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História War of Hearts - Prólogo Part 2


Escrita por: Lexi_Mar e Beeh_Caniff

Capítulo 3 - Prólogo Part 2


Fanfic / Fanfiction War of Hearts - Prólogo Part 2

 

Silêncio. Um silencio mortal, com certeza é assim que descrevo a Torre Stark agora. Todas as luzes estão apagadas e só o que consigo ouvir é minha respiração ofegante. Nunca foi segredo o medo que tenho por escuro. Sei que não deveria ter, mas tenho do mesmo jeito. Minha mãe sempre me disse que ter medo é o que nos caracteriza como humanos normais, não é assim que eu penso. “Não sou um humano normal” foi o que eu respondi para ela. Tudo na minha vida foi fácil, bom até agora. Tudo mudou de um dia para o outro, tudo que eu acreditava se esvaio de mim ao vê-la caída, morta aos meus pés. Meu mundo caiu naquele dia.

Flashback on

-Filho, acorda! Seu pai chega daqui a pouco para te buscar.

As paravras de minha mãe me despertam. Ela, Pepper Potts, é minha unica familia. Beleza, eu tenho meu pai, mas a palavra pai não se encaixa muito bem nele. Nunca foi presente e está sempre viajando pelo mundo com seu jatinho cheio de mulheres. Não estou reclamando da minha vida não, até por que tudo que eu peço eu ganho. Meu amigos me chamam de Bad boy Stark, se isso é bom ou não nunca vou saber, mas as garotas adoram.

-Eu tenho mesmo que ir? –Pergunto saindo da cama com relutancia.

-Você sabe que sim querido, seu pai não é tão horrivel assim.

-Qualquer um que faz você sofrer é horrivel para mim. –Escuto ela suspirar e se afastar do quarto. Otimo, não acredito que estou indo mais uma vez para aquele lugar, Torre Stark. As únicas coisas boas são as novas tecnologias presentes naquele lugar e os caras, a nova geração de hérois, é como eles se chamam. São até legais. Vou até ao banheiro e começo a fazer minha higine matinal: escovar os dentes, lavar o rosto, essas coisas. Quando termino, pego a primeira roupa que vejo e a visto. Passo um pouco do perfume importando que meu pai me deu, uma das poucas coisas que temos em comum. O mesmo gosto para perfume. –Tudo vai ficar bem. Você vai passar o fim de semana com seu pai e quando der segunda, você volta para cá, para sua casa. Para sua mãe. –Digo olhando para mim mesmo no espelho e escuto um leve suspiro. Olho para a porta e ele está lá. Meu pai.

-Você parece não gostar muito de mim, não é. –Ele da uma risadinha e pega minha mala aos pés da cama. –Vamos nos divertir garoto.

-Se você diz.

Foi neste instante que tudo mudou. Um grito rompe as palavras de meu pai e corro para a cozinha. Minha mãe estava encolhida num canto enquanto uma coisa nojenta vai andando até ela. Parecia um humano comum mas com a pele toda verde, grandes bocas e um par de chifres enormes.

-Mãe! –Gritei correndo até ela, parando apenas para pegar uma faca enorme na gaveta da cozinha. –Deixe minha mãe em paz seu mostro verde nojento. –Atiro a faca.

-Que coisa é essa? –Escuto a voz assustada de meu pai.

-Não fique parado ai, temos que ajudar minha mãe.

Tudo parou de fazer sentido ai, o monstro desviou sua atenção de minha mãe e foi direcionada para mim. Corri para fora de casa, para o mais longe de minha mãe que conseguia e meu pai veio logo atrás, já com a armadura no corpo.

-Corra mais rápido Harry. –A voz de meu pai me fez correr mais rápido que eu pensava que conseguia e depois de um instante escuto uma explosão. Paro de correr e olho para trás. A coisa que estava me perseguindo tinha sumido. – Ela explodiu e desapareceu. Você está bem?

-Minha mãe! – Lembro-me que ela ainda está dentro de casa e corro de volta para a cozinha. Paro paralizado alguns centimetros depois da porta e lagrimas começam a descer de meus olhos. –Mãe.

Ela estava estirada no meio da cozinha com uma poça de sangue a sua volta. Corro até ela, me ajoelhando e passo minhas mãos em seu cabelos. Meu pai entra pela porta e olha a cena espantando com os olhos cheios de lagrimas.

-Não!

Flashback off

Tudo naquele dia me fez desistir, me fez jogar as mãos para cima e pedir para morrer, mas meu pai, somente ele, me fez perceber que não era isso que minha mãe iria querer. Ela queria um filho forte e corajoso...um herói. Isso já faz dois anos e desde então eu moro com meu pai, na Torre Stark, junto com os novos heróis. Meu pai quer que eu seja igual a ele, o novo Homem de Ferro, mas como eu faço isso se ainda tenho medo de escuro. Eu sou um fracasso. Minha mãe deve estar decepcionada, aonde quer que ela esteja agora, espero que seja no céu.

Tudo estava quieto. Quieto demais.  Me levanto do sofá e olho em volta. Tudo que consigo enxergar é escuridão. Nenhuma luz, movimentação ou conversa.  Isso aqui faz cemitério parecer uma festa. Estranho. Dou um passo para frente e depois outro e mais um. Continuo andando num ritmo lento procurando alguma coisa, alguma pista que me explique o que está acontecendo. 

-Pai? -O chamo na tentativa de perceber alguma brincadeira de mau gosto vindo do meu velho, mas nada acontece. As sombras não se manifestam. Começo a ficar um pouco nervoso e gostas de suor se formam em minha testa. Respiro fundo e começo a cantar baixinho uma melodia de uma banda que gosto. 

-Harry...Harry...Harry... -Escuto vários sussurros com o meu nome e meu coração se acelera. O que está acontecendo? Continuo andando tentando parecer corajoso, mas a verdade é que não sou. Meu pai é, eu não.  

Por que tenho que ser tão medroso assim? Eu sou o próximo Homem de ferro poxa. Um ruído rompe o silêncio e meu cérebro grita para fugir, sair correndo, fugir de tudo isso. Mas meu coração diz para mim seguir o som, tentar ser corajoso pelo menos uma vez na vida e bom, é isso que eu faço. Respiro fundo mais uma vez e continuo andando em direção aos ruídos e mais sussurros surgem. A essa altura do campeonato já consigo identificar as vozes dos sussurros, eram Nash e Louis. Uma risada seca fica presa em minha garganta ao tentar imaginar o que aqueles dois estariam fazendo. Vou andando em direção às vozes agora sem algum medo. 

-Surpresa!!!

Várias pessoas saem do escuro e pulam em minha frente. O cenário atrás era decorado com bexigas vermelhas e brancas. Rio olhando o rosto de cada um deles. 


-Por que tudo isso? -Pergunto sem entender, mas logo percebo uma mesa com um bolo de aniversário. Meu aniversário. É hoje. Nem tinha me tocado. –Nossa! Vocês me mataram de susto idiotas. 

-Fala sério Har, e como presente deixamos você escolher entre as garotas inumanas. Pode escolher qualquer uma. – Nash fala com um sorriso estampado no rosto enquanto cutuca com o cotovelo as costelas de Shawn.

 

-Nem as conhecemos ainda e vocês já querem pegar elas. E se elas tiverem quatro braços e pele ser toda de pedra? -Eles riem de mim assim que termino de falar. 

-Cara, você está assistindo muito Ben 10 para o meu gosto. 

-Idiot...Pai? –Deixo os meninos para trás e vou em direção ao meu pai, mas ele sai da sala e sobe as escadas correndo. Ergo uma sobrancelha sem entender e corro atrás dele. Tony entra no laboratório e assim que entro ele sorri abrindo os braços.  

-Sabia que iria me seguir filho. Feliz aniversário. -Ele vem me abraçar e sorrio retribuindo surpreso. É a primeira vez que ele me abraça em 2 anos. -Agora o presente. –Ele se afasta de mim e aperta um botão qualquer de uma mesa que fica bem no centro da sala. Lembro de quando eu era criança e ficava sempre subindo nessa mesa e mexendo nos protótipos de armaduras e armas de meu pai. -Espero que goste, filho. - Sorrio realmente impressionado ao ver uma armadura do tamanho de meu corpo surgir em minha frente. Então era isso que o botão fazia. 

-Pai...É incrível.- Meu pai faz gestos para erguer minhas mãos e o mesmo coloca pulseiras de metal em meus pulsos. Não acredito que esse dia realmente chegou. Ergo as mãos mais alto ainda e num passe de mágica a armadura começa a se encaixar em meu corpo. Olho o meu reflexo no vidro da janela e sorrio.  

-Você sabe como usar, agora vai. Se divirta, mas cuidado. Já perdi sua mãe, não quero te perder também- Isso era o que faltava. Duas das janelas foram abaixadas criando uma porta que levava para o nada. Para fora da torre. Corro e pulo. Os jatos funcionaram perfeitamente e consegui voar por toda a cidade. 

°• Enquanto isso, na S.H.I.E.L.D. •° 

-A gente tem que ir mesmo? Não confio neles.- Diz Mia um pouco apavorada para Coulson e ele assente. Mia é uma ótima espiã, mas quando se trata de heróis quer sempre ficar longe; nunca entendi isso.

-Relaxa Agente Morse, nós cuidamos de você.- Digo e Luna sorri concordando. Mia me lançar um olhar seco e abaixo minha cabeça sussurrando um desculpe. 

-Não se preocupem meninas os Vingadores são ótimas pessoas, doidos, mas cada um possui um bom e enorme coração. -Coulson sorri e nos abraça. Uma de cada vez. 

-Skye Johnson! Cuide de tudo está bem. Prometi para sua mãe que tudo ficaria bem.

-Ta bom Coulson. Diz para a Daisy, digo minha mãe - Rio baixinho - Que eu a amo.

Nós nos abraçamos mais uma vez e depois vamos até o carro. Adeus S.H.I.E.L.D. e Olá Torre Stark penso ao fechar a porta do carro. O mesmo sai em disparada pelas ruas procurando um jeito mais rápido de chegar ao Instituto. Tudo vai mudar agora. Não estou pronta para isso. Não ainda.

-Como será que eles são? - Luna pergunta olhando ora para mim e ora para Mia. Suspiro sem saber como responder e fecho os meus olhos tentando relaxar. 

-Skye...Skye! Os tremores! -Abro os olhos e percebo o quão nervosa estou. Toda vez que fico nervosa...coisas acontecem. Meus poderes saem de mim como se não fosse nada. Eu nem sinto as vezes, como agora. Respiro fundo fazendo os tremores pararem e olho as meninas com uma cara de tristeza.  

-Desculpa ,é que eu estou assustada só isso. Me disseram que eles não gostam de inumanos. E se eles me odiarem? - Pergunto ao mesmo tempo que o carro para em frente a Torre Stark, ou melhor, Instituto Stark. É agora. O motorista sai do carro a abre a porta para mim. Respiro fundo e saio do carro. Mia e Luna saem logo após e olham em volta. 

-Obrigada Sr. Digg até breve. - Diz Mia toda formal e ele sorri para cada uma de nós. Quando o mesmo deixa nossas malas na calçada e volta paro o carro. Em questões de segundos ele sai disparado pela rua. Pego minha mala e começo a andar para a entrada, mas algo acontece e minha mala some.

-Mas o que? -Sem entender olho em volta e depois Mia me olha com uma expressão de pavor. Olho para Luna sem entender e a mesma está olhando para cima. Para o céu. Sigo seu olhar e encontro uma armadura voando levando minha humilde mala rosa. Bufo irritada e vejo a armadura voltando para o chão.

-Desculpe! Não foi minha intenção assustar vocês, muito menos pegar sua mala bonitinha. - O cara da armadura diz lançando um olhar para mim e olho para mesmo quando ele mostra o seu rosto, saindo da armadura. Estranho. 

-Skye. Meu nome é Skye e não bonitinha.- Digo seca tentando ignorar o fato desse cara ser lindo. Tão lindo que chega a ser ruim de olhar.  

-O meu Harry. -Diz ele me cumprimentando e me jogando lindo sorriso, digo um péssimo sorriso. Abusado. 

-Vamos entrar meninas, temos muito o que fazer e... -Sou cortada por ele.

-Eu guio vocês.  Até por que esse lugar também é meu. - Ele diz estalando os dedos. Vários seguranças aparecem e levam nossas malas. Esse povo rico. Credo. -Então como é seu nome linda?  

Não sei por que mas quando Harry se dirigiu a Mia como linda eu senti uma vontade imensa de fazer um buraco se abrir no concreto e engolir ele. 

-Vamos Luna. –Seguro o braço dela e corro para dentro da Mansão/Torre/Instituto Stark sem olhar para trás uma vez se quer. 


● Harry ●

-Meu nome é Mia. Mia Morse. - Responde a garota. Eu, na verdade, não estava mais ligando para Mia. A que me interessa é Skye. E já sei como vou chamar sua atenção.  



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