História War of harmones - Sem calcinhas

-NÃO- o empurro com um pouco de força mas ele nem se move me dando a impressão de que eu N tenha colocado a minha força total como eu imaginei-De a minha bolsa eu realmente preciso dela.-disse de cabeça baixa iniciando um choro pelo  meu desespero 

O ruivo levantou a minha cabeça com a sua mão e me deu um selar na testa e afagou meus cabelos 

-Não vamos lhe devolver nada sua babaca-ele disse ríspido me soltando logo em seguida, comecei a chorar mais ainda

-Eu-eu não entendo o-o porque de vocês es-estarem fazendo isso comigo! Eu nem conheço vocês...-fiz uma pausa respirando fundo- Eu nunca fiz nada pra vos nem sabia da existência de vocês até hoje!-não consegui falar mais nada pois meus soluços tomaram conta das minhas palavras, eles permaneceram em um completo silêncio.

O ruivo me puxou mais uma vez e eu apenas deixei acontecer, apesar de ser um abraço totalmente falso eu estava precisando de um abraço apenas, ele afagou meus cabelos novamente, olhei em minha volta e estavam levemente preocupados. Peguei a bolsa das mãos do garoto de cabelos esverdeados e sai correndo para o vestiário feminino nem olhando para trás, apenas limpei as lágrimas que ainda escorriam pelo meu rosto e sorria vitoriosa.

Não queria continuar no treino e se possível nem sair mais de dentro do meu dormitório, não me sinto disposta a fazer nada depois de hoje, acho que nunca presenciei um dia tão estranho em confuso como hoje. Minha amiga sumiu do nada, uns garotos começaram e me provocar, perdi todas as minhas peças íntimas, minha calcinha foi mostrada em pleno público, eu chorei pelos mesmos idiotas que causaram tudo isso, realmente minha vida virou de ponta cabeça em menos de vinte e quatro horas.
[...]
Tirei meu uniforme respirando fundo tentando me recompor do ocorrido há alguns poucos minutos atrás e entrei em um dos boxes ligando o chuveiro no morno, fecho meus olhos ao sentir minha pele em contato com a água me dando uma chance para relaxar com mais facilidade me fazendo esquecer por alguns instantes tudo que aconteceu comigo até agora.
[...]
Passaram-se alguns minutos de paz e silencio, e as aulas já tinham acabado, fazendo com que todas as garotas que participavam das atividades extracurriculares da escola invadissem o banheiro emitindo todos os tipos de sons mais irritantes possíveis, causando logo mais o fim da minha tentativa de relaxamento momentâneo.

Desliguei o chuveiro, me enrolei na toalha e fui para o lado de fora do boxe pra me vestir e voltar para o meu dormitório. Peguei meu sutiã, minha blusa, e um shorts e a minha...ela não está aqui, a minha calcinha ficou no bolso do Namjoon...eu não encontrava a Sen Hun em lugar algum para pedir ajuda

Só me resta uma coisa a se fazer...vesti meu shorts sem a calcinha, e realmente nunca me senti tão desconfortável como agora. Peguei minha bolacha sai do vestiário feminino o mais rápido possível para que ninguém notasse a minha situação decadente, sei que não era visível em momento algum de que eu estava sem calcinha mas mesmo assim tinha medo do que alguém repare-se em algo.
[...]
Depois de uma longa e desconfortável caminhada, até onde não se encontravam mais pessoas por perto, comecei a pensar, no que eu iria dizer, no que poderia acontecer, no que eles poderia falar e fazer comigo, e acabei não chegando à conclusão alguma mesmo e se cheguei em algo foi que de qualquer forma eu me ferro no final.

Não poderia continuar sem calcinha de maneira alguma isso é muito perigoso e arriscado, não perdi tempo e já estava me dirigindo ao prédio dos dormitórios masculinos, mas não poderia me atrasar de maneira alguma pois se isso acontecesse e eu fosse pega por um dos monitores eu seria punido severamente.
[...] 
Me direcionei ao mapa de quartos que se encontrava no início do corredor principal, realmente muitos nomes, tento fazer um esforço para lembrar de pelo menos um....ho...Hosu.....Hoseok? É é isso Hoseok estalo os dedos e comemoro mentalmente já que não poderia fazer barulho algum.

Escuto um barulho de portas se abrindo no fundo do corredor e várias vozes masculinas conversando e rindo, entro em desespero e começo a procurar desesperada por algum lugar aonde eu possa me enfiar para não ser vista por ninguém, porque a final de contas eu era uma garota no dormitório masculino, uma grande detenção me aguardava.

Caminhei silenciosamente para um pequenino corredor logo ao lado do quadro de nomes, o qual nem tive tempo de olhar, e entro em uma porta banca e a fecho rapidamente tentando fazer o mínimo possível de barulho. Quando me dei conta de aonde eu estava eu queria realmente gritar de pavor, eu estava no banheiro masculino, as mesmas vozes de antes se aproximavam cada vez mais, não tinha mais tempo para sair e trocar de esconderijo me enfio na primeira cabine que vejo e me tranco.

Não demorou muito e as vozes masculinas adentraram o banheiro rindo alto.

-Vou dar um barro já venho- uma voz grossa disse

-Pera ae você nos trouxe aqui pra fumar ou para apreciarmos as suas necessidades? Seu nojento- outro

-Ainda está muito cedo para fumarmos, e até aonde eu saiba sempre é uma boa hora para dar um cagão não é mesmo?- disse o mesmo de antes entrando na cabine ao meu lado.

Mas que droga! Tantas cabines nesse banheiro e ele escolhe usar justo a do meu lado? Sério mesmo isso? Sou muito sortuda mesmo...

As conversas entre eles não paravam, mesmo com um deles ainda estando "ocupado" ao meu lado. Um par de pernas estava parado de frente para minha cabine, em segundos a conversa se cessa e os pés se aproximam, congelo.

-Quem está aí?- perguntou um deles em um tom sarcástico batendo em minha porta levemente 

-Eita!-barulho de descarga e os trincos se abrindo- Tem alguém aqui com a gente?-pergunta o garoto saindo do banheiro ao lado do meu.

Bateu mais uma vez em minha porta, forte, fazendo a mesma chacoalhar, tampei a minha boca tentando conter o pequeno grito que dei pelo susto que acabei levando com o barulho da porta e o movimento bruto.

Escuto passos se vindo na direção para a mesma cabine ao meu lado, que antes era ocupada por um dos garotos, e a pessoa sobe em cima do vaso sanitário ele coloca a sua cabeça devagar para o lado de dentro da minha cabine por cima da fina parede de cimento que separava uma da outra. Eu automaticamente fecho meus olhos e me encolho já esperando meu fim ou algo pior.