História War Hero - Cravos em minha vida

Tiffany ficou muito abalada depois que saímos da casa dos pais dela, estava inquieta o caminho inteiro, quando chegamos na minha casa, não queria comer e nem conversar, queria apenas ficar deitada abraçada ao meu corpo. Não reclamei, na verdade, entendo o seu estado, eu me sentiria devastada se minha família não me aceitasse como sou, a minha orientação. Nem me lembro se cheguei a conversar com minha mãe sobre minha sexualidade, sempre fui assim desde pequena e naturalmente percebi que gosto de garotas, então um dia, minha mãe perguntou, “tu gosta de mulher, menina?” e eu disse, “Eu?! Eu gosto, por que?”, “ah, nada, sua tia tá me devendo dez conto”, sim, foi exatamente assim quando minha mãe soube ou confirmou o que já sábia, se bem que isso é uma conversa, mas nunca tive que me explicar o porquê sou assim... Enfim, não consegui dormir aquela noite, na verdade, eu consegui por um certo tempo até ouvir a Tiffany chorar, a consolei até fazê-la pegar no sono, porém, não fiz o mesmo, fiquei com medo de que ela acordasse e voltasse a chorar.

No dia seguinte Tiffany parecia outra pessoa, radiante é a palavra para defini-la naquele momento, nada comparado a como ela estava na noite anterior e aquilo me incomodou. Não que eu não queira que ela esteja melhor, mas não vi aquilo como uma “felicidade” e sim algo para cobrir seu estado verdadeiro, ela não estava bem, eu via em seus olhos uma certa tristeza, mas tentei animá-la de verdade e com o passar da manhã passei a ver seus olhinhos brilharem novamente e isso me deixou aliviada.

Fui com a Tiffany levar o Ginger para tosar os seus pelos, eu fiquei tão irritada quando eles trouxeram o meu filho parecendo um cachorro de madame, todo pelado! Nossa, ele ficou todo encolhido e menor do que ele já era, tiraram a virilidade do meu filho! Tiffany achou que ele estava uma graça, ficou o mimando e tudo. Aish... A gota d'agua para mim foi quando chamaram meu filho de cadela, CADELA! Eu vi, EU SENTI meu filho sendo humilhado pelos outros cachorros quando o levei para passear. Tiffany até queria colocar um lacinho nele e se ela estava querendo que eu ficasse irritada, bom, ela conseguiu, quase arranquei um pedaço da almofado do sofá de minha casa de tão frustrada que eu estava. Mas também, a primeira coisa que fiz quando cheguei em casa, foi colocar um moletom em meu cachorro, pelo menos ele não ficaria andando pela casa pelado, literalmente.

Depois do almoço, Tiffany e eu descansamos um pouco antes de levar minha mãe para fazer seus exames semanais. Ficamos lá por mais ou menos uma hora, o médico disse que os resultados sairiam nos próximos dias, mas que não ficássemos preocupados pois ela está bem melhor. Voltamos para casa, tive que ver o coitado do Ginger pelado de novo porque o desgramado destroçou o moletom que coloquei nele, eu deveria ter imaginado, ele nunca gostou de roupas... Terminei de marcar tudo para sair com meus amigos hoje, pela noite e quando deu umas três e meia, saí com a Tiffany para buscar a Hayeon na escola dela, quero levá-la para ver alguns notebooks, o meu que dei a ela já está todo zoado, nem sei como ele ainda funciona.

- Quer que eu vá com você? – Tiffany pergunta assim que para o carro.

- Não, não, é rapidinho. – Digo e lhe dou um selinho. – Já volto. – Saio do carro indo em direção a entrada da escola, a mesma está pouco movimentada já que estamos em época de férias e só os que ficam em dependência possuem aulas. Bom, acho que cheguei cedo, ela não está na frente escola ou talvez eu tenha chegado tarde demais, mas não custa ir lá pra ver. Entro dentro do prédio sendo recebida pelo segurança.

- Olá, posso ajudar Senhor? – O homem pergunta chamando minha atenção.

- Hamm, pode sim, sou irmã da Kim Hayeon. – Digo contendo um riso.

- Ah, me desculpe. – Ele diz um pouco envergonhado, apenas aceno com a cabeça dando um sorriso mostrando que está tudo bem. – A sala da Sra.Davis é no final do segundo corredor à direita. – Ele diz apontando a direção.

- É a sala que a Hayeon estuda? – Pergunto.

- Não, é a da diretora da escola. – Ele diz me deixando confusa. Direção?

- Acont- Ham, obrigada. – Agradeço ao homem me curvando, o mesmo acena retribuindo o movimento. Bom, eu não vou presumir nada antes de saber o que aconteceu... Percorro o caminho que o homem me dissera, chego a uma porta com o nome diretora escrito no vidro fosco da mesma. Bato três vezes.

- Entre. – Escuto a permissão e assim entro na sala, a mulher que aparenta ter lá seus cinquenta anos de idade me percebe e logo ajeita seus óculos. Deve ser a nova diretora, já que dá última vez que vim aqui, era o Sr. Martínez. – Olá.

- Olá, sou irmã da Hayeon. – Lhe aviso, ela me olha pensativa e mais uma vez ajeita seu óculos.

- Certo Srta.Kim, sente-se por favor. – Ela pede apontando para uma das cadeiras a frente de sua mesa. – Então finalmente você veio para conversar sobre sua irmã. – Ela diz me deixando um pouco perdida e decerto preocupada.

- Desculpe, aconteceu alguma coisa? – Pergunto me ajeitando inquieta na cadeira.

- Não sei, é exatamente por isso que solicitei a presença de um dos familiares da Hayeon aqui, Srta.Kim, está acontecendo alguma coisa? – Ela pergunta me olhando séria.

- Pelo que eu saiba não, mas não posso dizer muito, tive que passar um tempo fora.

- Soube que você faz parte do exército. – Ela comenta pegando uma caneta.

- Sim, mas me diga, o que está acontecendo? É sobre o desempenho da minha irmã? Não a culpe, ela se abalou muito com minha partida, dê um tempo a ela-

- Desempenho? Srta.Kim, acho que sua irmã não está sendo tão verdadeira com você assim. – Ela diz me interrompendo, a olho surpresa e confusa.

- Desculpe, eu não entendi. – Digo fazendo-a rir soprado.

- Sabia que sua irmã em três meses, compareceu apenas vinte dias? – Ela pergunta me deixando surpresa.

- Impossível, minha irmã nunca foi de faltar aula. – Digo incrédula.

- Como pode saber? Você mesma disse que sua irmã está abalada e que você ficou um tempo fora, as coisas mudam Kim e estamos preocupados com a Hayeon, não podemos deixar de notar o fato de uma garota exemplar de futuro brilhante ir de uma hora para outra para a lista de alunos menos produtivos da nossa escola. Está entendendo a gravidade da situação Kim? – Ela pergunta me encarando séria, fico a fitando por alguns segundos em silêncio.

- Perfeitamente Sra.Davis, irei conversar com ela, na verdade, eu vim para buscá-la, sabe onde ela está? – Pergunto e mais uma vez ela ri soprado.

- Sua irmã não comparece nas aulas de dependência a duas semanas.

- Oh certo, obrigada mesmo assim. – Digo e me levanto, me reverêncio a ela.

- Nós realmente presamos pela Hayeon, Taeyeon. – Ela diz, assinto em concordância e saio de sua sala. Pego meu celular e ligo para a Hayeon, ela não atende. Vou apressada para o carro da Tiffany, quase não me despeço do segurança.

- Taeyeon? – Tiffany me olha surpresa, entro no carro quase quebrando a porta ao batê-la. – Amor, aconteceu alguma coisa? – Ela pergunta preocupada tocando em meu ombro.

- Eu não sei, eu não sei, eu não sei de nada Tiffany. – Tento ligar para minha irmã mais uma vez e nada. – Merda! – Bato irritada no painel do carro.

- Taeyeon! – Tiffany diz assustada.

- Tiffany, a Hayeon não está indo para escola e ela não quer atender minhas chamadas. – Esbravejo a encarando preocupada, ela me olha surpresa tomando uma expressão séria logo depois, seu olhar vai para frente e parte com o carro. – Tiffany, o que está fazendo?

- Vamos atrás dela já que é assim. – Ela diz intercalando o olhar entre a rua e eu. Não digo nada, apenas assinto. Tento ligar para ela mais uma vez, mas como das outras vezes, nada dela atender. Liguei para os amigos dela, ninguém sabia onde ela estava, liguei para minha mãe, expliquei o que estava acontecendo, ela sabia que Hayeon estava matando aulas, mas não sabia que eram tantas, acabei discutindo com minha mãe, como ela não me contou isso antes?! Meu deus, eu tô cansada disso, cansada de ser a última a saber das coisas, que merda! Fomos em todos os lugares que achamos que a Hayeon poderia estar, nada dela aparecer. Eu já estava começando a ficar preocupada, sentia um certo aperto em meu peito, um pressentimento ruim...

Do nada Tiffany para o carro bruscamente, eu voaria pra longe se não estivesse usando cinto.

- Tiffany, você tá louca?! – Pergunto incrédula.

- Taeyeon. – Ela olha fixamente para frente com uma cara nada boa. Acompanho o olhar de minha namorada, meu coração falha algumas batidas, tiro meu cinto e abro a porta abruptamente. – Taeyeon, você va- Vou em direção de minha irmã sentindo meu sangue ferver.

- Então é isso?! É isso que é estudar pra você, Hayeon?! – Pergunto fora de mim.

- Taeyeon?! O que está fazendo a-

- O que VOCÊ está fazendo aqui Hayeon?! – Esbravejo pegando em seu braço, sinto o cheiro forte de maconha, cigarros, bebidas. -QUE PORRA É ESSA HAYEON?! – Pergunto incrédula e decepcionada ao mesmo tempo.

- C-calma Tae, eu posso explicar! – Ela diz chorando.

- Explicar o que Hayeon?! Isso não tem explicação! – Digo irritada soltando seu braço, olho para seu nariz, na lateral do mesmo existe um tipo de pó branco. – O que é isso no teu nariz Hayeon?! – Pergunto sentido meus olhos marejarem. Não, com minha irmã não!

- I-isso não é nada Tae, eu j-juro!

- PARA DE MENTIR HAYEON! PARA DE DIZER QUE NÃO É NADA, QUE NÃO É O QUE PARECE! EU SOU SUA IRMÃ CARALHO! Meu deus Hayeon, como você faz isso comigo, como você faz isso com a mamãe?! – Pergunto chorando de raiva passando as mãos em meu cabelo.

- Taeyeon, não a trate assim-

- SAI DAQUI TIFFANY, ISSO É ASSUNTO DE FAMÍLIA! – Esbravejo interrompendo minha namorada. – Hayeon, eu fiz de tudo pra te dar uma vida melhor e você faz isso contigo?! Você me decepcionou.

- Eu não pedi pra você me deixar! Foi você que foi embora! – Ela diz também chorando.

- Eu fui porque a gente precisava daquela grana!

- Mentira! Você foi porque estava cansada da gente, da mamãe, de mim! Se você quisesse mesmo nos ajudar, você ficava aqui! Eu fiquei mais de um ano acordando no meio da noite pra ajudar a mamãe a respirar direito, vendo-a ficar horas e horas naquela varanda esperando por notícias suas, sem saber se quer se estava viva! E você quer me julgar?! Você que nos deixou, não eu! – Ela grita e joga uma garrafa de cerveja em minha direção.

- Entre naquele carro, Hayeon. – Digo tentando me recompor, ela continua chorando ao ponto de soluçar, ela está drogada.

- Eu não vou! – Ela diz balançando a cabeça em sinal de negação freneticamente.

- Você vai sim, mesmo que eu tenha q- Me auto interrompo ao perceber a presença de outra pessoa ali. – Você!

- Oi~! – Cherie diz com um sorriso irritante. Fecho minhas mãos em punho ao vê-la, sigo em direção a ela ao mesmo tempo que a vadia se levanta. – Opa, é melhor você não encostar perto! – Ela aponta uma arma para mim, porém, estou próxima o suficiente dela para segurar em seu pulso forçando-o para um lado, levo minha mão livre ao cano de sua pistola forçando-a para o lado contrario e assim a desarmando. A empurro em seguida, levando-a para o chão.

- Sua vadia! Foi você que fez isso com ela não foi?! – Pergunto lhe desferindo vários socos. – Você destruiu a vida da minha irmã!

- Taeyeon, para! – Tiffany tenta me segurar, a empurro. Quando isso vai parar?! Quando eu vou ter sossego?! Minha irmã, a minha pequena, a garotinha que eu fiz de tudo para ter uma vida melhor, agora está usando drogas. Tudo que fiz foi para nada... Eu falhei como irmã, a deixei ir para o caminho errado. – Você vai matar ela! – Sinto algo me empurrar para longe daquela cretina, vejo dois homens tentando levantar a loira, Tiffany vem ao meu encontro. – Vamos embora Taeyeon, por favor! – Ela diz chorando.

- ISSO NÃO VAI FICAR ASSIM TAEYEON! – A vagabunda esbraveja cuspindo sangue em minha direção.

- Tem razão, você vai para a cadeia sua vadia! Vai pagar pelo que fez a minha irmã! – Digo irritada quase partindo para cima dela, ela ri soprado me enchendo de ódio.

- Me solta! – Ela fala exaltada se desvencilhando dos homens. – Pois fala, pode falar, vou adorar a companhia de sua irmã! – Ela diz sarcástica, quase machuco a Tiffany por tentar ir para cima daquela... – Saiba que se você disser alguma coisa para a policia, sua irmã vai junto, porque não obriguei ela a fazer nada, na verdade, ela que veio atrás de mim. – Olho para minha irmã, ela desvia olhar ainda chorando. Respiro fundo e volto a olhar para aquela vagabunda.

- Acho que minha irmã precisa desse choque de realidade. – Digo séria a deixando surpresa.

- Você não vai fazer isso, vai Taeyeon?! – Tiffany pergunta preocupada segurando em meu rosto fazendo com que eu a encare.

- Eu não sei... – Me solto de suas mãos e vou em direção ao carro. – Vamos pra casa, lá a gente conversa Hayeon. – Digo a fitando, ela nega com a cabeça, Tiffany vai até ela e a abraça. – Estou esperando no carro. – Digo ignorando o estado das duas, entro dentro do carro e lá fico esperando até a Hayeon parar com seu showzinho. Não demorou muito e saímos daquele lugar, o silêncio prevaleceu a ida inteira até a nossa casa, eu não me importei, poderia brigar mais ainda com ela e ainda por cima com a Tiffany.

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Estamos saindo do carro, porém, antes de entrarmos em casa, seguro no pulso da Hayeon fazendo-a parar e me encarar, ela ainda chora.

- Está de castigo até eu dizer o contrário, você não sairá por essa porta nem para ficar na calçada, será de casa para escola e escola para casa, não irá mais sair com seus amigos, não terá mais o seu celular, muito menos o notebook e trazer seus amigos para dentro de casa também não será permitido. – Digo séria a deixando incrédula.

- Você não é minha mãe pra me proibir de nada! – Ela diz se soltando brutalmente de minha mão.

- Mas foi eu que te criei! – Esbravejo. Ela fica em silêncio me olhando furiosa e apenas saí correndo para dentro de casa. A acompanho com o olhar e acabo por encarar a Tiffany que me olha desaprovadora. Ignoro-a mais uma vez e vou para dentro de casa. Encontro minha irmã abraçada a minha mãe ainda chorando. – Pode chorar, nada vai adiantar Hayeon. – Digo jogando meu celular no sofá.

- Mãe, n-não deixa ela fazer isso comigo! Eu não queria! – Hayeon começa a se explicar.

- Fazer o quê Hayeon? – Hyuna pergunta segurando em seu rosto passando a me encarar séria.

- Ela quer me colocar em cárcere privado! – Rio alto com sua afirmação.

- É isso ou eu te denuncio Hayeon, você e aquela vadia. – Hayeon aperta a Hyuna chorando ainda mais, apenas ignoro.

- Você não vai fazer nada disso Taeyeon. – Hyuna se levanta autoritária. – Eu que sou a mãe dela aqui, você não vai fazer nada!

- Que ela me desobedeça, apenas me desobedeça e irá ficar um bom tempo na cadeia. – Digo firme.

- VOCÊ É UM MONSTRO! – Hayeon grita.

- Sou? – Rio sarcástica. – Não tá gostando do que estou fazendo? Pensasse nas consequências antes de fazer uma merda dessas! – Esbravejo.

- Taeyeon! – Hyuna me grita.

- VOCÊ NÃO MANDA EM NADA AQUI, EU FAÇO O QUE EU QUISER, VOCÊ NÃO ESTAVA AQUI PARA ME AJUDAR, NÃO ESTAVA AQUI PARA CUIDAR DA MAMÃE! NÃO SEI PORQUE VOLTOU, ESTAVAMOS BEM MELHOR SEM VOCÊ! – Hayeon grita se levantando.

- Já vi que conversar não tá adiantando nada. – Digo me aproximando dela pegando em seu pulso a arrastando para as escadas da casa.

- Taeyeon, o que você vai fazer?! – Hyuna pergunta preocupada indo em minha direção.

- Ai ai! Você tá me machucando! – Hayeon diz, mas a ignoro.

- Taeyeon, solta sua irmã! – Tiffany esbraveja, olho irritada para ela.

- Não se meta Tiffany, ou vai sobrar pra você também. - Digo puxando a Hayeon que se debate até o seu quarto, jogo minha irmã na cama dela e fecho a porta trancando a mesma. Ignoro os gritos da minha mãe e da Tiffany.

- O que você v-vai fazer?! – Hayeon pergunta assustada.

- Te ensinar a respeitar os mais velhos. – Digo tirando meu cinto.

- MÃE! MÃE! MAMÃE! – Hayeon grita desesperada, lhe dou a primeira cintada em sua perna. Ela grita de dor.

- Você vai usar drogas de novo?

- MÃE SOCORRO! E-ELA TA ME- AAH! – Lhe dou mais uma cintada, agora em sua coxa.

- Me responda Hayeon.

- EU TE ODEIO! – Ela diz chorando. Lhe acerto mais duas cintadas, ela tenta se defender e acaba agarrando em seu braço, o mesmo toma uma coloração arroxeada logo de cara.

- Me responda Hayeon.

- P-por f-favor, tá doendo! – Ela implora.

- ME REPONDA HAYEON! – Desfiro mais uma cintada, agora em sua barriga.

- E-eu nunca mais v-v- Ela não termina de falar começando a chorar engasgando em seus próprios soluços.

- Diga Hayeon! – Esbravejo irritada escutando gritos vindo da porta. Lhe bato com a cinta mais uma vez, pegando em sua barriga e braço.

- D-deus, m-me aj-ajuda! – Hayeon sussurra se encolhendo toda. Lhe dou mais três cintadas. Como ela pode?! E tudo que fiz por elas?! Eu perdi minha infância cuidando dessa garota e ela me retribui assim?! Fiz de tudo por ela, me sinto decepcionada... – E-eu não queria, E-eu n-não... – Ela começa a repetir várias e várias vezes, surrando para se mesma. Minha respiração fica descompassada, sinto meu corpo pesar me dando uma forte dor de cabeça. Sento ao seu lado a observando por alguns minutos, ouvindo ela chorar constantemente.

 Que merda eu fiz?! Meu deus, eu bati na minha irmã! Eu bati na minha pequena. Seu corpo está todo vermelho, roxeado, ela chora escondendo ainda mais seu rosto usando os braços. MAIS QUE PORRA! Sinto meus olhos marejarem. Eu sou um monstro, eu surrei a Hayeon! Tento tocá-la mas ela se encolhe toda chorando ainda mais.

- M-me desculpa H-hayeon. – Digo completamente arrependida.

- E-eu te odeio, você não é minha irmã, Ta-taeyeon nunca me bateria... – Paraliso ao ouvir tais palavras. Ela tem razão, eu nunca bateria em minha irmã. No que eu me tornei?! De onde tirei tanto ódio? Eu machuquei quem eu mais quero defender, ou queria... Céus! Que merda eu fiz?! Eu sou horrível! – Qu-quero a m-minha irmã de volta. – Ela murmura entre soluços. Me levanto da cama caminhando atordoada até a porta, abro a mesma encontrando a Tiffany e minha mãe chorando. Hyuna me olha irritada e me desfere um tapa logo me empurrando para o lado indo até a Hayeon. Tiffany também me encara, assustada e irritada ela balança a cabeça em sinal de negação. Tiffany mais nada diz e entra dentro do quarto esbarrando o ombro em mim.

Saio do quarto de minha pequena me escorando na parede, logo me sento no chão escondendo meu rosto entre minhas pernas passando a chorar como nunca chorei antes. Um choro silencioso e desgostoso comigo mesma, pelo que fiz a minha irmã. Ela nunca vai me perdoar, eu não vou me perdoar.

A que ponto eu cheguei?