeta de Violet. – Schilling deu uma olhadela em Terasa, soltando os dedos dela e afastando o braço de cima de seu ombro. – Você sabe como ela vira uma arara longe da chupeta.

A ruiva deu de ombros.

– Subam logo! – ia saindo. – Vocês precisam de ajuda com as malas?

– Não... – Laura acalmou o calor do rosto, e levantou o mesmo, olhando a amiga. – Assim que subir eu peço a alguém para apanhá-las.

– Certo. Estou esperando vocês.

Um segundo depois, Taylor soltou uma risada macia.

– Me desculpe, Laura.

– Você me põe em maus lençóis, Schilling. – Laura fechou a porta do carro, sorriu e se abanou um pouquinho. – Não se desculpe comigo, querida. – Aproximava-se. – Me dá um abraço... Uh.

– Eu te amo. – Taylor a balançava devagar. – Acho melhor subirmos, não é? – Aceitou um beijinho curto de Laura.

– É mais saudável.

Elas sorriram, e Laura prosseguiu, entrelaçando os dedos dela com os seus.

– Tome um banho. Irá ajudar a diminuir as dores nas costas. – A abraçou, subindo a porção de degraus.

– Não se preocupe, amor. Concentre-se nos preparativos do jantar.

Prepon jogou a cabeça em uma risada. Taylor também o fez.

– Agora, não é? Agora você diz isso. – Virou o rosto e a afetou com um beijo demorado. – Só mais alguns ajustes, e eu ficarei bem. – Sorriu e observou os poucos degraus a serem vencidos. – Não poderei lhe dar atenção agora, meu amor. Mas prometo a você que o farei em meu regresso para casa.

Taylor esfregou o braço dela.

– Mmm... Não esquente com isso. Estou em casa. Posso ir me divertindo enquanto você está compromissada com sua agenda.

– Acho que pausarei tudo. Preciso ficar com você. – Deu um sorriso torto. Taylor balançou a cabeça, pois sabia que Laura falava aquilo por brincadeira.

– Fique quieta. – Ordenou, sorridente.                        

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 



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