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História Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 15 dias e um corpo


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


W a l l F o l l o w e r s,

O que será que aconteceu com nosso loirinho?
Vamos descobrir?

B o a L e i t u r a!
LadyNewt

Capítulo 27 - Contagem Regressiva: 15 dias e um corpo


Fanfic / Fanfiction Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 15 dias e um corpo

 

Faltavam apenas três quarteirões para finalmente alcançarem o sinal do celular de Newt. Conforme o prometido, Thomas garantiu o novo recorde mundial entre Nova Iorque e Princeton, chegando ao destino em 1 hora e dois minutos. Tinha certeza que logo seu pai seria contemplado com meia dúzia de multas, fazendo ele perder a mesada por uns dois meses, mas era um risco que estava disposto a correr.

- Quer uma dica? – Ben perguntou solicito, coçando sua nuca ao analisar onde estavam – Estacione seu carro longe. Vamos a pé até o local para não dar bandeira.

- Boa idéia, Ben! – Thomas disse estacionando o carro duas quadra do lugar, um bairro afastado e um tanto quanto sinistro.

Na rua pouquíssimas pessoas vagavam por ali. Benjamin sugeriu se precaverem com alguma "arma" e então buscaram nas caçambas de lixo pelo caminho algo que servisse para se protegerem.

- Que ótimo! Um cabo de vassoura e uma perna de uma cadeira! – o loiro fechou a cara, zombando.

- Pare de debochar Ben. Melhor isso do que nada! Vai saber o que vamos encontrar lá! – Tom tentou parecer positivo.

Mais cinco minutos de caminhada foram suficientes para alcançar o sinal que tanto almejavam. Ele vinha de uma pequena edificação semi abandonada no lado lesta da rua. Os dois congelaram ao notar algo familiar.

- Ai cacete! É o carro da Sonya, Thomas! Olhe!!! – Benjamin falou apontando para uma viela ao lado do prédio.

- Vamos lá checar – o outro sussurrou, andando na ponta dos pés. Eram praticamente Pink e o Cérebro tentando dominar o mundo. Primeiro circundaram o automóvel, espiando pelas janelas. Thomas forçou a maçaneta. Constatação número 1) porta destrancada. Entraram no carro. Prova número 2) a bolsa da loira estava escondida embaixo do banco do motorista. Itém número 3) o celular da garota estava no porta luvas com mil ligações e mensagens perdidas. Fator número 4) o casaco de couro de Newt fora encontrado por Benjamin largado dentro do porta malas. E a prova número 5) havia se tornado a pior de todas elas: uma mancha de sangue nas mangas da jaqueta.

Inevitável. Ben e Thomas entreolharam-se diante daquilo e ambos gelaram. Era um arrepio que percorria a espinha e se expandia para braços e pernas, tornando os pelos do corpo eriçados.

- Tom... – a voz do loiro falhou - Acho melhor chamarmos a polícia...

- Nem fodendo, Benjamin!!! Vou entrar nesse lugar agora! – o justiceiro estufou o peito, pronto para partir em busca do seu loirinho. Ben segurou Thomas pela camiseta e puxou ele de volta para o carro da garota.

- Você tá maluco? – brigou com o amigo - Olha só onde estamos! Tem sangue nesse casaco – esfregou o mesmo na cara de Thomas - É melhor avisarmos as autoridades! – foi mais racional, brigando de frente com o lado emocional e inconsequente do amigo.

- Ben – Tom segurou os ombros do garoto a sua frente, com os olhos vidrados - Eu escutaria você em qualquer outro dia da minha vida, mas esse dia não é hoje, amigo! Eu estou indo. Com ou sem você! – ameaçou.

Thomas saltou do carro sem esperar por uma resposta e passou a analisar a entrada do lugar. Ben, lógico, seguia logo atrás, buscando alguma pista que valesse a pena e espiando para todos os lados na tentativa de observar alguém suspeito. Ele não deixaria Thomas fazer aquilo sozinho. Notou então na lateral do prédio um rastro sobre a terra fofa do jardim. Chamou o moreno e juntos estudaram as pegadas dali.

- Parece que temos 3 sapatos parecidos aqui, mas olha esse rastro fino – apontou para a terra - Parece um sapato de salto alto.. Talvez tenham arrastado Sonya por aqui – Benjamin concluiu.

Seguiram as marcas no chão, que dava direto para a porta dos fundos do edifício. Forçaram a entrada e nada. Estava trancada, óbvio. A frustração era visível no rosto de Tom, mas ele não se deu por vencido. Caminhou mais um pouco, fitando o edifício a sua frente, até ter uma ideia.

- Hey, Ben, aqui! – Thomas sussurrou bem baixinho, entrando numa pequena janela quebrada rente ao chão. O loiro o seguiu com o cenho franzido, repassando seus olhos azuis por todos os cantos.

Tudo lá dentro era o mais puro breu. O cheiro fez o estômago de ambos revirar e a pouca iluminação vinha das janelas encardidas e da lanterna do iPhone. Concluíram que não seria nada fácil buscar pelos dois amigos desaparecidos ali. Não haviam móveis no lugar e tampouco algum sinal de vida, exceto as baratas vagando de um lado para o outro. Arriscando-se, Thomas passou a chamar os amigos com a voz bem baixa e rouca:

- Newt... Sonya...

Insistiu no chamado enquanto caminhava de uma sala para a outra, a passos lentos. Thomas sempre na frente, iluminando o caminho com uma mão e com a outra segurando o cabo de vassoura. Benjamin na retaguarda, astuto e seguro com um pedaço de pau sendo comprimido pelos seus dedos tensos e pulso fechado.

De repente ouviram um gemido abafado ao longe. Thomas fez sinal para Ben ficar quieto e os dois estancaram o corpo no lugar, tentando reconhecer da onde vinha aquele som. Ele sabia que era um dos seus amigos.

- Sonic, é você? – sussurrou mais uma vez clamando pela garota.

- HUUUUMMMMMM! HUUUMMM! HUMMMM!

A voz respondeu inquieta por longos minutos, até que Ben caminhou atrás do som e topou com um corpo no chão, caindo ao lado dele.

- Ai cacete! – protestou apalpando o corpo, sentindo ele quente - Aqui ,Tom! – ele tateou pelo seu celular, mirando a fraca luz na pessoa a sua frente – Sonya! – exclamou chocado ao encontrar a menina.

Em segundos, Thomas já estava abaixado ao lado do corpo dela, retirando a fita adesiva grossa que pousava sobre sua boca em forma de mordaça - Pelo amor de Deus, Sonic! – ele disse abraçando a menina – O que foi que aconteceu? Onde está Newt? Você está bem? Machucaram você? Newt? Cadê o Newt? – perguntou aflito, mal conseguindo controlar a própria respiração.

- E-eu.. n-não... s-sei T-Tom... – Sonya começou a chorar desesperadamente, gaguejando. Era um choro frenético e baixinho, super sentido. Seu rosto e suas roupas estavam sujas de terra e tinham pequenas manchas de sangue.

Incomodado com o lugar escuro e a possibilidade dos algozes da garota estarem ali escondidos, Ben sugeriu - Eu não quero ser desagradável, mas acho melhor tirarmos ela daqui agora, Thomas!

- Mas precisamos procurar Newt! – o moreno protestou com a voz chorosa, abraçando a garota que agora encontrava-se mais calma, apenas soluçando.

- Leve ela pro carro. Eu checo o prédio – Ben sugeriu, enquanto Thomas o fitava com um olhar perdido – Caramba Tom, tire ela daqui! Eu prometo que vou procurar pelo Newt. Confie em mim. Agora saiam! – ordenou bravo.

Thomas levantou a loira e saíu do breu, alcançando a rua e correndo na direção da sua pick up. Procurou por sua garrafinha de água e hidratou a menina, tentando também limpar o rosto dela com o que restou.

- Shiiiii. Estamos aqui. Fique calma, Sonic! – pediu abraçando ela e ninando seu corpo de um lado para o outro encostado na lataria do carro. Algum tempo depois Ben já estava na companhia deles, balançando negativamente a cabeça 200% frustrado.

- Nenhum sinal do Newt, mas eu achei o celular dele jogado no chão do segundo andar. Vamos dar o fora daqui e chamar a polícia. Por favor, Tom? – fez um careta convincente.

- Você venceu, Benjamin – Thomas disse vencido, discando primeiro para seu pai, pedindo ajuda e explicando todo o calvário da noite passada. Aldo sugeriu que os garotos ficassem em algum café próximo da faculdade de Princeton, até a polícia chegar lá.

Sonya voltou a chorar, dificultando a conversa entre os três. Thomas queria muito saber e investigar o que tinha acontecido, quem tinha feito aquilo e o por quê, mas a garota soluçava sem parar.

- Sonya, tente se acalmar. Você está com a gente agora – Ben a tranquilizou enquanto Thomas buscava duas água, 4 brownies e três cafés no balcão do Starbucks.

- Pronto, beba essa água fresquinha – Thomas sugeriu, sentando-se ao lado deles na mesa – Sente-se mais calma agora, Sonic? – perguntou ao ver a menina virar a água numa única golada - Logo a polícia estará aqui e seus pais já foram avisados pelos meus. Tudo vai ficar bem, Sonic, mas eu preciso saber o que aconteceu ontem a noite. Por favor. Meu coração está doendo demais! – confessou, encarando Benjamin.

- Okay – ela disse se ajeitando no banco, passando as mãos pelos cabelos sujos – Ontem quando saímos da casa do Newt, assim que paramos no primeiro farol, duas motos renderam meu carro e nos obrigaram a abrir a porta. Eu abri... – ela voltou a chorar, se lembrando dos momentos tensos que passou.

- Tudo bem Sonya. Tudo bem. – Ben a abraçava, fazendo carinho na sua cabeça.

- Desculpem-me meninos... – falou fungando o nariz - Nos jogaram para o banco de trás. Eles nos ameaçavam com facas e armas de fogo. Um deles cortou Newt de propósito no braço. Tinha tanto sangue... – levou as mãos no rosto, esfregando os olhos inchados - Mas ele manteve-se firme, tentando me proteger... Por isso estou suja de sangue – disse mostrando sua roupa.

- E ai Sonya? O que aconteceu? – Thomas aflito debruçava-se na mesa, quase engolindo a menina.

- Colocaram um capuz nas nossas cabeças e após rodarmos um tempão, chegamos naquele lugar que vocês me encontraram. Primeiro eles me amarraram. Depois foi a vez de Newt. Nos deixaram em um banheiro escuro por 2 horas mais ou menos. Newt conseguiu se soltar e em seguida me soltou. Havia uma janela, mas era muito alto para saltar. Estávamos encurralados naquele lugar. Tentamos arrombar a porta, sem sucesso. Foi quando um deles abriu e entrou com tudo no banheiro, socando Newt com muita raiva. Não dava para saber quem era. Ele estava com uma máscara preta. Eu tentei tirá-lo de lá, mas não consegui. Ganhei esse olho roxo aqui por isso – disse colocando a mão sobre o olho machucados.

- Eu sinto muito, Sonya. De verdade – Thomas falou fazendo um carinho no rosto dela.

- Você é tão carinhoso Thomas... – ela sorriu para o moreno, revelando em seguida – Assim como Newt. Ele estava destruído, com o rosto ensanguentado, mas mesmo assim, após o cara nos trancar lá de novo, ele manteve-se muito preocupado comigo. Eu só chorava. Estava descontrolada e com medo de morrer... ou acontecer alguma coisa pior comigo, sei lá! Ouvíamos as ameaças do lado de fora, que era para eu fechar minha matraca se não eu iria morrer. Mas eu não conseguia me controlar... Você tem que prometer que não vai brigar com ele, Thomas! Você tem que jurar pra mim que não vai ficar bravo com ele! – ela voltou a soluçar e lavar a mesa com suas lágrimas desesperadas.

- O que ele fez, Sonya? – o morenos perguntou com a voz embargada, meio nauseado – O QUE ELE FEZ? – gritou bravo, dando um murro na mesa.

- Hey, calma ai, bonitão! – Ben pediu, segurando o pulso serrado do amigo, lançando um olhar de reprovação.

Sonya suspirou e prosseguiu - Ele me fez prometer contar isso pra você. Ele queria que você soubesse, porque entre vocês dois não existem segredos nem mentiras – um nó apertou o peito e sufocou a garganta de Thomas - Foi isso que ele me garantiu... Tom, desculpe... Eu estava dando o maior piti, eu ia morrer, os caras estavam putos com meus berros, um deles disse que me estupraria... e então, Newt me beijou.

Thomas ficou mudo. Era como se tivesse levado uma porrada na cara, na garganta e principalmente no peito. Ben mordia os lábios e batia os dedos apressados na mesa, esperando a terceira guerra mundial estourar bem na sua frente. Ele sabia que seu amigo morria de ciúmes da garota e agora que Newt havia beijado ela por uma nobre causa, esperava que ao menos a consciência de Thomas soubesse lidar com aquilo.

- Resolveu o problema pelo menos? – Ben deixou escapar para quebrar o silêncio mortal, meio irônico e sorrindo.

- Sim... – saiu como um sussurro, enquanto ela buscava pela mão de Thomas sobre a mesa – Me perdoe, Tom. A culpa foi minha. Ele só estava tentando me ajudar – falou triste, sendo completamente sincera nas suas palavras – Eu... Eu nunca ia atrapalhar o sentimento de vocês. Nunca! – limpou delicadamente as lágrimas que desciam sem permissão pela maçã do rosto de Thomas.

- Apesar de não ter gostado nenhum pouco de saber disso, eu entendo o que ele fez. O que mais aconteceu? – voltou a ficar sério, sentindo seu coração em pedaços dentro do peito. Sonya era linda. Disso ele sabia. Newt era perfeito. Isso era óbvio. O que incomodava realmente Tom era a falta de certeza sobre o que Newt sentia em relação a garota. Rezava para ser somente um carinho normal entre amigos. Talvez Newt seja bi? Foi a resposta plausível para a tempestade em sua cabeça. Ou talvez ele não saiba o que quer? Veio a questão difícil de se resolver. Mas que caralho! Eu amo esse filho da puta! Concluiu, voltando sua atenção para a menina e sua boca falante.

- ... Algum tempo depois arrastaram ele para fora do banheiro e desde então eu não o vi mais – suspirou, mordiscando o brownie a sua frente - Apenas escutei ele levar mais uma surra feia, mas ai os gritos de Newt sessaram... e me arrastaram para o quarto onde vocês me encontraram. Tom... – lançou um olhar preocupante ao moreno, envolvendo ele com o brilho fraco dos seus olhos cansados – Alguma coisa muito ruim aconteceu – Thomas endureceu seu corpo na cadeira, hiperventilando as narinas. Ben ofereceu um meio sorriso ao amigo quando Sonya prosseguiu - Lembro de uma das vozes praguejar com fúria após enfiar um soco na porta do lugar onde estava:  "É hoje que nós vamos matar você, loirinho". 

 


Notas Finais


OMG! OMG! OMG!


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