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História Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 14 dias e novas infos sobre o caso


Escrita por: LadyNewt

Capítulo 28 - Contagem Regressiva: 14 dias e novas infos sobre o caso


Fanfic / Fanfiction Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 14 dias e novas infos sobre o caso

"Sometimes you don't realize your own strength until you come face to face with your greatest weakness"

 

A polícia já estava no Starbucks e havia mandado uma viatura averiguar o local onde os meninos encontraram Sonya. O correto era levar todo mundo para a delegacia mais próxima e então foi isso que fizeram. Todo mundo no camburão, como delinquentes, para uma deliciosa sessão de interrogatório pela frente.

O delegado fez questão de comunicar as famílias pelo telefone e uma hora depois Liza e Aldo já estavam lá com a mãe de Ben e os pais de Sonya.

O Sr. Sangster fora igualmente avisado, porém não demonstrou interesse algum no caso, restando a mãe de Newt a tarefa de se importar ao menos 5% com o desaparecimento do filho.

No interrogatório separado, Sonya contou toda versão da sua estória, que ia desde a briga com Gally no quarto de Newt, a ameaça dele, o sequestro na rua e as horas de desespero no prédio abandonado. Ben apenas disse que ajudou Thomas a encontrar o amigo, que não apareceu na festa na hora combinada.

Já Thomas desembestou a falar e falar por horas, dando detalhes da relação dele com Newt, da vida do garoto e sua família conturbada e inclusive comentou sobre a ameaça de Zart ouvida no banheiro do ginásio de natação, fazendo o escrivão anotar cada detalhe com muita atenção.

Com estes fatos, o delegado resolveu intimar Zart e Gally para depor, dispensando os três adolescentes, garantindo as famílias que as buscas por Newt já haviam iniciado.

No restante do dia Thomas ficou choroso em seu quarto, dispensando toda e qualquer comida ou atenção que seus pais tentavam lhe dar. Não tirava da cabeça o fato de Newt ter beijado Sonya, mas o que mais lhe incomodava era o fato dele mesmo ainda não ter dito a verdade sobre seu ex namorado... e agora Newt estava desaparecido, dificultando tudo ao moreno.

Batendo na porta do quarto, Liza abriu-a lentamente para falar com o filho:

- Tom, Minho está aqui. Ele quer conversar com você, filho. Disse que não atendeu as ligações dele desde que chegou em casa.

- Não quero falar com ninguém... – balbuciou enrolado em seu edredon, em posição fetal, ouvindo Adele nos fones de ouvido.

- As coisas não funcionam assim, Thomas! – Liza puxou os fones, sentando-se ao lado do garoto - Minho é seu amigo e está preocupado com você, assim como você está preocupado com Newt! Vou pedir para ele entrar – falou num tom imponente, porém carinhoso. Deu um beijo demorado na testa do filho e saiu em busca do asiático.

Minho entrou no quarto e a Sra. O'Brien finalmente trancou a porta.

- Fala aí, Thomas... tudo bem? – tentou quebrar o clima com uma pergunta idiota. Era óbvio que não estava nada bem.

- Pareço que estou bem? Tenho cara de que estou bem? – o garoto rebateu irritado.

- Vejo que trocou a ferradura! Vai ser uma delícia conversar com você! – deu de ombros, um pouco chateado.

- Desculpe Minho! – Tom tirou os fones e ajeitou seu corpo na cama - Estou apavorado com tudo isso que aconteceu. Não vou me perdoar nunca se algo acontecer com Newt... Eu... Eu amo tanto ele... – Minho mordeu o canto da boca, pensativo. Era a primeira vez que via seu melhor amigo dizer que amava alguém e esse alguém era outro cara. Nada contra. Mas realmente não sabia como lidar com aquela situação. Resolveu então mudar de assunto, trazendo algo novo a tona.

- ARRRGGHHH! – deu um grito alto, assustando Thomas - Tenho uma coisa pra te contar. Você. Não. Vai. Acreditar!!! – o asiático disse com uma cara péssima, fazendo Thomas o encarar desconfiado.

- Pelo amor de Deus, o que foi Minho? O que você sabe? O que aconteceu? Me fala! Me fala! Me fala logoooo! – saltou da cama e segurou com força o braço do amigo, dando trancos nele. Francamente, aquarianos são péssimos para aguentar segundos quando alguém diz "Tenho uma coisa para te contar". Experimente fazer isso pelo telefone e deixar o assunto para o dia seguinte. Eles. Não. Sobrevivem. Fato!

- Ontem quando vocês foram embora, eu fiquei na festa com a Brenda zanzando e namorando. Zart estava lá com Gally, Alby, Winston e mais uma penca de gente estranha. Fiquei de olho neles por você, sabe... Lá pelas tantas tive que ir no banheiro mijar, mas o lavabo do jardim estava ocupado. Então entrei na casa e procurei um que estivesse livre. Subi as escadas e ouvi umas risadinhas. Você me conhece e sabe que sou curioso pra cacete... – disse envergonhado, fazendo uma careta.

- E aí Minho, desembucha logo porra! – o amigo pediu aflito, arregalando seus olhos castanhos, agora em fendas.

- Eu... Ai, cacete – titubeou na fala, com medo da reação do garoto - Eu vi Teresa e Zart juntos. Ouvi ele dizer algo como "Essa festa foi o álibi perfeito" e depois ele deu um beijo nela. Na boca. Com língua e tudo!!!! – lançou as mãos para o alto, chocado.

- O QUE? – Thomas gritou descompassado – Ela traiu a gente?!

- Primeiro ela traiu Ben, né? Depois a gente! – concluiu o esperto.

- Precisamos contar isso para a polícia! Foi Zart! Ele deve ter pago alguém para dar um susto em Newt! E agora tudo saiu fora do controle e eles podem mata-lo! Igual aquele filme Alpha Dog! Puta merda! É o Alpha Dog! O filme! Zart é Justin Timberlake! – o moreno viajou nas especulações sobre o enredo verídico do filme.

- Por que não falamos com a Teresa primeiro? – sugeriu inocente.

- Eu quero que a Teresa se foda, Minho! – disse saltando da cama e correndo contar a nova descoberta aos pais, ignorando o asiático por completo.

*****

Após as novas revelações, o delegado decidiu averiguar as informações sobre o caso. Gally era interrogado em uma sala no canto leste da delegacia ao mesmo tempo que Zart negava todos os fatos na sala ao lado, com a maior cara de santo do cacete.

Já era noite e faziam 24 horas que Newt havia desaparecido. Thomas aguardava na delegacia ao lado do pai, que não conseguiu convencer o filho a sair dali. Assim que Teresa chegou para prestar depoimento, o moreno saltou em cima dela, causando um alvoroço na recepção.

- Sua traidora! Você nos traiu! Falsa do caralho! – disse chacoalhando o corpo dela, descontando toda sua raiva. Seu rosto estava vermelho, faltando segundos para entrar numa crise de raiva.

- Não faço ideia do que está falando, Tom! – disse dissimulada, tentando se esquivar das investidas do moreno – Eu apenas dei uma festa em casa e fiquei lá o tempo todo. Não tenho nada a ver com o desaparecimento do Newtie.

- Se algo acontecer com ele eu juro que você vai apodrecer na cadeia, sua piranha traíra! – gritou bravo, fazendo Aldo segurá-lo pela gola da jaqueta.

Chorando, Teresa tentou se justificar – Você acha que eu faria algo contra ele? Acha mesmo, Thomas? Você não me conhece!

- Justamente por isso! Eu não te conheço. Pose de santa, faz cú doce para o Ben e beijou outro enquanto ele estava comigo atrás do Newt! – cuspiu com raiva, tentando livrar-se dos braços do pai.

- Teresa, por favor, sugiro não conversar mais com este garoto. Vamos deixar que a polícia cuide disso no seu depoimento – disse o advogado dela, cortando a discussão.

A menina então foi logo encaminhada para depor, deixando Thomas muito puto do lado de fora da sala. Bravo, seu pai o repreendeu, literalmente puxando sua orelha:

- Thomas, você precisa se acalmar! – Aldo pediu direcionando o garoto de volta para o lugar – Deste jeito vão nos expulsar daqui! E aposto que você não quer isso, então feche essa sua matraca, pelo amor de Deus!

Thomas voltou a ficar bicudo, cruzando os braços a espera de informações. Duas horas depois Ben já sabia da armação de Teresa e estava tão chocado quanto Thomas. Suas palavras exatas na mensagem foram: AQUELA VACA FILHA DE UMA PUTA! – 20h30min

Os dois mantiveram contato pelo whatsapp o dia todo, tentando resolver o caso por conta própria. No fundo Benjamin estava bem chateado com Teresa, já que ele realmente gostava da morena e estava disposto enfrentar o mundo por ela.

Eu disse vaca, mas era uma vaca gostosa para caralho – 20h34min – Benjamin lamentou, tentando alegrar o amigo emburrado do outro lado do telefone.

Não entendo o motivo dela ter feito isso conosco e principalmente com você. Chegou a falar com ela? – 20h35min – Thomas questionou curioso.

NOPE! Não falei com ela. Ela me ligou, mas ignorei suas ligações – 20h35min

Tá rolando algo estranho aqui cara!!!! Já falo com vc, Ben! – 20h36min

Uma movimentação repentina agitou a delegacia, o que fez com que Thomas desviasse sua atenção do aparelho e da conversa com o loiro dominado de amargura. Policiais saíram em disparada nas viaturas e notou o delegado caminhando até eles.

- Encontraram uma pessoa com a descrição do garoto desaparecido. Os policiais estão indo com a mãe dele checar a identidade – informou.

- Mas tipo, encontraram um corpo? – Thomas perguntou com os olhos cheios de lágrimas.

- Me desculpe, não sei esta informação. Mas se quiserem checar, o hospital em referencia é o Mount Sinai. Se me dão licença, preciso finalizar os interrogatórios – falou o delegado mal humorado, saindo em seguida.

- Pai? – Thomas chamou, já direcionando-se para a saída – Pai? – insistiu mais uma vez com o Sr. O'Brien – PAI! – finalmente gritou, fazendo Aldo se posicionar.

- Acho melhor irmos para a casa Tom – voz pacifica, temendo a reação do filho.

- Qual é pai? Irmos para casa? Você só pode estar me gozando! – sibilou bravo.

- Sua mãe deve estar preocupada e...

- E o que? Vai me deixar ansioso sem saber se é ele mesmo? Se é só um corpo, sem saber se meu namorado morreu?! – protestou, lançando as mãos na cabeça, esfregando os olhos já cheios de lágrimas.

- Agora ele é seu namorado, Thomas? – Aldo perguntou com os olhos arregalados e um risinho bobo de canto de boca.

- Ainda não! Mas vai ser! E ponto. Se não me levar agora vou fugir de casa e ir correndo para o hospital. Você me conhece! – advertiu, olhando para os próprios pés.

- Adoro essa sua sinceridade filho, por isso vou te levar logo antes que me cause mais problemas! Mas não diga nada a sua mãe. Ela está irritada com a quantidade de problemas que Newt atraí. – confessou – Ela... ela não quer mais que você ande com ele.

- Por que você sempre me pede para esconder coisas dela? É um absurdo isso. Ela não pode mandar em mim! – balbuciou como um bebê chorão.

- Porque sua mãe se preocupa demais com você, filho! Por mim já teria te emancipado há anos! Você é como eu, tem o espírito livre e é questionador. Não posso aprisioná-lo como um passarinho na gaiola, embora saiba que sua mãe deseje fazer isso com muito amor! Você sempre será o bebê dela...

Pulando no colo do pai, o moreno anunciou:

- É por isso que eu te amo, pai! O senhor me entende. Mas agora vamos, por favor? – sorriu saltando suas covinhas encantadoras perdidas no meio daquelas bochechas rosadas – Depois eu converso com a mamãe e faço ela mudar de ideia sobre Newt. Ele é simplesmente a pessoa mais incrível do mundo! Por isso me apaixonei! – sorriu envergonhado, puxando o pai para fora da delegacia.

*****

No hospital, informações trocadas e nada de concreto até então havia pairado na recepção onde eles aguardavam noticias sobre o tal garoto que tinha dado entrada lá. Garoto ou corpo. Que seja! Thomas rezava para um garoto. O Sr. O'Brien suspeitava corpo, mas guardou seus devaneios para si, já preparando uma maneira de consolar o filho esperançoso na sala de espera.

Batendo os pés no chão, roendo as unhas e trocando de posição a cada 7 segundos, Thomas avistou ao fundo uma senhora esbaforida, que havia reconhecido na delegacia. Isso! Devia ser ela! A mãe de Newt!

Fez um bico para o lado esquerdo, levantou-se disfarçadamente e foi se afastando do pai como quem não quer nada, anunciando que ia no banheiro - a desculpa mais antiga da face da terra quando algum adolescente desejava aprontar alguma coisa.

Seguiu a mulher por diversos corredores, até vê-la entrando num quarto da terapia semi intensiva. Ela custava a sair de lá, então concluiu que muito provavelmente Newt estava naquele lugar também. O seu coração respirou um pouco mais aliviado, mas a carga toda só sairia assim que confirmasse aquela suspeita. Ele precisava entrar lá.

Nunca voltaria de mãos vazias até a sala de espera, então respirou fundo, criou coragem, tomou impulso e foi. Entrou como um rojão no apartamento, assustando a senhora sentada ao lado da cama.

- Meu Deus, que susto! – ela disse enrijecendo o corpo.

- Desculpe, Senhora?

- Anastácia Watters – estendeu a mão para cumprimentá-lo.

- Thomas, muito prazer, sou amigo de... – foi ai que ele se deu conta que ainda não tinha olhado para o corpo inerte na cama, com fios ligados por todos os lados, uma tala no braço e hematomas grotescos pelo rosto.

Era Newt. Reconheceria aquele corpo frágil nem que estivesse em puro estado de decomposição. Não conteve as lágrimas, aproximando-se da cama. Tocou a mão fria dele com cuidado, fazendo um leve carinho.

- Eu sinto muito, Newt... – sussurrou. Alisou onde tocava, encarando em seguida a mãe dele – O que aconteceu?

- Encontraram Newtie desacordado dentro de uma van abandonada perto do rio Hudson. Meu Deus, ele podia ter morrido... – ela deixou cair uma discreta lágrima pelos olhos, enxugando a mesma apressada.

O Sr. Sangester tinha razão. Newt era a cara da mãe. Olhos, boca, nariz, estrutura óssea, cabelos, igualmente charmoso e delicado. Estava explicado o acesso de raiva do homem que sempre tratava o filho com raiva.

- Qual é o estado dele? – Thomas estava curioso e com medo de sua pergunta.

- Está sedado. Ficará em observação alguns dias. Luxou o braço e o tornozelo... fora esses hematomas horríveis e cortes pelo corpo. O médico disse que ele resistiu bravamente.

- Eu mato o filha da puta que fez isso com ele – deixou escapar pela bocona descontrolada de ódio, fazendo Anastácia sorrir com tamanha proteção.

- Obrigada Thomas, mas a polícia já está cuidando disso. Agradeço a preocupação com meu filho. Não sabia que Newt tinha bons amigos como você.

Thomas devolveu o sorriso. Ele era um bom amigo. Na verdade era bem mais que isso, mas não era o caso revelar a ela. Não por hora. Chega de emoções por um dia.

- Eu lamento tanto tê-lo abandonado... – ela suspirou, abaixando a cabeça. Estava sentada nos pés da cama, tocando o corpo inerte do garoto.

- Então não o abandone mais, Anastásia! Não me importa o motivo porque o fez. Apenas olhe para sua frente – apontou para o corpo adormecido do loiro - Newt é real. Você deu vida a ele. Ele sofre todos os dias por sua causa. Você sabia que seu ex marido bate nele todas as noites desde que você deixou sua família para trás? – disse com cautela.

- Thomas, eu... – ela suspirou, mas o moreno não deixou a mãe do amigo concluir a frase.

- Vai me dizer que não sabia?! Qual é! Você sabia disso e virou as costas para seu filho, arranjando uma outra família melhor pra você! Ele é tão importante assim que olhe ao redor: nem seu ex e nem Gally estão aqui para ampará-lo! E ele aguentou todos os malditos dias da sua vida toda essa pressão e maus tratos calado, com medo de denunciar o pai. E quer saber? Tenho certeza absoluta que seu filho mais velho está metido nisso! E eu vou rir da cara dele quando ele finalmente estiver atrás das grades, pagando por todo o mal que ele ousou fazer para Newt! E por favor, pare de chamá-lo de Newtie como se você se importasse! – cuspiu irritado.

Anastácia permaneceu calada após meia dúzia de verdade, absorvendo as acusações de Thomas. Ele estava quase tendo outro surto psicótico. Precisava se acalmar rapidamente, se não seria capaz de enfiar um murro na cara dela. Foi aí que Tommy levantou-se, encarando o amigo sedado. Seu coração ardeu, mas ele precisava sair dali antes que fizesse alguma besteira. Debruçado na cama sobre o corpo, sussurrou no ouvido do loiro:

- Eu amo você, Newt. Volto logo meu amor. Eu prometo! – finalizou dando um selinho na boca dele antes de ir embora do quarto, sem olhar nos olhos da mulher perplexa a sua frente. Precisava tomar um ar urgentemente.

E que se foda. Beijei mesmo ele na boca! – disse mentalmente para si, serrando os dentes. Que Anastácia tomasse sozinha a porrada que ele havia acabado de dar de graça no fundo da sua alma!



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