Dia 7. Pipoca: as longas conversas no telhado noturno
– Obrigado por me tirar de lá – Kyungsoo agradeceu, esticando as costas ao se espreguiçar.
– Afinal você conseguiu ganhar um pouco de peso – Baekhyun sorriu – A médica falou pra considerar essa saída uma recompensa. Agora você só precisa continuar assim, Dyo.
– Vou fazer o possível.
Kyungsoo olhou para o céu estrelado, se aconchegando nos braços do outro. Estavam no telhado da casa dos Byun, assistindo as estrelas como costumavam fazer quando eram adolescentes.
– É tão bom estar aqui de volta – o Do comentou, abraçando Baekhyun mais forte – Respirar o ar puro da noite, sentir o seu corpo aquecendo o meu…
– Só está faltando uma coisa – o outro puxou um pacote com pipocas amanteigadas que repousava ao lado dos cobertores – Dessa vez eu não queimei.
— Milagre.
– Você fala como se não tivesse explodido meu microondas ano passado — retrucou sério, causando algumas risadas por parte de Kyungsoo.
Baekhyun ofereceu o pacote ao namorado, este que hesitou um pouco antes de pegar algumas pipocas e comer-las, sem qualquer careta presente no rosto. O Byun sorriu animado, também comendo algumas com as mãos gulosas cheias do alimento.
– Tá bom? – perguntou depois de algum tempo.
– Uhum – Kyungsoo balançou a cabeça, logo se inclinando e deixando um selar salgado nos lábios do outro.
Baekhyun sorriu em meio ao ato, logo aprofundando aquele encostar de lábios para um beijo mais intenso ao puxa-lo pela nunca em sua direção, entrelaçando os dedos nos fios ralos e macios do outro que se arrepiou.
Distanciaram os lábios, ficando em uma posição que pudessem olhar diretamente um para o rosto do outro. Baekhyun estendeu a mão, acariciando a pele do rosto de Kyungsoo e gravando cada detalhe, desde os olhos negros profundos até os lábios volumosos, vermelhinhos pelo beijo.
– Você é tão bonito, Dyo – Baekhyun sussurrou, ainda fazendo carinhos com a ponta dos dedos na face tão bela.
— Eu ainda tenho espelhos Baek, não precisa mentir só pra tentar fazer eu me sentir melhor – Kyungsoo afastou a mão do namorado, rolando os olhos impaciente.
– Kyung, você não consegue ver que…
– Você que não vê que eu sou como uma bomba relógio, Baekhyun. Pouco tempo até eu acabar destruindo a mim mesmo. Não quero que você esteja por perto quando isso acontecer.
Baekhyun encarou o outro por alguns segundos, sem saber o que falar tamanha sua incredulidade. Baixou o rosto, lágrimas pesadas escorriam pela face chorosa, lágrimas dolorosas e de puro pesar.
— Eu não entendo, Dyo – falou, tentando conter as lamúrias.
– O que? Por que você tá chorando, Baek? – o mais novo se sentou parcialmente, puxando o namorado para um abraço, querendo reconforta-lo, já se arrependendo por ter dito o que disse.
— Você não consegue enxergar o quanto é bonito. O quanto é especial. Eu não aguento ver você se matando assim aos poucos… é doloroso…
– Você devia parar de tentar, Baek – Kyungsoo o encarou, limpando as lágrimas alheias com as costas da mão — Devia viver a sua vida, deixar a minha para lá. Eu só atraso você, só faço você sofrer por coisas que eu não consigo superar…
– Eu nunca vou deixar você – Baekhyun cortou o outro, falando seriamente – Nunca. Nosso futuro é um ao lado do outro, Kyung. Para sempre.
Kyungsoo concordou com a cabeça, afinal não havia como discordar. Seu lugar era com Byun Baekhyun, mesmo que não conseguisse ver um futuro para si.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.