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História Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 13, 12, 11 dias entre donuts


Escrita por: LadyNewt

Notas do Autor


W a l l F o l l o w e r s

Hoje fui boazinha e postei dois seguidinhos!
É porque amo vcs!
:)

bjinXX

Capítulo 29 - Contagem Regressiva: 13, 12, 11 dias entre donuts


Fanfic / Fanfiction Wallflowers - Newtmas Fic - Contagem Regressiva: 13, 12, 11 dias entre donuts

"Good night, good night! Parting is such sweet sorrow, that I shall say good night till it be morrow" - William Shakespeare.

 

Newt ficou 3 dias sedado, para só depois os médicos decidirem acordá-lo. Thomas era obrigado a frequentar a escola, mas confessou para o pai que mataria aula todos os dias até seu namorado – ele jurava de pé junto que aquele garoto era seu namorado – acordar.

Teresa, Zart e Gally foram dispensados dos depoimentos por hora, pois o delegado esperava Newt acordar no hospital para recolher maiores informações sobre a noite em que o garoto desapareceu.

Após a aula, Minho e Ben passavam religiosamente no hospital para fazer companhia a Thomas. Os três formaram uma roda em volta da cama de Newt, batendo papo, especulando sobre o sequestro e as vezes até jogando truco, bem baixinho, com medo de atrapalhar o loirinho. Anastácia liberou a entrada deles e fazendo o meio de campo, permitiu que ficassem o dia todo ao lado do filho, ainda desacordado. Tentando compensar o primeiro contato conturbado com Thomas, optou por não tocar no assunto do beijo e toda tarde levava sanduíches, donuts variados e refrigerante aos meninos.

Era por volta das 16 horas e Ben contava seu confronto com Teresa, terça-feira na escola:

- ...Ai ela apareceu na minha frente toda chorosa, e minha vontade era de enfiar a mão na cara daquela traidora. Mas não, Minho tinha que ter me segurado! Asiático de merda! – ouviam-se gargalhadas no ar e nem sinal do loiro acordar.

- Mas e ai? O que ela disse? – Thomas estava curioso com o caso.

- Ela negou tudo, óbvio! – Ben protestou emburrado – Mas terminei com ela mesmo assim. Cara, tive a maior paciência do mundo com a Tess. Eu realmente queria aquela garota pra mim. Não consigo entender o porquê ela fez isso comigo. Conosco na verdade – lamentou abocanhando um donut de chocolate com castanhas picadas em cima – Isso daqui é bom pra porra – falou com a boca cheia.

- Ela deve estar querendo chamar a atenção, é o mínimo! – Minho concluiu, lambendo seus dedos cheios de açúcar de confeiteiro e canela.

- E sua mãe, como está? – Thomas perguntou para o asiático. Encarou a comida enjoado, torcendo o nariz. Seu apetite aparentemente tinha desaparecidos nos últimos dias.

- Está indo Thomas... Ela não está mais reagindo ao tratamento. Não sei mais quantos meses de vida ela tem... ou dias – deixou escapar uma lágrimas daqueles olhos puxados.

- Eu sinto muito, Minho! – Thomas lamentou abraçando com força o amigo, até serrar os olhos e comprimir as bochechas. Abraçar Minho era bom demais. O outro retribuiu, entrelaçando seus braços em volta do torso do moreno, suspirando.

- Será que você pode soltar meu Tommy? – a voz saiu rouca, do corpo inerte na cama de hospital.

- NEWT! – ambos gritaram eufóricos ao constatar que o loiro havia finalmente acordado da sedação.

Thomas empurrava Ben, que empurrava Minho, que empurrava Thomas, que se empurravam juntos e misturados, tudo ao mesmo tempo. Tudo isso só para saber quem seria o primeiro a abraçar o loiro.

- Sei que sou gostoso, façam fila, por favor! – deixou escapar uma risada fraquinha, até ganhar o primeiro abraço de Thomas, que tomou um super cuidado para não machuca-lo.

- Meu Deus, Newt! Nem acredito que acordou! Nem acredito que está bem! – Thomas alisava o rosto do garoto, dando beijinhos em suas bochechas. Benjamin fez barulho de vômito, zombando do casalzinho.

- Bem, bem, eu não estou – apontou para o braço machucado - Mas fico feliz em estar de volta! – sorriu empolgado, analisando a bagunça que o trio tinha feito no seu quarto.

- Não me olhe assim – Tommy sibilou – Foi ideia da sua mãe trazer esse monte de comida e montar o clube da Luluzinha no seu quarto.

- Ela é muito legal! – Minho divagou, devorando o último donut da caixa – Você não vai querer isso daqui, né? – o asiático cuspiu no ar metade da massa branca ao perguntar aquilo.

- Não, Minho – Newt negou com a cabeça – Pode comer tudo sozinho.

- Transar com a Brenda da fome!!!! – confessou, fazendo Tom, Newt e Benjamin rirem da sinceridade do garoto.

O restante da tarde os quatro conversaram a respeito da noite do sequestro e Newt deu detalhes das maldades que fora submetido diante daqueles monstros.

- Os caras eram uns animais. Quando enfiaram um soco na cara da Sonic, deu muita vontade de matar eles, mas pelo visto, como podem ver, eu me fodi, né? – apontou para o braço machucado – Depois que trancaram ela, levei tanta porrada na cara, que apaguei. Acho que depois me levaram na Van e largaram meu corpo lá, perto do Hudson, achando que eu estivesse morto – Newt concluiu, ajustando seu corpo na cama, incomodado com os hematomas.

A policia já estava a caminho para colher o depoimento dele, então Minho e Ben acharam melhor deixar Thomas e o loirinho sozinhos para poderem conversar com mais privacidade antes do delegado chegar. Eles precisavam de um tempo juntos.

Thomas sentou-se na beirada da cama, lançando um olhar convidativo. Estava com um sorriso bobo no rosto, entorpecido pelo garoto a sua frente. Apoiou a cabeça entre a palma da mão, suspirando.

- Mesmo todo fodido você continua lindo!

- To começando a achar que você tem uma tara por caras destruídos, Tommy. Se minha vida não der certo, posso virar figurante em Walking Dead! – brincou.

- Hahahaha, seu bobo! Tenho uma tara por você, isso sim Newt! – confessou o que não era nem mais novidade na vida - Ah, antes que eu me esqueça... sua mãe veio aqui e ficou um bom tempo ao seu lado enquanto dormia – revelou.

- SÉRIO MESMO? – o loiro perguntou incrédulo, cheio de esperança nos olhos.

- Isso mesmo. Conversei um pouco com ela. Mas acho que ela me odeia! – riu fraquinho, corando o rosto.

- Impossível alguém te odiar, Tommy! – Newt garantiu ao amigo – Você é simplesmente...

- Delicioso? – Thomas sugeriu.

- Eu ia dizer encantador, gentil, cavalheiro... Não pretendia dizer para minha mãe que era delicioso. Apesar de concordar com esse adjetivo em gênero, número e grau!

- Preciso me desculpar com você e com ela – o moreno balbuciou como um passarinho na gaiola – Eu... Não me segurei – ele abaixou a cabeça, se sentindo um pouco culpado.

- Maldição! O que você fez, Thomas? – o loiro arregalou os olhos, tentando se ajeitar na cama.

- Além de te beijar na frente dela? Bem, dei um puxão de orelha por ela ter te abandonado todos estes anos. Ela disse ao menos que lamentava por tudo... – deu de ombros, observando a expressão do loiro.

- Você? Você o que, Tommy? Você me beijou na frente da minha mãe?

- Sim, beijei. Algum problema? Você é meu namorado, ora bolas! – dissimulou, expondo sua cara dissimulada.

- Sou o que? – Newt deu o risinho cretino que Thomas tanto amava.

- MEU NA-MO-RA-DO – disse pausadamente cada sílaba, na intenção que o garoto entendesse bem o recado - NAMORADO Newt!

- E desde quando? – se fez de sonso.

- Desde quando eu decidi – o outro falou cínico, entrando no jogo.

- Ah tá! Claro! Você decidiu e nem me perguntou a respeito disso! – brincou.

- Estou perguntando agora então Newt: você quer namorar comigo? – questionou segurando as mãos frias do loiro.

- Como você é clichê Tommy...

- Sim ou não, Newt? – perguntou tenso e impaciente, morrendo de medo de levar um não na cara. Nunca estaria preparado para aquilo e se acontecesse, provavelmente morreria sufocado na própria dor, agonia e drama.

- O que você acha, sua foca retardada?! É claro que sim! Mas... – levantou o dedo, advertindo.

- Puta merda, blondie! Sempre tem um mas...

- Preciso te contar uma coisa antes. E é importante – Newt disse meio tenso, franzindo a sobrancelha.

- Acho que já sei o que é e eu te perdoo – vômitou rápido da boca pra fora - Sonya nos contou. É sobre o beijo de vocês, não?

- Sim, Tommy. Desculpe se magoei você. Ela estava desesperada. Foi só no que consegui pensar para calar aquela boca dela e tentar acalmá-la. Eles com certeza iam dar um tiro naquela matraca.

- Quer saber? Não foi fácil ouvir sobre isso, mas entendo a gravidade da situação, porém a partir de hoje você e ela estão proibidos de ficar sozinhos no mesmo recinto por mais de 30 segundos! Aquela lacraia loira quer roubar você de mim... – Newt riu, mas não escondeu a preocupação.

- Como ela está, Tommy? Fiquei seriamente preocupado com ela.

- Sonic ficou bem abalada. Ela até mandou uma mensagem pedindo desculpas por não vir aqui te ver. Soube que ela também não tem ido a escola.

- Como assim "também"? Andou matando aula por minha causa?

- Claro que sim, loirinho. Poxa, eu estava preocupado com você... porque... eu...

- Por quê? – Newt encarou Thomas, mordendo os lábios inferiores, esperando sua resposta.

- Porque eu te amo, Newt – disse debruçando-se na cama e beijando o loiro com carinho – Eu morreria se algo acontecesse com você. Nunca vou deixar nada nem ninguém te machucar. NUNCA!

Ouviram a maçaneta da porta girando e rapidamente soltaram seus corpos, fazendo Thomas pular da cama. Era o delegado que viera colher o depoimento do garoto e finalmente, Anastácia. Os olhos de Newt transbordaram em lágrimas ao encontrar com a mãe após tanto tempo. Tommy afastou-se um pouco, observando a cena. Os dois ficaram longos minutos abraçados, fungando um no pescoço do outro, entre promessa de amor eterno e nunca mais deixá-lo sozinho nas mãos do Sr. Sangster. Isso de uma certa maneira apavorou Thomas. Sabia que ela não morava em Nova Iorque e temia a possibilidade de Anastácia querer levar Newt embora com ela, seja lá onde for. Feliz por Newt, mas triste pelo seu egoísmo.

Depois de alguns bons minutos naquela lenga, lenga, infelizmente dispensaram a presença de Thomas, alegando que as informações compartilhadas a partir daquele ponto eram sigilosas para a investigação.

- Onde pensa que vai? – Newt protestou quando O'Brien deu as costas pra sair de fininho do quarto.

- Bateu a cabeça, ficou sequelado e surdo? Não ouviu o que o delegado Garcia disse? Eu tenho que ir embora – fez um bico engraçado com a boca.

- Eu entendi que tem que ir embora, mas como se atreve a ir embora sem se despedir de mim? – questionou, deixando Anastácia curiosa, igualmente o delegado.

Meio sem graça, meio sem jeito, Tom caminhou lentamente até o leito do garoto e contemplou-o com um beijo rápido na bochecha. Rindo, Newt segurou o pulso do moreno, antes que ele cogitasse afastar o corpo de cima dele.

- Na boca! – ordenou, fazendo Thomas arregalar os olhos e engolir a seco – É sério. Sinto seu cheiro a centímetros de mim e vai embora assim, do nada, com esse beijinho xexelento?

Balançando a cabeça e esforçando-se para esquecer que a mãe do outro estava olhando tudo, o moreno então cedeu ao pedido, aproximando-se lentamente dos lábios de Newt. Primeiro deu um selinho calmo, sentindo a carne macia e ainda machucada ali. Depois Newt passou a abrir os lábios, dando passagem a língua de Tommy, que deslizou para dentro calmamente, captando cada movimento. Elas colidiram, dançando juntas o mesmo ritmo regular, fazendo Sangster gemer baixinho contra a boca de O'Brien. Um simples beijo foi capaz de deixa-los arrepiados e sim, ambos de pau duro.

- Te vejo em breve! – Thomas sibilou ainda entre os lábios de Newt, finalizando o beijo com um selinho estalado.

- Uma delícia esse meu namorado! – Newt brincou com a mãe assim que O'Brien saiu do quarto, deixando-a rubra de vergonha.

Enquanto caminhava pelos corredores do hospital, sendo obrigado a ir embora para casa, Thomas agradeceu por ser tão sortudo. Largar o loirinho não era fácil, doía o peito e faltava ar nos pulmões, mas desta vez Tom iria embora feliz, pois Newt estava vivo, bem e agora era oficialmente seu namorado.

- Meu namorado... – suspirou encarando o céu incrivelmente azulado naquele restinho de tarde, enquanto caminhava até seu carro, com as mãos no bolso e tragando o ar fresco da área do estacionamento.



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